Autor Tópico: Os lados bons dos nígero-congoleses  (Lida 1545 vezes)

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Offline LaraAS

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Os lados bons dos nígero-congoleses
« Online: 20 de Julho de 2012, 11:00:45 »
               Aquele cara estava zoando naquele tópico do papo-furado mais há coisas sérias sobre o assunto. Agora eu não acho que caracteristicas do tipo reconstruidas, redescobertas no Brasil e no ocidente desde a década de 1960 venham em linha reta disso, mas é interessante ver que foi uma redescorta de uma coisa que eles já tinham na África, sinal que nisso eles eram superiores, pelo menos nisso.
              Os negros nigero-congoleses originais (grupos do qual o principal é o dos bantos) não tinham tabu da virgindade feminina, nem dois pesos e duas metidas entre o comportamento sexual entre homens e mulheres, tinham namoros antes do casamento com os jovenzinhos transando antes do casamento e sem nem precisar esconder isso, com isso sendo considerado normal, e tinham métodos anticoncepcionais permitidos e divulgados. Também tinham divórcio, matrinalieridad com o tio paterno fazendo o papel de pai social e com isso, dava para o homem passar a herança para os que tinham os seus genes e ao mesmo tempo dar liberadade sexual para a mulher, inclusive a casada. E eles não tinham a instituição da prostituição, não tinham nem sequer palavra para designar isso. Quer dizer, todas as mulheres só transavam por prazer,sem nenhuma coação econômica.
               Já em compensação os negros camitas que são os negros afro-asiáticos, eram (e são) justamente o contrário, com o maior dois pesos e duas medidas do mundo em relação à sexualidade masculina e feminina e ao mesmo com escravas sexuais para os homens poderem transar com várias mulheres à vontade e ao mesmo tempo, manter a estrutura geral da sociedade baseada na virgindade das noivas, e da vigilância total sobre as mulheres casadas. E com infabulação e ablação do clitores (às vezes inclusive das escravas sexuais). E com um patriarcalismo patológico com um enorme fetiche, dos seus genes físicos nos herdeiros físicos e com proibição e não divulgação de métodos anticonceptivos.
                Quer dizer, beleza não põe mesa. Os negros (ou talvez fossem e sejam na verdade mulatos) camitas ou afro-asiaticos eram mais bonitos do que os negros nígero congoleses, mas em tipo de sociedade eram muito piores, nisso sim é que eles eram horriveis. E me parece que uma sociedade mais equilibrada é mais importante do que a beleza.
                Hoje em dia, depois de irem uns missionarios cristãos chatos lá, essas caracteristicas libertarias dos nigero-congoleses diminuiram de proporção com hoje 80% dos nigero-congoleses convertidos ao cristianismo, e 40% de cristãos praticantes mais do que os 10% dos cristãos praticantes da Europa, América Latina, América anglo-saxônica e oceania anglo-saxônica, Quer dizer hoje os nigero-congoleses são mais reprimidos sexualmete do que os ocidentais, inverteu, tudo por causa dos missionarios cristãos idiotas e hoje há a instituição da prostituição entre os nígero-congoleses. Mas nem de longe a sociedade dos negros nígero-congoleses ficou tão ruim quanto a sociedade dos negros (ou talvez sejam mulatos) camitas, afro-asiáticos é e sempre foi.
               Agora, a sexualidade das escravas negras e mulatas na escravidão nas Américas, não tem nada a ver com isso, rigorosamente nada a ver com isso. Tanto é que acontecia a mesma coisa com as escravas tanto nígero-congolesas quanto quanto camitas. Era simplesmente um estupro coletivo que levava mais é a frigidez em grande parte delas, verdade que às vezes levava à ninfomania, mas mesmo a ninfomania não é realmente uma sexualidade baseada no prazer, o prazer da ninfomanica é menor do que o de uma não nifomaniaca contanto que a não-ninfomaniaca não seja frígida.
               Agora às vezes, havia menos repressão à sexualidade das escravas negras e mulatas, do que às mulheres brancas, mas isso não porque as brancas fossem por si mesmas, mais certinhas, tanto é que precisavam ser vigiadas. E também internamente as negras e mulatas estavam reprimidas, mesmo no caso das ninfomaniacas, como eu já expliquei acima.
               Não tem nada a ver com a saudavel e libertaria sexualidade das nígero-congolesas antes da cristianização (em que também havia inclusive a noção de estupro no casamento e possibilidade da mulher se divorciar por isso). Quer dizer uma coisa não tem nada a ver com a outra. Falar isso é confundir alhos com bugalhos.
« Última modificação: 20 de Julho de 2012, 16:12:15 por LaraAS »

Offline LaraAS

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Re:Os lados bons dos nígero-congoleses
« Resposta #1 Online: 20 de Julho de 2012, 12:58:45 »
           Ah....explicando melhor o título. É claro que os lados maus não são exatamente a aparência. Isso foi implicância minha naquele tópico bobo.
           Mas os nígeros congolenses brigam muito entre si (e já era assim antes da colonização), os grupos étnicos nígero-congolenses brigam muito entre si. No verdade, os tutsis e hutus já brigavam tanto entre si no passado quanto hoje, não foi como alguns dizem uma criação dos colonizadores belgas. E também os quimbundos e ovimbundos.....os zulus e xhosas etc....e esses casos que eu citei já estão dentro do subgrupo banto, com etnias de línguas e costumes tão próximos entre si, quanto são os povos e línguas neo-latinos próximos entre si e no caso dos bantos antes as varias etnias eram igualmente animistas-politeistas (e com os mesmos deuses) e hoje são na maioria igualmente com população 80% cristã, e com etnias vizinhas geralmente com a maioria da população da mesma ala do cristianismo.
           E é verdade que eles tinham canibalismo nas suas guerras e ditaduras (até em uma recente, a do Idi Amim Dada), se bem que contanto que se mate a pessoa antes, isso não é tão diferente do que acontecia nas guerras e ditaduras dos outros lugares do mundo e no caso dos bantos, eles matavam a pessoa antes. (não era como aqueles casos malucos recentes na California, em que uma droga fazia as pessoas agirem como cachorros para com outras pessoas vivas).
            Como eles estavam acostumados a brigarem muito entre si eles também frequentemente brigavam e criavam hostilidades com quem tinha novos contatos com eles, mesmo quando eram contatos pacíficos. E também mataram a 70% da população dos povos koisan (bosquimanos e hotentotes) que estavam na maioria da area de povoamente banto atual antes dos bantos chegarem, e bosquimanos e hotentotes que não conheciam os metais nem a agricultura antes dos bantos chegarem e quando os bantos chegaram nesses territórios, eles bantos já tinham os metais e a agricultura. Em suma, os koisan foram os índios dos bantos....e os bantos foram muito mais crueis e assassinos para com os koisan, do que os colonizadores europeus foram com eles mesmo bantos (exceto no caso do Congo-Belga) quer dizer, eles não têm muita moral para falar.
« Última modificação: 20 de Julho de 2012, 13:03:57 por LaraAS »

Offline Gaúcho

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Re:Os lados bons dos nígero-congoleses
« Resposta #2 Online: 20 de Julho de 2012, 15:43:38 »
Isso me lembrou o filme Hotel Ruanda. Muito bom filme.
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Offline LaraAS

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Re:Os lados bons dos nígero-congoleses
« Resposta #3 Online: 20 de Julho de 2012, 16:01:13 »
            Na verdade esses missionarios cristãos chatos, só diminuiram os lados bons dos nígero-congoleses mas não diminuiram o lados ruins dos nígero congoleses. Quer dizer só pioraram as coisas.

Offline FZapp

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Re:Os lados bons dos nígero-congoleses
« Resposta #4 Online: 21 de Julho de 2012, 10:41:00 »
Citar
Quer dizer, beleza não põe mesa. Os negros (ou talvez fossem e sejam na verdade mulatos) camitas ou afro-asiaticos eram mais bonitos do que os negros nígero congoleses, mas em tipo de sociedade eram muito piores, nisso sim é que eles eram horriveis. E me parece que uma sociedade mais equilibrada é mais importante do que a beleza.

1- Beleza é algo altamente subjetivo, mas designar beleza a um grupo étnico é preconceito.
2- Careço de fontes para discordar da sua separação étnica: há muitos grupos étnicos na África, e muitas sociedades que se intercruzam há um bom tempo.
3- Obviamente a áfrica subsariana teve menos influência européia/asiática por muito tempo, por questões geográficas, mas isso mudou de 300 anos para cá
4- Infelizmente a natureza humana  oscila entre o trabalho em grupo e a procriação individual. No caso dos grupos africanos agora em luta em Ruanda é outro e não é religioso, é político.
   - grupos (não etnias) separados por muito tempo foram artificialmente associados pelas denominações territoriais européias. Em alguns casos um grupo étnico foi favorecido por um tempo, sendo que quando os europeus diminuem sua influência, a luta entre esses grupos étnicos aumenta. Este foi o estopim das lutas entre tutsis e hutus, mas foi na verdade uma desculpa para começar um genocídio motivado pela crise econômica e pela luta pelo poder entre rivais.
   - se você fala de nigero-congoleses, está falando de muitos grupos étnicos completamente diferentes. Há os nômades, os caçadores-coletores, os agricultores, etc
   - embora os costumes dos guerreiros massai seja algo chocante (como beber o sangue das cabras que criam, e outros bizarros assim) são um povo pacífico e zeloso de seus costumes. O resto é na verdade ignorância. Então é difícil separar esse tipo de coisas, os massai são tidos como 'incivilizados' pelos ougros grupos étnicos, mas embora tenham uma sociedade patriarcal, não chega aos requintes de crueldade com as mulheres que outros grupos têm.
  - o que mantém os valores antigos patriarcais e a repressão às mulheres ainda é a pobreza e por consequência a estagnação social.  Onde não há justiça, onde não há uma força policial neutra, isso vai acontecer, independente de raças.
  - começo a ficar preocupado com as justificativas preconceituosas que você está mantendo, e não entendo as suas inferências religiosas. Pentecostais estiveram na África desde a invasão mercantilista européia, católicos e protestantes brigaram por cada tribo, na verdade por haver uma luta política por trás, nada mais. Na américa espanhola essa disputa foi tardia pelo bloqueio político que sofreram franceses e ingleses para entrar no continente, e as sociedades americanas hoje convivem com um catolicismo de base e um protestantismo emergente, enquanto que na África protestantes tiveram sempre muita mais influência. E nada disso melhorou a vida no continente africano, simplesmente porque a política no continente foi a do saqueio. Ou seja, motivos políticos, nada mais.
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Offline Fabi

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Re:Os lados bons dos nígero-congoleses
« Resposta #5 Online: 21 de Julho de 2012, 12:12:25 »
Por que  a LaraAs não fala sobre populações nórdicas/escandinavas do passado? Os Visigodos, ostrogodos, os vinkings...

Muito do que a Europa fez foi por causa das dificuldades geográficas que o continente europeu tem. Pega um globo terrestre e olha onde fica o oriente médio, você sabe que a necessidade de controlar a natureza* fez com que civilizações avançadas pipocassem por ali.

Olha o mar vermelho, e o mar mediterrâneo, perceba que é mais fácil ir pra China pela Europa e cruzar o mar mediterrâneo pra chegar no Egito, do que enfrentar o oceano pacífico.

Na Europa foi mais fácil (relativamente) reunir informações e culturas de várias partes do mundo. Onde eu quero chegar? A Europa criou muitas tecnologias, evoluiu, e deixou essa herança que temos hoje, porque foi forçada a isso.

Olha a África, rica em recursos naturais, mais isolada, e nem tão forçada a fazer mudanças abruptas pra se adaptar.

*Eu sei que não é o único fator.
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline FZapp

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Re:Os lados bons dos nígero-congoleses
« Resposta #6 Online: 21 de Julho de 2012, 12:54:11 »
Não é o único fator, mas o que a Fabi diz faz total sentido. Principalmente pelo conflito de recursos no chamado velho mundo, favoreceu o aparecimento de guerreiros conquistadores de recursos naturais, e um império levou ao outro (não deixa de ser uma corrida armamentista, um feedback positivo entre civilizações).
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