Pessoal (não sei se aqui é o mais adequado - pode ser nas pergutnas idiotas sobre fisica

),
Estou lendo o livro “A Parte e o Todo” do Heisenberg (muito interessante, pois são transcrições de muitas conversas dele com outros gênios da época) e fiz uma viagem ontológica, que gostaria da opinião de vcs - E sim, Deus era uma presença constante nos pensamentos de Einstein (não o pessoal, é claro).
Tem uma discussão com o Bhor, onde ele pergunta se Bhor realmente acreditava no modelo do átomo, ou seja núcleo com elétrons em “órbitas”, comentando que não existe nenhuma força, nenhum conceito clássico que sustente o elétron nessa órbita. Bhor responde que não, que aquele modelo era uma imagem mental para facilitar a descrição do que “ocorria” qdo um átomo emitia luz.
Ou seja, como vivemos num mundo clássico, construímos modelos clássicos, baseados em nossa percepção “clássica” até mesmo onde ele pode não ser aplicável. Assim, estava viajando, e pensei na seguinte questão ontológica:
Partículas/ondas e suas proriedades existem, efetivamente (gerando a “problema onda-partícula”), ou o que existe são propriedades intrínsecas do próprio espaço (ou espaço-tempo) que se relacionam entre si. Ou seja, o fato de considerarmos a existência de partículas não é uma arbitrariedade que está associada a nossa “percepção clássica” do mundo ?
E como, entre outras coisas, a descrição/determinação espaços e suas propriedades faz parte da matemática, não seria uma grande surpresa que esta linguagem seja tão eficaz/eficiente/aderente na descrição dos fenômenos (“A Desarrazoada Eficiência da Matemática nas Ciências Naturais”), mesmo que tenhamos dificuldades, as vezes, de conciliá-las (as descrições) com nossa “linguagem clássica”.
Viajando um pouco mais, isto teria algum impacto na natureza contínua ou discreta do espaço-tempo?
Apesar da viagem, vcs vêem alguma forma de falsear isto, ou algum erro/conseqüência lógica que já inviabilize esta hipótese?
Abs
Felipe