Esse é um sistema que já é usado em alguns casos de pais separados em alguns lugares. Não é só guarda compartilhada, essa última pode sim dar problemas em casos de divórcios conflituosos. Agora na alternada, se alternam em 1 mês a guarda total para mãe, no mês seguinte a guarta total para o pai e etc....Algunos respodem a essa hipotese que é transformar as crianças em "crianças yoyo". É que eles estão pensando só na hipotese de os filhos ficarem mudando de casa. Mas não há necessidade disso. Há a possibilidade, que já é usada em alguns casos, de que sejam CADA GENITOR ALTERNADAMENTE que muda de casa, e os filhos ficam sempre na mesma casa famíliar, com isso também, o pai não perde 100% o uso da casa que ele paga pela metade, é mais justo para o pai. Com esse sistema, tanto o pai quanto a mãe ficam com 50% do uso da casa, 50% da companhia do filho (porque, por mais que alguns digam que ter filhos só para ser ser monje carmelita descalço masoquista, na verdade, uma dois principais mótivos para se ter filhos é para ter companhia dos filhos e penso que os pais têm todo o direito de querê-lo na minha opinão, e com o pai tendo 50% da tentativa de sua continuação cultura-antropológica, tentando passar suas idéias, porque novamente, fora da mitologia pais-tem-que-ser-só-monjes-carmelitas-descalsos-masoquistas, na verdade, outro dos principais motivos para se ter filhos, é tentar passar sua cultura-antropológica de suas ideas, alias isso foi super importante para a resistencia cultural a ditaduras....e também para manter a pluralidade na sociedade como um todo, inclusive nas democracias.
Quer dizer é justo tanto para o pai quanto para a mãe, ao contrário do sistema maioritario atual, e também é mais justo do que a guarda simplesmente compartilhada, que não resolve os principais problemas, e na verdade até piora alguns.
E ao contrário da guarda simplesmente compartilhada que não da para ser feita em divórcios conflitivos, a guarda alternada não só pode como é especialmente recomendável para casos de divórcios conflitivos, por que é nesses, que a guarda unilateral permanente ou que pelo menos, dure anos, dá mais riscos de alienação parental...
Me parece o ideal, se bem que o ideal mesmo é que houvesse menos divórcios. No Brasil 25% dos casamentos terminam em divórcio. Na Espanha 33% dos casamentos terminam em divórcio, na França 50% dos casamentos terminam em divórcio e nos EUA até mesmo 65% dos casamentos terminam em divórcio (o que mostra porque outro lado que os EUA não são tão fundamentalistas assim quanto muitos dizem que eles são).
Me parece uma quantidade excessiva de divórcios, inclusive a do Brasil, 25%. Está que como era nos EUA do século XIX (em que já havia divórcio) ou do desquite no Brasil da mesma época de cerca de 1 divorcio para cada 200 casamentos, era uma hipocrisia e uma coisa com muitos efeitos colaterais, como os mostrados na peça "espectros" de Ibsen. No entanto, hoje se foi para o extremo oposto, de falta de esforço para chegar a um entendimento e em ceder ao outro. (se bem que talvez sejam mais culpados os homens do que as mulheres nisso).
Me parece que o índice de divórcio adequado para não ser nem hipocrisia sado-masoquista, nem excessivo individualismo, seria uma taxa de divórcio de 10% entre os casamentos. Nesse ponto o Brasil está menos mal do que a Espanha e bem melhor do que a França e sobretudo do que os EUA.
Mas enquanto não se diminui esse índice, pelo menos é preciso atenuar seus efeitos com a guarda alternada incluindo a casa....