Sensacionalismo na mídia: até que ponto estamos aptos a superar os equívocos voluntários/involuntários
Com a expansão da comunicação, via internet, estamos cada vez mais expostos a uma mídia menos comprometida e mais amadora. Não que isso seja novidade, porém é algo mais 'eficiente' em termos de repercutir em falsos entendimentos.
Uma reportagem comprometida com a realidade, geralmente tende a apontar fatos e deixar as conclusões por parte do leitor. Porém, o que se vê sendo cada vez mais contumaz, é partidarismos, achismos e criações que muitas vezes nada tem a ver com o artigo em questão, e apontam para uma crença ou vontade de crer de quem está redigindo o artigo. É flexionar os 'fatos' de forma que estes venham corroborar uma visão parcial do autor ou uma visão deformada da verdade sujerida primordialmente.
Hoje li uma matéria que me levantou suspeitas pelo simples título. Logo descobri que, realmente, era sensacionalismo sobre um tema polêmico. Mas o problema era o seguinte: um artigo em inglês comentando sobre um artigo em português. TODOS os comentários que li sobre o assunto eram de nativos da língua inglesa que não tiveram como consultar o artigo original e constatar as divergências presentes.
Para um leigo ou um acrítico da mídia, é tarefa praticamente impossível. De que nós, adeptos do raciocinio lógico e do empirismo, podemos nos valer para superar estes - quase invisíveis - obstáculos*?
Então questiono, até que ponto, estamos aptos a filtrar o improvável, o impossível e o inverídico e como podemos fazê-lo ?
* Por exemplo: Barreiras idiomáticas(outros idiomas), culturais(outras realidades sociais), intelectuais(níves diversos de aprofundamento / jargões), preconceituosas(opiniões falaciosas destiladas no texto), etc.