Deixem sua imaginação voar e divirtam-se postando aqui o texto mais nonsense que conseguirem escrever, de preferência parodiando filósofos pós-modernos.
Lá vai o primeiro:
Atlético Mineiro e a crueldade do capitalismo tardio
por: Prof. Dr. Acefalus Relativisticus
''Ideologia é o néctar do oprimido'', diz Lyotard. Atráves da análise peremptória dessa maravilhosa asserção de Lyotard esse texto pretende mostrar como a derrocada do Clube Atlético Mineiro está intimamente relacionada as crises do sistema capitalista e a constante reificação do proletariado atleticóide pela ideologia burguesa. Analisando as estruturas ontológicas do torcedor do célebre clube mineiro, podemos em uma primeira análise superficial concluir que o mesmo se encontra em estado neurastênico devido aos sucessivos e humilhantes reveses sofridos por esse clube para seu grande rival, Cruzeiro. Mas, como bem mostrou Lacan, a realidade encontra-se além de onde se pode enxergar e postular, sendo heurísticamente pré-determinada pelas estruturas oníricas que subjazem ao comportamento inconsciente do indivíduo imerso em mundo dominado pela ideologia burguesa capitalista moralizante.
A esse viés pode-se claramente observar que o recalque existente nesse sofrido torcedor deve-se mais a um circuito geral, associado a expansão do capitalismo pós-tardio e sua ideologia adjacente, ideologia essa derivada do alienante moralismo burguês.
O pensamento burguês ao negar a transcendência última da realidade, consequentemente nega também a genuína autenticidade dos pensamentos e elucubrações oníricas alimentadas pelos torcedores do Atlético. Ao negar essa realidade onírica primordial, o burguês age de forma sistemática no sentido de derrubar a auto-estima do indivíduo atleticano, fazendo-o se perfazer em um estado ôntico neurótico análogo ao Dasein heideggeriano, situação esta que força o sujeito-em-si a constantemente perfazer-se em ser-em-si.
O sujeito-em-si, ao se ver oprimido pela hegemonia cultural burguesa tende a se tornar cada vez mais agressivo, constituindo um grave problema para o estado capitalista, desse modo, com uma desfaçatez e arrogância extrema as classes dominantes tendem a relegar ao sujeito-em-si atleticano as piores e mais abstrusas humilhações, tornando-o uma mera facécia aos olhos de outros grupos marginalizados, de forma a reduzir completamente o risco de uma união dos oprimidos, entre os quais se encontram atleticanos, botafoguenses e palmeirenses. Podemos facilmente observar que as estruturas do poder e as práticas e discursos da moralidade burguesa levam ao desfalecimento dos sujeitos, tornando-os nada mais que seres fetiche em uma realidade em constante fluidez mas sem jamais escoar no mar da autenticidade e gozo, pois como ressaltou Adorno, ''a máquina gira, mas nunca sai do lugar''.
Através dessas reflexões chegamos a conclusão que os males que afligem o atleticano são sobretudo uma consequência do capitalismo ideologizante propagado pela burguesia, essa sim a maior rival do torcedor do Atlético-MG. Não nos esqueçamos da famosa frase de Rorty: ''Além de onde está a ideologia se encontra a transcendencia''.