Autor Tópico: A provável origem do estilo mimador de criar os filhos na sociedade atual.  (Lida 633 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline LaraAS

  • Contas Excluídas
  • Nível 27
  • *
  • Mensagens: 1.386
  • Sexo: Feminino

          Para mim, isso tem a ver com o fato de que na sociedade atual, os filhos adultos praticamente não tem deveres para com os pais. Evidentemente não têm deveres de obedecer aos pais, mas mesmo em outras coisas, só se os pais estiverem na miséria e ainda tiverem ONGs para ajudá-los para pagar bons advogados ou que tenham sorte de pegar um advogado público gratuito bom, é que podem exigir que os filhos os ajudem com dinheiro e mesmo que ajudem com dinheiro, não há modo de exigir que uns filhos adultos deem carinho para os pais e em todo caso, em casos de pais não miseráveis materialmente também não dá para exigir dinheiro dos filhos adultos e ainda assim, é preciso que os pais miseráveis tenham sorte para arranjam bons advogados mesmo sendo miseráveis.
           Verdade que às vezes acontece como na Espanha atual, em que a média de idade dos filhos saírem da casa paterna-materna passou de 27 anos para 29 anos, mas a maioria sempre acaba saindo algum dia, aos 40 anos, 95% já saiu. E também não é só sair de casa,mesmo os que continuam na casa dos pais não necessariamente ajudam os pais, não necessariamente dão carinho aos pais, e mesmo que esses filhos trabalhem não necessariamente ajudam nas despesas, e é ainda mais raro que sejam os que mais ajudam nas despesas.
            Então, esse modo de mimar os filhos hoje em dia, é com o objetivo dos filhos gostarem dos pais, sentirem falta dos pais mais tarde, e que por isso, visitem bastante os pais, deem carinho para os pais ou mesmo tendo dinheiro para morar sozinho continue morando com os pais,mas dessa vez por carinho, sendo o que mais contribui para a casa, ou mesmo levando os pai ou os pais, ou a mãe para morar na sua nova casa comprada ou alugada por ele, filho. Verdade que às vezes os pais com essa intenção, acabam mimando os filhos demais, mas às vezes dá certo também, com relações bem carinhosas entre pais e filhos adultos.

Offline Gaúcho

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.288
  • Sexo: Masculino
  • República Rio-Grandense
Re:A provável origem do estilo mimador de criar os filhos na sociedade atual.
« Resposta #1 Online: 14 de Janeiro de 2013, 16:45:33 »
Quer dizer que meus pais não me amam, apenas estão interessados em serem sustentados na velhice? :'(
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline LaraAS

  • Contas Excluídas
  • Nível 27
  • *
  • Mensagens: 1.386
  • Sexo: Feminino
Re:A provável origem do estilo mimador de criar os filhos na sociedade atual.
« Resposta #2 Online: 14 de Janeiro de 2013, 17:03:58 »
Quer dizer que meus pais não me amam, apenas estão interessados em serem sustentados na velhice? :'(

          Não necessariamente interessados em sustento material, na maioria me parece que estão interessados em apoio emocional, em carinho, em afeto, em visitas frequentes na velhice.
          Agora na Europa com muito baixa população, o argumento contra ter poucos filhos, é que com isso fica-se sem dinheiro para pagar as aposentadorias. (se bem que talvez isso também poderia ser resolvido através da privatização delas, como acontece no Chile).
          Ah....outro motivo para tratar super bem os filhos, é porque os pais querem passar suas ideias adiante, querem convencer os filhos das suas idéias, e para isso é necessário que os filhos gostem deles, confiem neles, inclusive para preferir a explicação dos pais em vez da dos professores de humanas em casos em que essas visões são conflitantes. Parece que isso funciona, pois cerca de 50% da população é criacionista inclusive  50% dos com estudos (não digo sumidades estilo pós-doutorado, ou que mesmo sem isso, é um Bill Gates, não isso, mas que simplesmente se formaram em faculdades ou em ensino médio técnico).
          E também a maioria da população continua a favor da propriedade privada dos meios de produção e distribuição de produtos, mesmo dos médios e grandes em que há assalariados na produção e distribuição mesmo , o que mostra que não está funcionando a doutrinação anti-capitalista da maioria dos professores de História, geografia política (e de grande parte das questões de vestibulares e alternativa considerada correta neles), e de grande parte dos professores de sociologia e filosofia.
         
« Última modificação: 14 de Janeiro de 2013, 17:12:20 por LaraAS »

Offline LaraAS

  • Contas Excluídas
  • Nível 27
  • *
  • Mensagens: 1.386
  • Sexo: Feminino
Re:A provável origem do estilo mimador de criar os filhos na sociedade atual.
« Resposta #3 Online: 14 de Janeiro de 2013, 17:06:55 »
 
           Ah....outro motivo alegado contra a baixa natalidade e fertilidade na Europa, é que isso depois de uma ou duas gerações, atrapalha certos serviços em que são necessários jovens, quer pela força física quer pela maior perspicácia para inventar coisas novas. Certamente que Bill Gates quando fez suas mais importantes invenções era jovem...

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:A provável origem do estilo mimador de criar os filhos na sociedade atual.
« Resposta #4 Online: 14 de Janeiro de 2013, 19:37:20 »
http://en.wikipedia.org/wiki/Psychohistory#Psychogenic_mode

Citar
[...] That "conjugal love between husband and wife was considered ridiculous and impossible"266 in antiquity is better understood as a consequence of the narcissistic personality’s need to have perfection in their partner, fearing to risk attaching themselves to someone who was imperfect and whom they might lose like they lost their mothers and fathers earlier. Only through effective polygamy—either formal or through having concubines and slaves as alternatives to wives—could depending upon one woman be avoided. Indeed, the jealous mothers of the gynarchies of the past would often step in between their sons and their wives in order to keep them tied to themselves—as, for instance, Augustine’s mother did when she made him dismiss his concubine, who had lived faithfully with him for years. Even Christian marriages were supposed to be passionless between the spouses. God stood in for the grandmother and demanded that all love and passion be reserved for Himself. It was not really until the depressive psychoclass began to face their abandonment depression in the sixteenth century that Erasmus could startle his readers with the view that marriage was superior to virginity and Puritan wives could be able to write passionate love poems to their husbands.267 And it was only by the eighteenth century’s socializing psychoclass that "husbands and wives who cherished each other were begun to be held in the greatest esteem [as] conjugal love attracted not sarcasm, but the most fervent admiration, thus giving rise to a sort of contest to see who could love his or her beloved spouse the most, who could best prove to the world the unshakable fidelity felt toward one’s life partner."268

THE INDIVIDUATED PSYCHOCLASS OF POST-MODERN TIMES
It is difficult to describe what kind of world might be made by individuated personalities, as the first helping mode parents—where both mother and father unconditionally love their children and help them achieve their own goals and own real selves from birth—have only been around for a few decades in the most advanced societies. As I watch my own children and some of their helping psychoclass friends grow up and establish their productive lives, I see them as very different from my own socializing psychoclass peers. They are far more empathic and therefore more concerned about others than we ever were, and this has made them far more activist in their lives in trying to make a difference and change the world for the better, mostly involving themselves in local activities rather than global political changes. They lack all need for nationalism, wars and other grandiose projects, and in the organizations they start are genuinely non-authoritarian. There is no question that if the world could treat children with helping mode parenting, wars and all the other self-destructive social conditions we still suffer from in the twenty-first century will be cured, simply because the world will be filled with individuated personalities who are empathic toward others and who are not self-destructive. A world that loves and trusts its children and encourages them to develop their unique selves will be a world of very different institutions, a world without wars, jails and other domination group-fantasies. [...]

http://www.psychohistory.com/htm/eln09_psychesociety.html

Offline _tiago

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.343
Re:A provável origem do estilo mimador de criar os filhos na sociedade atual.
« Resposta #5 Online: 14 de Janeiro de 2013, 19:41:12 »
Isso, põe um artigo em inglês pra ela xingar...  :lol:


Offline LaraAS

  • Contas Excluídas
  • Nível 27
  • *
  • Mensagens: 1.386
  • Sexo: Feminino
Re:A provável origem do estilo mimador de criar os filhos na sociedade atual.
« Resposta #7 Online: 14 de Janeiro de 2013, 21:14:52 »

         Eu encontrei a versão em espanhol na wikipedia que parece ser a tradução, tem o mesmo tamanho, as mesas figuras e fotos, etc...
         Bom, eu achei essa "psicohistoria" feita por psicologos, extremamente idealista,por não relacionar as coisas o suficiente,com as circunstancias históricas políticas e econômicas e também me pareceu que eles tem uma visão idealizada da educação de hoje e dos seus resultados(afinal a fase chamada por eles de "apoio" começou segundo eles no fim do século XIX, e depois disso é que houve Stalin, Hitler, as bombas atômicas etc...). E em todo caso, não me parece que hoje os pais sejam umas madres teresa de cáculta que "só pensam nos filhos e nos filhos por si mesmos, pela própria individualidade do filho" mesmo porque os filhos não vivem mesmo sozinhos no mato, então há socialização sim, e esse CONTINUA sendo o principal motivo da educação e também esses lados mais de apoio emocional aos filhos que realmente acontecem em proporção maior hoje em dia, mesmo isso, não vem na minha opinião dos motivos idealistas citados, ou pelo menos na sua maior parte não vem disso.
         E não é que muitos pais não possam pensar mesmo que é por isso, mas me parece que não é esse o motivo profundo, histórico, econômico disso.
         E inclusive o artigo mesmo comentou as criticas que pessoas de outros ramos fazem a essa "psicohistoria".

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!