Errado.
A alta do preço das commodities coincidiu com o início do governo de Lula, pois desde o final dos anos 70 houve muita volatilidade e com forte viés de queda a partir de meados dos anos 90, conforme mostra este ensaio, do qual reproduzo um excerto abaixo:
quote=Daniela Magalhães Prates
Em 2002, os preços de diversas commodities elevaram-se a partir dos patamares historicamente baixos atingidos em 2001. Contudo, naquele ano, ainda não se vislumbrava a emergência de um período de alta consistente dos preços. Por um lado, o último período dessa natureza ocorrera há mais de 20 anos, na segunda metade dos anos 70 (interrompendo a relativa estabilidade posterior à guerra da Coréia de 1951/53). A partir de então, os preços das commodities apresentaram alta volatilidade, simultaneamente a uma tendência de queda, que se intensificou na segunda metade dos anos 1990. Por outro lado, a recuperação dos preços foi de início liderada, principalmente, por commodities agrícolas que enfrentaram choques de oferta de origem climática (com destaque para o El Niño). No caso dos preços das commodities metálicas, mais sensíveis às flutuações cíclicas da economia global, a alta foi tímida — devido à frustração das expectativas de uma retomada mais vigorosa do crescimento, que continuou inferior à média da década passada.
Ok, está certo, mas durante um certo tempo entre 94 e 98 as commodities estavam com preços altos, abaixando até 2002.
Errado.
Ele "manteve a casa" igualzinha ao do tempo de FHC, aumentando ainda mais os superávits primários do período "neoliberal" (sic) como já mostrou o DDV. E a "casa estava arrumada" não por causa do PT e sim apesar do PT e de sua caterva apedeuta em Economia.
Exatamente esse fator demonstra que os governos de Lula e FHC não foram iguais na governança econômica. No governo do PT o aumento do superávit permitiu que o Brasil bancasse o juros e ainda amortizasse parte da dívida, aumentando o grau de confiança na economia nacional. No governo de FHC só conseguiram aumentar as dívidas ( apesar das privatizações ).
Sem dúvida, pois todo o plano Real foi elaborado na pasta comandada por FHC.
Sim, foi no governo Itamar que se aplicou o plano real e FHC capitalizou no plano político, depois sendo uma espécie de fiador político do plano.
Apesar do PT ter tentado solapar a CF de 1988 e o Plano Real de 1994.
O PT errou e acertou durante seu período de oposição, era um partido muito mais à esquerda, mas você exagera bastante nas posições ideológicas.
Sim foi o seu maior erro, mas lembre-se do contexto em que foi implementado, que foi o início do plano econômico que conteve uma inflação que tinha batido em 80,00% ao mês no início daquela década.
Mas teria que ter abandonado rápido ou nunca ter adotado tal prática.
Que era o principal instrumento de política monetária e mesmo assim os juros caíram após cada crise. E juro por juro o Brasil continua tendo a segunda maior taxa real de juros no mundo, só ficando atrás da Turquia.
Mas não tem nem comparação com aquela época. Hoje temos uma taxa de juros real entre 5 e 6%, que é alta. Se não me engano naquela época chegou a passar de 20%. Sabemos que FHC teria que ter perseguido mais que a inflação pela vias do BC, erapreciso tentar fomentar o desenvolvimento e taxas de investimento no país, para combater a inflação em dois campos, como é feito hoje, coisa que o seu governo nunca esboçou nenhuma indicação que o faria. A não ser pelas desastrosas privatizações, em que os investimentos feitos por empresas privadas aumentaram a divida pública exponencialmente.
A população do Brasil se beneficiou com um aumento de oferta sem precedentes dos serviços que foram privatizados ao mesmo tempo que o cabide de empregos para a caterva governamental foi muito diminuída, em especial na Vale do Rio Doce (hoje conhecida somente como Vale), que era um antro de esquerdistas vagabundos (sindicalistas) e de direitistas escrotos ("puxa-sacos").
E o maior erro de FHC foi não ter privatizado o resto dos "cabides de empregos" e "elefantes brancos".
As Estatais eram tudo que você disse, mas existiam meios para fazerem serem eficientes como no governo FHC se fez a Petrobrás e no governo Lula se fez o BB serem muito lucrativos. Não sou contra as privatizações feitas, até poderiam ter sido feitas sim, mas não da maneira amadora e prejudicial para as contas do Brasil, as privatizações foderam a gente muito mais do que as Estatais fodiam.
Hahahahahaha.
Sem comentários.
Pois deveria comentar. O Brasil estava no default quando FHC passou a faixa para Lula. A dívida externa passava dos 150 bi, a dívida interna era a mais alta em décadas e o Brasil precisou de 30 bi do FMI para não dar o calote. Não havia planos de investimentos, não havia políticas sociais maciças, não havia uma política monetária de longo prazo, a inflação estava na casa dos 10% e subindo, apesar do país crescendo pouco.
A "estabilidade institucional" foi conseguida nos mesmos moldes que FHC fez com o PFL: Ficou refém de um bando de pilantras e corruptos, em especial do PMDB, que somados aos do PT, resultou no maior assalto ao Estado que se tem notícia.
Tem razão em parte.
Claro, claro.
A estabilidade monetária; a legislação que conteve a sanha gastadora dos governos em geral; a legislação que estruturou o sistema bancário; o crescimento estrondoso da dívida interna pública e o cenário econômico externo favorável, como não se via desde o início dos anos 50, não tiveram nenhum papel, nenhuma contribuição neste "sucesso".
A legislação que estruturou o sistema bancário foi feita porque se descobriu a maior fraude (roubo) do sistema bancário no Brasil e talvez uma das maiores do mundo, em que o ministro do BC de FHC emprestou a um banqueiro chamado Salvatore Cacciola uma pequena fortuna de mais de 1,5 bi (dólar quase igual ao real), não se lembra do caso Marka-Fontecindam. Esse é o maior assalto que se tem notícia na história do país. Não existia outra coisa, eles tinham que sanear os bancos brasileiros o quem também custou uma fortuna em liquidações de bancos e garantias do tesouro para os correntistas. No fim, foi um mal que veio para o bem.
A dívida pública do governo federal cresceu estrondosamente no governo FHC enquanto no governo Lula mantevesse estável, esse é o fato. Senão, veja a lição de economia que a Dilma deu na jornalista de oposição Mirian Leitão.
http://www.youtube.com/v/s9jJvgD3qiQ