Autor Tópico: O desafio do Deus Malévolo  (Lida 645 vezes)

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Offline Kubrick

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O desafio do Deus Malévolo
« Online: 02 de Dezembro de 2012, 17:15:03 »
Stephen Law desafia os teístas a responderem ao seguinte desafio: "Se o bem no mundo é suficiente para excluir um Deus Mau, porque é que o mal no mundo não é suficiente para excluir um Deus Bom?"

Para perceber o desafio de Law é preciso perceber o que é problema do Mal para os teístas. Se acreditarmos num Deus omnipotente, omnisciente e sumamente bom, então o mal no mundo (especialmente o mal natural - aquele que não é causado por nós) torna-se especialmente problemático. Afinal, porque é que um Deus sumamente bom haveria de criar um mundo com cancro, velhice, terramotos, pragas e tantas outras coisas más?

Como resposta a este problema, foram propostas várias teodiceias ou defesas da coexistência de Deus com o mal no mundo. Parte do mal que existe é resultado da nossa liberdade, que tem de existir, como condição de possibilidade de acções boas (ou particularmente boas). Talvez outra parte do mal exista porque Deus criou o mundo em que leis da natureza que regem os eventos físicos, para que nós possamos explicar e controlar os fenómenos naturais (e prever os resultados das nossas acções), ou talvez algum mal esteja justificado nesta vida, face ao bem-estar infinito da vida eterna no Paraíso.

Neste contexto, Stephen Law nota que estas explicações também poderiam ser dadas para explicar a compatibilidade entre o Deus Malévolo e a existência de Bem. Talvez o Deus Malévolo valorize mais o mal livremente causado e, por isso, nos dê liberdade, não obstante isso implicar algum bem. Talvez o Deus Malévolo permita o bem natural (a alegria espontânea, ter filhos, apaixonar-se ou simpatizar com alguém, ter o prazer do Sol a bater-nos na cara ou passar um dia na praia, a existência de comida saborosa) porque também quer que o Universo permita regularidades, para que nós sejamos especialmente responsáveis pelas nossas acções - seja como for, à primeira vista, a mim parece-me que há muito mais mal natural do que bem natural. Ou talvez, algum bem nesta vida esteja justificado pelo sofrimento eterno que vamos passar na próxima no Inferno.

Por isso, porque é que consideramos a existência de um Deus bom mais provável que a existência de um Deus Malévolo, quando parecem ambos tão improváveis face ao que observamos no mundo?

Fonte: Blog da crítica
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Offline Geotecton

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Re:O desafio do Deus Malévolo
« Resposta #2 Online: 03 de Dezembro de 2012, 00:07:42 »
Citar
[...]
Por isso, porque é que consideramos a existência de um Deus bom mais provável que a existência de um Deus Malévolo, quando parecem ambos tão improváveis face ao que observamos no mundo?
[...]

Porque nenhum crente precisa de um deus malévolo. A maldade humana já é o suficiente.
Foto USGS

Offline Buckaroo Banzai

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Re:O desafio do Deus Malévolo
« Resposta #3 Online: 03 de Dezembro de 2012, 01:17:15 »
O que eu acho que acontece é que deus não quer ficar sabendo que pensam mal dele, muito menos que falem. Então para evitar ficar queimando por toda eternidade, o esforço é total em duplipensamento.

Offline Lucks

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Re:O desafio do Deus Malévolo
« Resposta #4 Online: 03 de Dezembro de 2012, 11:47:39 »
Por isso, porque é que consideramos a existência de um Deus bom mais provável que a existência de um Deus Malévolo, quando parecem ambos tão improváveis face ao que observamos no mundo?
<humor>
Seria mais difícil arrecadar uma grana em nome dele :histeria:
</humor>

Bom...penso que a predisposição para "ACREDITAR" seja relacionada a evolução...e só seria vantagem evolutiva se fazer o BEM PARA O GRUPO fosse o certo e ao fazer o MAL você seria punido por uma força maior. Daí...o padrão ser que deus é bom!

Contudo...os deuses de culturas politeístas consumam ter defeitos e fazer maldades também...Mas em gral tem origem num ato ruim de outrem... ou seja, a intenção é (em geral) passar a idéia de que se você ferra os outros vai se ferrar.


:)

Offline Pagão

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Re:O desafio do Deus Malévolo
« Resposta #5 Online: 04 de Dezembro de 2012, 12:49:53 »
Stephen Law desafia os teístas a responderem ao seguinte desafio: "Se o bem no mundo é suficiente para excluir um Deus Mau, porque é que o mal no mundo não é suficiente para excluir um Deus Bom?"
(...)
Por isso, porque é que consideramos a existência de um Deus bom mais provável que a existência de um Deus Malévolo, quando parecem ambos tão improváveis face ao que observamos no mundo?

Porque estamos influenciados pela pregação de Jesus da Nazaré..., como ela nos é transmitida pelos apóstolos.

Romanos 8:38-39 “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”
« Última modificação: 04 de Dezembro de 2012, 12:56:59 por Sérgio Sodré »
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

 

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