Autor Tópico: Quem quer ser homem...ou mulher?  (Lida 1469 vezes)

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Offline _Juca_

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Quem quer ser homem...ou mulher?
« Online: 23 de Setembro de 2011, 12:39:20 »
Da Carta Capital

A era do pós-gênero?

Cynara Menezes



Relatos de quem recusa as definições tradicionais de homem-mulher, hétero-homo...



O cartunista Laerte Coutinho, de 60 anos, que em 2009 decidiu passar a se vestir como mulher, usar brincos e pintar as unhas de vermelho, está dentro do banheiro masculino quando entra um velhinho. Ao se deparar com a figura de cabelos grisalhos lisos num corte chanel, saia e salto alto, em pé diante do mictório, o homem estaca. “Não se preocupe, o senhor não está no banheiro errado”, diz Laerte. E o idoso, resignado: “É, eu estou é na idade errada”.

Laerte já foi chamado de crossdresser, denominação utilizada para o homem que gosta de, ocasionalmente, usar roupas femininas como fetiche. Talvez o crossdresser mais famoso da história tenha sido o cineasta norte-americano Ed Wood, que vez por outra vestia trajes de mulher. Sentia que lhe acalmavam o espírito. Wood, encarnado no cinema pelo ator Johnny Depp no filme homônimo de Tim Burton, em 1994, era casado e, ao que tudo indica, heterossexual. Só que o cartunista acha que não é crossdresser como Wood porque não tem mais em seu armário roupas de homem. Nem uma só cueca, nada. “Foi a primeira gaveta que esvaziei”, conta.

Por outro lado, as travestis, brinca Laerte, ficariam indignadas se ele dissesse ser uma, por não ter a -exuberância que se espera delas. Drag queen ele não é, porque não se veste como mulher para fazer performances. Usa vestidos e saias todo o tempo, para desenhar, pagar contas no banco ou ir até a esquina. Transexual também não, porque não tem interesse em fazer cirurgia de mudança de sexo e nem está insatisfeito com o próprio corpo “biológico”. Bissexual, sim, com certeza. “Nomenclaturas não me interessam. A busca por uma nomenclatura é uma tentativa de enquadramento. Sou uma pessoa transgênera e gosto do termo ‘pós-gênero’”, explica o cartunista.

O fato é que não existe atualmente uma palavra para “enquadrar” Laerte. Tampouco há resposta definitiva para a questão: quantos gêneros existem na realidade? Só homem e mulher parecem não ser mais suficientes. Desde a quinta-feira 15, os australianos terão em seus passaportes a possibilidade de optar, além dos sexos “masculino” e “feminino”, por um gênero “indeterminado”. Cabem aí todas as possibilidades de definição de Laerte, ou qualquer outra que aparecer. A própria sigla LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) já é utilizada por alguns grupos como LGBTIQ – adicionada de “intersex” e “questioning” (“em dúvida” ou “explorando possibilidades”).

Com a mudança no passaporte, a Austrália na prática estende para todos os cidadãos o direito conquistado na Justiça em março do ano passado por Norrie May-Welby. Norrie, que nasceu homem, havia feito cirurgia de sexo para se tornar mulher, mas não se adaptou à nova condição. Recorreu à Justiça e se tornou a primeira pessoa do mundo a ser reconhecida como “genderless”, ou sem gênero específico. Após a decisão, Norrie May-Welby declarou: “Os conceitos de homem e mulher não cabem em mim, não são a realidade e, se aplicados a mim, são fictícios”. O sobrenome de Norrie, aliás, é um trocadilho com “may well be”, que em inglês significa “pode bem ser”.



Leda e os Cisnes, atribuído a Da Vinci


Para chegar à decisão, dois médicos o examinaram e concordaram que Norrie é psicológica e fisicamente andrógino. May-Welby comemorou a libertação da “gaiola do gênero” e sua história detonou uma discussão no país sobre a criação de direitos específicos para as pessoas sem gênero. Um problema prático é justamente a identificação em documentos oficiais. Para um homem transexual que fez a cirurgia de mudança de sexo, é possível em vários países mudar também os documentos. Mas o que fazer com os que não desejam ser identificados por gênero algum? “O caso de Norrie evidenciou a existência de pessoas que não desejam ter um sexo específico”, disse em dezembro John Hatzistergos, procurador-geral de New South Wales, o estado mais populoso da Austrália.

Nascida mulher, a filósofa espanhola Beatriz Preciado, autora do livro Manifiesto Contrasexual, uma provocação intelectual que pretende subverter os conceitos de gênero e sexo é, ela própria, um ser híbrido que recusa qualquer definição. Preciado não se considera nem homem nem mulher nem homossexual nem transexual. Perguntada pelo jornal catalão La Vanguardia sobre seu gênero, Beatriz respondeu: “Esta pergunta reflete uma ansiosa obsessão ocidental, a de querer reduzir a verdade do sexo a um binômio. Dedico minha vida a dinamitar esse binômio. Afirmo a multiplicidade infinita do sexo”. Segundo a filósofa, a sexualidade humana é como os idiomas: pode-se aprender vários.

Há psicólogos que concordam com Beatriz ao defender que uma coisa é o gênero e outra, completamente distinta, a atração sexual. Isso é o que torna possíveis os inúmeros casos relatados de indivíduos que fizeram cirurgia de mudança de sexo para se tornarem não heterossexuais, mas homossexuais. Explico: um homem, por exemplo, que se torna mulher não para ter relações com homens, como se poderia imaginar, mas com mulheres. Ou seja, que troca de sexo para ser gay.

Aconteceu recentemente na Itália: Alessandro Bernaroli, de 40 anos, submeteu-se a uma mudança de sexo e tornou-se Alessandra em 2009, mas ele e a esposa não tinham a intenção de se separar, queriam permanecer juntos. O mais incrível é que acabaram alvos de um divórcio à revelia pela Justiça italiana, baseado no fato de o país não permitir legalmente casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Alessandra está recorrendo no tribunal de última instância e pode ir à Corte Europeia de Direitos Humanos se o seu direito de permanecer casada não for reconhecido.



Na Itália, ao virar Alessandra, Alessandro foi obrigado a se separar da mulher


Há três anos, então aos 81, a escritora Jan Morris, que deixara de ser James através de uma cirurgia em 1972, decidiu casar novamente com sua companheira de toda a vida, Elizabeth Tuckniss. Eles tiveram cinco filhos juntos e nunca se separaram de fato, mesmo após a cirurgia. Por exigências legais, porém, haviam se divorciado logo depois de James se tornar Jan. James Morris, o primeiro jornalista a anunciar a conquista do Everest, diz, em seus relatos autobiográficos, que se transformou em Jan, mas nunca se sentiu homossexual, e sim “erroneamente equipado”. Achava que deveria ter nascido mulher e fez a cirurgia para corrigir o equívoco divino – o que não significava que quisesse abrir mão do amor de Elizabeth.



Na Austrália, a família sem gênero


“Esses casos comprovam que gênero e atração sexual podem ser coisas separadas. É muito complicado, há pessoas que nunca se conformam em ser enquadradas em um gênero”, diz o psicólogo Anthony Bogaert, professor do Departamento de Ciências Sanitárias da Brock- University, no Canadá. “Gênero é uma construção complexa. Ser macho ou fêmea, assumir papéis mais femininos ou mais masculinos, não vai necessariamente indicar que tipo de pessoa atrairá sexualmente um indivíduo. Homens com características mais -femininas, por exemplo, ou até transexuais, não necessariamente tenderão a se relacionar com pessoas do mesmo sexo.”

Apesar das diferenças que estabelece entre gênero e orientação sexual, Bogaert considera discutíveis experiências como a do casal canadense Kattie Witterick e David Stocker, que, revelou-se ao mundo em maio, pretende manter o sexo de seu bebê, chamado apenas de Storm (tempestade), como um segredo de família. Isso significa que Storm crescerá sem gênero definido. Acossada por críticas de psicólogos, a mãe justificou-se dizendo ter tomado a decisão por causa da pressão sofrida por Jazz, seu filho mais velho, um garoto que gosta de usar tranças e sempre vestiu roupas de menina, para que “agisse como menino”.

Caso parecido aconteceu há dois anos na Suécia com o bebê “Pop”, gênero não revelado, que aos 2 anos podia escolher se queria usar vestidos femininos ou roupas de garoto. “Nós queremos que Pop cresça o mais livremente possível, queremos evitar que seja forçado/a a assumir um gênero específico ditado pelo exterior”, explicou a mãe da criança. “É cruel trazer uma criança ao mundo com uma estampa azul ou cor-de-rosa pregada na testa.”

Uma pré-escola na Suécia, a Egalia, baniu os termos “ele ou ela” para se referir aos pequenos alunos, que não são tratados como “meninos” ou “meninas”, mas como “amiguinhos”. Na brinquedoteca, a cozinha, com suas panelas e outros utensílios, supostamente “de predileção” nata das meninas, fica ao lado das peças de Lego e brinquedos de montar, normalmente “preferidos” pelos meninos, para que as crianças não tenham “barreiras mentais” e se sintam livres para escolher entre as duas brincadeiras. O sistema é chamado de “educação neutra em gênero”, mas já há quem tenha apelidado a ideia de “loucura dos gêneros”.



O ator Leo Moreira e a espanhola Beatriz (acima) rejeitam o binômio




Foto: Gustavo Lourenção


Pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu, da Unicamp, a antropóloga Regina Facchini vê, no entanto, alguns aspectos positivos em não se enfatizarem gêneros e fortalecer estigmas na educação de crianças. “Em termos individuais, acho impossível criar uma criança sem gênero. Mas intervir no social, na escola, e não no sujeito, pode ser interessante.” A pesquisadora lembra que, no Brasil, os parâmetros curriculares aconselham fazer o possível para não estabelecer diferenças entre gêneros. Até mesmo em coisas pequenas, mas que denotam estereótipo, como, por exemplo, dar para os garotos a função “masculina” de carregar coisas pesadas.

“Existem discussões candentes hoje em dia. Os banheiros das escolas atendem os alunos transexuais? Agora, a identidade de gênero existe. Desde o momento que a criança botou a cabeça para fora, ela vai sendo construída, a partir das expectativas criadas em torno dela pelos pais, pela sociedade. Essa é uma realidade”, diz a antropóloga. “Sem dúvida, quanto menos a escola enfatizasse gêneros, menos seria traumático para algumas crianças. Assim como também seria positivo ensinar que existem várias formas de masculino e feminino que devem ser respeitadas. O que existe na maior parte dos lugares é o oposto disso.”

Até os 7 anos, o paulista Leo Moreira Sá, caçula de nove irmãos, brincava com os amigos no quintal, todos meninos, usando um short sem camiseta. No dia que ele conta ser o mais chocante de sua vida, a mãe vestiu-o com o uniforme da escola, uma sainha com blusa. Ele reclamou: “Mas isso é roupa de menina”. Ela olhou-o profundamente nos olhos e pronunciou a frase que o marcaria dali por diante: “Você É uma menina”.

Foram anos de rebeldia, bullying e inadaptação escolar até que Leo, então Lou Moreira, entrou para as Ciências Sociais da USP e descobriu na literatura algumas respostas para suas dúvidas. Ainda assim, continuava a se sentir inadaptada. Entrou para um grupo ativista de lésbicas, mas não se sentia bem aceita por ser considerada “masculina demais”. O melhor momento para ela então foi a atuação, nos anos 1980, como baterista da banda de punk-rock As Mercenárias, look andrógino, cabelo descolorido curtíssimo e ar desafiador.

Em 1995, Lou era casada com uma garota quando viu na rua a travesti Gabriella Bionda, a Gabi. “Pensei: ‘que mulher linda’”, conta. Gabi olhou para ela e falou: “Que ‘viadinho’ bonitinho”. Foi o início da relação surpreendente entre a lésbica e o travesti, que duraria nove anos e tornaria a dupla figurinha carimbada na noite paulistana. O curioso é que houve um período que Gabi “montava” Lou para que esta parecesse mais feminina, mas, nos últimos anos, ela vem se transformando em Leo. Aos 53 anos, planeja, inclusive, fazer a cirurgia de retirada dos seios e, futuramente, de mudança de sexo.

Não que tenha decidido se pretende se relacionar amorosamente com homem, mulher ou outro gênero. “No momento, não estou me relacionando com ninguém, estou pensando só na cirurgia”, diz Leo, para quem Gabi ainda é o amor de sua vida. “A Gabi é minha alma gêmea, meu espelho invertido. Estar com aquela mulher com corpo de homem quebrou certos limites da minha sexualidade. Na cama, éramos o casal mais versátil que se possa imaginar. Hoje, desfruto de um leque muito amplo de possibilidades. Nada está fechado.”

Leo, que toma hormônios, criou barba e possui uma aparência exterior masculina, rejeita assumir a identidade de homem. Não gosta do termo “transexual”, mas prefere se nomear assim, à falta de outro. “Adoraria não precisar assumir gênero algum”, admite o ator, que integra o grupo de teatro dos Sátyros, em São Paulo, cujas montagens costumam incluir transexuais e travestis no elenco. “Vivi à margem durante muitos anos. Agora, ao contrário, essa sensação de não pertencimento ao mundo me faz feliz, sinto-me um ser humano integral, completo. Vou operar para fazer um ajuste, para me sentir mais cômodo com meu próprio corpo. Mas assumir um gênero, para quê?


http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/questoes-de-genero#more

Offline DDV

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Re: Quem quer ser homem...ou mulher?
« Resposta #1 Online: 23 de Setembro de 2011, 13:18:02 »
É engraçado como se cria todo o tipo de racionalização e filosofia rebuscada para se tentar "justificar" um simples e vulgar caso de perobagem.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Mr."A"

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Re: Quem quer ser homem...ou mulher?
« Resposta #2 Online: 23 de Setembro de 2011, 13:19:15 »
Citar
A própria sigla LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) já é utilizada por alguns grupos como LGBTIQ – adicionada de “intersex” e “questioning” (“em dúvida” ou “explorando possibilidades”).
Já incluíram também o P (Pansexual) e o S (Simpatizante). Não vai demorar muito para todo alfabeto entrar nessa sigla.
8-)

Offline Dr. Manhattan

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Re: Quem quer ser homem...ou mulher?
« Resposta #3 Online: 23 de Setembro de 2011, 13:20:37 »
É engraçado como se cria todo o tipo de racionalização e filosofia rebuscada para se tentar "justificar" um simples e vulgar caso de perobagem.



Pois é. Sem falar que esses tipos de baitolagem são mais antigos que a História.
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Offline DDV

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Re: Quem quer ser homem...ou mulher?
« Resposta #4 Online: 23 de Setembro de 2011, 13:27:30 »
É engraçado como se cria todo o tipo de racionalização e filosofia rebuscada para se tentar "justificar" um simples e vulgar caso de perobagem.



Pois é. Sem falar que esses tipos de baitolagem são mais antigos que a História.

Existem muitas idéias, modismos e conceitos criados ou usados para justificar ou tentar disfarçar a perobagem. Alguns exemplos: dizer que é emo, dizer que é uma pessoa "sofisticada", eufemismos com termos em língua estrangeira para viadices comuns (crossdresser, pegging, etc).

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Offline Dbohr

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Re: Quem quer ser homem...ou mulher?
« Resposta #5 Online: 23 de Setembro de 2011, 13:41:41 »
Não acho nada estranho. Exótico, mas não estranho.

Offline Irracionalista

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Re: Quem quer ser homem...ou mulher?
« Resposta #6 Online: 23 de Setembro de 2011, 13:57:08 »
Citar
É engraçado como se cria todo o tipo de racionalização e filosofia rebuscada para se tentar "justificar" um simples e vulgar caso de perobagem.

Eu não seria tão insensível a ponto de colocar uma série de dramas verdadeiros que existem de fato com esse rótulo. Ainda mais porque nesses grupos ainda há indíces de suicídio acima da média, o que mostra que uma série de pressões sociais e preconceitos bobos existem.

Contudo, boa parte discurso "Era Pós-Gênero" é besteirol avant-garde, do mesmo tipo "Era Pós-Escassez" ou "Era Pós-Humana". A menos que uma boa parte do que se conhece sobre comportamento humano e história humana se mostrem falsos, o que acontece é que uma minoria de pessoas não se encaixa no que se espera sobre sexualidade (falo aqui de casos de pseudo-hermafroditismo e algumas síndromes que alteram a ação de hormônios sexuais) ou de gênero - e infelizmente acabam sendo pressionados a se conformar a expectativas sociais ou sendo discriminados ativamente por isso. Contudo, ênfase na parte "minoria". Eles são os extremos de uma curva de normalidade ("Normal" no sentido estatístico do termo), mas não negam nem "dinamitam" o "binômio homem-mulher".
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Offline Sergiomgbr

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Re: Quem quer ser homem...ou mulher?
« Resposta #7 Online: 25 de Setembro de 2011, 15:07:39 »
Quer ter bases científicas para suas opções? Considere esse texto (traduzido do original em inglês via tradutor Google);

Será que ter um cromossomo Y tornar alguém um homem?


Um monte de dano não intencional que acontece quando as pessoas assumem um cromossomo Y torna uma pessoa um menino ou um homem e da falta de um cromossomo Y faz com que uma pessoa de uma menina ou uma mulher. Por exemplo, um médico educador em nosso Conselho Consultivo Médico tive a experiência desafiadora de tentar acalmar um paciente de 23 anos de idade, que tinha acabado de ser informado por um morador que ela era "realmente um homem", porque o residente tinha diagnosticado o paciente como ter um cromossomo Y e completa síndrome de insensibilidade aos andrógenos (CAIS).

É verdade que no desenvolvimento do sexo masculino típico, o gene SRY na ponta do cromossomo Y ajuda a enviar o embrião pela via masculina. Mas mais do que o SRY é necessário para a determinação do sexo e diferenciação, por exemplo, as mulheres com CAIS têm o gene SRY, mas a falta de receptores de andrógenos. Em termos de efeitos hormonais em seus corpos (incluindo o cérebro), as mulheres com CAIS tiveram muito menos "masculinização" do que a média de 46 mulher XX, porque suas células não respondem aos andrógenos.

Além disso, o gene SRY pode ser translocado para um cromossomo X (de modo que um 46, XX pessoa pode desenvolver ao longo de um caminho típico masculino), e há dezenas de genes em outros cromossomos que o X eo Y que contribuem para a diferenciação sexual. E além dos genes, o desenvolvimento de uma pessoa do sexo pode ser significativamente influenciada por fatores ambientais (incluindo o ambiente do útero materno em que o feto desenvolvido).

Por isso é simplesmente incorreto pensar que você pode dizer o sexo de uma pessoa apenas olhando se ele ou ela tem um cromossomo Y.

Quer saber mais? A seguir vem de ISNA "s Medical membro do Conselho Dr. Charmian Quigley:

SRY, descoberto em 1989, é um pequeno gene localizado na extremidade do braço curto do cromossomo Y. Então, o que ele faz? Na verdade, como todos os genes, não faz nada, exceto para atuar como um modelo para uma proteína. Neste caso, a proteína de mesmo nome faz coisas funky de DNA, como dobrá-la e descontrair os dois fios, de forma que outras proteínas podem entrar e se ligam a outros genes que são, então, ligado. Então como é que este gene se a sua reputação (e seu nome) como o "sexo determinar" gene?

Como é bastante comum no mundo da genética, isso foi por causa de alguns ratos errante. Pesquisadores na Inglaterra levou um laboratório-made cópia deste gene e inserido artificialmente em um embrião de camundongo fêmea (XX) em um estágio muito inicial de desenvolvimento. O rato foi "convertidos" de mulher para homem, de modo que o gene deve ter sido responsável - certo? Bem, talvez não. Alguns anos mais tarde, um gene semelhante foi encontrado no cromossomo humano 17. Quando a parte importante deste gene foi inserido em um embrião de rato fêmea, aconteceu a mesma coisa. Voila! Um macho.

Portanto, agora temos dois genes que podem transformar uma mulher em um homem, e um deles não está localizado no cromossomo Y! Como pode ser isso? Acontece que SRY é provavelmente apenas um facilitador que permite que um gene mais crítica (ou genes) para funcionar, bloqueando a ação de outro fator adversária. Pode a magia da genética fazer o oposto - por sua vez um homem em uma mulher? Na verdade, pode. Um gene no cromossomo X (o cromossomo, normalmente associados com a "feminilidade") chamado DAX1 quando presente em cópia de duas em um mouse (XY) do sexo masculino, transforma-o em uma fêmea.

Portanto, agora temos genes no Y, que podem transformar as mulheres com cromossomos XX para o sexo masculino e genes do X que pode transformar os homens com cromossomos XY em fêmeas ... wow! Masculinidade e feminilidade não são determinados por ter um X ou um Y, uma vez que mudar um par de genes ao redor pode mudar as coisas de cabeça para baixo.

Na verdade, há muito mais a masculinidade e feminilidade que os cromossomos X ou Y. Cerca de 1 em 20.000 homens não tem cromossomo Y, em vez de ter 2 Xs. Isto significa que, nos Estados Unidos há cerca de 7.500 homens sem um cromossomo Y. A situação equivalente - fêmeas que tenham XY, em vez de cromossomos XX - pode ocorrer por uma variedade de razões e geral é semelhante na freqüência.

Para estes 15 mil ou mais pessoas em os EUA (e quem sabe quantos mundial), seus cromossomos são irrelevantes. É o complemento total de seus genes, juntamente com suas experiências de vida (física, mental, social) que os torna quem eles são (ou qualquer um de nós, para que o assunto). A última vez que contei, havia pelo menos 30 genes que foram encontrados para ter um papel importante no desenvolvimento do sexo em humanos ou camundongos. Destes genes 30 ou mais 3 estão localizados no cromossomo X, uma no cromossomo Y e os demais são em outros cromossomos, chamados autossomos (nos cromossomos 1, 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 17, 19).

À luz disto, o sexo deve ser considerado não um produto de nossos cromossomos, mas sim, um produto de nossa composição genética total, e das funções destes genes durante o desenvolvimento.

http://translate.googleusercontent.com/translate_c?hl=pt-BR&langpair=en|pt&rurl=translate.google.com.br&u=http://www.isna.org/faq/y_chromosome&usg=ALkJrhgd1JFSt5qJj3lJAzrbjA6FDkKKGA

Até onde eu sei eu não sei.

 

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