Estava vendo que tem uns sites americanos que publicam listas e comentários sobre programas, acho que eram principalmente ou apenas programas sociais, e como ficam num "ranking" de eficácia segundo estudos. Ao mesmo tempo já ouvi/li críticas graves a programas implementados em larga escala, sem que haja um exame de sua eficácia, só porque "parece ter lógica".
Combinando as duas coisas, mais o que já li sobre dificuldades que os pesquisadores têm para avaliar esses programas (ou fatores causais diversos em questões sociais), como ter que achar coisas análogas a grupos de controle e etc, me perguntei como poderiam ser as coisas se, em vez dos programas serem inventados e implementados de forma mais abrupta, se tivesse protótipos implementados de acordo com parâmetros definidos por cientistas das áreas relacionadas, com um "design de experimento" que facilitasse mensurar a eficácia do que quer que esteja sendo tentado.
Será que há países que fazem coisas que se aproximam mais disso?
Está aí uma boa pergunta. Mas, seja como for a própria questão “eficácia de programas, principalmente ou apenas programas sociais” já envolve ideias políticas (e portanto relacionadas mais à valores do que a juízos de fato) anteriores sobre quais devem ser os objetivos sociais.
Utilizando uma analogia que vi recentemente, de forma semelhante a uma pessoa que vai viajar de ônibus, primeiramente ela deve saber onde ela quer chegar, e de forma semelhante uma sociedade ( e seus dirigentes) deveria saber onde ela quer chegar para só então embarcar em um determinado ônibus. E este saber "onde quer chegar" envolve valores políticos.
Se, no final das contas, como é de costume, a estação em que os dirigentes querem desembarcar é :
1) Estação de manutenção/consolidação do poder;
ou
2) Estação de ampliação do poder;
Então, já teremos que alguns supostos importantes programas, podem na realidade não serem realmente importantes para os dirigentes.