Arlindo, pela religião, sofre preconceito na favela onde mora, dominada pelo tráfico, que tenta expulsá-lo de lá, mas ele resiste bravamente, se inspirando em Zumbi dos Palmares.
Os traficantes acreditam que aqui se vive a lei de Deus, não do homem, e não temem a ninguém, a não ser uma pessoa, misterioso e pacato Mohammed. Os notíciários sensasionalistas são a única fonte de conhecimento que os traficantes têm sobre o Islã, e a partir deles imaginam que ele, e seus familiares, podem esconder uma face muito perigosa por trás da aparência de serenidade. Eles desejam algum dia expulsá-lo de lá também, pois sua religião também atrai seguidores. Mas ainda não têm planos concretos, apenas olham de longe. O líder do tráfico, Belarmino Oliveira, ou "mano B.O.", como prefere ser chamado, nem imaginaria que seria Mohammed a livrar a cara dele e de seu irmão, que, através da relgião católica, tenta convencê-lo a deixar o crime, quando policiais corruptos tentam enquadrá-los por crimes que não cometeram. Mohammed crê que os ensinamentos da religião da paz talvez possam trazer fim à guerra entre polícia e tráfico, que não precisa tomar mais vidas inocentes. É esta sua jihad, uma guerra santa contra uma guerra movida por pecados. Que talvez tenha demônios como generais.
Eduardo cursa a faculdade, e lá tem em suas principais influências dois professores. Ricardo Pavião, professor de biologia, e Kato Onaga, professor de física. Pavião é ateu fanático, e a principal influência de Eduardo em seu jeito de ser. Eduardo sempre supôs que, por ser cientista, Onaga compartilhasse das perspectivas de Pavião. Mas quando precisou estudar mais para recuperar as notas baixas em física, acabou se surpreendendo, e se sentindo de certa forma ameaçado, quando Onaga lhe dizia coisas sobre a física quântica que desafiavam as leis do materialismo em que ele depositava toda sua fé. Eventualmente questionado sobre religião, Onaga responde que apenas está numa eterna busca pela Teoria Unificada.