http://www.diarioonline.com.br/noticia-217470-cinco-policiais-presos-por-extorsao.htmlDepois de uma denúncia de que cinco investigadores da Polícia Civil teriam entrado na residência de uma mulher, arrombado portas e gavetas em busca de algo para incriminá-la, além de ameaçarem a vítima com uma faca que tinha sido colocada na boca da mulher para que ela não denunciasse o caso, depois que nada foi encontrado, segundo o próprio depoimento da vítima, a situação foi registrada na Delegacia de Crimes Funcionais (Decrif ).
Ainda segundo o depoimento da mulher, a equipe de investigadores teria cobrado uma quantia em dinheiro no valor de R$ 50 mil para que ela não fosse conduzida a uma delegacia, depois que os policiais forjaram um flagrante de entorpecentes.
A extorsão teria acontecido na tarde do dia 2 de fevereiro deste ano, em Ananindeua e no dia 21 de junho. Após o Ministério Público do Pará analisar as peças do inquérito policial instaurado para investigar o caso, o juiz Arielson Ribeiro Lima da 5° Vara Penal da Comarca de Ananindeua deferiu o pedido de prisão dos investigadores, que se apresentaram espontaneamente na Decrif.
Os irmãos Paulo Reinaldo Paranhas Palheta e Amarildo Paranhas Palheta, junto com Marco Antônio Damasceno Rodrigues e Marcelo Brito dos Santos, estão presos no Centro de Recuperação Anastácio das Neves, no complexo Penitenciário de Americano, depois de se entregarem nesta segunda feira (27). Já Hamilton da Silva Dias, que teria sido o primeiro a se entregar, na última sexta feira (24), está preso no Corpo de Bombeiros. Os cinco investigadores foram indiciados pela prática de crime em concussão, abuso de autoridade e tortura.
De acordo com o delegado Eloi Fernandes, os cinco policiais tomaram conhecimento das prisões e ficaram na qualidade de foragidos há cerca de um mês. Eloi afirmou que o inquérito está dentro da legalidade. “Todos foram ouvidos. As testemunhas que estavam na casa, a vítima e os acusados”. O delegado ressaltou que o MP analisou os fatos apurados nas investigações e o juiz deferiu as prisões preventivas. “Foi entendido que todos estavam revertidos da legalidade”. O comandante da Decrif também acrescentou a responsabilidade da Corregedoria em apurar denúncias. “Nosso trabalho é preventivo e colaboramos no que o policial precisar. Ele deve servir de exemplo para a sociedade. Mas se o policial tiver participação em qualquer desvio de conduta, vamos apurar dentro da legalidade”.