Tópico: Chimpanzé faz o bem sem olhar a quem

[Hold the Door]

Chimpanzé faz o bem sem olhar a quem


Macacos ajudam colegas de espécie e humanos espontaneamente e sem recompensa.
Experimentos sugerem que homem não é único animal a demonstrar altruísmo.

Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo






Os primos de primeiro grau da humanidade já foram pintados como macacos sem coração, incapazes de se preocupar com o próximo, mas uma nova e rigorosa pesquisa promete recuperar a imagem dos chimpanzés (Pan troglodytes). Um grupo de pesquisadores na Alemanha usou uma série de experimentos para demonstrar que esses primatas são capazes de ações custosas para ajudar desconhecidos humanos ou membros de sua espécie, agindo de forma espontânea e sem esperar recompensas.

Trocando em miúdos: os bichos parecem ser capazes de altruísmo, coisa que hoje é normalmente considerada uma exclusividade do comportamento humano. Para Felix Werneken e seus colegas do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, em Leipzig, os achados sugerem uma origem extremamente antiga para a generosidade desinteressada que vemos no homem moderno. E voltam a mostrar que a diferença entre humanos e animais - principalmente os grandes macacos - é muito mais uma questão de grau do que um abismo intransponível.

À primeira vista, o altruísmo parece uma aberração do mundo animal. Ajudar de graça um indivíduo que não tem parentesco com você seria, em tese, um gasto inútil de energia, já que a função primária dos seres vivos é se dedicar à própria sobrevivência e reprodução.

Por isso, os biólogos evolutivos costumam explicar ações altruístas como, na verdade, nepotistas - vale a pena ajudar os próprios parentes porque eles carregam os mesmos genes que você; na prática, parte de você se reproduz com eles -, ou como situações do tipo "uma mão lava a outra": praticar uma boa ação no presente se reflete em receber uma ação desse tipo no futuro, vinda do mesmo indivíduo que você ajudou. Em resumo: não existe esse negócio de almoço grátis.

Braço forte, mão amiga

Os experimentos arquitetados por Werneken e companhia conseguiram afastar, pelo menos em parte, ambas as possibilidades, já que os chimpanzés que eles estudaram deram uma mãozinha aparentemente desinteressada a humanos que eles nunca tinham visto e a companheiros de espécie que não eram seus parentes.

Num dos testes, a equipe simulava uma briga entre dois humanos, postados do lado de fora das jaulas dos macacos. Um dos humanos tirava um pauzinho das mãos do outro e o jogava dentro da jaula. A pessoa "atacada", então, estendia o braço, tentando em vão resgatar o artefato e, quando era necessário, tentando chamar a atenção do chimpanzé chamando-o. Em outro teste, os pesquisadores colocavam comida atrás de uma porta com grades. Um dos macacos estava do outro lado da porta e não conseguia alcançar a comida. No entanto, numa jaula adjacente, estava outro primata, o qual tinha acesso a um mecanismo que permitia abrir a porta e deixar seu colega passar e pegar o alimento.

Os resultados: na imensa maioria dos casos, os bichos responderam à necessidade de humanos ou colegas de espécie entregando o pauzinho ou puxando o mecanismo para a abrir a porta, mesmo sem receber nada em troca. O mais curioso é que os resultados foram praticamente idênticos aos obtidos com bebês de um ano e meio em condições parecidas, que também mostram altruísmo espontâneao - a única diferença é que os bebês demoravam menos tempo para entender o que a pessoa queria. Tantos macacos quanto crianças realizavam a boa ação mesmo quando eram obrigados a escalar uma corda ou atravessar um pequeno labirinto para cumpri-la.

Para o pesquisador holandês Frans de Waal, que trabalha na Universidade Emory (Atlanta, EUA) e é um dos maiores especialistas em grandes macacos do mundo, os resultados são convincentes, mas não são necessariamente prova de que não há relação entre o altruísmo de humanos e chimpanzés e o interesse em algum tipo de recompensa.

Para Waal, o único jeito de o altruísmo "uma mão lava a outra" funcionar é que os animais tenham um sistema emocional interno que o favoreça. Assim, eles agiriam instintivamente de forma generosa, sem pensar conscientemente no possível benefício que deveria advir quando o indivíduo ajudado pudesse retribuir o favor.

A pesquisa acaba de ser publicada na revista científica de acesso livre "PLoS Biology" (www.plosbiology.org).

[Geotecton]

Seria uma "pancada" naqueles que acreditam e afirmam que o altruísmo é uma "dádiva de deus" para os humanos.

[Tarvf]

também seria uma pancada naqueles que acreditam que o altruismo é uma criação humana e que naturalmente somos maus.

[Pagão]

Hoje, 03JAN13, o jornal "Público", em Lisboa, publicou um artigo precisamente sobre o altruísmo nos grandes primatas, mas o estudo focava os resultados com bonobos e até concluía que "estes testes ( de partilha com desconhecidos) seriam impossíveis com chimpanzés; eles atiravam-se logo uns aos outros".
 
Estudo publicado ontem, 02JAN13, na revista online de acesso livre PLos One (em http://dx.plos.org/10.1371/journal.pone.0051922). O Estudo é de uma equipa da Universidade Duke (EUA).

[JohnnyRivers]

É uma pancada em qualquer um que diz que o altruísmo é algo somente "humano".

[Pasteur]

Altruísmo em nosso parente ainda mais distante: o cão

<a href="http://www.youtube.com/v/eDJM-gNNKGU&amp;feature=player_embedded" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/eDJM-gNNKGU&amp;feature=player_embedded</a>

[AleYsatis]

Altruísmo em nosso parente ainda mais distante: o cão

<a href="http://www.youtube.com/v/eDJM-gNNKGU&amp;feature=player_embedded" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/eDJM-gNNKGU&amp;feature=player_embedded</a>

Esse vídeo do cão me lembrou o vídeo de uns animais que nem sempre fazem o mesmo:

Menina chinesa de 2 anos é atropelada por dois veículos e ignorada por 18 pessoas (Cenas fortes):

[Pasteur]

Esse vídeo do cão me lembrou o vídeo de uns animais que nem sempre fazem o mesmo:

Menina chinesa de 2 anos é atropelada por dois veículos e ignorada por 18 pessoas (Cenas fortes):

Animais? Ah...tá...você quis dizer demônios? Tem razão! 

[AleYsatis]

Esse vídeo do cão me lembrou o vídeo de uns animais que nem sempre fazem o mesmo:

Menina chinesa de 2 anos é atropelada por dois veículos e ignorada por 18 pessoas (Cenas fortes):

Animais? Ah...tá...você quis dizer demônios? Tem razão! 

Eu quando vi esse vídeo não conseguia para de chorar, fiquei muito mal, coloquei aqui agora mas nem vi de novo... Não tenho estomago. Mas não são demônios não, são bem humanos, esse é o problema... Infelizmente todos nós, acredito eu, poderíamos fazer o mesmo dependendo de nossas criações, de nossa educação, de nossa sociedade, enfim... Bom para ver onde podemos parar...

[Filosofo Superficial]

Tem um livro de que me esqueci o nome, fala sobre evolução através de um novo paradigma, coloca de lado o "O mais forte sobrevive" "O mais bem adaptado sobrevive" e fala sobre "Os que trabalhavam melhor em grupo sobrevivem". Um amigo me falou desce livro, só não lembro o nome.

[Buckaroo Banzai]

Isso não é bem um "novo paradigma", algumas vezes as pessoas colocam algo que não é lá muito diferente como se fosse uma mudança radical para chamar mais atenção ("hype"). Colaborar é só uma outra forma de se estar adaptado, de "ser mais forte", e ainda está sujeito ao mesmo "crivo" da seleção tradicional no fim das contas, inevitavelmente só irão se perpetuar aqueles genes que dão uma tendência a colaboração que não comprometa a própria perpetuação (genética, não individual).

Tem toda uma série de questões matemáticas por trás disso, sobre a viabilidade da seleção se dar no nível de gene, indivíduo ou em grupo, mas não é nada que se diga, "meu deus, mas como isso é um paradigma totalmente novo, tudo que se supunha saber agora está provado falso". São só "configurações" particulares do mesmo processo.

[Filosofo Superficial]

Isso não é bem um "novo paradigma", algumas vezes as pessoas colocam algo que não é lá muito diferente como se fosse uma mudança radical para chamar mais atenção ("hype"). Colaborar é só uma outra forma de se estar adaptado, de "ser mais forte", e ainda está sujeito ao mesmo "crivo" da seleção tradicional no fim das contas, inevitavelmente só irão se perpetuar aqueles genes que dão uma tendência a colaboração que não comprometa a própria perpetuação (genética, não individual).

Tem toda uma série de questões matemáticas por trás disso, sobre a viabilidade da seleção se dar no nível de gene, indivíduo ou em grupo, mas não é nada que se diga, "meu deus, mas como isso é um paradigma totalmente novo, tudo que se supunha saber agora está provado falso". São só "configurações" particulares do mesmo processo.

SIm, sim, me expressei mau.

[Buckaroo Banzai]

"Mal." [/Skorpios]



http://blogs.discovermagazine.com/notrocketscience/2012/08/27/unlike-humans-chimpanzees-only-punish-when-theyve-been-personally-wronged/

[João da Ega]

"Mal." [/Skorpios]

 

[Lion]

"Mal." [/Skorpios]

 

O Skorpios tem um discípulo?? 


 

[Jovem Cético]

Já tinha lido sobre isso no livro:
EU, PRIMATA: POR QUE SOMOS COMO SOMOS
Autor: Frans de Waal

Achei o livro bem interessante, mostra vários comportamentos que temos em comum com os outros primatas.

[Gigaview]

The Naked Ape - Desmond Morris - também aborda um pouco desse assunto.
http://en.wikipedia.org/wiki/The_Naked_Ape

[Pasteur]

Mais altruísmo canino:


<a href="http://www.youtube.com/v/B6yv6bDhgxY" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/B6yv6bDhgxY</a>

[NandoR]

Esses vídeos me chocaram... é impressionante como algumas pessoas podem ser mais desumanas que certos animais.

 

[Skeptikós]

Este último comentário ao final da noticia deve ser levado em consideração, me parece convincente aceitar a ideia de que os resultados com os primatas não são suficientes para comprovar tal teoria:

Para o pesquisador holandês Frans de Waal, que trabalha na Universidade Emory (Atlanta, EUA) e é um dos maiores especialistas em grandes macacos do mundo, os resultados são convincentes, mas não são necessariamente prova de que não há relação entre o altruísmo de humanos e chimpanzés e o interesse em algum tipo de recompensa.

Para Waal, o único jeito de o altruísmo "uma mão lava a outra" funcionar é que os animais tenham um sistema emocional interno que o favoreça. Assim, eles agiriam instintivamente de forma generosa, sem pensar conscientemente no possível benefício que deveria advir quando o indivíduo ajudado pudesse retribuir o favor.

O argumento do Banzai também me aprece relevante:

Isso não é bem um "novo paradigma", algumas vezes as pessoas colocam algo que não é lá muito diferente como se fosse uma mudança radical para chamar mais atenção ("hype"). Colaborar é só uma outra forma de se estar adaptado, de "ser mais forte", e ainda está sujeito ao mesmo "crivo" da seleção tradicional no fim das contas, inevitavelmente só irão se perpetuar aqueles genes que dão uma tendência a colaboração que não comprometa a própria perpetuação (genética, não individual).

Tem toda uma série de questões matemáticas por trás disso, sobre a viabilidade da seleção se dar no nível de gene, indivíduo ou em grupo, mas não é nada que se diga, "meu deus, mas como isso é um paradigma totalmente novo, tudo que se supunha saber agora está provado falso". São só "configurações" particulares do mesmo processo.

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Altruísmo em nosso parente ainda mais distante: o cão

<a href="http://www.youtube.com/v/eDJM-gNNKGU&amp;feature=player_embedded" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/eDJM-gNNKGU&amp;feature=player_embedded</a>

Se eles possuíam algum parentesco, ou faziam parte de um mesmo grupo ou que seja alguma convivência o altruísmo acho que seria descartado, pois perder um parceiro, um membro do grupo ou um membro da família traria prejuízos de sobrevivência e/ou multiplicação da espécie. Onde neste caso tal ato de resgate do outro cão representaria um beneficio próprio para aquele que o resgatou, invalidando tal ação como altruísta.

Esse vídeo do cão me lembrou o vídeo de uns animais que nem sempre fazem o mesmo:

Menina chinesa de 2 anos é atropelada por dois veículos e ignorada por 18 pessoas (Cenas fortes):

Esta cena é pesada em, é difícil até mesmo de acreditar que seja real e não encenada.