Autor Tópico: A Alemanha  (Lida 2623 vezes)

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Offline _tiago

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A Alemanha
« Online: 15 de Julho de 2012, 10:58:01 »
Ao que parece, lugar onde a maioria das coisas funcionam. Tenho escutado muito elogios ultimamente. O que encontrarem, postem aqui.
Obviamente que comparações serão bem aceitas.

Offline _tiago

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Re:A Alemanha
« Resposta #1 Online: 15 de Julho de 2012, 10:59:46 »
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Por que os alemães são os americanos de ontem
Todo verão, Volkmar e Vera Kruger passam três semanas de férias no sul da França ou em algum recanto fresco da Dinamarca. Nas outras três semanas de suas férias anuais, eles praticam jardinagem ou viajam algumas horas para torcer por seu time no maior estádio de futebol da Alemanha. O casal, já na casa dos 50 anos, não é aposentado nem rico.

Eles moram em uma casinha estilo Tudor em uma cidade de classe média a cerca de 50 quilômetros a noroeste de Frankfurt. Ele é capataz numa fábrica de vidro. Ela trabalha em tempo parcial numa empresa que monitora estoques para varejistas. Suas rendas combinadas alcançam modestos US$ 40 mil anuais.

Mas os Kruger têm um padrão de vida mais alto que muitos americanos com o dobro dessa renda.

Seu segredo: pouca dívida, hábitos frugais e um governo intensamente centrado em produção alta, inflação baixa e serviços sociais abrangentes.

Isso lhes proporcionou segurança no emprego e um bom sistema de saúde além de estradas de rodagem, trens e ciclovias bem cuidados. Seus dois filhos adultos já se sustentam sozinhos, graças, em parte, ao sistema de formação profissional e aos pesados subsídios à educação universitária da Alemanha.

Por exemplo, os custos que saíram do bolso de Volkmar para uma cirurgia de estômago e dez dias de internação hospitalar não passaram de US$ 13 diários. O custo semestral da universidade para cada filho fica em torno de US$ 260.

A Alemanha, com sua base industrial e força exportadora é os EUA de antigamente, uma potência econômica diferente de todos seus vizinhos europeus. Quarta maior economia do mundo, a Alemanha prosperou com base em princípios que os EUA parecem ter gradualmente perdido. Ela administrou com firmeza seu orçamento e adotou reformas - como aumentar a idade de aposentadoria - que alguns países da zona do euro agora estão sendo obrigados a adotar. E poucos países podem igualar a capacidade da Alemanha de produzir e exportar máquinas e outros equipamentos, ou sua infraestrutura de pesquisa, aprendizagem e financiamento que sustentam a indústria."A indústria alemã é forte", disse Volkmar, falando num inglês entrecortado porque ele precisa consultar a tradução de alguns termos no seu laptop. "As pessoas trabalham bem. É por isso que a economia alemã é a melhor da Europa." Com efeito, a Alemanha foi o único país forte da zona do euro a escapar dos rebaixamentos de crédito que atingiram seus vizinhos. E o país continua a ser a âncora da economia continental.

A despeito de tudo isso, a Alemanha tem seu quinhão de desafios. A desigualdade de renda, embora menos pronunciada que nos EUA, está crescendo. A maioria dos trabalhadores, entre eles os Kruger, teve pouco ou nenhum aumento do salário real nos últimos anos. E a população do país está em declínio. E agora, com a Europa na lona, a Alemanha enfrenta uma queda em seus mercados de exportação e a perspectiva de ter de desembolsar outras dezenas de bilhões de dólares para ajudar a salvar seus vizinhos estrangulados da zona do euro.

Mesmo assim, a confiança das empresas e dos consumidores alemães tem se sustentado. A taxa de desemprego do país caiu para 6,8% no mês passado, o ponto mais baixo em duas décadas e consideravelmente inferior às taxas que prevalecem na maioria da Europa e nos EUA. E embora sua produção industrial esteja começando a desacelerar, a Alemanha até agora manteve um superávit comercial significativo com o resto do mundo, incluindo a China. A economia da Alemanha lembra a dos EUA de uma geração atrás.

Desenvolvimento. Em 1975, a indústria respondeu por cerca de 20% da produção econômica, ou o Produto Interno Bruto (PIB), dos EUA, aproximadamente o mesmo que na Alemanha hoje. De lá para cá, a participação da indústria americana no PIB caiu para cerca de 12%.

Em 1975, o déficit fiscal americano era um manejável 1% da economia, aproximadamente o mesmo que o da Alemanha hoje. No ano passado, o déficit americano alcançou cerca de 10%.

A Alemanha, como a China, promove ferozmente suas exportações e tem relutado em aumentar os gastos domésticos, frustrando Washington, que gostaria de vender mais produtos americanos no exterior. Isso pode ser bom para a Alemanha, mas muitos críticos dizem que a falta de consumo do país causa desequilíbrios pouco salutares para as economias regional e global, da mesma forma que o excesso de consumo e endividamento nos EUA.

Mas as práticas e o estilo de vida da Alemanha estão profundamente entranhados numa cultura que teme o endividamento e a inflação. Por exemplo, o país desencoraja de muitas maneiras o consumismo. Os impostos sobre bens e serviços são altos. Muitas lojas e restaurantes na Alemanha fecham aos domingos. Muitas lojas menores nem aceitam cartões de crédito.

O endividamento familiar na Alemanha vem aumentando, mas continua abaixo do existente em outros países desenvolvidos. A título de comparação, o endividamento familiar na Alemanha ficou em 97,5% da receita total após o pagamento de impostos em 2010, ante 125% nos EUA.

Mesmo assim, os Kruger e outros alemães estão vendo um aumento nos gastos descontrolados, especialmente entre os jovens. Volkmar disse que recebe muitas ofertas de cartões de crédito. O aumento do marketing não significa, contudo, que muitos consumidores estejam obtendo crédito.

"Na verdade, não é crédito fácil", disse Fasun Batmaz, gerente de uma unidade de consumo do TeamBank cujo nome, Easy Credit, oculta o processo rigoroso e os requisitos estritos. "Só um punhado consegue."

Desemprego. A taxa de desemprego mais baixa da Alemanha também reflete sua orientação para o treinamento vocacional formal.

O filho mais velho dos Kruger, Thorsten, era interessado por livros desde tenra idade, e se preparou para uma formação acadêmica. Sua filha, Nadine, recebeu um diploma profissional em assistência social que incluiu três anos de treinamento escolar após a faculdade, em que o ano final é de treinamento no emprego com metade do salário.

Cerca de um quarto de todas as empresas alemãs toma parte nesse programa de treinamento; seis em cada dez trainees acabam sendo contratados em caráter permanente, disse Dirk Werner do Instituto de Pesquisas Econômicas de Colônia.

Ele disse que a prática é a principal razão para a Alemanha ter umas das taxas de desemprego mais baixas para jovens de 15 a 24 anos - cerca de 9,7%, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico em Paris. Nos EUA, a taxa comparável é aproximadamente o dobro.

Volkmar e outros atribuem parte da taxa mais baixa de desemprego à ética do trabalho alemã. Mas os alemães trabalham, em média, menos horas por ano que os americanos graças, em parte, a cinco ou seis semanas de férias. A duração das férias dos Kruger é típica da maioria dos alemães. Quando vão à França, os Kruger acampam numa velha Kombi, mas ainda assim esperam gastar cerca de US$ 3 mil em três semanas.

Nos recentes feriados natalinos, eles fizeram uma viagem de trem de 45 minutos a Frankfurt para comprar presentes de Natal. Compraram presentes práticos: uma bandeja de café, uma tábua de cortar e uma camisola para Nadine. Para Thorsten, o casal comprou um kit de ferramentas de fabricação alemã.

Volkmar riu quando lhe foi questionado por que comprou ferramentas para o filho. Thorsten pediu, ele disse, acrescentando um pouco encabulado: "A Kombi precisa de reparos". / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK   DON LEE É JORNALISTA ESPECIALIZADO EM ECONOMIA

fonte: estadao.com.br

Skorpios

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Re:A Alemanha
« Resposta #2 Online: 15 de Julho de 2012, 15:53:16 »
Sempre tem muita coisa (óbvio) sobre a Alemanha aqui . E também nem tudo funciona tão bem. Se bem que normalmente melhor que em muitos outros lugares. :)

Offline Pagão

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Re:A Alemanha
« Resposta #3 Online: 17 de Julho de 2012, 13:21:27 »
Funciona bem desde que a Baviera, Hessen, Baden-Wuerttemberg, e Hamburgo transfiram avultadas verbas do que produzem para os demais 12 estados federados. Só a Baviera paga metade da soma das "compensações" entre os estados alemães, segundo o princípio de que "os fortes ajudam os fracos" para equiparar as condições de vida em toda  a Alemanha.

Hoje, exceto Hamburgo, os outros três estados "explorados" preparam-se para recusar este sistema e queixarem-se ao tribunal constitucional... Não há apenas diferenças de produtividade entre europeus fora da Alemanha... também há, e muito, entre alemães, mas pouco se fala disso....
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Skorpios

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Re:A Alemanha
« Resposta #4 Online: 17 de Julho de 2012, 15:01:01 »
Se não me engano as maiores diferenças entre estados são dos que faziam parte da extinta DDR e estavam falidos quando a Alemanha foi reunificada. Que com esse ônus a Alemanha ainda seja a economia mais forte da Europa, só comprova que alguma coisa eles fazem certo.

Offline TMAG

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Re:A Alemanha
« Resposta #5 Online: 17 de Julho de 2012, 15:24:00 »
Se não me engano as maiores diferenças entre estados são dos que faziam parte da extinta DDR e estavam falidos quando a Alemanha foi reunificada. Que com esse ônus a Alemanha ainda seja a economia mais forte da Europa, só comprova que alguma coisa eles fazem certo.

A despeito dos grilhões impostos pelos judeus a bela nação alemã, ainda assim os alemães demonstram sua superioridade e pureza racial, sendo o país mais próspero da Europa. Pode-se ver na história do século XX a superioridade absoluta da raça germânica, já que todas as grandes nações (EUA, Inglaterra e Alemanha) eram formadas por povos germânicos. Mesmo com a guerra imposta aos arianos pelos judeus, esses se mostram a raça perfeita, os arianos são a raça mestra, povoe o mundo inteiro apenas com nórdicos/germânicos arianos e terás uma Nova Atlântida.
''O objetivo dos Governos é sempre o mesmo: limitar o indivíduo, domesticá-lo, subordiná-lo, subjugá-lo.'' - Max Stirner

Offline Geotecton

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Re:A Alemanha
« Resposta #6 Online: 17 de Julho de 2012, 16:04:05 »
Caro TMAG.

Evite fazer este tipo de comentário sem usar pelo menos um smiley. Eu sei, pelo histórico de suas postagens, que o texto supra é uma ironia mas muitos podem considerá-lo uma trollagem.
Foto USGS

Offline SnowRaptor

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Re:A Alemanha
« Resposta #7 Online: 17 de Julho de 2012, 16:09:38 »
Isso dentre os que perceberem que você não está falando sério.
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

Offline Pagão

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Re:A Alemanha
« Resposta #8 Online: 17 de Julho de 2012, 19:40:08 »
Isso dentre os que perceberem que você não está falando sério.

Então, não era a sério... OK... Assim, já não terei de puxar pelas virtudes arianas dos visigodos e suevos na Península Ibérica... ou ainda doutros selvagens germânicos como os vândalos que deram o nome à Andaluzia...
« Última modificação: 18 de Julho de 2012, 05:43:17 por Sérgio Sodré »
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Skorpios

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Re:A Alemanha
« Resposta #9 Online: 22 de Agosto de 2012, 07:40:59 »
Achei interessante e achei que seria interessante postar aqui, pelo menos para denunciar mais um plano de dominação mundial.... :hehe:

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Vamos aprender com a Alemanha?

A Alemanha de Merkel num mundo globalizado e hiperconectado!

 

(Jorge Castro – Clarín, 19) 1. O superávit em conta corrente da Alemanha é o primeiro do mundo em relação ao PIB, superando a China. As exportações da Alemanha para China, Índia, Brasil e Rússia, somadas, eram 2,2% do total em 2000. Agora, em 2010, subiram para 20,7%, crescendo 366% nesse período. O aumento da produtividade foi de 20% entre 2000 e 2010. A chave de seu boom exportador é a potência competitiva de sua indústria manufatureira que é a primeira do mundo, em especial nos equipamentos e bens de capital, além da produção automotriz.

2. A Alemanha induziu o fechamento massivo dos setores incapazes de competir, como construção naval, consumo eletrônico, telefonia celular e vestuário. A taxa de juros real é negativa. O sistema financeiro internacional paga pelo “privilégio” de emprestar a Alemanha. O PBI industrial cresceu 9% em 2011 e os setores de maior expansão foram o automotor (+13.4%), engenharia (+13%) e produção metalomecânica (+12%).

3. A metade das exportações europeias a China são alemãs e recebe 25% das vendas da China a Europa. Na acumulação capitalista, na atual fase de globalização e hiperconexão, as políticas económicas são pouco relevantes frente às mudanças de fundo.

4. (BBC, 20) Produtividade. Horas de trabalho por ANO: México: 2.250 / Chile: 2047 / Rússia: 1981 / EUA: 1787 / Itália: 1774 / Japão: 1728 / Espanha: 1690 / Reino Unido: 1626 / Alemanha: 1413 / Holanda: 1379. (Fonte OECD)

5. Mais importante ainda para a força industrial da Alemanha é seu sistema educacional. A metade dos jovens no ensino médio está em treinamento vocacional e a metade destes em estágio em empresas. Os estagiários entre 15 e 16 anos, passam mais tempo no lugar de trabalho que na escola. E depois de três anos tem garantido o emprego. Ninguém acha isso algo menor. Assim, o sistema educacional alemão é uma espécie de fábrica de trabalhadores altamente qualificados para suprir as necessidades específicas das empresas.

Fonte

Offline Diegojaf

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Re:A Alemanha
« Resposta #10 Online: 22 de Agosto de 2012, 10:38:02 »
[...]
Os estagiários entre 15 e 16 anos, passam mais tempo no lugar de trabalho que na escola. E depois de três anos tem garantido o emprego. Ninguém acha isso algo menor. Assim, o sistema educacional alemão é uma espécie de fábrica de trabalhadores altamente qualificados para suprir as necessidades específicas das empresas.

Fonte

Exploração de trabalho infantil.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Skorpios

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Re:A Alemanha
« Resposta #11 Online: 22 de Agosto de 2012, 10:42:56 »
[...]
Os estagiários entre 15 e 16 anos, passam mais tempo no lugar de trabalho que na escola. E depois de três anos tem garantido o emprego. Ninguém acha isso algo menor. Assim, o sistema educacional alemão é uma espécie de fábrica de trabalhadores altamente qualificados para suprir as necessidades específicas das empresas.

Fonte

Exploração de trabalho infantil.

Exatamente. Agora que os judeus tem um exército e podem se defender, só restaram as pobres criancinhas para serem escravizadas.... ::)

Offline ReVo

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Re:A Alemanha
« Resposta #12 Online: 22 de Agosto de 2012, 10:45:43 »
[...]
Os estagiários entre 15 e 16 anos, passam mais tempo no lugar de trabalho que na escola. E depois de três anos tem garantido o emprego. Ninguém acha isso algo menor. Assim, o sistema educacional alemão é uma espécie de fábrica de trabalhadores altamente qualificados para suprir as necessidades específicas das empresas.

Fonte

Exploração de trabalho infantil.

Servidão disfarçada. :P

Um amigo foi iniciar o seu Doutorado em Física no Instituto Max Planck há poucos dias. O que eu poderia perguntar de interessante? Nesses dias, o meu único foco de interesse foi a beleza das germânicas geladas. :D
"Most men love money and security more, and creation and construction less, as they get older." John Maynard Keynes

"Plus ça change, plus c´est la même chose." Giuseppe Tomasi di Lampedusa

Offline Pagão

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Re:A Alemanha
« Resposta #13 Online: 15 de Outubro de 2012, 06:49:34 »
Ao que parece, lugar onde a maioria das coisas funcionam. Tenho escutado muito elogios ultimamente. O que encontrarem, postem aqui.
Obviamente que comparações serão bem aceitas.

A Alemanha tem 8 nascimentos por 1000 habitantes, o que é a mais baixa taxa de nascimentos do mundo. Mais de 1 em cada 5 habitantes (20,4%) já passou dos 65 anos. A escassez de nascimentos dura há 40 anos. As famílias com filhos são só 29% dos lares alemães. Há previsões para uma quebra de 17 milhões de habitantes em 50 anos.
Se na Alemanha a maioria das coisas funciona, o mais importante para a sobrevivência nacional deixou de funcionar..., só os imigrantes lhe podem acudir...
« Última modificação: 15 de Outubro de 2012, 06:52:47 por Sérgio Sodré »
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Offline Pagão

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Re:A Alemanha
« Resposta #14 Online: 20 de Fevereiro de 2013, 13:13:40 »
A Alemanha é o único país da União Europeia que beneficia da política do euro forte, porque exporta produtos de gama alta que se vendem no estrangeiro independentemente do seu preço e o euro forte permite-lhe reduzir o custo das suas importações, o que a leva a ser cínica no seio da Europa enquanto simula que outros estados são um peso e um encargo para os esforçados e sacrificados alemães...

De facto, a Alemanha, através do euro, está a cumprir um seu velho sonho imperialista: desindustrializar a restante Europa e reduzi-la a zonas camponesas de produção agrícola ou de conservação da Natureza e de recreio, guardando para si a indústria e o controlo das cadeias de valor..., mas chora lágrimas de jacaré e faz de vítima...   
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Offline Cumpadi

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Re:A Alemanha
« Resposta #15 Online: 20 de Fevereiro de 2013, 20:31:12 »
A Alemanha é o único país da União Europeia que beneficia da política do euro forte, porque exporta produtos de gama alta que se vendem no estrangeiro independentemente do seu preço e o euro forte permite-lhe reduzir o custo das suas importações, o que a leva a ser cínica no seio da Europa enquanto simula que outros estados são um peso e um encargo para os esforçados e sacrificados alemães...

De facto, a Alemanha, através do euro, está a cumprir um seu velho sonho imperialista: desindustrializar a restante Europa e reduzi-la a zonas camponesas de produção agrícola ou de conservação da Natureza e de recreio, guardando para si a indústria e o controlo das cadeias de valor..., mas chora lágrimas de jacaré e faz de vítima...
Nada mais ignorante que este comentário. A Alemanha pode ser o único país que defende um euro forte, mas ao mesmo tempo ela adia a auto-destruição dos países com políticos mais insanos como a Grécia, itália, Espanha e França. Assista este ano na Globo mesmo o que irá acontecer com quem adotou políticas de dinheiro "barato" como os EUA, Inglaterra, Japão, Argentina e cia (famosa "race to the bottom"). Desvalorizar a moeda é um solução para políticos que não quer parar de prometer coisas absurdas para seus cidadãos, a única coisa que faz é manipular estatísticas para fazer um governo parecer bom.

O Brasil é o país que menos importa no mundo em relação ao que exporta, pela sua lógica, deveríamos estar nadando em prosperidade e crescimento (mesmo que se use somente o PIB para medir isso, um baita erro). http://exame.abril.com.br/economia/noticias/brasil-e-o-pais-que-menos-importa-no-mundo
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Filosofo Superficial

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Re:A Alemanha
« Resposta #16 Online: 20 de Fevereiro de 2013, 21:17:24 »
Eu sei, que em relação a mecanica, os alemães são top de linhas, eles e os japoneses são os que mais inovam no ramo. Como exemplo:
Os Japas com furadeiras com ponta triangular que fazem furos quadradas, e os alemães com prensa com engrenagens não circulares, o que aumenta a velocidade em uns 30%.
"Se vivemos num mundo com tantas dimensões, como podemos fazer a distinção entre Ilusão e Realidade?"

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Offline Liddell Heart

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Re:A Alemanha
« Resposta #17 Online: 21 de Fevereiro de 2013, 00:08:50 »
Se não me engano as maiores diferenças entre estados são dos que faziam parte da extinta DDR e estavam falidos quando a Alemanha foi reunificada. Que com esse ônus a Alemanha ainda seja a economia mais forte da Europa, só comprova que alguma coisa eles fazem certo.

A despeito dos grilhões impostos pelos judeus a bela nação alemã, ainda assim os alemães demonstram sua superioridade e pureza racial, sendo o país mais próspero da Europa. Pode-se ver na história do século XX a superioridade absoluta da raça germânica, já que todas as grandes nações (EUA, Inglaterra e Alemanha) eram formadas por povos germânicos. Mesmo com a guerra imposta aos arianos pelos judeus, esses se mostram a raça perfeita, os arianos são a raça mestra, povoe o mundo inteiro apenas com nórdicos/germânicos arianos e terás uma Nova Atlântida.


Mandei um e-mail te denunciando para a polícia federal, com o link do tópico, e já tirei um print caso você tente apagar.  ::)

Moderação, deem ban nesse criminoso e fechem o tópico,
grato.
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Offline Liddell Heart

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Re:A Alemanha
« Resposta #18 Online: 21 de Fevereiro de 2013, 00:12:36 »
Ao que parece, lugar onde a maioria das coisas funcionam. Tenho escutado muito elogios ultimamente. O que encontrarem, postem aqui.
Obviamente que comparações serão bem aceitas.

Se a maioria das coisas funcionam na Alemanha, TODAS as coisas funcionam no Canadá. Tentem refutar esse fato se puderem ou convivam com o fato da Naomi Klein ser superior a você.

(falando sério, parece que a Naomi não envelhece. Será que o sistema de saúde canadense tem cobertura para tratamentos estéticos?)
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Offline Pagão

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Re:A Alemanha
« Resposta #19 Online: 21 de Fevereiro de 2013, 06:52:33 »
A Alemanha é o único país da União Europeia que beneficia da política do euro forte, porque exporta produtos de gama alta que se vendem no estrangeiro independentemente do seu preço e o euro forte permite-lhe reduzir o custo das suas importações, o que a leva a ser cínica no seio da Europa enquanto simula que outros estados são um peso e um encargo para os esforçados e sacrificados alemães...

De facto, a Alemanha, através do euro, está a cumprir um seu velho sonho imperialista: desindustrializar a restante Europa e reduzi-la a zonas camponesas de produção agrícola ou de conservação da Natureza e de recreio, guardando para si a indústria e o controlo das cadeias de valor..., mas chora lágrimas de jacaré e faz de vítima...
Nada mais ignorante que este comentário. A Alemanha pode ser o único país que defende um euro forte, mas ao mesmo tempo ela adia a auto-destruição dos países com políticos mais insanos como a Grécia, itália, Espanha e França. Assista este ano na Globo mesmo o que irá acontecer com quem adotou políticas de dinheiro "barato" como os EUA, Inglaterra, Japão, Argentina e cia (famosa "race to the bottom"). Desvalorizar a moeda é um solução para políticos que não quer parar de prometer coisas absurdas para seus cidadãos, a única coisa que faz é manipular estatísticas para fazer um governo parecer bom.

O Brasil é o país que menos importa no mundo em relação ao que exporta, pela sua lógica, deveríamos estar nadando em prosperidade e crescimento (mesmo que se use somente o PIB para medir isso, um baita erro). http://exame.abril.com.br/economia/noticias/brasil-e-o-pais-que-menos-importa-no-mundo

OK! Essas são as minhas convicções..., mas se não lhe agradam tenho outras... Sieg Heil! A Alemanha conduzirá toda a Europa à vitória! :ok: :?

Toda esta questão é decerto bem complexa, mas a verdade é que os países menos industrializados e que estão a fazer um grande esforço para melhorar a qualidade e quantidade das suas exportações esbarram com um euro muito forte..., e sem vender como enfrentar as dívidas e o pagamento dos empréstimos e dinamizar a economia? Até porque os seus mercados internos estão a ser destruídos por falta de poder de compra e aumento galopante do desemprego...
« Última modificação: 21 de Fevereiro de 2013, 07:13:18 por Pagão »
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Offline Vento Sul

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Re:A Alemanha
« Resposta #20 Online: 21 de Fevereiro de 2013, 08:24:51 »

A Alemanha tem 8 nascimentos por 1000 habitantes, o que é a mais baixa taxa de nascimentos do mundo. Mais de 1 em cada 5 habitantes (20,4%) já passou dos 65 anos. A escassez de nascimentos dura há 40 anos. As famílias com filhos são só 29% dos lares alemães. Há previsões para uma quebra de 17 milhões de habitantes em 50 anos.
Se na Alemanha a maioria das coisas funciona, o mais importante para a sobrevivência nacional deixou de funcionar..., só os imigrantes lhe podem acudir...
Quer dizer que a famosa Salsicha alemã não está funcionando muito bem, e já faz tempo... é nem tudo funciona bem lá...
« Última modificação: 21 de Fevereiro de 2013, 09:12:31 por Vento Sul »
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Resumindo: Ou acreditamos em mágica ou não!
 
 
 
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Offline Cumpadi

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Re:A Alemanha
« Resposta #21 Online: 21 de Fevereiro de 2013, 10:00:22 »

OK! Essas são as minhas convicções..., mas se não lhe agradam tenho outras... Sieg Heil! A Alemanha conduzirá toda a Europa à vitória! :ok: :?
A Alemanha não conduzirá ninguém a vitória, por que o que há lá é uma pseudo austeridade. Assim como em todo lugar do mundo, basicamente. Os governos chamam de "cortes", diminuição na velocidade de crescimento dos gastos. A Alemanha mesmo não é um país tão austero como querem que pensemos.
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Toda esta questão é decerto bem complexa, mas a verdade é que os países menos industrializados e que estão a fazer um grande esforço para melhorar a qualidade e quantidade das suas exportações
Governos não exportam nada e não podem fazer nada para melhorar a "qualidade" das exportações (visto que isso é algo subjetivo), eles podem somente subsidiar os cidadãos de outros países a comprarem mais do seu. Só um otário exporta e não importa de volta. Vai ver joga o dinheiro no fundo do oceano e conta vantagem? Não há lógica nisso, mas é isso o que tal política cambial defende.

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esbarram com um euro muito forte..., e sem vender como enfrentar as dívidas e o pagamento dos empréstimos e dinamizar a economia? Até porque os seus mercados internos estão a ser destruídos por falta de poder de compra e aumento galopante do desemprego...
Uma economia dinâmica é uma economia em que as coisas possam mudar, salários possam se adaptar. E os preços possam BAIXAR também. O problema é que os governos de lá prometeram aos seus trabalhadores algo que a economia não pode fornecê-los, criminalizando a produtividade. Resultado é o desemprego/ empobrecimento. Os exportadores ganham com a desvalorização cambial, *às custas da população*. E lembro que não há neutralidade quando o dinheiro é impresso, algumas pessoas ganham bem mais que outras nessa brincadeira, distorcendo e prejudicando ainda mais a saúde do país em questão.

Tudo isso, claro, decorre da ideia errônea de que deflação é coisa do demo.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Cumpadi

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Re:A Alemanha
« Resposta #22 Online: 21 de Fevereiro de 2013, 10:58:46 »

Se a maioria das coisas funcionam na Alemanha, TODAS as coisas funcionam no Canadá. Tentem refutar esse fato se puderem ou convivam com o fato da Naomi Klein ser superior a você.

(falando sério, parece que a Naomi não envelhece. Será que o sistema de saúde canadense tem cobertura para tratamentos estéticos?)
Lembro que quando fui no Canadá, uma professora comentou que tinha longas filas para conseguir uma consulta, e nessa brincadeira de tentar a consulta descobriu que começaram a abrir negócios consultórios privados lá.

Bem, cada acha o que quiser sobre sistema de saúde, eu prefiro transparência nos custos dos serviços, sem terceirização forçada de custos.

Claro que o foco dos socialistas ao contar a história é outro. No caso de Santa Maria, por exemplo, nem se ouviu o fato de que os burocratas da Anvisa ainda não haviam regularizado o melhor medicamento do mercado para o tratamento de pacientes que inalaram fumaça. Mas fazer o que.
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Offline Derfel

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Re:A Alemanha
« Resposta #23 Online: 21 de Fevereiro de 2013, 19:40:18 »

Se a maioria das coisas funcionam na Alemanha, TODAS as coisas funcionam no Canadá. Tentem refutar esse fato se puderem ou convivam com o fato da Naomi Klein ser superior a você.

(falando sério, parece que a Naomi não envelhece. Será que o sistema de saúde canadense tem cobertura para tratamentos estéticos?)
Lembro que quando fui no Canadá, uma professora comentou que tinha longas filas para conseguir uma consulta, e nessa brincadeira de tentar a consulta descobriu que começaram a abrir negócios consultórios privados lá.

Bem, cada acha o que quiser sobre sistema de saúde, eu prefiro transparência nos custos dos serviços, sem terceirização forçada de custos.

Claro que o foco dos socialistas ao contar a história é outro. No caso de Santa Maria, por exemplo, nem se ouviu o fato de que os burocratas da Anvisa ainda não haviam regularizado o melhor medicamento do mercado para o tratamento de pacientes que inalaram fumaça. Mas fazer o que.
Mas o que se tem que passar por análises e pareceres técnicos para regulamentar medicamentos...

Offline Pagão

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Re:A Alemanha
« Resposta #24 Online: 04 de Abril de 2013, 12:34:21 »
Em 1995: 10% dos alemães mais ricos possuíam 45% da riqueza privada do país; 50% da população mais desfavorecida possuía 4% da riqueza privada do país; 15% dos alemães tinham um trabalho precário.
Em 2013: 10% dos alemães mais ricos possuem 53% da riqueza privada do país; 50% da população mais desfavorecida possui 1% da riqueza privada do país; 25% dos alemães têm um trabalho precário.

Os estados alemães da Baviera e de Hesse, contribuintes líquidos dos fundos de coesão germânicos (juntamente com o Baden-Wurttemberg), pediram formalmente ao tribunal constitucional para alterar o modelo de solidariedade entre as diferentes regiões do país... Ou seja, mesmo no interior da Alemanha, e não só no resto da Europa, os mais ricos não querem pagar pelos mais pobres...

artigo "Ricos contra a Solidariedade", Juan Gomez em Berlim, revista Visão, 4 de Abril 2013
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

 

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