A teologia da libertação junta os piores lados do marxismo com os piores lados do cristianismo, fazendo uma mistura indigesta, uma salada indigesta.....junta o complexo de culpa do cristianismo com a noção de ação social coletivista em relação a uma sociedade de milhões de pessoas inter-relacionadas economicamente do marxismo....com essa ação marxista em relação a coletivos abstratos e não à pessoas concretas....em parte o leninismo e sobretudo o stalinismo já faziam isso (justamente por causa também de influencias cristãs....da Igreja ortodoxa, embora a perseguissem oficialmente, mas tinham essas noções no subconsciente....Stalin inclusive quase tinha virado padre antes de ser comunista, estudou num seminário....
Mesmo no marxismo original, na verdade, há o problema da falta de programas técnicos antes da revolução, e de julgar que não se pode fazê-los antes da revolução, pois se não é coisa "reacionária ou utópica" e ainda que se deve reivindicar cada vez mais, pois se a reivindicação não for atendida é por causa do sistema e tem que se forçar a barra para quebrar o sistema (isso é, que há uma abundancia escondida,e para consegui-la só se deve fazer ação política pura ou mesmo militar pura e nunca técnica e também que a burguesia não pode mesmo atender essas pessoas dentro do sistema, mas que ainda assim se tem que fazer esse nível e tipo de reivindicações, e na verdade para isso, os muito eruditos em marxismo colocavam em textos curtos de divulgação de agip-trop e em discursos orais, palavras e expressões que davam a impressão de que era uma culpa e vontade consciente dos burgueses não atendê-las (embora falassem o contrário em textos maiores, mas em textos menores de agip-trop criminosamente falavam essas coisas, jogando os ricos e a classe média alta às feras da demonização) é no caso dos menos erudidos que só liam esses textos curtos de divulgação e só ouviam esses discursos orais, acreditavam mesmo nisso....
Agora, o leninismo e o stalinismo, com seus resíduos cristãos e ainda por cima numa versão de ação social com o coletivo abstrato de milhões de pessoas inter-relacionadas economicamente, e não na relação entre as pessoas concretas como no cristianismo original...quer dizer, juntaram os piores lados das duas coisas...
E na teologia da libertação (assim como no leninismo e sobretudo no stalinismo), isso chega ao cúmulo, ao absurdo...É uma coisa enormemente perigosa de levar a atrocidades.
As virtudes cristãs no verdadeiro cristianismo são virtudes para as relações entre as pessoas concretas, as pessoas com as quais as pessoas se relacionam pessoalmente, ou nas quais se pensa nesses termos, e isso relacionado a regras concretas de conduta justa. E o pecado também tem relação a essas duas coisas. O que a teologia da libertação faz, em relação a isso, uma abstração em reação a humanidade abstrata de milhões de pessoas inter-relacionadas economicamente (e o que é pior a abstração ainda maior de "humanidade do futuro") e na ação política maximalista do tipo quanto pior melhor e sem programa técnico e ainda justificando a violência para tentar fazer isso, como o Gutierrez, por exemplo, faz,...é monstruoso....é receita certa para busca de bodes expiatórios...