Tópico: Comer menos mantém a mente jovem e a longevidade, diz estudo

[4 Ton Mantis]

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1023569-comer-menos-mantem-a-mente-jovem-e-a-longevidade-diz-estudo.shtml


Cientistas italianos relataram nesta segunda-feira que uma dieta rígida é capaz de preservar o cérebro dos estragos típicos da idade avançada. Em outras palavras: comer menos pode manter a mente jovem.

 Publicada no jornal americano "PNAS", a pesquisa tem como base o acompanhamento de camundongos que receberam 70% menos comida do seu consumo normal.

 Segundo os cientistas, essa dieta com restrição de calorias estimulou uma molécula de proteína, a CREB1. Ela é quem ativa uma série de genes ligados à longevidade e ao bom funcionamento do cérebro.

 "Nossa esperança é encontrar uma forma de ativar a CREB1 por meio de novas drogas para manter o cérebro jovem sem a necessidade de uma dieta rigorosa", diz o principal autor, Giovambattista Pani, pesquisador do Instituto Geral de Patologia, da Faculdade de Medicina da Universidade Católica do Sagrado Coração, em Roma.

 A CREB1 é conhecida por regular importantes funções cerebrais como memória, aprendizado e controle da ansiedade e sua atividade é reduzida ou fisiologicamente comprometida pelo envelhecimento, acrescenta o estudo.

 As cobaias geneticamente modificadas para perder a CREB1 não apresentaram nenhum dos benefícios da memória observados no grupo das que seguiram uma dieta pouco calórica. Mas tiveram as mesmas deficiências das que foram superalimentadas.

[Hold the Door]

Que boa notícia para os camundongos...

[gogorongon]

Porém, esse "comer menos" não significa jejum ou regimes suicidas. Fica o aviso, crianças.

[Gaúcho]

Morrerei em uma churrascada e feliz.

[Pregador]

Ficar passando fome a vida inteira, não ter forças para uma atividade física mais intensa, etc. De que adianta viver mais assim se restringindo sempre?

[Hold the Door]

Ficar passando fome a vida inteira, não ter forças para uma atividade física mais intensa, etc. De que adianta viver mais assim se restringindo sempre?

Se você for um camundongo, vai morrer com o cérebro jovem...

[Hipátia]

Ficar passando fome a vida inteira, não ter forças para uma atividade física mais intensa, etc. De que adianta viver mais assim se restringindo sempre?

Concordo, mas lembrei de uma frase que os médicos costumam falar bastante, algo como: " você conhece muitas pessoas idosas obesas???"

[Südenbauer]

Ficar passando fome a vida inteira, não ter forças para uma atividade física mais intensa, etc. De que adianta viver mais assim se restringindo sempre?

Comer menos não significa passar fome ou por jejum.

[D|V]

Não faz muito sentido na minha opinião.
Se hoje eu tenho uma dieta de 2.500 kcal e resolvo reduzir pra 70% (1.750 kcal), um tempo depois meu corpo terá se acostumado a executar suas funções com essa quantidade de alimentação e meu consumo 'normal', passará a ser, portanto, 1.750 kcal, não mais as 2.500 kcal de antes. É justamente por isso que pessoas que fazem dieta pra emagrecer tem que sempre tentar ir reduzindo lentamente sua ingestão calórica e/ou aumentando seu gasto calórico diário, pois o corpo se acostuma.

Nesse caso, eu teria que reduzir minha alimentação novamente afim de manter ativa essa proteína?

[Hold the Door]

Não faz muito sentido na minha opinião.
Se hoje eu tenho uma dieta de 2.500 kcal e resolvo reduzir pra 70% (1.750 kcal), um tempo depois meu corpo terá se acostumado a executar suas funções com essa quantidade de alimentação e meu consumo 'normal', passará a ser, portanto, 1.750 kcal, não mais as 2.500 kcal de antes.

O texto fala em diminuir em 70%, não diminuir para 70%. Ou seja, ingerir apenas 30% do que você normalmente ingere.

Nesse caso, eu teria que reduzir minha alimentação novamente afim de manter ativa essa proteína?

Se você for um camundongo, basta comer 30% do que come normalmente.

A tecla que estou batendo, e parece que ninguém está se ligando, é que esse é um estudo feito com camundongos apenas. Não existe qualquer evidência de que o efeito seria o mesmo em humanos ou sequer se essa proteína desempenha o mesmo papel que em ratos. Simplesmente não dá para assumir que com humanos ocorreria o mesmo que no estudo.

Nem tudo o que funciona em ratos se aplica em humanos também. É por isso que medicamentos são testados primeiro em ratos e depois em humanos e algumas vezes o efeito se mostra completamente nulo nos últimos.

[D|V]

Caramba, não prestei atenção direito, agora que eu li que é pra reduzir 70%, hehe.
Se eu ingerir só 30% do que como diariamente vou passar o dia inteiro com o estômago doendo de fome.
Isso pra quem é sedentário talvez até fosse possível, mas pra pessoas, como meu caso, que executam atividades como academia, corrida? Inviável.

Eu já tinha lido sobre isso uma vez, mas não lembro agora se falava que o estudo tinha sido executado apenas em camundongos ou em humanos também. Mas, de qualquer forma, prefiro viver com a barriga cheia do que passar fome pra ganhar alguns anos a mais.

[cney75]

A tecla que estou batendo, e parece que ninguém está se ligando, é que esse é um estudo feito com camundongos apenas.

[Gaúcho]

Impossível eu consumir 30% do que normalmente consumo. Eu faço exercícios físicos, academia e me alimento, no mínimo, 5 vezes ao dia. Não teria como diminuir meu consumo, eu simplesmente passaria MUITA fome e emagreceria muito.

[gogorongon]

Talvez seja uma questão de que comendo tão pouco, somos obrigados a nos focar no que é mais importante ou não sobrevivemos. Isso pode servir como um certo tipo de estímulo mental, mas não necessariamente significa que manteria a mente fisicamente jovem.

[Pregador]

Talvez seja uma questão de que comendo tão pouco, somos obrigados a nos focar no que é mais importante ou não sobrevivemos. Isso pode servir como um certo tipo de estímulo mental, mas não necessariamente significa que manteria a mente fisicamente jovem.

Com 30% a solução seria ficar parado, deitado, sem se mexer... Seria um belo jovem inválido....

[D|V]

30% da dieta média de um ser humano adulto de porte normal (que gira em torno de 2.200 kcal) não seria suficiente, creio eu, nem pra dar conta do metabolismo basal. Até o corpo se acostumar, acredito que o indivíduo passaria por um longo período de sofrimento (fome, cansaço, indisposição). Mesmo depois dessa adaptação, acho que a eficiência das funções básicas do corpo ficariam comprometidas, como seu corpo vai conseguir realizar tudo o que passou a vida fazendo com só 30% do combustível?

Eu acho que se esses 70% não fossem utilizados, com certeza ganharíamos quilos e mais quilos por semanas, já que é bem sabido que o corpo armazena aquilo que não usa. Se não está armazenando, está usando. Se está usando, então é porque não é algo dispensável.

Sei lá, até nos camundongos isso parece meio sem sentido pra mim.

[Sergiomgbr]

Será que levaram em consideração o metabolismo dos ratos?

[Dr. Manhattan]

A tecla que estou batendo, e parece que ninguém está se ligando, é que esse é um estudo feito com camundongos apenas.

Que eu saiba, essa notícia é velha e estudos semelhantes já foram feitos com várias outras espécies... Googlegoogle... Aha!

Primates

A study on rhesus macaques, funded by the National Institute on Aging, was started in 1989 at the University of Wisconsin–Madison and is still ongoing. This study has so far shown that caloric restriction in rhesus monkeys blunts aging and significantly delays the onset of age related disorders such as cancer, diabetes, cardiovascular disease and brain atrophy. The monkeys were enrolled in the study at ages of between 7 and 14 years; at the 20 year point 80% of the calorically restricted monkeys were still alive, compared to only half of the controls.[38] These results bore out earlier preliminary results that showed lower fasting insulin and glucose levels as well as higher insulin sensitivity and LDL profiles associated with lower risk of atherogenesis in dietary restricted animals.[39]

The most recent study conducted by Ricki J. Colman and Richard Weindruch at the University of Wisconsin used rhesus monkeys that live an average of 27 years and a maximum of 40, found that the dieting monkeys show many beneficial signs of caloric resistance, including significantly less diabetes, cancer, and heart and brain disease. However, as some of the monkeys are expected to live another 20 years, the findings are still inconclusive.[40]

fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Calorie_restriction#Effects_of_CR_on_different_organisms

[Hold the Door]

A tecla que estou batendo, e parece que ninguém está se ligando, é que esse é um estudo feito com camundongos apenas.

Que eu saiba, essa notícia é velha e estudos semelhantes já foram feitos com várias outras espécies... Googlegoogle... Aha!

O artigo publicado trata do estudo da proteína CREB1 e seu efeito sobre o envelhecimento do cérebro, coisa que não foi feita nesses estudos citados, que estudam os efeitos fisiológicos de uma maneira geral, sem considerar tanto os mecanismos envolvidos. E mesmo nesses estudos e mesmo em primatas, os resultados são ainda inconclusivos.

Em humanos é duvidoso que os benefícios possam compensar os efeitos colaterais de tanta restrição calórica. Não se sabe nem se haveria quaisquer benefícios em organismos tão grandes quanto os nossos e de necessidades tão distintas (só o cérebro exige 20% da energia consumida, mais que em qualquer outra espécie). Fora que não somos animais sedentários em uma gaiola (quer dizer, parte de nós não é...), temos gastos extra de acordo com nossas atividades e trabalho.

Aliás, existe sim um modelo de restrição calórica severa em humanos. São os que sofrem de anorexia nervosa, cujo consumo pode chegar a níveis tão baixos quanto 500 calorias por dia, 25% de uma dieta normal de 2000 calorias, não muito diferente de alguns desses estudos. Os efeitos no organismo mostram que o preço a se pagar é alto demais quando a restrição chega a esse ponto.

[Dr. Manhattan]

Não tenho opinião sobre isso, embora ache que, se for verdade, é melhor que se descubra quais a proteínas envolvidas nesse processo, mas pelo que li não se trata de fazer o indivíduo ficar desnutrido, mas fornecer apenas o mínimo de calorias diárias necessárias e nada mais.

[gogorongon]

Falando por experiência pessoal, já que passei pela situação de ficar 200 dias sem comer em um ano (comendo um dia e pulando dois): Comendo tão pouco, a chave para se realizar esforços físicos é descansar por mais tempo, porque leva mais tempo para o metabolismo acumular a energia necessária para se gastar em atividades físicas. Descansando-se por tempo suficiente, dá para realizar atividades físicas normalmente, mas o período dessas atividades físicas também precisa ser reduzido, porque a energia acaba muito rápido.

Mas a pior parte não é essa, a pior parte é que a energia disponibilizada para o cérebro também se reduz, o que diminui MUITO nossa capacidade de julgamento emocional, moral, e qualquer raciocínio subjetivo. O raciocínio objetivo também é reduzido, mas em relação a ele é possível fazer uma certa contenção de danos mudando-se nosso foco para coisas mais simples e imediatas e deixando o resto para o dia que nosso cérebro tiver condições metabólicas para processar informações mais complexas. Resumindo, numa condição dessas além de nos tornarmos burros nossos monstros são trazidos à tona. Isolamento social, com contato humano reduzido, esporádico e controlado (de preferência incluindo um psicólogo muito paciente) talvez seja a única maneira de se lidar com isso sem maiores danos.

[Hold the Door]

Não tenho opinião sobre isso, embora ache que, se for verdade, é melhor que se descubra quais a proteínas envolvidas nesse processo, mas pelo que li não se trata de fazer o indivíduo ficar desnutrido, mas fornecer apenas o mínimo de calorias diárias necessárias e nada mais.

O poblema é para obter os efeitos das pesquisas eles reduziram absurdamente a ingestão, chegando até a 85% em um dos casos. Isso é muito aquém do mínimo necessário. Em humanos a experiência com anorexia nervosa demonstrou que os danos são muito maiores do que qualquer benefício. A solução seria mesmo identificar as proteínas envolvidas e meios de aumentar sua produção sem a necessidade de restrição calórica extrema.