Em algum lugar, acho que num podcast, notícia ou resenha de livro, vi algo sobre que foi feito um teste onde se pedia aos sujeitos que se memorizasse três ou sete números (grupos separados de sujeitos), e acho que deveriam então ir até outro lugar do prédio e comunicar o número memorizado. No meio do caminho lhes era oferecido algo para comer, havendo duas opções, uma mais e outra menos calórica. Aqueles que tinham que memorizar sete dígitos tinham uma chance significativamente maior de optar pela comida mais calórica, como se o corpo estivesse requisitando mais calorias devido a um "cansaço" maior por ter que lembrar mais dígitos. Talvez ocorra algo parecido com esses desenhos modernos, comparados aos de algumas gerações. Os enredos costumam ser mais complicados*, o que poderia exigir mais do cérebro, "cansando" mais, e deixando então em condições comparativamente piores para um esforço posterior em relação a acompanhar uma história mais simples. Bem parecido com cansaço com atividades físicas, sendo mais fácil fazer algo mais extenuante após uma atividade leve, do que duas atividades exigentes seguidas.
* foi mencionado Pica-pau, é um exemplo, bem como Tom & Jerry e tantos outros. Antigamente se tinha coisas como um episódio todo consistindo no pato Donald tentando dormir ao som de uma goteira irritante. Ou seqüências de "sketches" sobre o avanço dos automóveis, ou sobre dança. Ou o Pica-pau tirando rachas e caçoando da lei, tudo bastante linear e sem complexidades. Hoje ele tem que pegar o mapa do tesouro, e para isso tem que desvendar os sete segredos da maldição da múmia, e tem que dar duro pois seu primo sortudo Gastão, sob encanto da maga Patalógica está contra ele, com a sorte a seu favor.