Um estudo da Unoversidade de Oxford sugere que os Neandertais foram extintos porque tinham olhos maiores do que a nossa espécie, o Homo Sapiens. Os ancestrais dos Neandertais sairam de África muito antes, há 250 000 anos, e tiveram de se adaptar às noites mais longas e escuras da Europa. Como resultado, desenvolveram olhos maiores e a área do cérebro para processar a visão teve de aumentar, o que prejudicou a sua capacidade de processamento de informações e pensamento.
Ao invés, os ancestrais do atual Homo Sapiens permaneceram mais tempo em África, aproveitando um clima melhor, e por isso não tiveram de realizar aquele tipo de adaptação e lograram uma melhor evolução no lobo frontal do cérebro, associado com pensamentos mais complexos, antes de se espalharem pelo mundo.
Eiluned Pearce, da Universidade de Oxford, verificou esta teoria comparando os crânios de 32 Homo Sapiens e 13 crânios de Neandertais, descobrindo que os Neandertais tinham órbitas, em média, 6 milímetros maiores. Assim, os Neandertais precisavam de usar uma parte significativamente maior dos seus cérebros para processar a informação visual, enquanto os Homo Sapiens tinham uma área maior do cérebro para lidar com outras funções, nomeadamente com as interações sociais, logo maior capacidade para interagir e integrar grupos humanos maiores. Uma maior área cerebral livre para processar maior número de relacionamentos.
A superior capacidade de interajuda entre os indivíduos e os grupos de Homo Sapiens, para sobreviver e passar informações, deu-lhes supremacia competitiva ante os Neandertais mais limitados. Os grandes olhos implicaram que estes fossem de facto menos inteligentes do que aqueles.
Esta caraterísticas dos Neandertais também pode ter afetado a sua capacidade de inovar e adaptar-se à era do gelo que teria contribuído para a sua extinção, enquanto os Homo Sapiens, em grupos maiores, se teriam adaptado melhor às novas condições climáticas.
resumo de artigo no jornal Atlântico Expresso (ilhas dos Açores)