Acho que isso pode ser interessante tanto a alunos, quanto professores, quanto pessoas que "estudam" qualquer coisa meio por hobby apenas.
Um super-resumo seria que é melhor estudar um pouco por dia, ao longo de vários/dias, meses, do que apenas "comprimir" todo o estudo às vésperas de um exame. É melhor tanto para exames, quanto para retenção de longo prazo. E também é melhor misturar vários tópicos em vez de se concentrar em apenas um tópico, evitando coisas muito repetitivas. Para o cérebro as repetições imediatas não reforçam tanto a memória, mas fazem perder o interesse por dar como "conhecido". Isso me parece algo bem interessante de ser levado em conta por professores, ai estruturar o conteúdo das aulas.
Mas como eu gosto muito desse assunto, irei elaborar mais. Minhas evidências anedóticas sugerem algumas coisas interessantes.
1 - testes incentivam bem o estudo, tem os que digam que basta força de vontade e blah blah blah, mas sejamos realistas, muitos poucos profissionais são formados vendo *apenas* nos livros e artigos a maior parte do que aprende. Em geral a coisa é dita em sala de aula, e o que é dito em sala de aula, é estudado e aprendido pois acaba caindo na prova (IMO nem a aula nem notas boas é o principal, mas sim a prova em si);
Evidência anedótica: caio de sono em aulas, não há vontade para estudar ou fazer nada em época de aula. Se há trabalho, tarefa ou prova "nas redondezas", a vontade e ânimo vem magicamente.
2 - Tenho minhas dúvidas que essas memórias de "curto" prazo se projetem a memórias de "longuíssimo" prazo;
Evidência anedótica e subjetiva: depois de 2 anos de faculdade, o pouco que eu uso do 1 ano ou foi realmente muito frequentemente comentado e relembrado durante esses 2 anos *ou* foi cobrado em alguma avaliação, de resto não vejo diferença entre lembrar de coisas que li uma ou duas vezes em um semestre ou estudado algo repetidamente em um semestre também.
evidência anedótica e subjetiva 2: Recentemente, fiz uma prova sobre assuntos que estudei em uma matéria há um ano mais ou menos. Nessa matéria, matei quase todas as aulas, dormi nas que não matei e estudei pelo livro nas vésperas das provas sem repetecos e passei raspando com 5,2. Desde lá não toquei no assunto até essa nova prova. Como resultado eu consegui um resultado melhor do que a "The nerd" (não estou sendo pejorativo) da minha turma e mais todo mundo que foi fazer ela de outras turmas, inclusive uma que tinha acabado de passar pela matéria. (aqui não estou insinuando que se deva dormir, matar aula e estudar na véspera, eu recomendo o contrário, ainda porque existem várias variáveis nessa história)
3 - Creio que um estudo mais organizado pode sim ajudar o aluno, mas não por lembrar de certas coisas "melhor", mas sim ajudar a que se aprenda "ideias gerais" de conteúdos diferentes (diversificando). Mas neste ponto eu creio que melhoras desse tipo deveriam vir do professor, e não ser esperada do aluno. Como dito no 1 ponto, dizer "se vira, o interessado é você, pode-se considerar nos lucros por assistir minhas palestras" é tentador e a grande maioria dos professores pensa pela mesma linha geral dessa afirmação (quando eles pensam sobre o assunto), porém, de acordo com isso pode-se dizer que qualquer um pode pegar 20 livros e se tornar um profissional sem ajuda alguma, e só esses são "aptos", um claro absurdo. O caminho para isso ao meu ver pode ser deduzido do ponto 1 sem grandes esforços mentais, portanto pulo essa explicação.
4 - Deve haver algo mais, mas agora não me lembro e tenho que estudar pois daqui a pouco tem prova.