Tópico: Ivo Cassol reclama: "Político no Brasil é muito mal remunerado"

[Luiz F.]

Ivo Cassol reclama: "Político no Brasil é muito mal remunerado"
Por Maria Lima (Marlima@bsb.oglobo.com.br) | Agência O Globo – 6 horas atrás
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BRASÍLIA - Ainda não foi desta vez que o contribuinte se viu livre de trabalhar duro para custear o pagamento de 14º e 15º salários pagos a parlamentares, sem desconto de Imposto de Renda. Por causa da pressão da opinião pública isso acabará sendo aprovado, mas não sem reclamações de alguns mais inconformados , como o senador Ivo Cassol (PP-RO), que nesta terça-feira pediu vista do projeto que acaba com a regalia, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Cassol reclama que ganha pouco e exige que os senadores que votarem a favor devolvam os salários extras que receberam até agora.

Leia também:
DF aprova fim de 14º e 15º salários de deputados

Ele é filho do senador Reditário Cassol (PP-RO), seu suplente, que no mandato foi para a tribuna defender o uso de chicote em presidiários que se negarem a trabalhar para sustentar suas famílias ao invés de ficar pendurados no auxílio reclusão.

- O político no Brasil é muito mal remunerado! Tem que atender o eleitor com pagamento de passagens, remédio, é convidado para patrono e tem que pagar as festas de formatura porque os jovens não tem dinheiro - disse Cassol.

Ao ser questionado que esse papel de atender aos carentes é do Estado e o político o faz por troca de votos, ele reagiu:

- Se for alguém bater na sua porta pedindo uma Cibalena você vai negar? O político não faz isso só por barganha de votos. Eu faço por uma questão humanitária. Tenho certeza que uma zeladora aqui da Casa ganha muito mais que vocês jornalistas.

Ao vê-lo discutir com os jornalistas do lado de fora da comissão, o senador Lindberg Faria (PT-RJ), relator do projeto, tentou argumentar:

- Essa ajuda de custo fazia sentido lá atrás quando os senadores se mudavam com suas famílias para Brasília. Isso não existe mais!

Cassol ainda se defendeu, dizendo não ser "vilão":

- Mas eu quero me inteirar melhor do projeto. Quando me perguntaram se eu concordava com o 14º e 15º salários sem imposto de renda, eu disse que o dinheiro que estava na minha conta certamente era legal. Não sou o vilão da estória. O senador que votar contra aqui , pelo fim do benefício, vai ter que provar que devolveu tudo que recebeu - respondeu Ivo Cassol.

Fonte

Deu dó agora... Lembrei daquele caso que passou uma vez na TV de um senador que passava fome e não tinha dinheiro nem pra pagar o circular pra ir para o trabalho... opa! peraí...

[Buckaroo Banzai]

VAMOS FAZER JÁ TODOS CAMPANHA PARA UMA GREVE GERAL DOS POLÍTICOS!

[-Huxley-]

O lado bom da exposição da cretinice política é que alguns políticos fazem declarações únicas que já permitem imediatamente descartá-los, o que diminui a incerteza na hora do voto (ou do não-voto).

[Derfel]

E vai continuar sendo eleito.

[Skorpios]

E vai continuar sendo eleito.

Sem dúvida.

[-Huxley-]

E vai continuar sendo eleito.

Não por mim, é claro. A conscientização individual de que não se contribuiu para a eleição de lixo também é importante. Se todo mundo fizesse sua parte...

[EuSouOqueSou]

E vai continuar sendo eleito.

Não por mim, é claro. A conscientização individual de que não se contribuiu para a eleição de lixo também é importante. Se todo mundo fizesse sua parte...

É até bonito de se dizer, mas vc nao acha que isso é uma maneira de "lavar as mãos" e dizer "estou com a consciencia tranquila", enquanto que na realidade só fazer a sua parte nao adianta de nada?

[Insight: curioso, rezar tem o mesmo efeito ]

[Sergiomgbr]

Já dizia minha avó, "quem não chora não mama". 

[gogorongon]

Realmente, a remuneração atual é injusta, eles deviam levar o que merecem.

[Derfel]

R$ 0,02?

[Skorpios]

R$ 0,02?

Você está louco? Quer jogar dinheiro fora?

[_Juca_]

Se o político for honesto ( não é blasfêmia) e viver só da política ( não é piada ) a remuneração é muito boa para a grande maioria.

[Skorpios]

Se o político for honesto ( não é blasfêmia) e viver só da política ( não é piada ) a remuneração é muito boa para a grande maioria.

Um exemplo é o Pedro Simon. Nunca ouvi que tivesse o rabo preso. Mas claro que não conheço tudo a respeito da vida dele.
Sinistros os tempos em que se tem que colocar uma ressalva quando se diz que um político é honesto.

[_Juca_]

Se o político for honesto ( não é blasfêmia) e viver só da política ( não é piada ) a remuneração é muito boa para a grande maioria.

Um exemplo é o Pedro Simon. Nunca ouvi que tivesse o rabo preso. Mas claro que não conheço tudo a respeito da vida dele.
Sinistros os tempos em que se tem que colocar uma ressalva quando se diz que um político é honesto.

Suplicy é outro exemplo, a própria Dilma é um bom exemplo.

É que muita gente tem a mania de achar que a política é suja e se distancia dela. O problema é que a política atrai os sujos, ela em si é um dos fatores mais importantes da nossa vida em sociedade, senão a mais.

[-Huxley-]

E vai continuar sendo eleito.

Não por mim, é claro. A conscientização individual de que não se contribuiu para a eleição de lixo também é importante. Se todo mundo fizesse sua parte...

É até bonito de se dizer, mas vc nao acha que isso é uma maneira de "lavar as mãos" e dizer "estou com a consciencia tranquila", enquanto que na realidade só fazer a sua parte nao adianta de nada?

[Insight: curioso, rezar tem o mesmo efeito ]

Só estou preocupado com minha coerência interna; não estou preocupado com a "má consciência" derivada da pouca influência social da minha atitude e nem com a desaprovação alheia decorrente dela. É o fraco que tende a colocar a autoridade dos valores fora de si mesmo; eu faço exatamente o oposto.

Eu sei qual é a hierarquia de minhas prioridades pessoais. Também sei a relação custo-benefício e o custo de oportunidade do ativismo político para meus interesses pessoais (não sou político, nem funcionário público, ou qualquer coisa afim!). Isso é tudo. 

[Luiz F.]

Comissão aprova fim de salários extra para Congresso
Por Ricardo Brito | Agência Estado – 3 horas atrás
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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça projeto que extingue o 14º e o 15º salários pagos aos parlamentares. Apesar do protesto de alguns senadores, todos votaram a favor do projeto da senadora licenciada e ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Pela proposta, senadores e deputados só vão receber a chamada ajuda de custo no início e no final da legislatura, e não a cada ano, como ocorre hoje.

Atualmente, cada parlamentar recebe dois salários, de R$ 26,7 mil cada, nos meses de fevereiro e dezembro. O projeto seguirá para votação pelo plenário do Senado e, se aprovado, vai para a Câmara dos Deputados.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), relator da matéria, disse que os extras, que ele chamou de "ajuda de custo", não se justificam mais. Segundo ele, a verba começou a ser paga para custear as despesas com a mudança dos parlamentares e seus familiares para o Rio de Janeiro, antiga sede do poder Legislativo, e para Brasília, com a transferência da sede.

Lindbergh disse que, embora não concorde com setores que queiram "demonizar" os políticos, o benefício não deve ser mantido. "Não dá para explicar a um trabalhador nos estados que recebemos recebendo 14º e 15º salários", afirmou.

O senador Sérgio Souza (PMDB-PR) disse que atualmente o pagamento dessa verba não se justifica mais. "Hoje Brasília está perto de qualquer capital do Brasil".

Coube ao senador Cyro Miranda (PSDB-GO) a maior reclamação pública à proposta. Apesar de votar favoravelmente, Miranda disse ter "pena" de quem sobrevive apenas com o salário de parlamentar. Não é o caso dele, disse. "Eu tenho pena daquele que é obrigado a viver com R$ 19 mil líquidos com esta estrutura que temos aqui", criticou o senador, que é empresário com patrimônio declarado à Justiça Eleitoral, em 2006, de R$ 3 milhões.

O senador Benedito de Lira (PP-AL), outro que votou favoravelmente, chegou a ironizar a proposta. Durante as discussões, ele sugeriu que, para ocupar o cargo de senador, o candidato tenha "honorabilidade".

Para dar mais "equilíbrio à discussão, a senadora Ana Amélia (PP-RS) sugeriu que fosse aprovado um projeto para proibir ministros de Estado, especialmente aqueles oriundos do Legislativo, de acumularem salário com jetons recebidos por participação em conselhos de estatais.

O senador Ivo Cassol (PP-RO), que pediu vista do projeto na semana passada, faltou à reunião por estar em agenda política no seu estado. De todo modo, Cassol pediu em documento enviado a Lindbergh Farias que a verba não seja considerada salário e sim de natureza indenizatória. A modificação excluiria a regalia da incidência de imposto de renda. O relator acatou a sugestão.

Fonte

[Luiz F.]

"Eu tenho pena daquele que é obrigado a viver com R$ 19 mil líquidos com esta estrutura que temos aqui"

A cara de pau é impressionante, tenho que admitir.

[Derfel]

Muitas vezes é uma questão de visão e da medida de padrão a que ele está acostumado. Para alguém com 3 milhões (declarados ), realmente 19 mil pode parecer pouco e o padrão de vida a que está acostumado pode significar gastos muito maiores que 19 mil. O que, claro, demonstra que o senador é um sem-noção.

[Geotecton]

[...]
É até bonito de se dizer, mas vc nao acha que isso é uma maneira de "lavar as mãos" e dizer "estou com a consciencia tranquila", enquanto que na realidade só fazer a sua parte nao adianta de nada?
[...]

E o que voce sugere que seja feito, meu caro Enjolras?

[Geotecton]

Se o político for honesto ( não é blasfêmia)...

Não é blasfêmia. É raridade.

... e viver só da política ( não é piada )...

Eis o problema: A política vira "profissão", o que eu acho péssimo.

... a remuneração é muito boa para a grande maioria.

Esta remuneração é excelente para qualquer político, principalmente porque muitos não tem sequer uma formação superior.

[Geotecton]

[...]
Lindbergh disse que, embora não concorde com setores que queiram "demonizar" os políticos, o benefício não deve ser mantido. "Não dá para explicar a um trabalhador nos estados que recebemos recebendo 14º e 15º salários", afirmou.
[...]

Demagogia pura. Não é somente aos "trabalhadores" que voces devem satisfação e sim ao conjunto da população.

[...]
Coube ao senador Cyro Miranda (PSDB-GO) a maior reclamação pública à proposta. Apesar de votar favoravelmente, Miranda disse ter "pena" de quem sobrevive apenas com o salário de parlamentar. Não é o caso dele, disse. "Eu tenho pena daquele que é obrigado a viver com R$ 19 mil líquidos com esta estrutura que temos aqui", criticou o senador, que é empresário com patrimônio declarado à Justiça Eleitoral, em 2006, de R$ 3 milhões.
[...]

As pessoas em cargos eletivos sequer deveriam receber salários.

[...]
O senador Ivo Cassol (PP-RO), que pediu vista do projeto na semana passada, faltou à reunião por estar em agenda política no seu estado. De todo modo, Cassol pediu em documento enviado a Lindbergh Farias que a verba não seja considerada salário e sim de natureza indenizatória. A modificação excluiria a regalia da incidência de imposto de renda. O relator acatou a sugestão.
[...]

Mais uma safadeza, voltada para burlar a tributação.

[Geotecton]

Muitas vezes é uma questão de visão e da medida de padrão a que ele está acostumado. Para alguém com 3 milhões (declarados ), realmente 19 mil pode parecer pouco e o padrão de vida a que está acostumado pode significar gastos muito maiores que 19 mil. O que, claro, demonstra que o senador é um sem-noção.

Um patrimônio de 3 milhões de reais não tem nada de excepcional de tal modo que um rendimento de R$ 19 mil pode ser expressivo.

[Derfel]

Na verdade são pouco que não possuem formação superior, ao menosno senado: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-44782012000100011&script=sci_arttext

[Derfel]

Muitas vezes é uma questão de visão e da medida de padrão a que ele está acostumado. Para alguém com 3 milhões (declarados ), realmente 19 mil pode parecer pouco e o padrão de vida a que está acostumado pode significar gastos muito maiores que 19 mil. O que, claro, demonstra que o senador é um sem-noção.

Um patrimônio de 3 milhões de reais não tem nada de excepcional de tal modo que um rendimento de R$ 19 mil pode ser expressivo.

Geo: declarados

[Geotecton]

Na verdade são pouco que não possuem formação superior, ao menosno senado: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-44782012000100011&script=sci_arttext

Bem, tem aqueles com "formação superior" em teologia, então...