Olá a todos.Primeiramente quero me desculpar.
Quando frequentava esse fórum (por volta de 2011), tive atitudes bastante infantis, cheguei até a questionar as regras e fiz um tópico com tanto proselitismo, que hoje me envergonho.
Novamente, minhas sinceras desculpas.
Lancei um blog recentemente, e se chama:
"Em busca da Verdade". Nele apresento minhas reflexões sobre a vida, a existência e o ser humano.
Depois de várias reviravoltas na minha vida, desde surtos mentais a doenças crônicas, não nego que ainda tenha uma visão bastante influenciada pela espiritualidade, mas de certa forma me senti compelido pela "pregação" secularista a respeito da razão e da ciência, e hoje me considero uma pessoa bem mais racional do que costumava ser.
Abaixo um texto que evidencia isso e levanta considerações relevantes a respeito da quantidade absurda de coisas a se acreditar quando se considera uma religião.
É fácil ser uma pessoa de fé? Por Jhonata Reis Não me espanto com a quantidade crescente de ateus e de pessoas que simplesmente não querem ter nada a ver com a religião.
Com os escândalos explícitos protagonizados por lideres religiosos, as declarações absurdas feitas pelos mesmos, e as atrocidades feitas em nome da religião, qualquer pessoa sensata acaba preferindo se afastar de tudo o que é relacionado a espiritualidade.
Além disso, as pessoas ficam extremamente indecisas com a diversidade de caminhos e escolhas que são colocadas a sua frente, e confusas, acabam escolhendo a neutralidade.
Mas caso você queira fazer parte de alguma religião convencional, você precisa primeiro se definir, e essa é a tarefa que eu considero mais problemática. Vamos simplificar (se isso for possível):
Se você crê em um só Deus, você é monoteísta. Suas opções são o Cristianismo, Judaísmo, Islamismo, Hinduísmo, Xintoísmo entre outras.
Se você crê em mais de um Deus, você é politeísta. Suas opções são: acreditar em Deuses da antiga Grécia, Roma, Egito, Escandinávia, ou acreditar em versões modernas dessas crenças: Xamanismo, Druidismo, Dodecateísmo e etc.
Vamos dizer que você é monoteísta e escolheu o Cristianismo, que vamos admitir, é a religião mais simples e comum que temos. Apesar disso, você ainda tem que definir qual vertente mais se iguala à suas crenças. As escolhas são: Catolicismo, Protestantismo, Mormonismo, Adventismo, Jeovismo, Ortodoxia, Assíria, Gnosticismo, Rosacrucianismo, Espiritismo, entre outras menos expressivas.
Bem, vamos dizer que você escolheu o Protestantismo, que é uma das vertentes que mais crescem atualmente. Pensou que é suficiente? Não, não. Você ainda tem que escolher sua denominação.
Entre as mais cotadas estão: Assembléias de Deus, Batistas, Metodistas, Neo-pentencostais, Pentecostais, Presbiterianas, Congrecionalistas, e Adventistas.
Vamos dizer que você escolheu a Assembléia de Deus. Fim da linha? Não. Se você for alguém que busca sinceramente verdades profundas dentro da sua denominação, ainda existem alguns passos a seguir, como por exemplo, definir suas tendências teológicas. Arminianismo, Calvinismo, Universalismo, Puritanismo, Liberalismo, Fundamentalismo e uma infinidade quase que interminável de rótulos.
Bem, você já percorreu um longo caminho não é? Como se não fosse suficiente, além de crer na bíblia e tudo que ela diz (cobras falantes, dilúvio global, mares que se abrem, sol que para, carruagens e arbustos de fogo, transformação de água em sangue, jumentas que falam e etc), você ainda tem que crer em algo mais: No homem. Isso mesmo, a partir de agora sua vida espiritual dependerá da cobertura de homens que se autodenominam ungidos de Deus, que proclamam ter o dom da profecia, e que afirmam ter a bênção e aprovação de Deus.
Hmm…Será que é fácil ser uma pessoa de fé?
É só eu que acho isso insano?
Não julgue ateus, agnósticos ou pessoas sem religião. Não é fácil se definir em um mundo com tanta pluralidade de pensamentos e ideologias. Não é fácil ter fé, por mais que digam o contrário.
Logo, não penso que ter alguma crença seja dar um salto no escuro. Mas com certeza é um salto. Enorme, dificultoso, e às vezes leva uma vida toda…