Autor Tópico: XXY, ou adivinha quem é a mulherzinha? (Marcia Tiburi)  (Lida 1226 vezes)

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Offline AleYsatis

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XXY, ou adivinha quem é a mulherzinha? (Marcia Tiburi)
« Online: 02 de Janeiro de 2013, 23:23:28 »
XXY, ou adivinha quem é a mulherzinha? (Marcia Tiburi)

Minha crônica do site http://www.vidabreve.com publicada ontem. Aqui para os leitores desse blog também

As duas engenheiras viviam muito bem dividindo as tarefas em um laboratório da universidade. Uma era a chefe; a outra, aluna e admiradora. Vamos chamar a chefe do laboratório de X e a técnica de X1. X1 fora aprovada em um concurso para um cargo técnico por seus méritos como pesquisadora, currículo, experiência, aquelas coisas todas. Como eram doutoras e uma mais estudiosa que a outra, logo X e X1 se tornaram grandes parceiras nos trabalhos do cotidiano acadêmico. E viviam, X e X1, muito felizes.

Até que um dia, havendo uma vaga para o mesmo cargo técnico que X1 ocupava, foi aprovado um homem que veio trabalhar no laboratório.

O homem, vamos chamá-lo de Y, pois é importante que estejamos atentas ao senso de abstração que uma história dessas requer. O homem, daqui para frente chamado de Y, pois bem, era um corintiano praticamente fundamentalista. Sendo corintiana a maior parte da população masculina do Brasil, não há nada demais nisso. Torcedor alucinado do seu time, Y também jogava futebol toda semana e assistia aos jogos de outros times.

Poderíamos dizer que Y é um homem típico, mas isso nos faria cair na perigosa formulação do essencialismo em que os diferentes não são contemplados, por isso é mais adequado dizer que se trata de um “tipo de homem”. Fato é que Y é um tipo de homem muito simples: gosta de cerveja e de mulheres, entendendo, de tanto ter visto as propagandas de cerveja que o formaram subjetivamente, que esta é uma equação em que os termos são necessariamente ligados um ao outro. E isso porque esse tipo de homem que Y é tem um pequeno probleminha relativo ao seu jeito de adquirir conhecimento: ao aprender algo, não aceita mais opiniões diferentes sobre o assunto. Em resumo, isso quer dizer que Y é autoritário.

Aí começa o nosso problema, como espectadores dessa cena. Y, sendo apenas graduado, foi trabalhar num laboratório onde há duas mulheres, X e X1, que são doutoras. Ele não entende que a equação mulher + cerveja não esteja exposta diante dele quando trabalha com elas. Não é apenas a característica gnosiológica de Y que fica comprometida neste momento. Sabemos, nós que assistimos à cena, que todo aprendizado tem relação com os afetos, e, portanto, é mais do que claro que as emoções de Y estão intensamente presentes, inclusive sua compreensão falsa sobre as mulheres e seu autoritarismo fazem parte disso tudo. Pergunta que nos fica: se Y é autoritário, ou seja, aquele que acha que tem razão em tudo, como fica diante de duas mulheres doutoras, ou seja, que têm mais experiência e conhecimento que ele?

Para compreendermos o que se passa, vejamos alguns detalhes importantes.

Já sabemos que X1 é doutora e Y não. Precisamos saber que X1 tem senso de duas coisas que chamaremos aqui de “coleguismo” e “profissionalismo”. Logo, X1 sabe que, mesmo não admirando o modo de ser de alguém com quem convive, ela precisa ser moral ou eticamente correta em relação a esta pessoa, no caso Y. E este senso moral e ético implica ajudar Y no próprio trabalho, posto que estando há mais tempo no serviço, tendo experiência com as máquinas, e tendo feito pesquisa de ponta que lhe rendeu seu doutoramento, X1, de fato, tem como orientar Y nos procedimentos técnicos diários. E assim o faz, mesmo percebendo os vastos limites de Y.

E Y, por sua vez, pode aproveitar tudo isso para seu desenvolvimento profissional e, até mesmo, pessoal. Acontece que sendo Y um tipo de homem autoritário, ou seja, dono de um duplo suposto saber, tanto sobre as mulheres quanto sobre seus conhecimentos adquiridos em geral na ciência onde se graduou, sente-se ofendido por estar justamente sendo orientado ou, em alguns casos, contestado por uma mulher, no caso X1.

No laboratório, vemos Y dar um soco na parede, rasgar formulários, ficar vermelho de raiva, gritar, atirar longe o jaleco e sair pisando firme porta afora… Isso quando X1 se aproxima dele avisando-o de que está cometendo um erro no procedimento.

No outro lado da cena, vemos Y entrando no gabinete de X, após um de seus escândalos. Vemos Y ora de cabeça baixa, ora de olhos fundos a choramingar que se sente chateado, opresso, que é, afinal, um pobrezinho. X fica com pena de Y, afinal, ele está tão magoado…

X, então, evidentemente compadecida, vai até X1 dizendo:

— Pobrezinho de Y, ele ficou tão magoado com o que você fez X1…

— Mas o que eu poderia fazer, X? Precisava avisá-lo do erro, poderíamos perder dias de trabalho.

— Você tem que entender, X1, que você está aqui há muito mais tempo, conhece todos os equipamentos do laboratório. Você é brilhante, tem mestrado e doutorado, tem um desempenho fantástico.

— Ora, obrigada — disse X1 timidamente.

— Só que isso o assusta, X1. Você tem que ajudar Y a lidar com isso.

— Eu?

— Claro, quem mais poderia ajudá-lo?

X1 não entendeu muito bem. Responsável que era, estava sempre atenta a seus próprios limites. Sabendo-se bem jovem, X1 costumava estudar muito e tentar aprender com quem fosse mais experiente do que ela, por exemplo X. Deste modo, ficou pensando no que poderia estar acontecendo entre eles: X, X1 e Y. E não encontrando explicação sugeriu o seguinte:

— X, penso que esta seja uma questão que Y deveria resolver conversando com a mãe dele ou fazendo terapia. Não creio que os problemas emocionais de Y sejam problema meu. Não uso meus atributos e títulos para me posicionar acima de Y. Não lhe trago meus problemas pessoais, não penso que possa responsabilizar Y por algum que eu venha a ter. Ao contrário, estamos no mesmo cargo, apesar de nossa formação diferente, ensino-lhe tudo o que posso para que o trabalho flua da melhor maneira.

— Y está com um problema quanto à sua virilidade no trabalho, você, X1, o humilha ao ganhar mais do que ele, ao saber mais do que ele, ao ser mais brilhante do que ele. Você tem que ajudá-lo para que o trabalho não seja prejudicado — diz X, convencida do papel de X1.

X1 permanece boquiaberta. X se retira olhando para X1 com um pedido de condescendência, cheio de anseios de compreensão, afinal que há um homem do tipo de Y naquele local de trabalho em que a exigência de conhecimento técnico e racionalidade estão sempre em xeque. E, no entanto, aquele homem do tipo de Y tem um problema emocional que vem perturbando a paz coletiva.

X1, perplexa como não poderia deixar de ser, percebe a inversão de valores exposta na percepção de X. X exige de X1 não apenas que seja responsável pelo trabalho, pelo progresso técnico de Y, mas também por suas emoções, como se Y fosse um bebê, uma criança, ou, se quisermos usar um termo politicamente incorreto, mas carregado de significado simbólico: uma mulherzinha.

Em frente ao espelho do banheiro, nós que podemos ver as cenas todas, inclusive a cena por trás da cena, vemos Y olhando em seus próprios olhos. Y chora e chora muito. Então, como se apenas encenasse, Y para de chorar e exibe os músculos dos braços ao espelho para seu próprio deleite. Y dá uma olhada no celular, vê quanto de dinheiro tem na carteira, chupa a barriga pra dentro e, antes de deixar o expediente — afinal o horário já se foi — treina um sorriso no mesmo espelho onde cinco minutos antes, exibia suas lágrimas.

Nós, que observamos a cena e gostamos muito de entender o que se passa, sabemos que Y é histérico. Sabemos que a histeria não é só um problema feminino. Ao contrário, há muitos homens histéricos. Mas os homens mesmos não gostam dessa ideia e, por isso, raramente a ciência até então dominada pelos homens investigou o tema a fundo.

Há um problema com a representação de gênero na questão da histeria. Isso relativamente ao fato de escolher como se faz papel de homem e como se faz papel de mulher. Assim como as famosas mulheres histéricas de que Freud tratou desejariam ser o homem que lhes faltava, o homem histérico desejaria ser a mulher que lhe falta. A falta, é claro, é simbólica. Devemos saber que a histeria é fruto de um oco, de um vazio que o histérico se esforça por esconder. Daí que ele faça cena para desviar a atenção alheia. No caso de Y, trata-se de um vazio do conhecimento que é também um vazio do poder. É bem óbvio que Y se sinta ofendido com X1, mais jovem que ele e mais bem sucedida… Além de tudo, X1 rompe com a equação mulher + cerveja demonstrando, de modo contundente, como Y não entendeu nada da vida. E ele quer esconder isso tudo.

Há cada vez mais homens do tipo de Y em nossa cultura, desde que as mulheres saíram de casa e foram trabalhar, mostraram sua competência em todos os campos, do trabalho à ciência, e cada vez mais em todas as áreas, da economia à política… Estes homens do tipo de Y representam o novo sexo frágil, mas tentam mostrar forças e, quando percebem que não vão conseguir, caem na mesma histeria que as mulheres de antigamente impedidas de realizar-se em outra esfera que do casamento e da maternidade. O homem histérico do tipo de Y pode torcer para o Timão, ter músculos imensos, pode beber todas, “pegar” todas, mas é sempre o homem-mulherzinha dando provas de sua fragilidade, mostrando que o sistema lógico não é tão lógico, que a harmonia não vale a pena. Um histérico gosta de atrapalhar quando tudo parece estar bem. Problema é que, às vezes, a fraqueza seja uma força e que, no extremo os covardes como são os histéricos, se tornem violentos. Daí que nesses tempos a violência passional de homens contra mulheres cresça tanto. O homem que bate e mata é tão histérico quanto o que tem ataques dentro do laboratório ou em qualquer outro ambiente de trabalho ou de casa.

Desejamos que X continue preocupada com o que acontece em seu laboratório. Desejamos que X1 continue sendo uma pessoa responsável e lúcida e siga com seu trabalho sem se deixar enganar pelos falsos pobrezinhos. Nós a apoiamos na sua conduta moral e ética. E desejamos que Y vá fazer uma terapia para poder ser a mulher que ele, como histérico, deseja ser.

Como sempre digo para minhas amigas, o problema nunca é um homem que quer você, mas um homem que quer “ser” você.

http://filosofiacinza.com/2013/01/02/xxy-ou-adivinha-quem-e-a-mulherzinha/
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Offline EuSouOqueSou

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Re:XXY, ou adivinha quem é a mulherzinha? (Marcia Tiburi)
« Resposta #1 Online: 03 de Janeiro de 2013, 01:02:13 »
E...
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline LaraAS

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Re:XXY, ou adivinha quem é a mulherzinha? (Marcia Tiburi)
« Resposta #2 Online: 03 de Janeiro de 2013, 01:24:28 »

        Verdadeiro hermafroditismo é uma coisa totalmente diferente, eu sempre diferencio isso e falo que o problema é o "transexualismo na ausência de hermafrodistismo" aliais isso TAMBÉM é discriminatório para os com os VERDADEIROS hermafroditas.
        E o problema não é uma questão fútil como essa citada nesse fútil texto, mas sim, o problema que seria se uma pessoa não-paralítica quisesse ter os direitos compensatórios dos paralíticos. E também atrapalha o direito dos nenens  de serem amamentados nos primeiros meses com a ajuda de licenças maternidades e depois dos primeiros 4 meses com ajuda de políticas de conciliação.
        Não é uma questão de harem como no filme "Lanternas vermelhas". Mas é claro que um movimento fútil e com excesso de narcisismo como o movimento gay (+ um bando de letras) não pode entender essas coisas sérias. Um movimento 100% baseado só no prazer sexual narcisista pessoal, sem nenhuma noção maior de sociabilidade e respeito e dever para com os outros. (e quanto a afetividade em geral em relação a parceiros sexuais, isso não passa de mistura de atração física com amizade que poderia existir perfeitamente sem a atração física, a amizade está relacionada à oxitocinina e à dopamina quer tenha ligações com atração sexual física quer não)
        Não que se deva reprimir essas coisas, mas me parece que não se pode de modo algum considerá-las tão e muito menor mais importantes do que as coisas sérias da vida, como os direitos dos fisicamente mais fracos à políticas compensatórias e os direitos dos nenens, igualmente não se pode considerar isso equivalente à luta contra discriminações étnicas independentes de comportamento dos discriminados. (já nos gays a prática homossexual é opcional) e tampouco é comparável a perseguições políticas em que é uma noção de dever do perseguido ser ou ter sido da opção perseguida.
        Preferir macarrão a nhoque de modo algum pode ser comparado a todas as sérias questões citadas assim e muito menos pode ser considerado mais importante do que elas.

Offline AleYsatis

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Re:XXY, ou adivinha quem é a mulherzinha? (Marcia Tiburi)
« Resposta #3 Online: 03 de Janeiro de 2013, 01:37:29 »
Amiga do céu, conta para mim o que você usa...  :histeria: :histeria: Sério, eu sei que tenho dificuldades também de me expressar por escrito, principalmente alguns dias que estou mais eufórico e com o pensamento mais rápido, sei que provavelmente não consigo ser entendido também, mas os seus textos para mim são impossíveis, de verdade, tento mas não entendo, você mistura umas coisas que não sei da onde...  :stunned:  :o

Citar
Verdadeiro hermafroditismo...

o problema é o "transexualismo na ausência de hermafrodistismo" ...

mas sim, o problema que seria se uma pessoa não-paralítica quisesse ter os direitos compensatórios dos paralíticos.

E também atrapalha o direito dos nenens  de serem amamentados nos primeiros meses

Não é uma questão de harem como no filme "Lanternas vermelhas".

excesso de narcisismo como o movimento gay (+ um bando de letras) não pode entender essas coisas sérias.

a amizade está relacionada à oxitocinina e à dopamina quer tenha ligações com atração sexual física quer não)

Preferir macarrão a nhoque de modo algum pode ser comparado a todas as sérias questões citadas assim e muito menos pode ser considerado mais importante do que elas.

JÉÉZUIIZZZZ Tradução simultânea por favor...  :histeria:  :histeria:  :histeria:
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Offline Fabi

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Re:XXY, ou adivinha quem é a mulherzinha? (Marcia Tiburi)
« Resposta #4 Online: 03 de Janeiro de 2013, 01:46:14 »
Eu nunca sei se XXY é síndrome de Turner ou de Klinefelter, sempre confundo.

Anyway, esse texto é meio superficial, a luta pelos direitos dos homossexuais é assim superficial? :?
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Offline AleYsatis

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Re:XXY, ou adivinha quem é a mulherzinha? (Marcia Tiburi)
« Resposta #5 Online: 03 de Janeiro de 2013, 01:55:59 »
Eu nunca sei se XXY é síndrome de Turner ou de Klinefelter, sempre confundo.

Anyway, esse texto é meio superficial, a luta pelos direitos dos homossexuais é assim superficial? :?
É uma cronica né, de uma revista, não é um tratado nem uma tese de doutorado, eu não tinha percebido que todos que trazem algum texto ou assunto aqui apresentam em teses acadêmicas completas, como os que estão falando de cú num dos tópicos ai, coisa profundíssima...  :hihi: Procurarei fontes melhores e teses completas da próxima vez...  :stunned:
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Offline Fabi

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Re:XXY, ou adivinha quem é a mulherzinha? (Marcia Tiburi)
« Resposta #6 Online: 03 de Janeiro de 2013, 01:58:07 »
É que podia ser menos estereotipado e mais concreto. ( E o tópico do cú é estranho  :| )
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Offline Geotecton

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Re:XXY, ou adivinha quem é a mulherzinha? (Marcia Tiburi)
« Resposta #7 Online: 03 de Janeiro de 2013, 02:09:02 »
É que podia ser menos estereotipado e mais concreto. ( E o tópico do cú é estranho  :| )

Tópico do 'cú'?  :hein:
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Offline AleYsatis

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Re:XXY, ou adivinha quem é a mulherzinha? (Marcia Tiburi)
« Resposta #8 Online: 03 de Janeiro de 2013, 02:12:23 »
É que podia ser menos estereotipado e mais concreto. ( E o tópico do cú é estranho  :| )
Superficial, com certeza, como falei é um texto para uma revista de variedades, não é para ser profundo, é para trazer alguma questão a pessoas para quem esses assuntos não são de interesse nem de entendimento. Para mim, pareceu uma cronica bem divertida até, sobre a situação do macho na nossa sociedade, que quando "desempoderado" deste seu lugar histórico de domínio, não sabe como age, e se apresenta como aquela que sempre foi vista como uma situação feminina, se apresenta histérico, infantilizado e reacionário por não saber como se colocar de uma maneira de real igualdade para com a mulher. Então, ou ele está por cima, ou vai desqualificar e tentar rebaixar a mulher pela birra... Enfim, são questões interessantes que eu vejo ai.

Sobre a o esteriótipo ou generalização, ela não só é válida como necessária para qualquer argumentação, ela se chama sinédoque.

Citar
sinédoque é o que alguns desinformados tomam por “generalização”, e então pensam poder acusar quem está “generalizando” de ato impróprio. Ora, não podemos escrever frases do tipo "os são-paulinos são barulhentos, mas o Huguinho, o Zezinho e o Luisinho, e mais o fulano X e o Y, não são". Não faria qualquer sentido um texto assim. Ou seja, quando escrevemos optamos quase que naturalmente pelo uso de vários tipos de sinédoque. Falamos sem medo de quem alguém acredite que se está falando do Huguinho ou do Zezinho etc., torcedores do São Paulo, que “os são paulinos são barulhentos”. O leitor inteligente sabe disso. O leitor inculto não. O leitor inculto e, pior, mentalmente limitado inventa de criticar e solta a frase imbecil: “não vale generalizar”. Isso ferve o meu sangue.

O jornalista que não sabia da sinédoque (Completo): http://ghiraldelli.blogspot.com.br/2007/12/o-jornalista-que-no-sabia-da-sindoque.html

Sobre o tópico do cú  :biglol:, é esse: ../forum/topic=27239.0.html
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Offline Fabi

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Re:XXY, ou adivinha quem é a mulherzinha? (Marcia Tiburi)
« Resposta #9 Online: 03 de Janeiro de 2013, 02:27:19 »
Então, ou ele está por cima, ou vai desqualificar e tentar rebaixar a mulher pela birra... Enfim, são questões interessantes que eu vejo ai.
Pessoas frustradas fazem isso, não precisa ser por questão de gênero ou machismo. 

Sobre a o esteriótipo ou generalização, ela não só é válida como necessária para qualquer argumentação, ela se chama sinédoque.
O problema do estereótipo é que ele não é real, é só um aproximação grotesca da realidade. Nem todos os homens vão ter o comportamento de "machão", assim como nem todo gay é igual o Crô.

E certas questões precisam de mais do que uma "aproximação grotesca" pra serem resolvidas.
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