Autor Tópico: Papa pede que jovens se voltem à espiritualidade  (Lida 492 vezes)

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Offline 4 Ton Mantis

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Papa pede que jovens se voltem à espiritualidade
« Online: 25 de Julho de 2013, 22:15:54 »
http://www.diarioonline.com.br/noticia-252060-papa-pede-que-jovens-se-voltem-a-espiritualidade.html?100352425



Em contraste com o discurso que fez na manhã desta quinta-feira, 25, na Favela da Varginha, no qual abordou questões terrenas e brasileiras como os protestos nas ruas, as injustiças sociais e a pacificação das favelas, o papa Francisco fez aos milhares de jovens que foram vê-lo nesta noite na Festa de Acolhida da Jornada Mundial da Juventude, na praia de Copacabana, um apelo para que se voltem para a espiritualidade.
No pronunciamento marcado por citações da Bíblia e linguagem coloquial, o pontífice recorreu a uma gíria bem carioca - "bote fé"- para conclamar o público a se engajar no cristianismo, deixar as obsessões materiais - "o ter, o dinheiro, o poder"- e trocar a si mesmos por Deus como centro da vida. Francisco chamou esse processo de "revolução copernicana", em alusão a Nicolau Copérnico (1473-1543), o cientista que formulou o heliocentrismo, teoria segundo a qual o centro do universo seria o sol, não a Terra. 
"Mas o que podemos fazer? 'Bote fé'", pediu o Santo Padre, no discurso, no qual recorreu a uma imagem familiar - a preparação de comida - para expor seu pensamento. "A cruz da Jornada Mundial da Juventude peregrinou através do Brasil inteiro com este apelo. Bote fé: o que significa? Quando se prepara um bom prato e vê que falta o sal, você então 'bota' o sal; falta o azeite, então 'bota' o azeite... 'Botar', ou seja, colocar, derramar." Para o papa, a Bíblia mostra o caminho para a jornada espiritual que recomendou aos jovens. "No Evangelho, escutamos a resposta: Cristo", afirmou.
"Jesus é Aquele que nos traz a Deus e que nos leva a Deus; com Ele toda a nossa vida se transforma, se renova e nós podemos olhar a realidade com novos olhos, a partir da perspectiva de Jesus e com os seus olhos."
Francisco pediu também aos jovens que se perguntassem, com sinceridade, em quem depositavam confiança, em si próprios ou em Jesus e propôs uma troca. "Sentimo-nos tentados a colocar a nós mesmos no centro, a crer que somos somente nós que construímos a nossa vida, ou que ela se encha de felicidade com o possuir, com o dinheiro, com o poder", declarou. "Mas não é assim! É verdade, o ter, o dinheiro, o poder podem gerar um momento de embriaguez, a ilusão de ser feliz, mas, no fim de contas, são eles que nos possuem e nos levam a querer ter sempre mais, a nunca estar saciados. (...) Vejam, queridos amigos, a fé realiza na nossa vida uma revolução que podíamos chamar copernicana, porque nos tira do centro e o restitui a Deus; a fé nos imerge no seu amor que nos dá segurança, força, esperança."
O papa citou São Pedro para falar da sua satisfação por estar na Jornada Mundial da Juventude. "É bom estarmos aqui!": exclamou Pedro, depois de ter visto o Senhor Jesus transfigurado, revestido de glória", disse. "Queremos também nós repetir estas palavras? Penso que sim, porque para todos nós, hoje, é bom estar aqui juntos unidos bem torno de Jesus!" O pontífice afirmou ainda que era bom estar em Copacabana, reunido com os jovens da JMJ, "botando Cristo na nossa vida, botando a fé, a esperança, o amor que Ele nos dá".
Logo ao chegar, em sua saudação aos jovens, o papa disse ver neles "o rosto do jovem Cristo" e pediu um minuto de silêncio e oração pelas vítimas de um acidente na Guiana Francesa. O pontífice não seguiu estritamente o texto previamente distribuído à imprensa. Por seis vezes, improvisou algumas frases descontraídas, algumas até em português ao longo do pronunciamento feito principalmente em espanhol. O primeiro improviso foi dirigido aos moradores da cidade. "Sempre ouvi dizer que os cariocas não gostam da chuva e do frio", afirmou, logo no início. "Mas vocês estão mostrando ser mais fortes que o frio e a chuva. Parabéns! Vocês são verdadeiros guerreiros!" Ele também fez alguns improvisos no discurso, como quando perguntou aos jovens se estariam dispostos a "entrar nesta revolução da fé".
O papa Francisco foi bastante aplaudido pelos peregrinos no fim de sua fala na Missa da Acolhida da Jornada Mundial da Juventude. Após a sua participação, os peregrinos começam a deixar a praia de Copacabana.
(Agência Estado)
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Offline Geotecton

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Re:Papa pede que jovens se voltem à espiritualidade
« Resposta #1 Online: 26 de Julho de 2013, 01:34:48 »
E isto porque ele veio como Chefe de Estado.

Imaginem se ele tivesse vindo como um líder espiritual (seja lá o que for que significa isto).
Foto USGS

Skorpios

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Re:Papa pede que jovens se voltem à espiritualidade
« Resposta #2 Online: 26 de Julho de 2013, 07:25:32 »
Chegou atrasado. A Câmara de Vereadores daqui já pratica a espiritualidade. :twisted:
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Momento Bíblico

Respeito as crenças de cada um, e entendo que deve haver muito vereador em débito com Deus, tentando esconder seus pecados sob o tapete, mas daí a concordar com o tal “Momento Bíblico”, que figura no Artigo 87 do Regimento Interno da Câmara de Vereadores de Blumenau, é extrapolar os limites do bom senso. E vejam bem, não se trata de penduricalho opcional, coisa que se faz ou se deixa de fazer ao prazer da ocasião, mas de ordem legal, já que o tempo verbal empregado no Regimento é claro: “haverá”.

Todos sabemos da promiscuidade entre religião e Estado no Brasil, que vai desde um “Deus seja louvado” estampado nas cédulas de nossa profana moeda, até as ingerências das bancadas religiosas em nosso governo temporal. Mas a questão que me provoca por agora é: afinal, qual o propósito da leitura de breves trechos da Bíblia ao início de cada sessão do Parlamento blumenauense? Outro dia, vi, pela TV Legislativa, certo vereador vestindo, durante seu pronunciamento, um chapeuzinho “fake” de folião da Oktoberfest. Fiquei imaginando o mesmo sujeito recitando o trecho dos “Cânticos de Salomão”, onde se lê: “os seus seios parecem duas gazelas; são como dois veados gêmeos pastando entre os lírios.” A cena abriria com chave de ouro a patuscada que é uma sessão ordinária de nossa gloriosa Câmara.

Está claro que o momento bíblico demonstrou-se incapaz de levar ordem moral ao nosso Parlamento, o que seria, talvez, sua única razão de ser. Não me parece muito moral pagar um aluguel que supera o meio milhão de reais ao ano, quando há tantas prioridades em nosso município; ou ainda, manter legislando vereadores cassados pela Justiça em primeira instância. A propósito, alguém poderia ler o Versículo 15, do Capítulo 20, do livro de “Êxodo” aos nobres edis?

Ao instituir a obrigatoriedade da leitura de trechos da Bíblia ao início de cada sessão, a Câmara desrespeita o espírito laico imputado ao Estado brasileiro, bem como desconsidera a pluralidade de crenças de nossa população. Desde os tempos da colonização, sempre houve por esta terra muitos ateus (Fritz Müller que o diga), bem como blumenauenses que comungam de crenças diferentes do cristianismo, não tendo a Bíblia como seu livro sagrado. Por esta razão sugiro a substituição do Momento Bíblico por um momento constitucional. Ao invés de textos sagrados, nosso Legislativo iniciaria seus trabalhos com a leitura de algum artigo da Constituição brasileira. Quem sabe, assim, os vereadores apresentariam menos projetos inconstitucionais e teriam maior clareza das suas atribuições.

Fonte

 

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