Segundo relatório do Departamento de Energia dos EUA, liberado há poucas semanas, as principais fontes de energia no planeta em 2040 serão as mesmas de hoje, petróleo e carvão.
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Se os especialistas da instituição estiverem corretos, daqui a 30 anos o carvão, a fonte de energia mais poluidora em termos de carbono, responderá por uma fatia da matriz energética maior do que a energia nuclear, a hidrelétrica e todas as renováveis juntas, mesmo havendo um crescimento do uso da energia solar e eólica.
O Departamento de Energia americano acredita que a tendência da indústria é buscar petróleo nas chamadas fontes não-convencionais, inclusive as ambientalmente desastrosas técnicas da fratura hidráulica e processamento de xisto betuminoso.
Claro que previsões para três décadas no futuro sempre serão imprecisas e eventos pontuais podem mudar o cenário completamente, desde tecnologias revolucionárias até crises e guerras podem acontecer e mudar completamente o cenário até lá. A questão é que, na minha opinião, não se vê nenhum sinal de que as previsões dos especialistas americanos não vá se concretizar. Nenhuma tecnologia revolucionária vai nos salvar dos lobbies e interesses corporativos das indústrias poluidoras que dominam a economia atual, e também não será a opinião pública que pressionará o mercado a abraçar as fontes alternativas enquanto ela hipocritamente conserva hábitos consumistas.
Segundo o IPCC, já emitimos mais da metade do gás carbônico que poderíamos para garantir que o planeta não entre no rumo das previsões mais apocalípticas da entidade.
Notícia completa. Deveríamos cortar nossas emissões em 50% até o meio do século e zerá-las em 2070, mas em vez disso elas estão crescendo em média 3% ao ano
Notícia completa. Ainda mais desesperador é que as estimativas do IPCC sobre quanto carbono nossa civilização ainda teria direito de usar não levam em conta outros gases estufa, como metano e óxido nitroso e muito menos efeitos de realimentação, como a liberação de metano pelo degelo do permafrost, então é possível que já tenhamos passado do ponto em que não há mais retorno.
Parece que estamos caminhando para um futuro em que inevitavelmente teremos que apelar para soluções de geoengenharia, com todos os perigos que isso pode trazer.