Autor Tópico: Padrões na História  (Lida 1131 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Südenbauer

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.297
  • Sexo: Masculino
Padrões na História
« Online: 03 de Setembro de 2013, 20:51:17 »
Existe algum ramo da História que tenta criar certas "regras históricas" (Dada uma determinada situação histórica, é provável que aconteça o seguinte)? Pergunto porque é comum da gente encontrar histórias que se repetem em diferentes civlizações. Por exemplo, a tendência de um povo/nação dividido se unir quando confrontado com algum inimigo muito poderoso, ou então a tendência de um grande império se dissolver por conta das brigas internas entre os descendentes de algum governante. (não tô dizendo que são teorias válidas, só exemplos)

Não vejo como propósito de futurologia, muito menos de criar equações históricas, só mesmo de classificar padrões para a facilidade do estudo da História.

Algo parecido com o que o Jared Diamond faz nos livros dele.
« Última modificação: 04 de Setembro de 2013, 00:07:57 por Südenbauer »

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Padrões na história
« Resposta #1 Online: 03 de Setembro de 2013, 21:23:13 »
Existe "história econômica" (não confundir com "história da economia", muito embora o termo "economic history" seja usado para os dois sentidos), e "história ambiental" ou "ecológica", que é essencialmente parecido, mas acho que com um enfoque mais direto nos recursos naturais do que nos "tokens" que mais freqüentemente se usa na economia em geral.


Tem também "psicohistória", que não é algo levado muito a sério, mas acho que é até interessante, a idéia é explicar algumas coisas históricas com "psicologia da época", embora a origem dessa proposta seja psicanalítica.

Offline Muad'Dib

  • Nível 34
  • *
  • Mensagens: 2.767
Re:Padrões na história
« Resposta #2 Online: 03 de Setembro de 2013, 22:00:25 »
Acho que tendência seria uma palavra mais adequada.

Offline Gigaview

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.604
Re:Padrões na História
« Resposta #3 Online: 04 de Setembro de 2013, 01:03:05 »
Existe "história econômica" (não confundir com "história da economia", muito embora o termo "economic history" seja usado para os dois sentidos), e "história ambiental" ou "ecológica", que é essencialmente parecido, mas acho que com um enfoque mais direto nos recursos naturais do que nos "tokens" que mais freqüentemente se usa na economia em geral.


Tem também "psicohistória", que não é algo levado muito a sério, mas acho que é até interessante, a idéia é explicar algumas coisas históricas com "psicologia da época", embora a origem dessa proposta seja psicanalítica.

Isaac Asimov usa a psicohistória em "Fundação".

Citar
A Psico-história baseia-se na ideia de que, enquanto as ações de um indivíduo em particular não podem ser previstas, as leis da estatística aplicadas em grandes populações poderiam prever eventos futuros.2 Asimov usou a analogia de um gás: um observador possui grande dificuldade em prever o movimento de uma única molécula de gás, mas pode prever o comportamento de massa do gás com alta precisão. Físicos chamam isto de Teoria Cinética. Asimov aplicou esse conceito à população de seu Império Galáctico ficcional, com população estimada em quintilhões. O personagem responsável pela criação dessa ciência, Hari Seldon, estabeleceu dois axiomas: a população cujo comportamento será modelado deve ser suficientemente grande e a população em questão deve permanecer ignorante dos resultados da análise da psico-história.

Há um terceiro axioma subentendido na Psico-história, que é trivial e não foi declarado por Seldon em seu plano: os seres humanos são os únicos com inteligência na Galáxia.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Psico-história_(ficção)
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Padrões na História
« Resposta #4 Online: 04 de Setembro de 2013, 01:28:38 »
Essa é "outra" psicohistória.

Citar
Psychohistory is the study of the psychological motivations of historical events.[1] It attempts to combine the insights of psychotherapy with the research methodology of the social sciences to understand the emotional origin of the social and political behavior of groups and nations, past and present. Its subject matter is childhood and the family (especially child abuse), and psychological studies of anthropology and ethnology.

[...]

Psychohistorians have written much about changes in the human psyche through history; changes that they believe were produced by parents, and especially the mothers' increasing capacity to empathize with their children. Key to deMause's thought is the concept of psychoclass, which emerges out of a particular style of childrearing, and child abuse, at a particular period in a society's development. The conflict of new and old psychoclasses is also highlighted in psychohistorians' thought. This is reflected, for instance, in the clash between Blue State and Red State voters in the contemporary United States.[12][13]
Another key psychohistorical concept is that of group fantasy, which deMause regards as a mediating force between a psychoclass's collective childhood experiences (and the psychic conflicts emerging therefrom), and the psychoclass's behavior in politics, religion and other aspects of social life.[14]

[...]
http://en.wikipedia.org/wiki/Psychohistory


Seria interessante se usassem a idéia mas com teorias e métodos melhores do que psicanálise, como psicologia social.


Se bem que acho que isso dá no mesmo:

Citar
Psychological anthropology is an interdisciplinary subfield of anthropology that studies the interaction of cultural and mental processes. This subfield tends to focus on ways in which humans' development and enculturation within a particular cultural group—with its own history, language, practices, and conceptual categories—shape processes of human cognition, emotion, perception, motivation, and mental health. It also examines how the understanding of cognition, emotion, motivation, and similar psychological processes inform or constrain our models of cultural and social processes. Each school within psychological anthropology has its own approach.[1][2]

Offline Gigaview

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.604
Re:Padrões na História
« Resposta #5 Online: 04 de Setembro de 2013, 23:32:05 »
Um caminho interessante para se chegar aos possíveis padrões  históricos talvez esteja na busca de analogias significativas como Hannah Fry mostrou no TED. Os casos comentados são de complexidade muito muito menor que qualquer fenômeno histórico simples mas mostra como relacionar coisas que parecem que nada tem a ver como o fenômeno da migração na Europa com o movimento planetário, as manifestações em Londres com o comportamento de consumidores e o equilibrio entre roubos e segurança numa cidade com o mecanismo biológico responsável pela formação das manchas do pelo de uma onça. Lembra um pouco a Teoria do Caos na clássica comparação de fractais com o desenho da costa de um continente, por exemplo.

<a href="https://www.youtube.com/v/LnQYJa9-aR0" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/LnQYJa9-aR0</a>

Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Liddell Heart

  • Nível 26
  • *
  • Mensagens: 1.237
  • Sexo: Masculino
  • “É melhor reinar no inferno do que servir no céu”
Re:Padrões na História
« Resposta #6 Online: 05 de Setembro de 2013, 15:08:39 »
O estudo positivista da história humana. MEDO.
"Onde mora a liberdade, ali está a minha pátria."
Benjamin Franklin

"Posso não concordar com uma só palavra sua, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-la."
Voltaire


Offline Südenbauer

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.297
  • Sexo: Masculino
Re:Padrões na História
« Resposta #8 Online: 05 de Setembro de 2013, 23:37:44 »
O estudo positivista da história humana. MEDO.
???

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Padrões na História
« Resposta #9 Online: 25 de Setembro de 2013, 17:43:07 »
Vi uma entrevista com os autores do livro "death from a distance - and he birth of a humane universe", que é mais ou menos como se fosse um "prólogo" de "armas, germes e aço", se focando em "armas." O ponto de partida é que Homo sapiens tem uma anatomia diferenciada nos ombros que permite arremessar objetos com destreza não equiparada por outros primatas, ou outros hominídeos. Inicialmente essa habilidade teria sido usada numa forma mais ativa de ser "carniceiro", roubar a caça de predadores, sem se expor ao risco de enfrentá-los de perto. Isso seria feito coletivamente, não individualmente, o que aumentaria muito a eficácia do método. Esse método no entanto viria a ser "exaptado" para "imposição da lei" dentro dos grupos humanos, por permitir que um grupo puna um ou mais indivíduos ao mesmo tempo em que essencialmente elimina os riscos de combate corpo-a-corpo. Isso teria sido o que nos permitiu ter um "altruísmo" para além do altruísmo por parentesco próximo, e as fundações de grupos/tribos maiores. Os autores prosseguem a análise com a invenção de novas armas, e supõem que seja essencialmente a mesma lógica por trás da origem do estado e da democracia.

Eu não tenho certeza quanto a generalização por toda a história, mas achei bem interessante a fase pré-histórica da idéia. Acho que talvez ajude a explicar bastante o padrão de extinção dos neandertais e outros hominídeos contemporâneos. Homo sapiens não seria necessariamente muito mais inteligente, apenas teria uma artilharia como vantagem, e grupos mais numerosos, competindo pelos mesmos recursos, quando seus habitats se aproximavam. Isso deve conduzir a massacres esporádicos e miscigenação limitada, em comparação com uma situação mais de "igual para igual". Eu costumava supor algo mais "aleatório" para a tomada de lugar pelos sapiens, como estarem trazendo novas doenças, e achava um tanto fantasiosa/arrogante a noção de superioridade bélica sem esse dado específico. Mas essa versão não só mostra uma superioridade bélica crível, como também desfaz um pouco das noções "glamurosas" dos homens pré-históricos como caçadores implacáveis. Embora eventualmente caçassem, inicialmente estariam apenas roubando caça de predadores propriamente ditos. (O que incidentalmente acho que é um ótimo modelo para domesticação dos lobos/cães).


Só estou achando meio estranhos uns aspectos de "marketing" da coisa. Já estão falando em vender "cursos". E também eles se mostram bem claramente a favor de intervenções militares em outros países. Fica parecendo uma mistura de modismos de "paleo dietas" e "paleo exercícios", com um "o segredo", só que cooptado como uma espécie de roupagem cientificóide para ideais dos NRA da vida. Não que não existam bons pontos em se argumentar contra desarmamento da população, de qualquer forma.


Tem um mp3 da entrevista aqui:

http://newbooksinhistory.com/2010/04/30/p-bingham-and-j-souza-death-from-a-distance-and-the-birth-of-a-humane-universe/



Ainda não vi:

<a href="https://www.youtube.com/v/L-puuzZpGBE" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/L-puuzZpGBE</a>



Fico curioso sobre as possíveis críticas que isso poderia ter, não conheço o quanto isso (especialmente as generalizações do "princípio") poderia ser compatível com o conhecimento antropológico e histórico.

Offline Pagão

  • Nível 38
  • *
  • Mensagens: 3.690
  • Sexo: Masculino
Re:Padrões na História
« Resposta #10 Online: 26 de Setembro de 2013, 09:54:33 »
(Dada uma determinada situação histórica, é provável que aconteça o seguinte)

Não creio que seja possível definir níveis de probabilidade para o futuro com recurso à metodologia da Historiografia, nem que esta tenha pretensões nesse domínio..., apenas contribui para que se perceba diversos problemas atuais entre os Estados e outras entidades que, sem um conhecimento do passado, seriam obscuros para quem tem de lidar com eles...
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Dr. Manhattan

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.342
  • Sexo: Masculino
  • Malign Hypercognitive since 1973
Re:Padrões na História
« Resposta #11 Online: 26 de Setembro de 2013, 12:56:36 »
Notícia sobre um modelo de evolução histórica que parece indicar que a tecnologia bélica foi um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento de civilizações:

Citação de: Newscientist
Real-world Civilisation game shows impact of war

    12:49 25 September 2013 by Hal Hodson

How did complex human society develop? It's a question that will be familiar to players of the computer game Civilisation – in which lowly tribes can become mighty empires. Now, a simulation similar to the game is shedding some light. It models 3000 years of human history, the first to do so on such a scale.

In order for small, roving bands of nomadic humans to evolve into the organised societies we see today, social behaviours, such as trust between ethnic groups, and social institutions such a government, a justice system, formal education and a unifying religion, needed to develop.

But how did they arise? To find out if warfare played a role, Peter Turchin of the University of Connecticut and his colleagues built a civilisation simulator to predict where and when complex societies arose.

Like Civilisation, the model breaks the world into squares – or in this case, the Eurasian continent – and characterises them according to the type of land present, how mountainous it was, and if it was farmed. Every farmed square was inhabited by an independent group of humans, which could either be organised or not. Military technologies were seeded in squares close to the Eurasian steppe – where horses were first harnessed by humans – and gradually diffused outwards as the simulation ran.

The researchers ran the model between the years 1500 BC, when organised groups were few and far between, and AD 1500. When compared with historical records, it predicted where and when large empires would form and persist with 65 per cent accuracy. When they removed the influence of military technologies from the picture, this fell to 16 per cent.

Removing the effects of elevation from the model only reduced the accuracy to 48 per cent, suggesting that warfare played a more important role than geography in determining which groups stabilised into societies. Turchin says warfare exerted a selection pressure on early groups of people, forcing them to work together to form a society – or be wiped from the map.

That's because, although many measures were of little benefit to the individual – paying taxes, for example – they helped forge more coordinated, and therefore stronger societies that were able to outcompete less organised groups.

While the idea that warfare drives social evolution isn't new, Turchin is the first to test it. William Thompson, a political scientist who researches conflict and international relations at Indiana University in Bloomington, says Turchin's model offers insights into the dynamics of societal change. "There has been very little of this model testing done over long time periods. Instead, we argue back and forth over what was influential without any hope of resolving the debates."

"If we can figure out what influences what over the long term, we can do a better job of modelling processes that are ongoing," says Thompson.

Turchin is now planning to model the rise of complex societies in the Americas, as well as extending his model of Eurasian history beyond AD 1500.

However, running a similar model for the modern world will be much more complicated, says Dirk Helbing of the Swiss Federal Institute of Technology in Zurich, who is working on such a model. This is because war and violent conquest are no longer the primary ways in which social institutions and culture spread. Mass media, migration and globalisation would all have to be taken into account, he says.

Journal reference: PNAS, doi.org/nxj


fonte: http://www.newscientist.com/article/dn24262-realworld-civilisation-game-shows-impact-of-war.html#.UkRYoJFx0xB
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline DDV

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.724
  • Sexo: Masculino
Re:Padrões na História
« Resposta #12 Online: 26 de Setembro de 2013, 17:47:35 »
É tanta coisa envolvida nos eventos humanos que fica até difícil escolher por onde começar.

Inicialmente devemos especificar a qual "história" estamos nos referindo: história da arte? história econômica? história do pensamento? história política?

Provavelmente, todos aqui estão se referindo a uma mistura de história política e econômica quando está usando o termo "História". Nesse caso, o ponto de partida para achar possíveis padrões seria investigar os fatores responsáveis pelo poder (política) e pela produção de bens e serviços (economia).

Para a história humana, os fatores mais comumente relacionados com o poder são a capacidade bélica, as ideologias (inclui-se aí a religião e as tradições/costumes) e a própria riqueza. Em relação à riqueza, os fatores mais relacionados no passado eram a disponibilidade de terras férteis e a segurança. Atualmente, os fatores mais importantes são a tecnologia, a liberdade econômica e a cultura.





Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Padrões na História
« Resposta #13 Online: 26 de Setembro de 2013, 18:05:07 »
Parecido com o postado pelo mr. Manhattan, mas em escala mais "micro":

Citar
http://news.discovery.com/tech/supercomputer-predicts-civil-unrest-110908.htm

[...] The technology isn't able to predict events precisely yet. Leetaru likens it to the early days of weather forecasting — at one point, not much better than a guess, but now reliable enough to base decisions on. It won't predict individual actions, but it might be able to say what the reaction to something like the self-immolation of Mohamed Bouazizi in Tunisia would be.

It's obvious why Intelligence agencies and militaries would be very interested. Asked if they had called, Leetaru said, "I can't answer that." [...]



E nesse caso, mais micro ainda:

<a href="http://www.youtube.com/v/LnQYJa9-aR0" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/LnQYJa9-aR0</a>

Offline Südenbauer

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.297
  • Sexo: Masculino
Re:Padrões na História
« Resposta #14 Online: 27 de Setembro de 2013, 18:54:52 »
(Dada uma determinada situação histórica, é provável que aconteça o seguinte)

Não creio que seja possível definir níveis de probabilidade para o futuro com recurso à metodologia da Historiografia, nem que esta tenha pretensões nesse domínio..., apenas contribui para que se perceba diversos problemas atuais entre os Estados e outras entidades que, sem um conhecimento do passado, seriam obscuros para quem tem de lidar com eles...
Como eu comentei, o propósito não é de futurologia, mas sim de compreender melhor o passado, agrupando comportamentos passados em categorias, ajudando a entender melhor o presente também.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Padrões na História
« Resposta #15 Online: 27 de Setembro de 2013, 19:01:16 »
Citar
[...] In the 1990s, at the University of Toronto, Homer-Dixon studied of the links between environmental stress and violent conflict. Two of his articles in the MIT journal International Security identified underlying mechanisms by which scarcities of natural resources like cropland and fresh water could contribute to insurgency, ethnic clashes, terrorism, and genocide in poor countries.[12][13][14][15]
In the mid-1990s, Homer-Dixon researched the links between environmental stress and conflict.[16][17] Homer-Dixon has also been interviewed in the Huffington Post about resilience and civilization.[18] [...]

http://en.wikipedia.org/wiki/Thomas_Homer-Dixon


Citar
Science Saturday

John Horgan (Stevens Center for Science Writings, Cross-check) and Thomas Homer-Dixon (Trudeau Centre, University of Toronto, The Upside of Down)

Amidst the optimism of the 90's, Tad contemplated disaster   5:03
Complex causes of violence and war   11:14
Does Rome's fate await us?   7:50
Our dire need for an energy revolution   9:44
How global connectivity can endanger us all   6:46
Why survivalism isn't the answer   7:35

http://bloggingheads.tv/videos/1592

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!