Autor Tópico: Bomba na SciAm Brasil - Homeopatia  (Lida 1042 vezes)

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Offline EuSouOqueSou

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Bomba na SciAm Brasil - Homeopatia
« Online: 05 de Abril de 2012, 21:43:48 »
Fiquei sabendo através de blogs:

http://ceticismo.net/2012/04/04/em-defesa-da-scientific-american-contra-a-intransigencia-e-o-preconceito/
http://neveraskedquestions.blogspot.com.br/2012/04/homeopatia-na-sciam-brasil.html
http://doubtfulnews.com/2012/04/whats-this-about-homeopathy-in-scientific-american-brasil/

sobre um texto em defesa da homeopatia na Scientific American Brasil. Abaixo segue a transcrição do artigo tirado daqui > http://www.sciencebasedmedicine.org//scientific-american-declares-homeopathy-indispensable-to-planet-and-human-health/
(tbm tem um crítica bem, digamos, "amistosa")

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Eficiência Questionada da Homeopatia

Aplicação dessa técnica à agricultura acena com recuperação de plantas e ambiente

A homeopatia é conhecida como tratamento alternativo para os seres humanos, mas poucos conhecem sua utilização em animais, plantas, solos e água. Essa técnica é alvo de críticas quanto aos resultados e eficácia. Uma delas diz respeito ao “efeito placebo” de seus remédios, que não contém nenhum traço da matéria-prima utilizada em sua confecção. Para responder a essa abordagem é necessário um esclarecimento: a homeopatia não se relaciona com a química, mas com a física quântica, pois trabalha com energia, não com elementos químicos que podem ser qualificados e quantificados.

A aplicação da técnica homeopática à agricultura não é recente, como a maioria das pessoas podem considerar. Um dos primeiros estudos feitos nessa área remonta à década de 20, com pesquisas em plantas realizadas pelo casal Eugen e Lili Kolisko, baseadas nas teorias de Rudolf Steiner para agricultura biodinâmica. Desde então muitas pesquisas tem sido feitas em países como Franca, Índia, Alemanha, Suíça, Inglaterra, México, Cuba, Itália, África do Sul e Brasil. Aqui a Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, é pioneira nessa área.

Não é preciso ser especialista em saúde ou em meio ambiente para perceber que o método convencional de tratamento de pragas e enfermidades na agricultura gera um desequilíbrio no ecossistema e, consequentemente, no ser humano. Agentes patogênicos e pragas vão adquirindo, com o tempo, resistência aos agrotóxicos – que, por estratégia de mercado, passaram a ser chamados de “defensores agrícolas”. Assim, a quantidade e a agressividade desses produtos químicos tem ser aumentadas para contornar essa situação, provocando um efeito cascata desastroso: o solo se torna mais pobre e diminui sua produção; trabalhadores rurais ficam gravemente doentes pelo manuseio constante desses produtos tóxicos; as águas, incluindo as subterrâneas, são contaminadas; e os seres que dependem dos frutos da terra recebem toda essa carga de veneno, desencadeando uma série de problemas de saúde.

Com exceção das indústrias de agrotóxico e fertilizantes químicos, quem mais se beneficia com a prática desses tratamentos convencionais?

Se Hipócrates pudesse reavaliar o seu principio dos contrários, representado pela alopatia, e suas posteriores conseqüências nos seres vivos e no meio ambiente, ele o excluiria suas considerações. Já a homeopatia como técnica sustentável, economicamente viável e ecologicamente correta torna-se imprescindível ao equilíbrio do planeta e à saúde de todos os seres que nele vivem.

Autora: Nina Ximenes, bióloga, é pós-graduada em educação ambiental.

E parece que não foi trote de 1o de Abril, pois o editor SciAm BR, Ulisses Capozzoli, já se retratou do erro.

http://blogdasciam.blog.uol.com.br/arch2012-04-01_2012-04-07.html#2012_04-05_19_00_27-11592244-0

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Erro de avaliação

Ulisses Capozzoli

 

         Na edição 119, próxima ao Primeiro de Abril, e às vésperas do décimo aniversário de Scientific American Brasil (em junho) cometi um erro de avaliação numa nota sobre homeopatia, publicada na seção Avanços, que quero reconhecer tanto junto aos leitores brasileiros da revista quanto em relação à tradição quase bicentenária da edição americana, a Scientific American.

            A nota em questão está relacionada a um curso na área de homeopatia aplicada à agricultura, oferecido pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) por meio do seu departamento de fitotecnia e, de acordo com as informações, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

            O fato de se tratar de uma universidade de prestígio na área agrícola e de o curso ter patrocínio da principal agência de financiamento à pesquisa científica no Brasil, o CNPq, fizeram com que eu aceitasse e publicasse a nota produzida por uma colaboradora, bióloga, que fez o curso de 10 meses na UFV.

            Esse foi o meu erro de avaliação.

            Se um médico homeopata, dos aproximadamente 15 mil que existem no Brasil, montar um consultório e atender pacientes nesta área, não poderá ser acusado de desvio de conduta ou charlatanismo. Isso porque a homeopatia é legalmente reconhecida aqui como especialidade médica, farmacêutica e mesmo veterinária.

            Essa situação certamente relaxou meu sistema de controle sobre a referida nota e seu conteúdo, o que significa dizer que ajuda a explicar meu erro. Mas, sem dúvida, não o justifica, daí meu pedido de desculpas aos leitores e à edição original da revista.

            Até o final deste ano terei editado 18 números de Scientific American Brasil: 12 edições mensais e outras 6, bimestrais. Preparo todos os textos de cada uma dessas edições, o que significa dizer que leio cada palavra, antes e depois da revisão ortográfica. A revista, como sabem seus leitores, trata de temas nas fronteiras da ciência, com a preocupação de ter linguagem clara, precisa e conceitos inequívocos.

            Quando cometi o erro de avaliação a que me referi há pouco, atropelei o conteúdo conceitual: Scientific American, refletindo talvez a maioria das opiniões no meio científico, entende que homeopatia não é ciência.

            Leitores indignados com minha avaliação enviaram e-mails à redação e abordaram a questão na rede social, o que permitiu que eu me desse conta da falha que havia cometido. Numa madrugada com a Lua alta, quase cheia no céu, e o perfume da dama-da-noite inundando um pequeno jardim me dei conta de que o único reparo ao meu alcance é reconhecer o erro e me desculpar, como estou fazendo, com o apoio do diretor de redação, Janir Hollanda.

            Conforta-me, devo dizer o fato de a história da ciência estar repleta de falhas, algumas talvez mais radicais que a minha, mas cada uma delas devidamente reparada. Cito algumas para pura diversão dos leitores: em 1887 o químico francês Marcellin Berthelot disse que “para a ciência, o mundo de agora em diante não tem mais mistério”. Essa frase, curta e aparentemente objetiva, é considerada uma das mais imbecis de todos os tempos.

            Os canais de Marte, proclamados como de origem artificial pelo astrônomo americano Percival Lowell certamente é de conhecimento quase geral e a mesma coisa pode ser dita em relação à teoria da geração espontânea: a idéia de que ratos nasceriam naturalmente do lixo. A gênese desse conceito remonta a Aristóteles que em seus tratados Da geração dos animais e História dos animais, considera que certos insetos “vêm do orvalho que se precipita sobre as folhas”.

            A fusão a frio foi um fiasco (reproduzido em várias partes do mundo) pelos eletroquímicos Martin Fleischmann e o americano Stanley Pons, em 1989.

            E isso tudo sem falar nas medidas apuradíssimas do tamanho do cérebro humano, mas com interpretações no mínimo controvertidas, feitas pelo cirurgião Frances Paul Broca.
Escrito por blogdasciam às 18h00
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Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Hold the Door

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Re:Bomba na SciAm Brasil - Homeopatia
« Resposta #1 Online: 05 de Abril de 2012, 21:48:39 »
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Para responder a essa abordagem é necessário um esclarecimento: a homeopatia não se relaciona com a química, mas com a física quântica, pois trabalha com energia, não com elementos químicos que podem ser qualificados e quantificados.

Autora: Nina Ximenes, bióloga, é pós-graduada em educação ambiental.

 :demente: :demente: :demente: :demente: :demente:
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Offline Luiz F.

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Re:Bomba na SciAm Brasil - Homeopatia
« Resposta #2 Online: 05 de Abril de 2012, 22:24:35 »
Acho que o único benefício em se utilizar a homeopatia na agricultura seria a redução drástica do número de homeopatas no mundo. :hihi:
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
Albert Einstein

Offline Geotecton

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Re:Bomba na SciAm Brasil - Homeopatia
« Resposta #3 Online: 05 de Abril de 2012, 23:45:12 »
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Erro de avaliação

Ulisses Capozzoli
[...]

Ele errou. E reconhecer tal erro já é o bastante para mim, em especial porque Capozzoli é um ótimo editor tendo feito um magnífico trabalho na Astronomy Brasil e em todas as edições da SciAm Brasil em que participou.

Erro feito.

Erro apresentado e reconhecido.

Questão resolvida.
Foto USGS

Offline Gaúcho

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Re:Bomba na SciAm Brasil - Homeopatia
« Resposta #4 Online: 06 de Abril de 2012, 00:46:22 »
Que decepção, Nina... :nao3:
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Skorpios

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Re:Bomba na SciAm Brasil - Homeopatia
« Resposta #5 Online: 06 de Abril de 2012, 07:40:58 »
Que decepção, Nina... :nao3:

Pensei a mesma coisa. E usando pseudônimo..... :shocked:


Offline Feynman

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Re:Bomba na SciAm Brasil - Homeopatia
« Resposta #7 Online: 06 de Abril de 2012, 20:26:49 »
 :biglol:
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

 

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