Sou Faraó
Prazer minha mãe
Sou Faraó
Passeio pelo sol
Sou Faraó
O rei da folia
Sou Faraó
E o Egito é a Bahia
Saí das catacumbas
Nunca fui na escuridão
Zabumba e duas tumbas
Carrego sempre na mão
Sei do berro do bezerro
Sei da seiva Azerbaijão
E no lombo do camelo
Não tenho do medo não
Sou Faraó
Prazer minha mãe
Sou Faraó
Passeio pelo sol
Sou Faraó
O rei da folia
Sou Faraó
E o Egito é a Bahia
O simbolismo do faraó é o de um exilado político. Fica implícito que o eu-lírico sofreu um golpe de estado precisou fugir de sua terra para evitar a execução. Revela ter escapado das catacumbas e, sem medo do lombo do camelo, ter fugido de sua terra Natal viajando de sol a sol. Passou pelos lugares mais remotos do globo, como insinua a passagem sobre o Azerbaijão, até se fixar finalmente na Bahia, onde encontrou um lar (o Egito é a Bahia) e a felicidade (o rei da folia).