Autor Tópico: As duas faces do Antigo Testamento  (Lida 1415 vezes)

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Offline Thadeu Augusto

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As duas faces do Antigo Testamento
« Online: 15 de Março de 2012, 09:35:32 »
Olá, ateus e agnósticos de plantão. Quando eu era cristão (não faz muito tempo assim) eu defendia ferozmente minha crença e buscava sempre "desvendar" as questões polêmicas levantadas pelos céticos, que eram geralmente exposições de incoerências encontradas na Bíblia. Uma dessas questões era o abismo moral que separava o Antigo do Novo Testamento - ou mesmo da nossa sociedade atual, como todos devem conhecer muito bem (genocídios, incestos, discriminação, tribalismo e etc.

Cheguei a escrever um texto sobre isso e gostaria que vocês analisassem-no. Se encontrarem falácias, erros de interpretação; se concordarem ou discordarem de algum ponto, ou de todos os pontos, enfim, se acharem algo que possa ser sublinhado, fiquem à vontade para compartilhar e debater sobre.

Eis o texto na íntegra (sejam ateus bonzinhos e não se assustem com o tamanho):

Citar
O tabu chamado Velho Testamento

          A principal barreira no mundo cristão, ao que se refere à leitura e à compreensão da palavra, é o Velho Testamento. Na maioria das vezes, suas passagens ou simplesmente não fazem sentido, ou agridem ao ouvido moderno. Evitar os primeiros três quartos da Bíblia passa a ser uma questão de auto-censura. É aí onde mora o perigo: essa era a Bíblia que Jesus lia. Foi nesses mesmo trechos que a revelação Divina do Filho foi-lhe dado.

          É muito importante levar em consideração a época em que se passaram suas histórias. A Idade do Bronze foi quando tudo começou - Por volta de 1800 a.C. os hebreus migraram da Palestina para o Egito. Jerusalém, por sua vez, é fundada por volta de 1004 a.C. No século VI a.C. os persas conquistam a Babilônia e libertam os hebreus. Todos esses acontecimentos ocorreram numa época bárbara, onde os mais fortes sobreviviam.

          Em cada época Deus fala com seu povo de uma forma diferente. Entretanto, não podemos esquecer que Deus é o mesmo ontem, hoje e eternamente; que Ele nunca muda; que seu caráter é o mesmo. No Jardim do Éden, antes do primeiro pecado, o homem vivia eternamente e tinha relacionamento singular com o Criador. A Palavra diz que o Senhor andava pelo jardim e conversava com o homem. Deus deveria ser um pai muito amoroso, pois toda a criação foi um presente dado a nós. Porém depois do primeiro pecado, um ciclo vicioso e degenerativo foi formado, fazendo com que a imortalidade do homem, que vinha da Árvore da Vida, fosse extinta. Distanciando-se cada vez mais, foi o homem do Senhor.

          Deus, por sua vez, foi insistente: habitava com os que lhe seguiam. Tanto é que levou para si Enoque, que na época tinha seus 300 e tantos anos. Depois do Dilúvio, apenas os que temiam a Deus foram salvos. Essa foi uma tentativa de excluir o pecado da humanidade. Mas já estava consumado. O pecado de Canaã fez com que os descendentes de Sem fossem os escolhidos por Deus para serem o seu povo. A partir daí entra a parte que a maioria dos cristãos simplesmente não engolem.

          Mesmo acontecendo o que, aos nossos olhos, se chama de barbárie, genocídio, leis desconexas, sacrifícios desnecessários, sangue "inocente" derramado, condenação por apedrejamento e etc. Entra a parte que nós preferimos simplesmente abolir da nossa Bíblia. Hoje pouco se tem aproveitado do Novo Testamento, pois como disse Jesus Cristo, "eu não vim para acabar com a Lei, mas para dar o seu sentido completo".

          Ora, numa época em que os outros povos tinham seus ídolos - sejam eles deuses ou mesmo sua idolatria ao pecado - cujas imposições nada complexas se resumiam em ofertas de sacrifícios de morte de animais e construções de templos em troca de toda sorte de auxílio e bençãos, YHVH não podería apresentar-se ao seu povo com uma base diferente (que o leitor entenda o sentido da palavra). Numa cultura pré estabelecida por outros povos, o Deus de Israel não poderia ir ao encontro das mesmas. Como alguns pregadores dizem, "pregamos como um moribundo à moribundos".

          A complexidade do Pentateuco pós libertação do Egito no que se refere às regras, leis, medidas e ordem, vem de Deus como uma estratégia de pregar como um moribundo à moribundos. Deus utiliza da mesma base do que outros povos o fazem, mas com uma complexidade aquém das imposições pagãs. Deus precisava usar cabresto curto com seu povo, para que no futuro pós Jesus Cristo, sua mensagem fosse de contraste à vida de pecado do mundo. O Senhor Deus foi amaciando o povo, que foi se adaptando às mudanças de costume, até chegar no que é hoje.

          Talvez se Deus nunca tivesse existido no meio do povo judeu com suas leis duras e punições severas, hoje não teríamos conhecido o que chamamos de Direitos Humanos, ou diplomacia, nem conhecido movimentos e revoltas como Revolução Francesa ou Industrial, que lutava por reconhecimento, democracia, liberdade e etc. Se não fosse pela base judaica e pelas transformações que o Senhor foi lentamente forjando, talvez vivêssemos num mundo bárbaro hoje.

          Mas como foi dito, não podemos esquecer da singularidade do caráter de Deus. Mesmo com regras abomináveis aos nossos olhos, Deus foi moldando o seu povo à sua maneira. Os sacrifícios de animais eram simbólicos: o que Deus queria era o arrependimento verdadeiro, a mudança. Os números de medida e os detalhes das roupas dos levitas eram simbólicos: o que Deus queria era responsabilidade do seu povo, que ele realmente amasse a Deus acima de tudo, com respeito e ordem. As punições de morte eram simbólicos (por mais que isso doa no ouvido moderno): o que Deus queria dizer era que, mesmo sendo um Deus de amor, Ele era Deus de justiça. As matanças dos outros povos era também simbólica: o que Deus queria era mostrar ao povo o quando Ele é fiel.

          Nos tempos dos reis e dos juízes, o mundo era regido pelo espírito de conquista e de luta. O nacionalismo era a voz que se ouvia dos montes. Os reinos eram erguidos e suas fronteiras eram protegidas por muralhas. Não havia diplomacia; não havia conversa. Havia divergências, combates, lutas, protecionismo. Não adianta querermos ler o Antigo Testamento sem nos adaptarmos a essa realidade. Será suicídio tentar ver a Idade do Bronze como se fosse o século XXI. Por mais que nosso cérebro mande o alerta de que Jesus não é o grande YHVH feito carne, devemos observar não a forma como Eles agiram em seus diferentes tempos (que o leitor entenda a figura de linguagem de "Eles e seus ... tempos), mas a fidelidade de Seus caráteres.

          Mesmo naquela época, Deus começou a dar sinais da Nova Aliança que Ele faria por intermédio do Verbo. Os profetas, mesmo que com suas palavras restritas e conhecimentos reservados às suas épocas, profetizaram o Servo. Desde Gênesis até Malaquias o caráter de Deus é o mesmo. Dezenas de escritores em séculos diferentes e em lugares diferentes e a mesma história: o caráter de Deus é o mesmo. Deus é o mesmo. Pode ser que a circunstância em que Ele haja seja outra, ou que a forma que Ele haja seja outra. Mas sempre com a mesma finalidade: atrair seu povo. "Sejam santos porque eu, o Senhor, Sou Santo". Isso foi dito no Novo e no Velho Testamento: mais uma prova na constância do caráter de Deus.

          O leitor da Bíblia deve adaptar sua mente antes de ler o Velho Testamento achando se tratar de uma Epístola de Paulo, que pode ser lida por partes aleatórias que ainda assim farão sentido. O leitor do Antigo Testamento deve entender o contexto, o Espírito por trás da história, o que acontece depois disso.

          Hoje, à sombra do Novo Testamento, podemos viver uma vida de amor, de perdão, de arrependimento, de submissão, de transparência e de esperança. Por sua vez, à sombra do Antigo Testamento, podemos viver uma vida de amor, de perdão, de arrependimento, de submissão, de transparência e de esperança. Devemos dizer não às barreiras que nos impedem de aprender com a Septuaginta.

          Talvez depois disso ficará mais fácil conhecer o modo de agir de Deus. Não a forma física, a que nossos olhos vêem, mas o que Ele vai mudar em nossas vidas com o seu agir, seja ele qual for. Depois de aceitar o Velho Testamento, o Novo nunca mais será o mesmo. Basta não esquecermos do crucial: foi a Bíblia que Jesus leu.[/font]

Bom, é isso. Só lembrando que a opinião acima não reflete meu atual ponto de vista. Eu apenas estava relendo meus textos antigos e achei que esse daria uma boa discussão aqui.
“‘Não houve conversão no leito de morte,’ disse Druyan. ‘Nenhum apelo a Deus, nenhuma esperança sobre uma vida pós morte, nenhuma pretensão que ele e eu, que fomos inseparáveis por vinte anos, não estávamos dizendo adeus para sempre.’
‘Ele não queria acreditar?’ ela perguntou.
‘Carl nunca quis acreditar,’ ela respondeu ferozmente. ‘Ele quis SABER.’”
Ann Druyan, esposa de Carl Sagan, na revista Newsweek

Offline D|V

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Re:As duas faces do Antigo Testamento
« Resposta #1 Online: 15 de Março de 2012, 10:01:42 »
O maior erro de raciocínio que eu encontrei aí, e que comumente é encontrado na maioria dos argumentos que giram em torno desse ponto, é supor que Deus fez isso porque 'era a única maneira de se fazer isso'. Deus ordenou genocídios, torturas, barbáries, agia como se fosse um egoísta, ignorante, intolerante, e tudo isso porque essa foi a maneira dele de guiar a humanidade para o caminho certo? Convenhamos, ele é um deus, ele, na teoria, poderia fazer isso de infinitas maneiras diferentes que poupasse toda essa abominação que é o Velho Testamento.

E além disso, notamos que Deus falhou miseravelmente nessa estratégia dele, já que os tempos atuais não diferem em muito do barbarismo de outrora.

Offline Dr. Manhattan

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Re:As duas faces do Antigo Testamento
« Resposta #2 Online: 15 de Março de 2012, 11:38:19 »
Na verdade, penso que muitos cristãos e judeus não refletem que, se Javé (a) tinha preferência especial pelos hebreus e(b) não se importava se eles agissem como bárbaros sanguinários para com os outros povos,  ele poderia tê-los dado alguns ensinamentos práticos úteis, como a receita da pólvora, regras básicas de higiene e saúde (e não as regras malucas e absurdas que existem na Bíblia), a receita do fogo grego, diagramas de balistas, catapultas e trebuchets, receita para fabricação do aço, táticas de combate (falange, por exemplo) a bússola e o astrolábio etc. etc. etc.

Ou seja: nem como líder tribal bárbaro ele era competente. :)

E além disso, notamos que Deus falhou miseravelmente nessa estratégia dele, já que os tempos atuais não diferem em muito do barbarismo de outrora.

 :hein:
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline D|V

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Re:As duas faces do Antigo Testamento
« Resposta #3 Online: 15 de Março de 2012, 11:57:17 »
Atualmente não matamos pessoas com pedradas na cabeça, mas o barbarismo, intolerância, ainda é tão forte atualmente quanto eu acredito que era há milênios atrás. Não sei, posso estar falando besteiras sem tamanho, História não é meu forte, mas o fato de sermos mais civilizados, tecnologicamente avançados, não implicou em uma redução na violência. Dois, três mil anos nos separam desses tempos primitivos, se existisse um deus com planos, e nos guiando no caminho correto, não era pra, tanto tempo depois, sermos todos parte de uma civilização mergulhadas na serenidade e na paz?

Adendo : na verdade, matamos pessoas com pedradas na cabeça sim, e de maneiras bem piores também :stunned:.
« Última modificação: 15 de Março de 2012, 11:59:36 por diegovelloso »

Offline Thadeu Augusto

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Re:As duas faces do Antigo Testamento
« Resposta #4 Online: 15 de Março de 2012, 15:47:45 »
Na verdade, penso que muitos cristãos e judeus não refletem que, se Javé (a) tinha preferência especial pelos hebreus e(b) não se importava se eles agissem como bárbaros sanguinários para com os outros povos,  ele poderia tê-los dado alguns ensinamentos práticos úteis, como a receita da pólvora, regras básicas de higiene e saúde (e não as regras malucas e absurdas que existem na Bíblia), a receita do fogo grego, diagramas de balistas, catapultas e trebuchets, receita para fabricação do aço, táticas de combate (falange, por exemplo) a bússola e o astrolábio etc. etc. etc.

Ou seja: nem como líder tribal bárbaro ele era competente. :)

Concordo com você nesse ponto. Expus no texto que, diferentemente das outras religiões, a judaica era bem complexa. Percebo hoje que foi uma grande falácia. As outras religiões são tão ou mais complexas que a judaica. Aliás, n civilizações da antiguidade foram superiores à hebraica no que diz respeito à cultura, educação, tecnologia, organização e outros indicadores de civilidade. A religião de um povo reflete quase que perfeitamente como esse povo é!

Se formos colocar a religião egípcia, tudo (ou o mais importante) girava em torno dos ciclos de cheia do Rio Nilo, uma vez que o povo egípcio dependia diretamente dele para sua colheita e, consequentemente, subsistência. Se formos traçar um paralelo dessa realidade com a religião egípcia, notamos que as oferendas, cultos e louvores também giravam em torno desse ciclo.

Da mesma forma com o povo nórdico, cujo deus Thor detinha do "martelo todo-poderoso". Esse povo também fazia suas preces pela chegada da primavera e da fertilidade vinda com a tal estação. Vou deixar de fora tantos outros exemplos para não prolongar mais que o necessário.



Com os hebreus não poderia ser diferente (a menos, é claro, se o deus dele de fato existisse... hehe). Um povo que saiu do nomadismo e passou a buscar um lugar fixo, não poupando esforços (nem sangue inocente) para isso. Não que isso fosse errado no tempo deles, porque de fato não era. As coisas funcionavam assim, como eu bem coloquei no texto acima. A diferença é que um deus do calibre de YHWH não precisava amaciar o povo por mais de cinco mil anos para alcançar o ideal de moral, se é que já alcançamos nos dias de hoje. Como o mesmo deus que teria decidido acabar com 99% num ato de impulso (dilúvio) tem a capacidade de ensinar virtudes como paciência, amor incondicional e etc?
“‘Não houve conversão no leito de morte,’ disse Druyan. ‘Nenhum apelo a Deus, nenhuma esperança sobre uma vida pós morte, nenhuma pretensão que ele e eu, que fomos inseparáveis por vinte anos, não estávamos dizendo adeus para sempre.’
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Offline Osler

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Re:As duas faces do Antigo Testamento
« Resposta #5 Online: 15 de Março de 2012, 17:22:08 »
Discussões sobre exegese do AT acabam caindo sempre nos mesmos argumentos, já que em teoria uma exegese bem feita necessita do cumprimento de uma serie de premissas e da utilização da Fé em Deus (Javé).
Por mais que Javé cometa ou permita que aconteça a maior atrocidade possível, sempre se encontrará uma "saída" retórica que não confronte o carater da onibenevolência.
Em linhas gerais:

1) Passagens da Biblia tem sentido não literal, sendo consideradas ensinamentos.  Claro que nem todos, alguns realmente são literais, cada grupo cristão determina então o que deve se levar como literal e o que não
2) A Bíblia foi inspirada em Deus, mas foi escrita pelos Homens, as imperfeições então refletem o caráter dos Homens e não o caráter de Deus
3) Existe um Plano Mestre, que nós não temos acesso, e por isso não conseguimos enxergar a justiça de Javé em sua plenitude.  Atos aparentemente bárbaros tem um significado menor, sendo apenas aparentemente bárbaros e na verdade servem a um plano maior
4) É impossível saber as reais intenções de Javé, nem a cabe a nós julga-lo e a seus atos
5) Deus é bom, não "bonzinho"(essa é terrível)
6) O que passamos em vida é nada comparável com a eternidade do pós vida, então temos que colocar esses atos sobre essa perspectiva

Todas essas juntas, com ou sem variações.  Ai vai depender da apologética de cada um.
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Thadeu Augusto

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Re:As duas faces do Antigo Testamento
« Resposta #6 Online: 16 de Março de 2012, 08:33:05 »
Por mais que Javé cometa ou permita que aconteça a maior atrocidade possível, sempre se encontrará uma "saída" retórica que não confronte o carater da onibenevolência.

É isso aí, Francisco. O fiel sempre consegue sair pela tangente com argumentos fora de lógica. Sempre haverá uma dessas desculpas que fogem do raciocínio humano (como se houvesse qualquer tipo de raciocínio sobre-humano). Ou seja, o fiel aliena completamente o seu livre-pensar em troca de conforto psicológico, ignorando as inúmeras falácias e incoerências bíblicas. Esse é o caminho mais fácil pra ele; exige menos; dói menos.  :nojo:
“‘Não houve conversão no leito de morte,’ disse Druyan. ‘Nenhum apelo a Deus, nenhuma esperança sobre uma vida pós morte, nenhuma pretensão que ele e eu, que fomos inseparáveis por vinte anos, não estávamos dizendo adeus para sempre.’
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Offline D|V

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Re:As duas faces do Antigo Testamento
« Resposta #7 Online: 16 de Março de 2012, 08:33:58 »
Uma curiosidade, Thadeu Augusto, como você abandonou a religião?

Offline Thadeu Augusto

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Re:As duas faces do Antigo Testamento
« Resposta #8 Online: 16 de Março de 2012, 08:43:27 »
Uma curiosidade, Thadeu Augusto, como você abandonou a religião?

Diego, eu vou criar um tópico exclusivo pra isso. Até porque vai ficar melhor pro pessoal visualizar caso se interesse pelo assunto. Em breve...  :ok:
“‘Não houve conversão no leito de morte,’ disse Druyan. ‘Nenhum apelo a Deus, nenhuma esperança sobre uma vida pós morte, nenhuma pretensão que ele e eu, que fomos inseparáveis por vinte anos, não estávamos dizendo adeus para sempre.’
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Offline D|V

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Re:As duas faces do Antigo Testamento
« Resposta #9 Online: 16 de Março de 2012, 08:44:30 »
Beleza, fico no aguardo.

 

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