Tópico: Alfabetizando-se sem professores

[Dr. Manhattan]

Difícil encontrar um bom título para este tópico. Mas ele é sobre uma experiência que está sendo feita em vilarejos remotos da Etiópia: caixas com tablets (que podem ser carregados em um carregador a energia solar) são entregues a crianças analfabetas. O que se observou é que a criançada rapidamente aprende a manusear os computadores e, alguns meses depois, chegam até a hackeá-los!*

Earlier this year, OLPC workers dropped off closed boxes containing the tablets, taped shut, with no instruction. “I thought the kids would play with the boxes. Within four minutes, one kid not only opened the box, found the on-off switch … powered it up. Within five days, they were using 47 apps per child, per day. Within two weeks, they were singing ABC songs in the village, and within five months, they had hacked Android,” Negroponte said. “Some idiot in our organization or in the Media Lab had disabled the camera, and they figured out the camera, and had hacked Android.”

Elaborating later on Negroponte’s hacking comment, Ed McNierney, OLPC’s chief technology officer, said that the kids had gotten around OLPC’s effort to freeze desktop settings. “The kids had completely customized the desktop—so every kids’ tablet looked different. We had installed software to prevent them from doing that,” McNierney said. “And the fact they worked around it was clearly the kind of creativity, the kind of inquiry, the kind of discovery that we think is essential to learning.”

“If they can learn to read, then they can read to learn.”

Vale a pena ver o texto completo em: http://mashable.com/2012/10/29/tablets-ethiopian-children/


*Ou sabe-se lá como se escreve isso em português.

[Pasteur]

Essa notícia é um tapa na cara de quem se acha geneticamente superior em inteligência como os nazistas.

[JohnnyRivers]

Estudo bastante promissor. E surpreendente.

Mas se a resposta desta pergunta for afirmativa:

“Can we give them tool to read and learn—without having to provide schools and teachers and textbooks and all that?”

Quem irá se interessar a por em prática isto?
Com quais interesses?

[Fabrício]

Estudo bastante promissor. E surpreendente.

Mas se a resposta desta pergunta for afirmativa:

“Can we give them tool to read and learn—without having to provide schools and teachers and textbooks and all that?”

Quem irá se interessar a por em prática isto?
Com quais interesses?

Organizações humanitárias poderiam se interessar.

[Gaúcho]

E nem precisaram de cotas.

[Laura]

Essa notícia é um tapa na cara de quem se acha geneticamente superior em inteligência como os nazistas.

E como os kardecistas.

[Pasteur]

Essa notícia é um tapa na cara de quem se acha geneticamente superior em inteligência como os nazistas.

E como os kardecistas.

Ah é? Eles se acham superiores, é? 

[Laura]

Essa notícia é um tapa na cara de quem se acha geneticamente superior em inteligência como os nazistas.

E como os kardecistas.

Ah é? Eles se acham superiores, é? 

Eles acreditam que os corpos dos negros são animados por espíritos menos evoluídos e, por isso, menos inteligentes.

[JohnnyRivers]

Essa notícia é um tapa na cara de quem se acha geneticamente superior em inteligência como os nazistas.

E como os kardecistas.

E como os KKK. 

[EuSouOqueSou]

Interessante o estudo. Outro dia estava lendo um artigo justamente sobre educação e um grupo de ativistas que buscam formas alternativas de educar: http://papodehomem.com.br/a-revolucao-educacional-ja-comecou/

[brainstorm] lembrei do vídeo do William Kankuamba, do Salman Khan no TEDx, de uma escola em Portugal (que deixa os alunos escolherem o que estudar, quando estudar e quando fazer as provas), dos pais que estão educando seus filhos em casa, universidade americanas (como MIT e Stanford) investindo em educação a distância), todos os casos com bons resultados.[/brainstorm]

Uma vez um professor disse que o formato de ensino atual é medieval, mas até hoje não encontraram um jeito melhor de ensinar e avaliar. Me corrijam se eu estiver errado, mas agora vejo que esse modelo, criado pelas Universades Católicas, na Idade Média, seguem o mesmo padrão das religiões: doutrinar e manter a massa sob a rédea curta.

Ok, admito que exagerei nesse ponto e que é preciso admitir que esse formato de ensino vêm funcionando (este fórum é uma prova disso, não? )

Mas agora me pergunto: será que não temos mesmo outra opção de ensino? Será que estes casos não servem para educação em massa? Ou será que estamos tão acostumados com o status quo do ensino que não conseguimos visualizar outros métodos mais eficazes?

[Südenbauer]

Uma vez um professor disse que o formato de ensino atual é medieval, mas até hoje não encontraram um jeito melhor de ensinar e avaliar. Me corrijam se eu estiver errado, mas agora vejo que esse modelo, criado pelas Universades Católicas, na Idade Média, seguem o mesmo padrão das religiões: doutrinar e manter a massa sob a rédea curta.

Eu acho muito interessante essas discussões que têm surgido sobre novos métodos de ensino. O problema é que muito do que eu vejo se mostra imprático, sendo simples fruto da ideologia estética de alguém. Como eu citei em outro tópico, é claro que é muito mais bonito tu pensar em Platão ensinando às pessoas das mais variadas idades sobre a vida e a natureza em um jardim do que no modelo "penitenciário" que é a escola comum. Mas basta pensar um pouco além do idílico para ver que esse modelo não é prático (esse foi um exemplo bem exagerado, só para deixar claro).

O que passa batido para muitos intelectuais de esquerda, que pensam que é só injetar uma fortuna na educação que tudo será resolvido, é que muitos métodos já são conhecidos como ótimas aplicações didáticas: trazer os pais para a escola, fazendo-os acompanhar os estudos do filho; diretores com mente gestora que implementem sistemas de meritocracia visando metas para os educadores;

[Südenbauer]

Sobre a experiência, ela é interessante. Crianças etíopes analfabetas aprenderem a mexerem em um dispositivo eletrônico e a interagir com ele mostra o poder da auto-aprendizagem quando jogos estão envolvidos.

Mas a expectativa de que as crianças se alfabetizem me parece muito otimista. Acho que a aprendizagem nesse modelo acaba sendo muito rasa, podendo ser usada como um modelo auxiliar ao método convencional.

[MuaddibBR]

Como eu citei em outro tópico, é claro que é muito mais bonito tu pensar em Platão ensinando às pessoas das mais variadas idades sobre a vida e a natureza em um jardim do que no modelo "penitenciário" que é a escola comum.

Eu tenho percebido com meu filho que muitas vezes nós (os pais) temos sido os próprios carcereiros desse sistema, ora por ignorância, ora por comodidade, ora por praticidade. E olha que o sistema pedagógico da escola do meu filho é , pelo menos em teoria, bem menos "massificador" . O método pedagógico de Freinet (http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lestin_Freinet) visa a captação de conhecimentos mais práticos e menos teóricos, tentando aguçar a curiosidade das crianças. No papel é muito interessante e eu acho que a experiência tem sido positiva, mas só me faz ter certeza de que os pais deveriam voltar para a escola junto aos filhos para aprenderem a falar a mesma língua.

[Südenbauer]

Legal, MuaddibBR.

[Südenbauer]

Neste link seguem algumas práticas interessantes a serem implementadas no Brasil:
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/o-que-o-brasil-pode-copiar-da-educacao-chinesa