24/08/2005 - 01h41
"Não estou nem aí", diz Chávez sobre declaração de pastor americano
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da France Presse, em Havana
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ignorou as declarações do apresentador de TV e líder evangélico americano, Pat Robertson, que nesta terça-feira propôs seu assassinato.
"Não sei quem é esta pessoa, desconheço. Não estou nem aí para sua opinião", disse Chávez antes de partir de Havana, após se encontrar com o presidente cubano, Fidel Castro.
"Tomarei cuidado quando tiver de tomar. Estou aqui (em Cuba) para falar da vida, isto é mais importante", disse Chávez no Aeroporto Internacional de Havana, de onde partiu para a Jamaica.
O pastor ultraconservador Pat Robertson chamou o presidente Chávez de "inimigo perigoso" em seu programa "The 700 Club", na CBN, e defendeu que assassiná-lo seria mais barato do que ir a uma guerra para derrubá-lo.
Washington se distanciou destas declarações e, por intermédio de um porta-voz do departamento de Estado, afirmou que "Pat Robertson é um cidadão comum e que suas opiniões não representam a política dos Estados Unidos".
O embaixador da Venezuela na ONU, Fermín Toro Jiménez, pediu a Washington que tome medidas contra as "incitações ao terrorismo de Estado" cometidas pelo pastor.
"Embora o senhor Robertson não seja um funcionário do governo americano, Washington deveria rever os instrumentos internacionais (...) que podem contemplar incitações ao terrorismo de Estado como a realizada pelo reverendo Robertson", disse o embaixador, em nota transmitida à imprensa.