Eu não entendo que diabos esse movimento tem a ver com "rosca".
Como assim? Não entendi o que você quis dizer.
sei lá, deveria se chamar "levantamento" ou "dobramento". Não "rosca", que pra mim faz tanto sentido quanto se chamasse "cachorro-quente", ou "pirueta"....
Mas veja que a função principal do bíceps é aproximar o antebraço do braço. A musculação é eficiente justamente porque força a contração total de um músculo contra uma resistência (pesos). Apenas manter uma contração estática, como nos exercícios isométricos, não é tão eficiente como fazer o movimento em sua amplitude total. No exercício que você propôs o trabalho do bíceps é quase isométrico, sua função principal é manter o peso na horizontal de forma quase estática. O "trabalho pesado" de puxar o peso é feito pelos músculos das costas e ombros.
.... não é isométrico... o movimento é praticamente o mesmo, só que rotacionado em mais ou menos 90 graus, e a contração progride como na "rosca" normal, mas o peso nunca é reduzido por estar "apoiado" no cotovelo (mais ou menos como reduz o peso de um poste ou uma porta depois que você já a ergueu, porque está todo concentrado em cima do "fulcrum", é quase como se nem houvesse mais uma alavanca).
Como disse, o bíceps atua de forma secundária, apenas "segurando" o peso. O problema do seu exercício é que ele transforma o bíceps de músculo principal em coadjuvante do exercício.
Mas como? Se o biceps não fizesse nada, o braço nào teria como se manter contraído nesse ângulo, o peso ficaria simplesmente para baixo, os músculos das costas simplesmente não fazem isso. O movimento do bíceps ainda é o mesmo.
Vou tentar esclarecer tudo:
Na primeira linha, uma "rosca" normal, em que o peso se aproxima da base da alavanca (cotovelo), o que eu acho que leva a uma perda de peso similar ao do sticky-guy ao lado tentando levantar aquele poste, também com uma alavanca de terceira classe: quanto mais o peso está acima do "fulcrum", "menor" ele é, menos esforço se faz.
Na linha de baixo, o esforço do bíceps não diminui porque o peso nunca fica sobre o cotovelo, "equilibrando", exigindo esforço total do bíceps durante toda a contração.
Ainda tem mais um quadrinho explicando como seria se o bíceps não se esforçasse; o antebraço simplesmente não se dobraria na direção do corpo, apenas apontaria para baixo e o exercício seria, aí sim, apenas das costas.