Autor Tópico: A questão da pequena sociedade e da língua.  (Lida 443 vezes)

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Offline LaraAS

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A questão da pequena sociedade e da língua.
« Online: 10 de Janeiro de 2013, 12:30:38 »

           Na verdade, realmente só na pequena sociedade de um grupo local de 200 a no máximo 1000 pessoas, dá para ter algum coletivismo sem efeitos colaterais de despotismo e totalitarismo.
           Dá para ver isso inclusive nas línguas. Há as segundas pessoas do singular (no caso do português de hoje no Brasil, no sentido psicológico é o "você" que faz esse papel) em algumas línguas arcaicas havia o "dual" aliais também em outras pessoas (primeira e a verdadeira terceira), para se dirigir especificamente a duas pessoas.
           Mas mesmo em se tratando da segunda pessoa do plural (no português moderno do Brasil no sentido psicológico é o "vocês") sem megafone e sem microfone nem caixas de som, e bastante limitada a quantidade de pessoas que podem ser atingidas por um discurso oral mesmo com empostações de voz, e sem escrita é como se sabe "quem conta um conto aumenta um ponto". Então quer dizer a linguagem se desenvolveu para o relacionamento entre as pessoas da pequena sociedade de entre 200 e 1000 pessoas,entre as pessoas concretas e não para o coletivismo abstrato e inclusive como já comentou um forista desse fórum, inclusive em pequenas sociedades de aldeias de economia paleolítica (como era a dos jês quando foram encontrados pelos portugueses pela primeira vez) e de uma versão incipiente de economia neolítica. (como era a dos tupis-guaranis quando foram encontrados pelos portugueses a primeira vez) já separações. facções que se separam por motivos de divergências e cada uma vai para um lado, e certamente que há líderes de ideias com a iniciativa disso, quer dizer, isso que alguns querem ver, de que haveria uma unidade total de pensamentos e sentimentos nesse tipo de grupo local, é mito, nunca ouve isso, e também nas línguas tupis-guaranis e jês há inclusive as pessoas do singular, nesse caso o mais importante é notar a existência da PRIMEIRA pessoa do singular, e isso acontece mesmo com as línguas tupi-guaranis por exemplo, não dando muita importância, não tendo muito a diferenciação entre singular e plural nas palavras em geral que não sejam os pronomes pessoas ou palavras usadas como equivalentes de pronomes pessoais.

 

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