A ideia de floresta vertical me parece um pouco demagógica, ou pelo menos tendo um conjunto de princípios equivocados. Não sei se ela resolve - ou pelo menos, ataca - os verdadeiros problemas que uma aglomeração muito grande de pessoas em um centro urbano.
Uma floresta vertical em São paulo não resolveria o problema da impermeabilização do solo, não resolveria o problema da formação da "ilha-de-calor", mesmo poluição, no máximo, se houver benefício, seria restrito ao entorno da construção.
Esse tipo de empreendimento, imagino eu, seria muito mais proveitoso se fosse uma "fazenda vertical" baseada em princípios de permacultura. Pequenos terraços com diversas culturas seria perfeitamente administrável.
Cidade grande é ecologicamente inviável. Ponto. Fato indiscutível. Monoculturas baseadas em insumos derivados de petróleo, apesar de produtivas são inviáveis. Fato também. Os modelos de agricultura ditos "alternativos" já possuem um razoável embasamento teórico mostrando vantagens em relação aos modelos da "revolução verde", inclusive em produtividade. Mais um fato. Cidades pequenas, com diversos modelos de cultura de alimentos, planejados para se adequar às peculiaridades da hipotética cidade seriam uma alternativa viável e baseada em conhecimento científico pelo menos no quesito alimentação da população.
Basta vontade política e apoio popular. Vontade política de palhaços ignorantes que tão cagando para tudo além dos próprios benefícios em curto prazo e apoio popular da população que é completamente alienada do que ocorre no planeta. Isso é um fenômeno global, do desflorestamento da Amazônia para plantar soja no Brasil ao exterminio de cetáceos por "motivos culturais e científicos" no Japão.
Pronto, mais uma utopia rampaliana para o Hall de Impossibilidades do CC. Eu vou mudar de nick constantemente para pelo menos tentar disfarçar um pouco meu mundinho de conto-de-fadas para os novos foristas.