Sei não , me pareceu mais outro "polemista" querendo vender livros.
"Ao mesmo tempo, eu admito que, quando se elimina a fé, abre-se espaço para o surgimento de alguns perigos. Eles não vão necessariamente acontecer, mas estão lá, e precisamos ter consciência deles.
Em primeiro lugar, existe o risco do individualismo excessivo, de colocarmos o ser humano no centro de todas as coisas. Segundo, existe o risco do perfeccionismo tecnológico, de acreditarmos que a ciência e a tecnologia podem oferecer soluções para todos os problemas humanos, e que é apenas questão de tempo os cientistas resolverem todos os males da condição humana. Terceiro, sem Deus é mais fácil perdermos a perspectiva de longo prazo, e enxergarmos o momento presente como a única coisa que importa, esquecendo a efemeridade do presente e deixando de reconhecer, de uma forma positiva, a natureza minúscula de nossas conquistas. Por fim, sem Deus existe o risco de desprezarmos a importância da solidariedade e de um comportamento ético.
Mas é importante sublinhar que é perfeitamente possível não acreditar em nada e ainda assim dar valor a todas essas lições vitais, da mesma forma que alguém pode ter uma profunda fé e ao mesmo tempo ser um monstro."
Ou seja, tudo que falei no primeiro parágrafo é contrariado pelo segundo...
"Só estou tentando chamar a atenção para algumas coisas que podem se perder quando descartamos Deus de uma forma muito brusca. Com certeza podemos descartar Deus, mas podemos fazer isso com mais cuidado e reflexão, e mesmo com alguma nostalgia."
Mais um que acha que a moralidade vem de Deus, se não tivermos esse tutor moral sairemos por ai chupando carótidas como vampiros do Nelson Rodrigues.