Autor Tópico: Católicos vão pouco à missa e contribuem menos com igreja  (Lida 1034 vezes)

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Offline JJ

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Católicos vão pouco à missa e contribuem menos com igreja
« Online: 21 de Julho de 2013, 07:41:27 »
 21/07/2013 - 01h15

Católicos vão pouco à missa e contribuem menos com igreja

REINALDO JOSÉ LOPES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


Em sua primeira viagem internacional como pontífice, o papa Francisco encontrará um Brasil em que a presença católica continua em declínio, com fiéis relativamente distantes da Igreja nas missas, no dízimo e na convicção sobre assuntos polêmicos, como casamento gay e adoção por casais do mesmo sexo.

As conclusões vêm de pesquisa do Datafolha realizada nos dias 6 e 7 de junho, com 3.758 entrevistados em 180 municípios do país. A margem de erro dos resultados é de dois pontos percentuais.

Veja o especial O papa no Brasil
Confira a agenda do papa Francisco no Brasil
Fervor popular resiste dentro de casa e na devoção a santos
Segundo o levantamento, 57% dos brasileiros com mais de 16 anos se declaram católicos, patamar mais baixo da história do país. Em 2007, pesquisa semelhante feita pelo Datafolha apontou 64%. Em 1994, eles eram 75%.


O segundo maior bloco religioso do Brasil é o de evangélicos pentecostais (membros de igrejas como a Assembleia de Deus), com 19%. Em seguida estão os evangélicos não pentecostais (de igrejas protestantes com séculos de existência, como os metodistas e os batistas), com 9%.


O restante da notícia está no link:


http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/07/1314166-catolicos-vao-pouco-a-missa-e-contribuem-menos-com-igreja.shtml




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Offline Pagão

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Re:Católicos vão pouco à missa e contribuem menos com igreja
« Resposta #1 Online: 12 de Agosto de 2013, 07:46:45 »
21/07/2013 - 01h15
Católicos vão pouco à missa e contribuem menos com igreja

Não precisam..., basta confessar esse "pecado" de quando em quando, ser absolvido..., voltar a faltar e a não contribuir..., confessar etc...
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper


Offline JJ

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Re:Católicos vão pouco à missa e contribuem menos com igreja
« Resposta #3 Online: 01 de Julho de 2019, 10:04:07 »

Aprovação do papa é alta, mas católicos continuam deixando religião, diz estudo

Camilla Costa

Da BBC Brasil em São Paulo
13 novembro 2014


Papa é popular entre católicos, mas número de fieis que deixam a religião continua a crescer no continente

Pouco mais de um ano e meio após sua eleição, a aprovação do papa Francisco é alta em seu continente de origem, a América Latina. Mesmo assim, católicos continuam a deixar a religião – a maioria deles, para se tornar protestante.

A conclusão é do estudo "Religião na América Latina – Mudanças difundidas em uma região historicamente católica", do instituto americano de pesquisas Pew, que mapeou as práticas religiosas em 18 países da América Latina e do Caribe, exceto Cuba.

Os resultados mostram que o número de pessoas que se declaram protestantes continua crescendo em todo o continente e que pessoas criadas no catolicismo vem deixando a religião em favor da fé propagada por igrejas evangélicas.

"Se temos hoje o primeiro papa latino-americano é principalmente por causa da competição pentecostal na América Latina. A Igreja Católica está em uma crise de pânico. Se não conseguirem parar o avanço protestante no continente, que abriga 40% dos católicos do mundo, o futuro da instituição está seriamente ameaçado", disse à BBC Brasil Andrew Chesnut, professor da Virginia Commonwealth University e um dos autores da pesquisa, divulgada nesta quinta-feira.

"O Brasil ainda tem a maior população católica do planeta, mas agora só 61% se dizem católicos. Em 2030, o país já não deverá ter uma maioria católica."

A aprovação de Francisco entre os católicos é alta: acima dos 70% deles dizem ter uma opinião favorável ao papa em todos os países onde o estudo foi feito. O número passa de 90% em países como Brasil e Colômbia e chega a 98% na Argentina, seu país de origem.

O Brasil ainda tem a maior população católica do planeta, mas agora só 61% se dizem católicos. Em 2030, o país já não deverá ter uma maioria católica.
Andrew Chesnut, especialista em religião na América Latina
No entanto, o estudo afirma que é cedo para dizer se o papa conseguirá diminuir ou reverter o êxodo de católicos. "O papa Francisco ainda não impressionou a todos", afirma o instituto. "Os ex-católicos são mais céticos a respeito do papa. Em todos os países pesquisados, exceto na Argentina e no Uruguai, pouco menos da metade têm uma opinião favorável a ele e acham que seu papado pode significar mudança na Igreja."

"Eu suspeito que, a longo prazo, Francisco não conseguirá parar esse processo mais longo de pluralidade religiosa. Pesquisas feitas nos Estados Unidos já mostraram que, mesmo dizendo que amam o papa, os católicos não estão indo mais à missa. Se eles não se tornarem mais ativos, (gostar do papa) não significa nada para a Igreja", afirma Chesnut.

No Brasil, apenas 37% dos católicos afirmam que vão à igreja ao menos uma vez por semana, contra 76% dos protestantes. Na Argentina, terra natal de Francisco, o número cai para 15% e chega a apenas 9% no Uruguai.

Leia mais: O papa Francisco é o modernizador que muitos previam?

O estudo indica que, além do crescimento do número de protestantes, o número de pessoas que abriram mão de qualquer filiação com uma religião organizada também aumentou na região.

A categoria, na qual estão 8% dos entrevistados na pesquisa, inclui pessoas que se descrevem como ateus, agnósticos ou sem religião. No Brasil, a porcentagem é a mesma.

O Instituto Pew é um dos mais respeitados órgãos de pesquisa independentes dos Estados Unidos. O levantamento se baseia em mais de 30 mil entrevistas realizadas entre outubro de 2013 e fevereiro de 2014 em espanhol, português e guarani.

Leia mais: Com ajuda da web, ateus ganham força no Brasil

'Ênfase na moralidade'

Atualmente, 69% dos latino-americanos se identificam como católicos, apesar de 84% afirmarem ter sido criados na religião. No Brasil, uma em cada cinco pessoas é ex-católica, segundo o Instituto Pew.

De acordo com o estudo, a maioria deles parece estar migrando para as religiões protestantes, especialmente as pentecostais e neopentecostais – como a Igreja Universal do Reino de Deus e a Renascer em Cristo. No Brasil, 54% dos atuais protestantes dizem ter sido criados como católicos. A taxa chega a 76% na Colômbia.

Razões dos latino-americanos para deixar a Igreja Católica*

Os pesquisadores pediram que os entrevistados marcassem os itens que foram importantes para que eles deixassem o catolicismo e se convertessem ao protestantismo.

Buscava uma conexão pessoal com Deus - 81%
Gosto do estilo de celebração da nova igreja - 69%
Queria uma ênfase maior na moralidade - 60%
Encontrei uma igreja que ajuda mais os seus membros - 59%
A nova igreja me estendeu a mão - 58%
Problemas pessoais - 20%
Buscava um futuro financeiro melhor - 14%
Me casei com um não católico – 9%

Fonte: Pew Research Center

*Mediana percentual das respostas

Perguntados a respeito das razões para a conversão, a maioria dos entrevistados afirmou que buscava "uma conexão mais pessoal com Deus". Das oito opções de resposta disponíveis, a segunda mais escolhida dizia que os fiéis "gostam mais do estilo de culto da nova igreja", a terceira, que "encontraram uma igreja que ajuda mais seus membros" e a quarta, que "queriam uma ênfase maior em moralidade".

"De um modo geral, igrejas pentecostais atraem pessoas que já têm atitudes mais conservadoras. Elas costumam ser reforçadas e até mesmo intensificadas dentro das congregações. Mesmo assim, é importante lembrar que há muita diversidade entre as denominações pentecostais. A Igreja Universal do Reino de Deus, por exemplo, apoiou Dilma em sua reeleição", diz Chesnut.

A pesquisa afirma que mais protestantes do que católicos latino-americanos se opõem a questões como aborto e casamento gay. A diferença entre eles é pequena na maioria dos países, sobretudo em relação ao aborto.

No Brasil, a maioria dos católicos também se coloca a favor de mudanças em tradições católicas como o celibato dos padres e a proibição de que mulheres se tornem sacerdotes.



Influência pentecostal

A tentativa de tornar os rituais católicos mais atraentes e evitar a perda de fiéis também impulsionou o crescimento da corrente Renovação Carismática entre os católicos. Padres e fiéis ligados ao movimento incorporam às celebrações católicas elementos de cultos pentecostais, como música, dança, pregações contundentes e rituais de exorcismo.

"Em todos os países pesquisados, os carismáticos são grande parte da população católica. E em alguns países – Panamá, Brasil, Honduras, República Dominicana e El Salvador –, pelo menos metade dos católicos dizem ser carismáticos", afirma o estudo.

Para Andrew Chesnut, padres "superstar" brasileiros, como Marcelo Rossi e Fábio de Melo, são expoentes do poder carismático dentro da Igreja católica latina. Pelo menos 58% dos católicos brasileiros se dizem carismáticos. "Há equivalentes ao padre Marcelo Rossi em quase todos os países latino-americanos, mas nenhum é tão superstar quanto ele", diz.

"Sem o crescimento pentecostal, não haveria carismáticos ou Marcelo Rossi. É uma reação católica a esse crescimento."

A prática do exorcismo, que havia se tornado rara dentro do catolicismo, também voltou à tona por influência das igrejas neopentecostais, de acordo com o pesquisador.

"No Brasil, o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, foi o pioneiro em fazer exorcismos públicos e espetaculares, e outros o seguiram. Agora, há todo tipo de exorcismos não autorizados sendo feitos na Igreja Católica. Normalmente seria necessária a autorização de um bispo, mas entre os carismáticos há muitas mulheres leigas fazendo isso", afirma.

Leia mais: Vaticano autoriza missa em línguas indígenas no México


https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/11/141113_religiao_estudo_pew_cc.shtml

Offline Fernando Silva

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Re:Católicos vão pouco à missa e contribuem menos com igreja
« Resposta #4 Online: 02 de Julho de 2019, 09:33:27 »
O culto católico é muito chato. Não é à toa que tantos padres imitem as palhaçadas dos neopentecostais, com toda aquela gritaria e musiquinhas chinfrins tipo "Xou da Xuxa" com a "platéia" pulando e dançando.
Ou que os carismáticos tenham copiado o "falar em línguas", "repousar no espírito" (estrebuchar no chão supostamente possuído por Deus), exorcismos e outras babaquices.

A Igreja Católica é fria e distante. Numa igreja de crente, a pessoa recebe um tratamento mais pessoal, sente-se mais participante e bem acolhida.

A Igreja Católica promete a felicidade na outra vida. Os crentes prometem aqui e agora, ainda mais se pagarem o dízimo. Você compra os milagres. Vai aos cultos e recebe certezas, não vagas promessas.

As igrejas católicas são raras e ficam fechadas a maior parte do tempo. As de crente estão em toda parte, mesmo nas comunidades mais distantes e pobres, e estão sempre abertas. Você chega lá e o pastor improvisa um culto na hora só para você ou seu grupo.

E qual a doutrina verdadeira? Tanto faz, quem se importa com esses detalhes?

« Última modificação: 02 de Julho de 2019, 09:36:34 por Fernando Silva »

Offline Pedro Reis

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Re:Católicos vão pouco à missa e contribuem menos com igreja
« Resposta #5 Online: 02 de Julho de 2019, 10:15:16 »
É verdade. Para a maioria a igreja evangélica é mais atrativa.

Mas o que você descreve se parece mais com o que acontece nas neopentecostais. Nas tradicionais, como a Batista e Presbiteriana, o culto é bem mais formal e sóbrio. Eu, que venho de família batista, acho tudo um pé no saco. E essas novas mais insuportáveis ainda.

Se tivesse que escolher preferiria ser católico porque odeio tudo nas evangélicas. Desde a arquitetura horrorosa dos templos, até a música, a pregação... é muito chato. Ainda prefiro a burocracia católica, onde o fiel vai, bate o ponto e pronto. Não sei porque ser evangélico quando é tão mais prático ser católico.


 

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