Paulo Coelho provoca James Joyce e toma chinelada de crítico
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“Guardian diz que insultei leitores de Ulysses. E meus leitores, insultados todos estes anos?”, indignou-se.
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Se os eleitores dele são da mesma estirpe intelectual, por que não confrontá-los?
Para esclarecer: Confronto intelectual, apenas.
Uma pergunta, Geo: o que você faria se encontrasse um cavalete do Paulo Coelho na rua?
Se fosse na rua? Eu o colocaria na calçada de maneira a não atrapalhar nem os motoristas e nem os pedestres.
Se fosse na calçada? Eu o ignoraria.
Se fosse ele pessoalmente? Eu o esmurraria...
Agora sério. Não lembro o ano exato, mas foi no início da década de 90, estive em uma Bienal na qual o cavalheiro supra lançou uma de suas "obras". O
stand dele estava lotado e havia uma fila com pelo menos outras 200 pessoas, que o aguardavam para pegar o autógrafo. Era impressionante a popularidade dele, tão grande quanto a falta de qualidade de suas "obras".
Enquanto isto, em um
stand próximo, o (agora falecido) professor Junito Brandão lançava o segundo volume de sua obra "Dicionário Mítico-Etimológico da Mitologia Grega". Entrei (o local estava 'entregue às moscas'), comprei o volume e ainda tive a oportunidade de conversar bastante com ele, ainda mais que ele ficou curioso em saber porque um geólogo adquiriria um livro daquele tipo.