Autor Tópico: Justiça poética entre homens assassinos  (Lida 1186 vezes)

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Offline LaraAS

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Justiça poética entre homens assassinos
« Online: 18 de Junho de 2012, 04:09:38 »

          Há um dado muito interessante. 95% dos assassinatos são feitos por homens, só que 80% deles tem como vitimas a homens. (o que não impede que os assassinos homens sejam a maioria dos assassinos de mulheres também, e não só como crime doméstico)
          Isso me parece um dado muito interessante. Uma justiça poética. Isso ocorre de modo geral em outros casos também.
          Na verdade eu acho que o tiro do quase abolicionismo penal saiu pela culatra. Isso foi feito (pelos realmente cabeças dessa estrategia, não os inocentes úteis) na verdade, por motivos de ver o crime como uma luta de classes, em que os bandidos seriam uma especie de soldados da luta de classes (o motivo verdadeiro também do desarmamento) só que isso não deu nada certo, pois no fim das contas os bandidos ficam mais é brigando entre si.
          Alguns poderiam dizer que é porque no fundo eles estão em estado de anomia, e no fundo isso pode dar certo de outro modo.
         Bom, mas os comunistas por exemplo, também foram os maiores assassinos de comunistas. Assim como islâmicos os maiores assassinos de islâmicos. (O que não impede que eles também sejam os maiores assassinos de outros). Quer dizer, no fundo esses caras parecem bastante com os citados no primeiro paragrafo. E não precisa ser assim, em todos os casos. Por exemplo, os militares brasileiros não faziam nada disso. Quer dizer isso, é mais uma coisa próxima do crime comum mesmo.


Offline Südenbauer

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Re:Justiça poética entre homens assassinos
« Resposta #2 Online: 18 de Junho de 2012, 07:12:11 »

Offline Derfel

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Re:Justiça poética entre homens assassinos
« Resposta #3 Online: 18 de Junho de 2012, 19:52:14 »
 

          Há um dado muito interessante. 95% dos assassinatos são feitos por homens, só que 80% deles tem como vitimas a homens. (o que não impede que os assassinos homens sejam a maioria dos assassinos de mulheres também, e não só como crime doméstico)
          Isso me parece um dado muito interessante. Uma justiça poética. Isso ocorre de modo geral em outros casos também.
          Na verdade eu acho que o tiro do quase abolicionismo penal saiu pela culatra. Isso foi feito (pelos realmente cabeças dessa estrategia, não os inocentes úteis) na verdade, por motivos de ver o crime como uma luta de classes, em que os bandidos seriam uma especie de soldados da luta de classes (o motivo verdadeiro também do desarmamento) só que isso não deu nada certo, pois no fim das contas os bandidos ficam mais é brigando entre si.
          Alguns poderiam dizer que é porque no fundo eles estão em estado de anomia, e no fundo isso pode dar certo de outro modo.
         Bom, mas os comunistas por exemplo, também foram os maiores assassinos de comunistas. Assim como islâmicos os maiores assassinos de islâmicos. (O que não impede que eles também sejam os maiores assassinos de outros). Quer dizer, no fundo esses caras parecem bastante com os citados no primeiro paragrafo. E não precisa ser assim, em todos os casos. Por exemplo, os militares brasileiros não faziam nada disso. Quer dizer isso, é mais uma coisa próxima do crime comum mesmo.
LaraAS, realmente não entendi nada do que você quis dizer. Foi algo como comunistas e islâmicos possuem uma atitude mais masculina ou machista e os militares brasileiros seriam mais efeminados, ou algo assim?  :|
E o que isso tem de justiça poética?  :|

Offline A Mosca

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Re:Justiça poética entre homens assassinos
« Resposta #4 Online: 18 de Junho de 2012, 20:26:06 »
O Diego Jaf não vai gostar nada disso, LaraAS...  :biglol:
Se alumia, então é lanterna...

Offline DDV

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Re:Justiça poética entre homens assassinos
« Resposta #5 Online: 18 de Junho de 2012, 20:49:01 »

          Há um dado muito interessante. 95% dos assassinatos são feitos por homens, só que 80% deles tem como vitimas a homens. (o que não impede que os assassinos homens sejam a maioria dos assassinos de mulheres também, e não só como crime doméstico)
          Isso me parece um dado muito interessante. Uma justiça poética. Isso ocorre de modo geral em outros casos também.
          Na verdade eu acho que o tiro do quase abolicionismo penal saiu pela culatra. Isso foi feito (pelos realmente cabeças dessa estrategia, não os inocentes úteis) na verdade, por motivos de ver o crime como uma luta de classes, em que os bandidos seriam uma especie de soldados da luta de classes (o motivo verdadeiro também do desarmamento) só que isso não deu nada certo, pois no fim das contas os bandidos ficam mais é brigando entre si.
          Alguns poderiam dizer que é porque no fundo eles estão em estado de anomia, e no fundo isso pode dar certo de outro modo.
         Bom, mas os comunistas por exemplo, também foram os maiores assassinos de comunistas. Assim como islâmicos os maiores assassinos de islâmicos. (O que não impede que eles também sejam os maiores assassinos de outros). Quer dizer, no fundo esses caras parecem bastante com os citados no primeiro paragrafo. E não precisa ser assim, em todos os casos. Por exemplo, os militares brasileiros não faziam nada disso. Quer dizer isso, é mais uma coisa próxima do crime comum mesmo.
LaraAS, realmente não entendi nada do que você quis dizer. Foi algo como comunistas e islâmicos possuem uma atitude mais masculina ou machista e os militares brasileiros seriam mais efeminados, ou algo assim?  :|
E o que isso tem de justiça poética?  :|

Pelo o que eu entendi, ela está dizendo que o "abolicionismo penal" (teses jurídicas que defendem um "afrouxamento" das penas e do grau de repressão a bandidos) tem como origem ideológica a tese de que os bandidos seriam "oprimidos" lutando contra o sistema social injusto e explorador. Porém, como os bandidos são quem mais matam bandidos (assim como os homens são quem mais matam homens, os comunistas quem mais matam comunistas e os islâmicos quem mais matam islâmicos), a defesa de uma menor repressão aos mesmos acaba sendo um "tiro no pé".

Já os militares brasileiros da ditadura não costumavam matar seus companheiros (ou ex-companheiros).

Não estou manifestando concordância com a tese, apenas tentei colocá-la numa linguagem mais "comum".   :hihi:
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline DDV

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Re:Justiça poética entre homens assassinos
« Resposta #6 Online: 18 de Junho de 2012, 20:56:41 »
A maioria dos textos da LaraS possui bom conteúdo e lógica. O problema é a linguagem ou forma de se expressar da mesma (que gera textos com escrita ruim e confusa) e a falta de "tato" social, o que gera textos desnecessariamente ofensivos ou cheios de preconceitos e generalizações.

Entretanto, sem querer ofender, acho os textos do Buckaroo mais confusos (na forma de escrever, não no conteúdo em si) do que os da LaraS.  :biglol:
« Última modificação: 18 de Junho de 2012, 21:00:30 por DDV »
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Justiça poética entre homens assassinos
« Resposta #7 Online: 18 de Junho de 2012, 21:30:25 »
Eu não entendi nada.

É defendido abolicionismo penal para assassinos? Me surpreenderia se isso fosse comum, em especial nos casos de latrocínio, não tanto crime passional.

Também me parece que houve a trapalhada lógica de "a maioria dos asssassinos são homens, a maior parte dos assassinados também são homens, então a maior parte dos assassinos mata assassinos/a maior parte do assassinados são assassinos." E algo ainda pior com a sugestão de que os "islâmicos" seriam os mairoes assassinos de "outros".

Offline Derfel

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Re:Justiça poética entre homens assassinos
« Resposta #8 Online: 18 de Junho de 2012, 22:57:14 »
O Diego Jaf não vai gostar nada disso, LaraAS...  :biglol:
Sei não. O harém já é conhecido há muito tempo... :biglol:

Offline LaraAS

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Re:Justiça poética entre homens assassinos
« Resposta #9 Online: 19 de Junho de 2012, 00:16:03 »

            Para DDV:


         Um das coisa que mais me faz pensar que essa é a origem idéologica do quase abolicionismo penal (pelo menos para o caso de crimes hediondos) é que alguns dos maiores defensores disso para o ocidente capitalista são os comunistas, enquanto que eles são super defensores da existencia e sobretudo da eficiencia de penas rígidas no mundo comunista (ou pelo menos eram até a bem pouco tempo atras sendo que para o ocidente capitalista eles sempre foram quase abolicionistas penais) às vezes inclusive contra "crimes" de consciencia como a artigo 58 do código penal soviético (não é a toa que agora eles são a favor das leis anti-racistas incluindo as ideas e sentimentos ou o projeto de lei para a chamada homofobia também assim, mas para os crimes hediondos físicos sem ser por motivos racistas nem homófobos nem violência domestica são a favor de diminuir as penas ou pelo menos, a favor de diminuir o tempo de aplicação da pena). Só que esse artigo 58 era bem pior que isso, e era referendado pela frase "contando que seja do interesse do proletariado" que havia no fim da declaração de direitos de todas as constituições soviéticas e nem precisa declarar estado de sítio, alerta ou qualquer coisa assim, estavam sempre condicionados. E no caso do comunismo, também defendem essas penas rígidas para os casos de crimes hediondos comuns (ao contrário do que para o capitalismo ocidental) Alguns também defende o relativismo cultural extremo para o caso de penas estilo talião em países islâmicos como a Arabia Saudita, em que se usa a lei de Talião.
             No entanto o que me parece mais revelador nessa atitude, não é tanto o dois pesos e duas metidas morais, mas sobretudo a tese que eles dizem de que isso é eficiente no comunismo. Mas então o que eles estão dizendo que esses estudos meio tecnocráticos que falam que isso não é eficiente que são usados quando se fala do capitalismo são todos fraudados....e igualmente eu percebo alguma coisa assim, quando eles dizem que foi a repressão que acabou com a guerrilha brasileira da década de 1970 ou com os maquis espanhois. Então isso funciona, então aqueles estudos pretensamente tecnocráticos que dizem que não funciona quanto se trata de decidir penas para os crimes comuns são todos fraudados. E também quando se diz que é cruel dizer que os judeus foram para as camaras de gaz "porque quiseram" que isso é absurdo, pois é claro que eles não tinham outra hipótese. Então novamente estão dizendo que isso é eficiente. É claro que eram coisas em ditaduras, mas talvez se possa fazer alguma coisa intermediaria para o caso da repressão aos crimes hediondos comuns no capitalismo, como nos tigres asiáticos, em que há as chibatadas e pena de morte para casos de crime comum hediondos, e com só um ano de processo e acabando todas as apelações nesse ano e não 20 anos para a pena de morte e todas as suas apelações como nos EUA e metade dos tigres asiáticos são considerados democracia pelos 3 principais índices de democracia citados na wikipedia, e a outra metade são considerados quase democracia, como no caso de Cingapura que tem nota maior que 5 e menos que 6 na lista do "the economist" o que já quase democracia nessa lista, que começam na nota 6.
             Eu também percebo isso quando eles falam que o cidadão comum ter armas em casa e para ficar consigo mesmo quando sai de casa para se defender dos bandidos não é eficaz pois "é impossível vencer bandidos" mas ao mesmo tempo são a favor da medida espanhola do governo republicano na guerra civil espanhola na época do golpe de julho de 1936, de armar aos partidos da frente popular e aos sindicatos de classe que deram as armas também para seus membros e simpatizantes civis comuns sem treino, ou pelo menos sem treino atualizado no caso dos tinham feito serviço militar antes e pelo menos no começo, sem estarem em disciplina militar, é claro que não foi só isso, pois metade do exército e da policia da Espanha ficou contra o golpe, e a maioria deles nas regiões onde o golpe falhou se não, inclusive eles não iriam nem sequer deixar os representantes do governo levarem as armas mas é claro que não foi só isso, essa parte do exército e da policia que ficou contra o golpe também lutou contra o golpe diretamente. No entanto mesmo considerando que os membros e simpatizantes civis pouco treinados daqueles partidos e sindicatos tenham ajudado em 50% ou mesmo em 30%, 10% que seja em lutar contra o golpe, então isso mostra que é pura mentira a tecnocracia que fala que essas coisas não funcionam. É claro que no caso da guerra civil espanhola, esses caras fizeram um bando de atrocidades, então para não se repetir isso, é que se deveria controlar as armas, mas esse já não é um argumento tecnocrático, e depois no Brasil, os bandidos do crime comum que não seguem as regras não tem dificuldade em conseguir armas, inclusive no caso dos do crime organizado, armas de guerra. Então o lado ruim disso continua existindo, eles podem fazer esse bando de atrocidades e os que seguem as regras não podem se defender, pelo menos enquanto seguirem as regras, ou então se forem defendidos com a justiça poética que eu já citei.
          E igualmente também falam que Allende deveria ter armado "o povo" (na verdade isso quer dizer dar armas aos partidos de sua coalizão e aos sindicatos de classe para que eles armem aos seus membros e simpatizantes, mas igualmente sem treinamento ou sem treinamente atualizado e sem disciplina militar, pelo menos no começo) no caso do golpe de Pinochet. Em todo caso no caso do Chile, Allende não poderia fazer isso, pois no Chile 99% do exército e da policia ficaram do lado do golpe, e com isso, eles não iam deixar as armas serem levadas e isso em qualquer parte do território.
          Também há essa atitude quando se elogia o Brizola em 1961 com relação a esse tipo de coisas também.
          E quanto aos anarquistas, na guerra civil espanhola, eles estranhamente fizeram uma aliança com pelo menos os membros raros, de baixa patente e alguns de media patente da policia nos primeiros meses da guerra civil espanhola, e usaram às vezes delegacias do Estado para fazerem atrocidades contra suspeitos de serem a favor do golpe, inclusive as vezes só por serem clérigos, empresários e negociantes inclusive pequenos e também faziam isso com assalariados de profissões administrativas, técnicas de exatas, engenharia ou capatazes. Curioso que nesse caso também houve a união de bandidos comuns hediondos pobres junto com os anarquistas e até junto com com membros da policia. Verdade que na maioria das vezes esses caras não eram mortos, mas "só" torturados, mesmo com os anarquistas "só" os torturando em uma ou duas sessões de tortura, e não em literalmente em umas 20 ou 30 como os comunistas, mas que em compensação prendiam uma proporção menor de gente, na Espanha pelo menos, sem relacionar certas profissões e atividades com ser suspeito automaticamente.
          Mas no caso dos anarquistas teoricamente os maiores abolicionistas penais, os abolicionistas penais por excelência, os primeiros que lançaram essa ideia e corrente, numa situação que levavam a serio e com pessoas que realmente consideravam bandidos eles usaram a repressão penal, a prisão, usaram enormemente, e pelo menos no sentido da quantidade de pessoas presas, as usaram mais do que os próprios comunistas ortodoxos da década de 1930, isso é as usaram mais do que os próprios stalinistas.
          Então é claro que não dá para levar a sério esse discurso nem moralmente e nem sequer tecnocraticamente. É claro que esses supostos estudos tecnocráticos a favor do abolicionismo penal ou do quase abolicionismo penal são fraudados.

 

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