Os economistas conhecem há muito tempo essa “doença holandesa”, que aparece quando um país se torna tão dependente da exportação de recursos naturais que sua moeda se valoriza enormemente e, como resultado, sua indústria nacional fica esmagada sob montanhas de produtos de importação baratos, enquanto suas exportações encarecem demais. O que a equipe do Pisa revelou é uma doença relacionada a essa situação: parece que as sociedades que dependem fundamentalmente de seus recursos naturais criam pais e jovens que perdem em parte seus instintos, hábitos e incentivos para se esforçarem e aperfeiçoarem seus talentos.
Uau... parece um certo país que eu conheço...
Ora Luiz F.. Esse aí é um erro muito comum quando se analisa países como o Brasil. Em uma situação hipotética na qual não houvessem bancos centrais, os economistas de hoje ficariam doidinhos, não conseguiriam imaginar crescimento sem manipulação financeira (que no fundo não ajuda em nada). Ora, por que você acha que o dólar se valoriza? É bem simples essa resposta: os americanos imprimem mais dólares que nós imprimimos reais, daí o governo vai, imprime mais reais a mandado dos nossos empresários, e o dinheiro de todos os brasileiros perde valor para que eles possam exportar por preços mais baratos (esse não é um processo simples assim na teoria, há mecanismos para esconder isso: comprando dividas que sempre aumentam, etc. Se considerarmos que são apenas uma camuflagens, a coisa se reduz ao que eu disse).
Essa ilusão de que imprimir papel é imprimir riqueza é a base dessas políticas corruptas de desvalorização do câmbio. Essa ilusão de que certos foristas tem de que o real é a moeda mais valorizada por causa do preço do Big Mac é bobagem, eles são caros devido aos impostos, a não ser que você queira acreditar que Portugal é o paraíso da Europa, pois o Big Mac lá é mais caro. Nós nunca iremos usar o dinheiro que "investimos" em dívidas americanas e europeias, eles podem simplesmente congelar esse dinheiro ou inflacionar o dólar/euro até que elas nada valham, e eles já vem fazendo isso, pois o welfare não está dando certo em lugar nenhum. Em outras palavras, nós pagamos para eles consumirem, nunca receberemos nosso dinheiro de volta e continuamos mandando mais dinheiro para lá para teoricamente recebermos empregos e indústrias, que só na ilusão de nossos políticos se manterão (não interessa se é euro ou dólar, o resultado é o mesmo).
E quando a China sair dessa brincadeira, ela acaba imediatamente, e aí o governo brasileiro não terá o que fazer, pois temos um mercado completamente travado pelo governo, basta olhar o nível de liberdade dos países:
http://www.heritage.org/index/ranking, o Brasil se encontra lá no fundo competindo com a China, que é uma ditadura declarada.
Os EUA não se tornaram potencia mundial devido a investimentos em educação e "políticas inteligentes" por parte do governo, mas sim devido a grande liberdade (relativa) da qual os cidadãos desse país desfrutavam, sem precisar rejeitar imigrantes nem nada como as economias desenvolvidas hoje fazem. Os doidos acham que o governo tem que se meter em tudo, gastar e gastar, etc, mas nós já passamos por todo tipo de política interna intrusiva e não chegamos lá ainda: Império, começo da república, era Vargas (a Dilma e Lula querem imitar esta) e ditadura militar. O Brasil nunca foi destruído por uma guerra e não consegue chegar lá, quase 200 anos de história como país independente e nada. Por outro lado, uma ex-república socialista, a Estônia, saiu dos anos noventa com uma super inflação, e em pouco mais de 20 anos já tem um PIB per captar real de quase o dobro do Brasil, não precisando de quase nada de governo para chegar lá.
Por fim, o Brasil muito provavelmente não irá "chegar lá" durante meus anos de vida, a não ser que algo muito louco aconteça: como demonstra a minha tentativa de dialogar com certas pessoas em outro tópico sobre o salário mínimo. Qualquer economista sabe que nada se ganha com ele a não ser uma "equidade" filosófica (eu não entendo como se ganha equidade com o aumento do desemprego).