Autor Tópico: Filme: "Os deuses devem estar loucos" - uma crítica ao etnocentrismo  (Lida 7356 vezes)

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Offline Máscaras de Deus

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Filme: "Os deuses devem estar loucos" - uma crítica ao etnocentrismo
« Online: 01 de Novembro de 2012, 23:19:18 »
http://mascarasdedeus.blogspot.com.br/search/label/Antropologia

Olá, desativaram o filme todo lá no youtube - por questões autorais eu acho.

Vou postar a primeira parte, e aí vocês mesmos assistam as demais partes por etapas.

É um belo filme, com muito humor, e com uma mensagem antropológica igualmente bela.

Espero que gostem, e que postem suas opinões  :ok:

Abçs

EDIT: esqueci de postar a primeira parte do filme
 

Offline LaraAS

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Re:Filme: "Os deuses devem estar loucos" - uma crítica ao etnocentrismo
« Resposta #1 Online: 01 de Novembro de 2012, 23:46:17 »
           Eu já vi esse filme, ele me parece mais um filme de apologia do bom selvagem do que outra coisa. E por outro lado, sociedades como a desse filme, se contam na ponta dos dedos, inclusive entre os com uma economia simples como a deles.
           Só 0,1% das sociedades inclusive das com esse tipo de economia simples são desse tipo, são assim.
           Provavelmente tem relação com regiões com uma grande distancia entre as aldeias (grupos locais que às vezes podem ser nômades também), e com rotas de moradia em que há poucas oportunidades de se encontrar com outros grupos locais. Sendo também cada grupo local de só 200 a 1000 pessoas em cada e que quase nunca encontra a outro grupo local do mesmo tamanho. Em um grupo local tão pequeno realmente quase não há chances de conflitos (cidades de 5000 habitantes às vezes ficam décadas sem crimes hediondos acontecendo nelas) e se pode perfeitamente haver igualdade, como em conventos sempre foi assim, e também nos kibbutiz, etc....Só que na relação com a grande economia, com a grande sociedade, esses sempre se relacionaram com as regrais gerais não tão idílicas, exceto em um ou outro caso de pessoas às quais fazem caridade, que nesse caso são os equivalentes à uns só 3 ou 4 visitantes de uma vez, como os visitantes desse grupo local citado no filme. Igualmente há condomínios fechados horizontais como o alfa 1, por exemplo com cerca de 5 mil habitantes, em que nunca houve um crime hediondo feito por um membro desse condomínio contra outro membro.
          No caso dos bosquimanos e esquimós, dá para eles serem assim, provavelmente por que suas condições geográficas, devem fazer que sejam raríssimos encontros inclusive com outros grupos locais de seu próprio povo, coisa que não acontece com os tupi-guaranis originais, nem com os jés originais, nem com os Sioux originais etc....e que portanto já tinham nas suas próprias sociedades originais a instituição da guerra e da preparação para dor com os rituais de iniciação doloridissimos e às vezes com rituais assim com os prisioneiros também. E no caso dos jés, eles inclusive na sua civilização original, inclusive são pré-neolíticos, e ainda assim, já tinham todo esse lado belicoso na primeira vez em que foram encontrados por pessoas que sabem ler e escrever.
         Sinceramente, acho que hoje em dia, são mais necessários filmes contra o relativismo cultural extremado do que filmes idealizadores de outros povos, ou que pegam a exceção das exceções como se fosse a regra.
         Hoje em dia, sinceramente eu vejo mais auto-desprezo entre os ocidentais e semi-ocidentais do que etno-centrismo. E também com o pretexto "multiculturalista" eu vejo mais é desprezo pela individualidade pessoal das pessoas concretas de outros civilizações sob o pretexto de evitar o "etnocentrismo" mesmo em casos em que grande parte de seu sustento atual venha de suas relações com o ocidente ou com o semi-ocidente.
         Por outro lado, a civilização ocidental sempre foi uma das menos etno-centricas do mundo e da história, inclusive esse foi um fator que ajudou no seu poderio, saber imitar o que é imitável das outras civilizações, qualidade que os japoneses também tem, e que os chineses originais, por exemplo,não tinham. Isso também é útil para saber como negociar com outras civilizações e pessoas dessas civilizações,coisa que também ajudou muito no domínio ocidental.
          Não é a toa que a antropologia surgiu na civilização ocidental e a civilização ocidental sempre uma das com mais interesse em aprender línguas de outras civilizações.
           Desde o começo a civilização ocidental foi mais plural que a média, com a sua enorme mistura de influencias.
« Última modificação: 02 de Novembro de 2012, 01:38:15 por LaraAS »

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Re:Filme: "Os deuses devem estar loucos" - uma crítica ao etnocentrismo
« Resposta #2 Online: 01 de Novembro de 2012, 23:53:30 »



         Sinceramente, acho que hoje em dia, são mais necessários filmes contra o relativismo cultural

Me desculpe a ignorância, mas, o que vem a ser "relativismo cultural"?



          Hoje em dia, sinceramente eu vejo mais auto-desprezo entre os ocidentais e semi-ocidentais do que etno-centrismo. E também com o pretexto "multiculturalista" eu vejo mais é desprezo pela individualidade pessoal das pessoas concretas de outros civilizações sob o pretexto de evitar o "etnocentrismo" mesmo em casos em que grande parte de seu sustento atual venha de suas relações com o ocidente ou com o semi-ocidente.

Idem: O que é Multiculturalismo?

         Por outro lado, a civilização ocidental sempre foi uma das menos etno-centricas do mundo e da história, inclusive esse foi um fator que ajudou no seu poderio, saber imitar o que é imitável das outras civilizações, qualidade que os japoneses também tem, e que os chineses originais, por exemplo,não tinham. Isso também é útil para saber como negociar com outras civilizações e pessoas dessas civilizações,coisa que também ajudou muito no domínio ocidental.

 :biglol:


          Não é a toa que a antropologia surgiu na civilização ocidental e civilização ocidental sempre uma das com mais interesse em aprender línguas de outras civilizações.
           Desde o começo a civilização ocidental foi mais plural que a média, com a sua enorme mistura de influencias.

 :umm:



Offline LaraAS

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Re:Filme: "Os deuses devem estar loucos" - uma crítica ao etnocentrismo
« Resposta #3 Online: 02 de Novembro de 2012, 00:01:42 »
                 Outra coisa que eu vejo nesse filme é uma ingenua tentativa de ser contra a propriedade privada de meios de produção do tipo com escravos, servos ou assalariados ou contra a posse de fato desse mesmo tipo, que é quase propriedade privada, sendo ambas característica das civilizações complexas, exceto do socialismo real, no caso do despotismo asiático já havia a posse de fato, que embora menos ampla do que propriedade privada ocidental, era em 80% com as mesmas características que ela.
                Só que numa sociedade complexa, isso só leva ao totalitarismo, o que próprio fato de ser só posse de fato como no despotismo asiático, leva como o próprio nome diz, ao despotismo, embora mais leve do que o totalitarismo comunista do século XX em que aí sim que não havia sequer posse de fato.
                Já no caso de civilizações (culturas) de economia tão simples como a citada nesse filme, embora não haja nem despotismo nem totalitarismo, em 99,9% delas, há SIM a guerra endêmica, exceto dentro do grupo local de só de 200 a 1000 pessoas ou então em ocasiões de generosidades rituais (coisa que havia inclusive entre os senhores feudais medievais do ocidente, sendo ingenuidade considerar que isso signifique generosidade verdadeira em relação à grande sociedade) ou então de generosidade para com só 3 ou 4 visitantes ao mesmo tempo.
               Em todo caso, em economias tão simples assim, a mortalidade infantil é de uns 500 por 1000, e mesmo sem contar isso, provavelmente a média de vida é só de 50 anos (e contando isso então, é de 25 anos) mas isso, esse tipo de filme romântico não mostra.
                Na verdade, os mais pobres das civilizações complexas, não é que sejam pessoas que foram degradadas ou que seus antepassados foram degradados de alguma situação "melhor" original, são pessoas que nem teriam nascido, cujos antepassados teriam morrido de mortalidade infantil, em uma economia menos complexa e quanto menos complexa mais isso aconteceria. E como a maioria das pessoas (inclusive os pobres) querem viver, é sinal que elas acham que vale pena que seja assim.
« Última modificação: 02 de Novembro de 2012, 00:47:37 por LaraAS »

Offline LaraAS

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Re:Filme: "Os deuses devem estar loucos" - uma crítica ao etnocentrismo
« Resposta #4 Online: 02 de Novembro de 2012, 00:12:11 »




               Eu, LaraAS: 

         Sinceramente, acho que hoje em dia, são mais necessários filmes contra o relativismo cultural 

            O máscara de Deus:

Me desculpe a ignorância, mas, o que vem a ser "relativismo cultural"?

           Eu, LaraAS:

     Eu não dou aulas grátis. Procure num dicionário ou enciclopédia. Agora o que eu estou desconfiando também, é que você está entrando num escolasticismo autoritário
(e talvez de má fé) para a qualquer resposta que a pessoa dê, inventar mais e mais implicâncias, e eu não entro nesse tipo de jogo. Pois assim com eu não sou sua professora, eu também não sou sua aluna estilo você sendo um professor autoritário, Eu não preciso de você para ter notas, salário etc....


             Eu, LaraAS:

          Hoje em dia, sinceramente eu vejo mais auto-desprezo entre os ocidentais e semi-ocidentais do que etno-centrismo. E também com o pretexto "multiculturalista" eu vejo mais é desprezo pela individualidade pessoal das pessoas concretas de outros civilizações sob o pretexto de evitar o "etnocentrismo" mesmo em casos em que grande parte de seu sustento atual venha de suas relações com o ocidente ou com o semi-ocidente.[/quote]

         O Máscara de Deus:

Idem: O que é Multiculturalismo?

         Eu, Lara AS:

     Idem ibidem o que escrevi acima, ante sua primeira pergunta.

          Eu, LaraAS, mensagem já escrita antes:       

         Por outro lado, a civilização ocidental sempre foi uma das menos etno-centricas do mundo e da história, inclusive esse foi um fator que ajudou no seu poderio, saber imitar o que é imitável das outras civilizações, qualidade que os japoneses também tem, e que os chineses originais, por exemplo,não tinham. Isso também é útil para saber como negociar com outras civilizações e pessoas dessas civilizações,coisa que também ajudou muito no domínio ocidental.[/quote]

           O máscara de Deus:

    :biglol:

      Eu, LaraAS, post da mensagem anterior:

          Não é a toa que a antropologia surgiu na civilização ocidental e civilização ocidental sempre uma das com mais interesse em aprender línguas de outras civilizações.
           Desde o começo a civilização ocidental foi mais plural que a média, com a sua enorme mistura de influencias.

       O mascara de Deus:

 :umm:
 

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Re:Filme: "Os deuses devem estar loucos" - uma crítica ao etnocentrismo
« Resposta #5 Online: 02 de Novembro de 2012, 00:31:37 »

          Por acaso a civilização ocidental não acolheu a pólvora, a bússula, o zero indo-arábico?
          Por acaso os jesuítas não aprendiam a língua dos povos que tentavam converter, e no caso dos chineses e indianos, não tentavam entender sua civilização para tentar saber que linguagem falar num sentido mas amplo, cultural falar com eles?
          Por acaso os ocidentais não conseguiram negociar com as tribos africanas que lhes vendiam escravos? Não conseguiram negociar com os nobres quechuas, maias e astecas para eles serem seus intermediários na dominação?
          Verdade que os ocidentais também foram violentissimos, mas os mongóis por exemplo, também foram violentissimos para com os chineses e muçulmanos, (muito mais do que os ocidentais com essas especificas duas civilizações) e alais também foram assim para com os russo e eslavos mataram milhões de todos esses povos, e numa época, em que havia muito menos população que hoje, no entanto, não legaram quase nada de sua cultura, e não é questão que  pegassem alguma coisa de outras culturas, é que abandonaram quase totalmente a sua, e isso quando ainda eram os governantes da China.
          Agora, o ocidente consegue, perceber o que há de imitável em outras culturas e manter sua cultura, num equilíbrio admirável que os japoneses também têm. E não me parece mais etnocentrica do que a média, uma cultura que já no século XVII, já tinha visões positivas, até mesmo idealizadas dos povos de civilizações simples.
         

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Re:Filme: "Os deuses devem estar loucos" - uma crítica ao etnocentrismo
« Resposta #6 Online: 02 de Novembro de 2012, 00:40:41 »
           Que eu saiba, os ocidentais foram os únicos entre as civilizações complexas, que viram alguma coisa boa e até especialmente boa nas civilizações simples.
           Os indianos, chineses, árabes, povos pérsicos e túrquicos, que também tinham contato com civilizações simples intermediarias entre as regiões de seus respectivos impérios, só viam nesses povos dessa simplicidade, bárbarie e selvageria, só esse lado dos povos de civilização simples, os indianos, chineses, árabes e povos pérsicos e túrquicos viam.
            E também, alias, inclusive em se tratando dos próprios bosquimanos (que são os tratados nesse filme, através da descrição de um grupo local deles) os que mais os mataram e  maltrataram em maior proporção muito maior do que os brancos o fizeram, os que mais o fizeram foram os bantos, povos negros de civilização relativamente complexa, e fizeram isso antes dos ocidentais chegarem.

Offline Máscaras de Deus

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Re:Filme: "Os deuses devem estar loucos" - uma crítica ao etnocentrismo
« Resposta #7 Online: 02 de Novembro de 2012, 00:45:09 »
Tá bom! Vá lá... Concordo que o filme foi feito "de propósito". Aquele bosquímano ou é um ator ou foi treinado para ser um ator.

Contudo, vejo no seu discurso algo ultrapassado, ele parece um discurso modernista.

O que é o Pós-modernismo?

O Pós-modernismo é o fim de todas as ilusões. Esse filme mesmo não é um filme pós-moderno, porque hoje, na perspectiva pós-moderna, até mesmo o trabalho de campo do antropólogo é questionado.

Mas ainda assim, o filme deixa entrever aspectos dramáticos de uma cultura contraditória como a nossa. E a contradição está nessas suas apologias, como "eles tem um alto índice de mortalidade" e etc.

O filme é atual, contudo. Senão vejamos. Por exemplo, a grandeza e a riqueza da indústria automobilística no mundo inteiro. Quem é que quer ter carro novo e para quê? Para passar na Anhanguera às 18 horas no trecho Jundiaí- São Paulo e ficar preso ali durante 2 horas? Certamente não é isso que leva você a comprar um carro novo financiado.

Vamos discutir outros aspectos da cultura pós-moderna. O que aconteceu? Aconteceu que, no Modernismo, os valores burgueses eram valores hipócritas. Era uma faz de conta: o pai de família ia à missa, chegava todo dia bêbado em casa fazendo terrorismo com a família, mas ainda assim ele era justificado socialmente. Como? Ora, ele era o diretor de empresa bem sucedido, com carro novo na garagem, casa para morar, relacionamentos sociais. A moral burguesa ainda estava consubstanciada com a moral religiosa.

Com o pós-modernismo, descobriu-se que tudo isso é hipocrisia. Retiraram o véu da hipocrisia.

Modernismo: "Você é o que você faz e não o que você fala". Esse era um discurso hipócrita.
Pós-modernismo: "Você é o que você tem".

Conheci muitas capitais do nordeste brasileiro, e o nordestino é bem pé no chão, ele diz: "Você é o que você tem; se tem 1 real, você vale um real; se você não tem nada, você não vale nada".

Veja que é uma cultura pobre materialmente dizendo isso. Mas estendamos esse raciocínio para outros modos de possuir: você é o que você tem, ou seja, boas relações, boa imagem social, capacidade de se submeter ao sistema e ganhar dinheiro.

É o fim das ilusões! "Pagando bem, que mal tem"? Ouvi até um senhor amigo meu que fora empresário dizer isso. Ele disse que limparia a minha casa, desde que eu pagasse bem a ele.

O pós-modernismo é o fim de todos os valores religiosos-burgueses. Não existe mais aquela hipocrisia de antes.

Dois pensadores malditos profetizaram os dias atuais: Marx e Nietzsche.

Marx disse que "Tudo o que é sagrado é profanado", e Nietzsche declarou a "morte de deus", ou seja, dos valores hipócritas da sociedade iluminista.

Quais são então, os valores da sociedade atual? Os valores são aqueles - conforme disse Marx - que ajudam a incrementar o próprio sistema.

Qual comportamento, qual moral é a correta? É aquela que ajuda a incrementar, a fortalecer o sistema. Isso já estava presente nas obras de Dostoivisky, em "Crime e Castigo", em que a madastras obriga a enteada a fazer programa, e quando ela volta com dinheiro para casa, a madastra beija os seus pés.

"Tudo é mercadoria", profetizou Marx. Advogados, médicos, todos são obrigados a vender a sua força de trabalho.

Qual comportamento ético é o correto? É aquele que gera lucro ou benefícios de alguma forma. Não existe mais o certo ou errado; não mais "se você fizer isso, vai para o céu, se fizer aquilo, vai para o inferno". O que existe é: "se você se comportar de forma socialmente produtiva, você será moralmente enaltecido".

Quem é o "homem do mal"? É o que critica as instituições, o que não se submete a elas. É o zé-ninguém.

Conceitos de mal e bem na sociedade pós moderna:

Bem: é todo comportamento que visa manter a lógica do sistema, incrementá-lo do ponto de vista material e "espiritual".

Mal é todo comportamento que visa criticar o sistema, como você se recusar a andar de carro novo, a comprar uma casa nova, etc.

O filme portanto - para eu não me delongar - é atual. O etnocentrismo é justamente a cultura européia no centro do universo.

As religiões com suas regras morais, são apenas aparatos do sistema para disciplinar os egos - vide a indústria da caridade hoje. Marcelo Rossi foi criticado pela própria igreja.

Quais são os novos valores a serem criados? Nenhum!

Vejo esta sociedade em escombros, em total decadência, pois, tem que "piorar o máximo", o que dá, para depois haver uma melhora, mas não em termos marxistas, em que "a burguesia destrói tudo hoje para construir melhor amanhã", segundo Marx, no Manifesto Comunista.

Se for assim, aí não resta outra coisa senão uma guerra. Mas é preciso uma guerra quando os signos, quando as próprias instituições simbólicas já determinam o comportamento das pessoas??

É o apocalipse! Não tem para onde fugir, a não ser adotar um comportamento - como os hiipyes fizeram - de negar tal conjuntura.

A própria Antropologia está em crise, pois, alguns antropólogos pós-modernos, dizem ser uma aberração ou um ato de etnocentrismo, você ir lá "á campo", com sua caderneta, fazer observações sobre tal ou tal sociedade primitiva. O que eles pensam disso?

O signo é arbitrário e reduz todas as coisas a conceitos de uma única cultura, diz Jacques Derrida.

É isso aí.

Offline Máscaras de Deus

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Re:Filme: "Os deuses devem estar loucos" - uma crítica ao etnocentrismo
« Resposta #8 Online: 02 de Novembro de 2012, 00:47:41 »
Não sei mesmo o que é "Relativismo perverso" e "multiculturalismo". O que será hein? Na minha ingenuidade  ::), nem suspeitas tenho...  :P


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Re:Filme: "Os deuses devem estar loucos" - uma crítica ao etnocentrismo
« Resposta #9 Online: 02 de Novembro de 2012, 00:56:11 »

                    Agora, o ocidente consegue, perceber o que há de imitável em outras culturas e manter sua cultura, num equilíbrio admirável que os japoneses também têm. E não me parece mais etnocentrica do que a média, uma cultura que já no século XVII, já tinha visões positivas, até mesmo idealizadas dos povos de civilizações simples.
         

Os deuses devem estar loucos  :biglol: :lol:

Offline DDV

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Re:Filme: "Os deuses devem estar loucos" - uma crítica ao etnocentrismo
« Resposta #10 Online: 02 de Novembro de 2012, 01:03:08 »
Citação de: Máscaras de Deus
Se for assim, aí não resta outra coisa senão uma guerra. Mas é preciso uma guerra quando os signos, quando as próprias instituições simbólicas já determinam o comportamento das pessoas??

É o apocalipse! Não tem para onde fugir, a não ser adotar um comportamento - como os hiipyes fizeram - de negar tal conjuntura.

 :medo:
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Máscaras de Deus

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Re:Filme: "Os deuses devem estar loucos" - uma crítica ao etnocentrismo
« Resposta #11 Online: 02 de Novembro de 2012, 01:10:42 »
Pois é, tubarão, a boca não é boa não...  :olheira:

 

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