Tópico: Grupo de astrônomos detecta galáxia da 'idade das trevas' do Universo

[4 Ton Mantis]

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1156529-grupo-de-astronomos-detecta-galaxia-da-idade-das-trevas-do-universo.shtml




Um time de astrônomos da Universidade Johns Hopkins detectou o que pode ser a mais distante galáxia mais distante já observada.

 A luz da jovem galáxia, capturada com o auxílio detelescópios espaciais da Nasa Spitzer e Hubble, foi emitida quando o Universo tinha "apenas" 500 milhões de anos.

 "Essa galáxia é o objeto mais distante que nós conseguimos detectar com alta confiança", disse Wei Zheng, líder do grupo.

 A galáxia recém-descoberta surgiu num momento de transição da chamada "Idade das Trevas". Durante esse período, o Universo evoluiu de um quadro de escuridão e poucas estrelas para um Cosmos cheio de galáxias.

 "A ciência é empolgante quando explora as fronteiras do conhecimento", disse Hollan Ford, colega de Zhen na pesquisa. "E Uma das maiores fronteiras é o estudo dos primeiros milhões de anos após o início do Universo."

[ss]

 

[Canopus]

Muito bem. Essas vão para os físicos do clube.

1 - Galáxias extremamente distantes necessariamente são as mais antigas?

2 - Galáxias que se formaram na mesma época da nossa, em um ponto mais afastado da nossa, teriam a mesma idade, mas mesmo assim também poderiam ser consideradas mais distantes do que outras, que se formaram antes?

3 - Sabe-se que o tempo nessa galáxias muito distantes é o verdadeiro passado nosso, ou seja, aquela é a luz que ela emitiu há muito tempo atrás e que somente agora chega a nós. O mesmo deve valer para elas, ou seja, a luz que elas recebem agora é a que emitimos muito tempo atrás para elas. Mas, em vez de se afastar, elas estivessem se aproximando, como seriam esses tempos, no referencial delas e no nosso? Estaríamos vendo o futuro delas e vice-versa?

[Canopus]

Hubble capta imagem "excepcional" de galáxia a 55 milhões de anos-luz
EFEEFE – 7 horas atrás


Imagem inédita da constelação foi publicada nesta segunda-feira pela ESA e pela Nasa. (Foto: Divulgação)O telescópio Hubble, das agências espaciais europeia (ESA) e americana (Nasa), capturou uma imagem "excepcional" da galáxia NGC 4183, situada a 55 milhões de anos-luz da Terra.

A foto, que não permite ver completamente os braços em espiral dessa galáxia, mostra como cenário de fundo outras galáxias distantes e estrelas próximas, explicou a ESA em comunicado divulgado nesta segunda-feira.

A NGC 4183, ligeiramente menor que a Via Láctea, está na direção da constelação de Canes Venatici. Trata-se de uma galáxia espiral com núcleo leve que se expande a uma velocidade de 80 mil anos-luz. Da Terra, ela é vista de perfil, informou a agência europeia.

O primeiro a observar a galáxia NGC 4183 foi William Herschel, em 14 de janeiro de 1778, lembrou a ESA.

fonte

[_Juca_]

Como é fodasticamente assombroso pensar no tamanho do universo...

[3libras]

Como é fodasticamente assombroso pensar no tamanho do universo...

é incrivel imaginar qeu ali pode ter vida, civilizações, que já era, babau.

nossa o quanto perdemos!!! a cada segundo. isso me dá tristeza.

[Dr. Manhattan]

Não sou da área, mas vou arriscar umas respostas:

Muito bem. Essas vão para os físicos do clube.

1 - Galáxias extremamente distantes necessariamente são as mais antigas?

Sim, para as mais distantes. No caso de galáxias mais próximas, eu diria talvez. Note que pela distância, essas galáxias a que você se refere tiveram pouquíssimo tempo para se formar. Você pode fazer uma analogia com o crescimento de uma cidade (pense numa dessas cidades européias antigas): suponha que exista uma lei que impeça a demolição de casas antigas. A cidade então se expande ao longo do tempo, do seu centro antigo, com arquitetura medieval, para a periferia, que tem casas modernas. Suponha também que com o passar do tempo, casas novas tem sido construídas nos espaços vazios da cidade. Daí que uma pessoa localizada na perifeira, ao olhar na direção do centro antigo da cidade, veria apenas as casas mais antigas. Mais próximo da periferia ela veria uma mistura de casas antigas e novas. Já na periferia ela veria uma predominância de casas novas (com uma ou outra casa antiga datando da época em que a periferia era a zona rural). É mais ou menos assim que vejo - com o detalhe que a "direção do centro" nessa analogia é uma direção no tempo.

2 - Galáxias que se formaram na mesma época da nossa, em um ponto mais afastado da nossa, teriam a mesma idade, mas mesmo assim também poderiam ser consideradas mais distantes do que outras, que se formaram antes?

Ver a resposta anterior.

3 - Sabe-se que o tempo nessa galáxias muito distantes é o verdadeiro passado nosso, ou seja, aquela é a luz que ela emitiu há muito tempo atrás e que somente agora chega a nós. O mesmo deve valer para elas, ou seja, a luz que elas recebem agora é a que emitimos muito tempo atrás para elas. Mas, em vez de se afastar, elas estivessem se aproximando, como seriam esses tempos, no referencial delas e no nosso? Estaríamos vendo o futuro delas e vice-versa?

Não. Ainda veríamos o passado delas. A diferença é que em vez de haver um desvio para o vermelho do espectro dessas galáxias, haveria um desvio para o azul. Um exemplo disso é a galáxia de Andrômeda, que dista alguns milhões de anos-luz da Via Láctea: ela está de fato se aproximando de nós (vai colidir com a Via Láctea daqui a alguns bilhões de anos), mas ainda assim, a imagem que temos dela é a de alguns milhões de anos atrás.

[Canopus]

Ôpa!

Valeu total! Clareou tudo, agora.
 

[JohnnyRivers]

É Interessante!

Só de olhar as fotos, da pra ver que ainda somos bastante primitivos. Não consigo imaginar quando um homem poderá passar por ela, ou estar nelas fisicamente.

Só de poder olhar essas galaxias como são hoje (ou se ainda existem), já seria um passo e tanto na evolução humana.

[Canopus]

Bem-vindo, JonnyRivers!
Que bom que você também aprecia esses assuntos.
 

[JohnnyRivers]

Passei a apreciar recentemente.
Acredito (mera crença), que estamos destinados a povoar o universo. Assim como a américa foi povoada depois que o homem adquiriu consciência de que havia algo além mar.

[Canopus]

Acredito (mera crença), que estamos destinados a povoar o universo.

Isso funciona muito bem em filmes de ficção científica. Há fortes indícios que civilizações costumam sempre atingir um patamar em que acabam por se auto-extinguir. Com a ignorância e a estupidez que ainda permeiam grandes parcelas da nossa população, não é muito difícil imaginar um final trágico para a nossa espécie.

Cogita-se também que isso pode ter acontecido com inúmeras civilizações alhures no espaço afora, dificultando ainda mais o nosso possível contato com elas, pela diminuta janela de tempo de suas existências.

Mas, sendo otimista como você, eu também torço para que consigamos colocar um código genético "lá fora", que permaneça imune a uma catástrofe nuclear local e, assim, poder seguir adiante nesse seu plano de colonização do universo.

[JohnnyRivers]

Isso funciona muito bem em filmes de ficção científica. Há fortes indícios que civilizações costumam sempre atingir um patamar em que acabam por se auto-extinguir. Com a ignorância e a estupidez que ainda permeiam grandes parcelas da nossa população, não é muito difícil imaginar um final trágico para a nossa espécie.

Sim, é provavel que haja essa extinção. Mas como é hábito na história humana, sempre deixar base para a próxima que se seguir.
Gosto de ser otimista. Afinal, nossos predecessores eram também quando começaram com estas descobertas evolutivas, não é?!
Ainda sou bastante leigo nestes assuntos. Estou procurando ler e aprender mais.

[Canopus]

Astrônomos amadores descobrem planeta em sistema com quatro sóis
Grupo usou dados do observatório Kepler para encontrar objeto pouco maior que Netuno

Cesar Baima
Publicado: 15/10/12 - 17h02
Atualizado: 15/10/12 - 17h02


Ilustração mostra o planeta extrassolar PH1: pouco maior que Netuno, ele orbita um sistema estelar binário que por sua vez é orbitado por outra dupla de estrelas Foto: Divulgação/Nasa

RIO – Voluntários do projeto de ciência participativa Planet Hunters descobriram um novo planeta em um sistema que não tem apenas uma estrela como o da Terra, mas um total de quatro. Com base em dados públicos do observatório espacial Kepler, da Nasa, os astrônomos amadores ajudaram uma equipe de pesquisadores liderada por cientistas da Universidade de Yale a verificar que o planeta, um gigante gasoso pouco maior que Netuno batizado PH1, orbita o sistema estelar binário KIC 4862625 a cada 137 dias. A 144 bilhões de quilômetros do KIC 4862625 (cerca de mil vezes a distância da Terra ao Sol), no entanto, outra dupla de estrelas orbita o sistema, dando ao PH1 seus quatro sóis.

- Esta descoberta é um marco para a equipe do Planet Hunters, seu primeiro achado de um planeta extrassolar com dados do Kepler, e também tem um fator excitante por ser em um planeta com quatro estrelas – comentou Natalie Batalha, cientista da missão Kepler no Centro de Pesquisas Ames, da Nasa. - Mas mais imporante, celebro esta descoberta como fruto exemplar da cooperação humana, cooperação entre cientistas e cidadãos que doam seu tempo por amor às estrelas, ao conhecimento e à exploração.

A cerca de 5 mil anos-luz de distância do Sistema Solar, o PH1 não é o primeiro planeta extrassolar confirmado que orbita um sistema binário, mas é o único caso conhecido em que as estrelas do centro do sistema também estão ligadas gravitacionalmente a outra dupla estelar. Sua descoberta também desafia as teorias sobre formação planetária, já que um sistema com quatro estrelas deve ser ainda mais instável que um binário simples para permitir a existência de um objeto planetário.

- É fascinante tentar imaginar como seria visitar um planeta com quatro sóis no céu, mas este novo mundo confunde os astrônomos: não está claro como ele se formou em um ambiente tão agitado – admitiu Chris Lintott, cientista da Universidade Oxford, no Reino Unido, a jornal britânico “The Independent”.

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