Autor Tópico: Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP  (Lida 1674 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Fabi

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.801
  • Sexo: Feminino
  • que foi?
Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP
« Online: 18 de Outubro de 2011, 23:47:32 »
Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP

Forros de bolsos feitos com lençóis descartados por hospitais americanos e importados pela empresa Na Intimidade Ltda, de Santa Cruz do Capibaribe (PE), podem estar presentes em confecções de outros Estados, como São Paulo. "Acredito que a empresa tenha clientes no Brasil inteiro, mas isto será afirmado no decorrer das investigações", afirmou hoje (18), o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marlon Jefferson.

Ele adiantou que será feito um pedido de cooperação internacional às autoridades americanas, por meio do Ministério da Justiça, para descobrir os responsáveis pela exportação de lixo hospitalar. O inquérito deve se estender por até 90 dias. Jefferson fez as afirmações no Palácio do Campo das Princesas, após reunião com o governador Eduardo Campos (PSB), autoridades sanitárias, policiais, empresários do polo têxtil do agreste e Receita Federal.

No encontro, que avaliou o que está sendo feito em relação ao caso e se uma campanha em favor do polo têxtil será iniciada, Campos responsabilizou os Estados Unidos pelo incidente, por permitir a saída de uma "mercadoria que não devia ter saído". Ele afirmou que escreverá à presidente Dilma Rousseff para que ela peça às autoridades americanas que apurem "esse delito que começou nos Estados Unidos". Ele defende que os dirigentes dos hospitais que tiveram seu material de descarte exportado sejam responsabilizados.

Para o governador, o Estado fez a sua parte, pois a Receita Federal identificou e barrou, na semana passada, no Porto de Suape, a entrada de lixo hospitalar disfarçado como "tecido de algodão com defeito". Preocupado com a retração do consumo no polo têxtil - que engloba 14 municípios -, Campos pediu para que não se confunda "um procedimento marginal, criminoso, isolado e absolutamente pontual e contingente" com a atuação de mais de 22 mil empresas que empregam 150 mil pessoas. Vestido uma camiseta com a inscrição "Eu uso produto do polo têxtil. Confecção é coisa séria. Não é lixo. É desenvolvimento para Pernambuco", ele lidera uma campanha de comunicação nacional em favor do polo. Ele assegurou que todo material importado identificado como tecido passará por fiscalização.

Contaminação. Com base na avaliação de infectologistas, Campos frisou que somente os trabalhadores da empresa que manusearam os tecidos correram risco de contaminação. "O risco para quem usa é zero" reiterou o gerente da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Jaime Brito. Segundo ele, a lavagem torna inativa qualquer infecção que pudesse ser transmitida por sangue ou outra secreção humana.

Três unidades da Império do Forro de Bolso (nome fantasia da Na Intimidade) foram interditados pela Apevisa: uma loja em Santa Cruz do Capibaribe e dois galpões, um em Toritama e outro em Caruaru. A Apevisa recolheu cerca de 40 quilos do material e entregou ao Instituto de Criminalística (IC) para análise. Empregados da Na Intimidade em Santa Cruz revelaram ao Jornal do Commercio que em alguns dos lençóis foram vistos tufos de cabelo, curativos e esparadrapos. E a triagem do material era realizada sem luvas ou outro tipo de proteção.

Em Toritama, a notícia já afeta o comércio. "Mesmo quem não tem nada a ver com jeans está sofrendo", disse o diretor comercial da Rota do Mar, especializada em roupas esportivas, Adilson Silva. "Não usamos forros, mas nossas vendas caíram. Não tenho ainda como dizer qual foi porcentual da queda, porque números não estão fechados." Segundo ele, boa parte do produto da Império do Forro de Bolso era vendida para empresas locais. "O bolso chega lavado, do tamanho encomendado. Só pela análise do produto, não tem como saber se era feito de lençol". (Colaborou Lígia Formenti).

Fonte: http://www.dgabc.com.br/News/5920708/pecas-feitas-com-lixo-podem-ter-sido-vendidas-em-sp.aspx
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Fabi

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.801
  • Sexo: Feminino
  • que foi?
Re:Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP
« Resposta #1 Online: 18 de Outubro de 2011, 23:48:19 »
Ou seja, o bolso da calça jeans de qualquer um pode ter sido com lixo hospitalar.... :hmph:
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP
« Resposta #2 Online: 19 de Outubro de 2011, 01:09:18 »
Ou seja, o bolso da calça jeans de qualquer um pode ter sido com lixo hospitalar.... :hmph:

O que não é necessariamente um problema, pois depende da natureza do material e se houve ou não tratamento adequado antes do reaproveitamento dele.
Foto USGS

Offline Fabi

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.801
  • Sexo: Feminino
  • que foi?
Re:Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP
« Resposta #3 Online: 19 de Outubro de 2011, 01:30:10 »
Será? Dizem que quem comprou* não sabia o que estava comprando, então como podem dar tratamento adequado? Dizem que tinha até peças manchadas de sangue....


*Fabricante de calças jeans.
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP
« Resposta #4 Online: 19 de Outubro de 2011, 01:33:31 »
Será? Dizem que quem comprou* não sabia o que estava comprando, então como podem dar tratamento adequado? Dizem que tinha até peças manchadas de sangue....


*Fabricante de calças jeans.

Eu me referia a um caso geral.
Foto USGS

Offline Barata Tenno

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 16.283
  • Sexo: Masculino
  • Dura Lex Sed Lex !
Re:Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP
« Resposta #5 Online: 19 de Outubro de 2011, 02:51:27 »
Calça jean passa por tantas lavagens no processo de tingimento que eu duvido que tenha sobrado algum sangue.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Sergiomgbr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.712
  • Sexo: Masculino
  • uê?!
Re:Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP
« Resposta #6 Online: 19 de Outubro de 2011, 02:55:03 »
Absurdo. Deviam deixar bem claro, no mínimo ( e na hipótese de legalidade) a procedência do produto.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Fabi

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.801
  • Sexo: Feminino
  • que foi?
Re:Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP
« Resposta #7 Online: 19 de Outubro de 2011, 15:41:08 »
Calça jean passa por tantas lavagens no processo de tingimento que eu duvido que tenha sobrado algum sangue.
O tecido jeans passa, mas o retalho que vai no bolso não passa por isso (até porque não resistiria). E o problema não é o sangue, são as doenças, bactérias, protozoários, vermes, vírus e etc.... que podem contaminar as pessoas.

Sabe aquele resfriado? As vezes não é um resfriado, pode ser que seja um vírus, bactéria ou sei lá, que você entrou em contato, mas como você é vacinado e saudável a doença não se desenvolveu.

E lixo hospitalar não pode ser reciclado.   :hmph: 
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Fabi

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.801
  • Sexo: Feminino
  • que foi?
Re:Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP
« Resposta #8 Online: 19 de Outubro de 2011, 15:55:10 »
Absurdo. Deviam deixar bem claro, no mínimo ( e na hipótese de legalidade) a procedência do produto.
Não tem como reciclar lixo hospitalar. Tem uma doença chamada oxiurose, que é uma doença desgraçadamente dificil de tratar, tudo tem que ser fervido e lavado todos os dias, fora a higiene pessoal....só pra mostrar como é dificil eliminar algumas doenças e como elas podem ficar em objetos pessoais (tipo lençol, pijama...)..
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Fabi

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.801
  • Sexo: Feminino
  • que foi?
Re:Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP
« Resposta #9 Online: 19 de Outubro de 2011, 23:28:58 »
 :hmph:
Citar
Lixo de hospitais brasileiros é vendido no interior da Bahia

Lixo de hospitais de São Paulo, do Rio, de Pernambuco e do Paraná está sendo vendido no interior da Bahia. A Polícia Civil do Estado apreendeu, nesta quarta-feira, 830 kg de roupas de pacientes, jalecos e lençóis em uma loja de Ilhéus (472 km de Salvador).

egundo a delegada Andréa Oliveira, lençóis e roupas estavam com manchas que seriam de sangue ou de medicamentos. Em algumas peças havia a inscrição "infectante". O material foi encaminhado para perícia.

O lixo hospitalar estava sendo vendido na loja Agreste Tecidos. O proprietário do estabelecimento não foi encontrado pela polícia. O filho dele, que estava na loja, foi levado à delegacia e prestou depoimento, mas não revelou detalhes do fornecedor do material.

Com a apreensão do lixo, a polícia vai investigar se o material foi vendido pelos hospitais ou se existe um esquema de desvio de lixo hospitalar de empresas contratadas para incinerá-lo.

"Na nota fiscal, o material chegou à Bahia como retalhos de roupas, mas eram na verdade resíduos que deveriam ter sido destruídos", disse a delegada.

A Folha não conseguiu localizar o advogado da Agreste Tecidos.

IMPORTAÇÃO

Na semana passada, a Folha revelou que lençóis com nomes de hospitais dos EUA --classificados como lixo hospitalar-- são vendidos por quilo em Santa Cruz do Capibaribe, a 205 km de Recife, em Pernambuco.

A Receita apreendeu dois contêineres com 46 toneladas de resíduos hospitalares vindos dos EUA que eram descritos em documentos como "tecido de algodão com defeito". Nos compartimentos, no entanto, foram encontrados lençóis manchados de sangue e seringas entre outros.

O material é proibido de entrar no país e oferece risco à saúde. Especialistas dizem que lençóis só podem ser reaproveitados após rigoroso processo de esterilização.
Neste ano, a mesma importadora já havia trazido para Pernambuco outros seis carregamentos, que não foram retidos na fiscalização.

A Polícia Civil e a Vigilância Sanitária do Pernambuco já interditaram três lojas suspeitas de importação e venda de tecidos ilegais dos EUA.

Nesta terça-feira, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), culpou os EUA pela importação.

Em entrevista coletiva, Campos chamou de "bandido" o empresário responsável pela importação e uso de lixo hospitalar em confecções.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/993568-lixo-de-hospitais-brasileiros-e-vendido-no-interior-da-bahia.shtml
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP
« Resposta #10 Online: 19 de Outubro de 2011, 23:36:39 »
Citar
Lixo de hospitais brasileiros é vendido no interior da Bahia

Lixo de hospitais de São Paulo, do Rio, de Pernambuco e do Paraná está sendo vendido no interior da Bahia. A Polícia Civil do Estado apreendeu, nesta quarta-feira, 830 kg de roupas de pacientes, jalecos e lençóis em uma loja de Ilhéus (472 km de Salvador).
[...]
A Receita apreendeu dois contêineres com 46 toneladas de resíduos hospitalares vindos dos EUA que eram descritos em documentos como "tecido de algodão com defeito". Nos compartimentos, no entanto, foram encontrados lençóis manchados de sangue e seringas entre outros.
[...]
Nesta terça-feira, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), culpou os EUA pela importação.
[...]

É claro que o ilustríssimo e idiota governador supra culpou o EUA pela importação. Ao mesmo tempo o seu viés ideológico não permitiu culpar os órgãos de fiscalização do governo federal e do seu estado, pelo trânsito e uso de lixo hospitalar no próprio Brasil.

Esquerdista imbecil é assim mesmo.
Foto USGS

Offline Gaúcho

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.288
  • Sexo: Masculino
  • República Rio-Grandense
Re:Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP
« Resposta #11 Online: 19 de Outubro de 2011, 23:49:31 »
Direitista imbecil seria diferente? Um centrista imbecil, agiria diferente? Será que o componente que realmente importa aí, não é o imbecil, simplesmente?
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP
« Resposta #12 Online: 19 de Outubro de 2011, 23:55:09 »
Direitista imbecil seria diferente? Um centrista imbecil, agiria diferente? Será que o componente que realmente importa aí, não é o imbecil, simplesmente?

Sim, certamente.

Mas o caso em tela é o de um esquerdista imbecil.

E acho que ficou claro que eu não generalizei a adjetivação dele para todos os esquerdistas.
Foto USGS

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re:Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP
« Resposta #13 Online: 17 de Fevereiro de 2012, 00:22:49 »
Empresa que importou lixo hospitalar dos EUA é multada em R$ 1 mi

Caso aconteceu em outubro de 2011

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) multou em R$ 1 milhão a empresa têxtil "Na Intimidade", responsável pela importação de dois contêineres de lixo hospitalar dos Estados Unidos.

Em outubro do ano passado, os contêineres com cerca de 46 toneladas de lençóis usados em hospitais norte-americanos e manchados de sangue foram descobertas pela Vigilância Sanitária e Receita Federal no Porto de Suape, em Pernambuco. A empresa havia informado que a importação tratava-se de tecidos de algodão com defeito.

Na época, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou a empresa, proprietária da loja Império do Forro de Bolso, em R$ 6 milhões pelos danos causados por exposição do material ao meio ambiente.

Em janeiro, parte do lixo hospitalar foi devolvida aos Estados Unidos. Cerca de 40 toneladas, que estavam nos galpões da Império do Forro de Bolso, foram incineradas por determinação da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa).

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/pe/empresa-que-importou-lixo-hospitalar-dos-eua-e-multada-em-r-1-mi/n1597633779275.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!