340 mil anos é anterior aos 200 mil, da determinação do homem moderno. E aí? Mudança de nomenclatura? De marco histórico? E se vier mesmo a aparecer registros de cromossomos e mutações correspondentes anteriores a 340 mil anos? Fica difícil se estabelecer um marco, um divisor, uma convenção acadêmica.
Não é esperado que todos os nossos alelos sejam novos, tendo se originado de 200 mil anos para cá. Ainda temos alelos em comum com chimpanzés, dos quais nos separamos há 4-5 milhões de anos, com gorilas, um pouco mais distantes, e até há diferenças nas freqüências de alelos compartilhados com orangutangos, dos quais nos separamos há uns 12 milhões de anos.
Não é nem um pouco estranho que tivéssemos ainda herança genética mais antiga do que 200 mil anos. Apenas parecia ser o caso que todos os cromossomos Y datassem de uns 60-150 mil de anos, apenas. O cromossomo X é mais antigo do que todos os outros cromossomos, inclusive que esse. Há alguns anos inclusive postularam uma forma ainda mais dramática de "especiação complexa" para explicar isso, sugerindo que por há de 1-2 milhões de anos, os ancestrais dos humanos atuais e dos chimpanzés, que estavam separado há algo como 3-4 milhões de anos, teriam novamente se misturado levemente, trocando genes, e só então se separando definitivamente. Me parece que essa não foi a explicação mais aceita, sendo a alternativa que com uma população suficientemente grande, uma especiação "convencional" (sem essa leve hibridação posterior) poderia dar no mesmo padrão de idades diferentes ao longo do genoma humano.
Acho que o "problema" é essencialmente o mesmo e então também deve ser possível esse mesmo tipo de alternativa, com a complicação de que conforme se avança na separação entre humanos e chimpanzés, fica cada vez mais turvo/fraco o sentido de "hibridação", pois é turva a separação entre espécies do mesmo gênero, ainda mais se consideramos isso não apenas num dado momento, mas o decorrer da evolução. Ou seja, falar em "população suficientemente grande" poderia argumentavelmente ser "não" falar de uma população de Homo sapiens/ancestral imediato maior do que o que se supunha, "mas" uma que abrangesse o que se costuma classificar como uma outra espécie contemporânea a esse ancestral. Essas alternativas vão se confundindo, tanto em expectativas de comprovação, quanto na prática (algo como "
espécie em anel").
se tivéssemos um ancestral comum teríamos apenas um tipo de cromossomo Y? O que quer dizer que existem 500.000 tipos de cromossomas Y? Isso ainda me é confuso.
Eu não entendi a lógica da primeira pergunta, mas a resposta provavelmente é não.
O que acontece é isso:
![](http://biologos.org/uploads/static-content/mito_eve_4.jpg)
E a árvore filogenética de cromossomos Y humano deve ser mais ou menos parecida com esta:
![](http://i1198.photobucket.com/albums/aa445/Brian_Ngenoh/Alphahaplogroup.png)
Só que agora se colocando um outro galho bem mais lá embaixo, mais ou menos nessa distância toda da primeira divisão...