Aiatolás Atômicos - Dalton C. Rocha
Data: Domingo, 27 de Junho de 2004 (14:47:17)
Tópico: Coluna do Dalton
Aiatolás Atômicos
Autor: Dalton C. Rocha. Engº Agrônomo desempregado.
E-mail: daltonagre@uol.com.br
Todos já ouviram falar disto. O Irã está construindo ou já tem um arsenal nuclear. No mínimo, tal programa atômico tem já 18 anos. Já é antigo. O argumento dos aiatolás é o de sempre. O tal programa atômico teria um objetivo pacífico, para geração de energia nuclear. Os porta-vozes dos aiatolás dizem que o Irã, desde os tempos do há muito finado e deposto Xá, é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Assim, segundo os porta-vozes dos aiatolás, o Irã tem pleno direito a fazer tal programa.
A desculpa de que o Irã precisa de usinas atômicas, para produzir energia elétrica é digna de conto de fadas ou de filme de terror, conforme seu gosto. Como é sabido por todos, o Irã tem imensas reservas de petróleo e gás natural, em seu território. Com o petróleo e gás que tem, o Irã pode produzir imensas quantidades de energia elétrica, a custos muito mais baixos que qualquer programa nuclear conhecido no mundo. O custo da energia atômica pode ser inferior ao do gás natural, porém isto somente ocorre caso se considere o preço internacional do gás natural. Simplesmente, Alá deu aos iranianos imensas reservas de petróleo e gás natural. Caso o interesse real dos aiatolás iranianos fosse de produzir energia elétrica barata, o Irã esqueceria de construir usinas atômicas. Iria construir apenas termoelétricas a gás, que são baratas, seguras, eficientes e amplamente disponíveis no mercado internacional. Levando-se em conta os custos de produção do gás natural no Irã, a energia de origem nuclear custaria no mínimo quinze vezes mais caro, que termelétricas a gás natural.
O outro argumento, de que o Irã irá respeitar o TNP e assim, nunca irá construir armas atômicas é absurdo demais para ser levado em conta. Obedecer a tratados internacionais não é e nunca foi parte da lei islâmica, a única em vigor no Irã, desde a triunfante tomada do poder, pelo já falecido Aiatolá Khomeini em 1979. Vale lembrar a tomada de reféns americanos, da Embaixada Americana, por ordem do próprio Aiatolá Khomeini. Uma óbvia agressão ao direito internacional, que há séculos considera o terreno da embaixada, parte sob soberania do país ali representado. Uma lei respeitada até por Pinochet, mas que Khomeini ignorou abertamente, diante do mundo inteiro.
Daí que o único objetivo do tal programa atômico dos aiatolás é e sempre foi ter um arsenal atômico, para se jogar bombas em Israel, USA ou qualquer outro lugar do mundo que não açoite mulheres, por elas andarem com o rosto descoberto.
Arsenal atômico à parte é indiscutível o desastre da administração dos aiatolás no Irã. Se o Xá era corrupto, os aiatolás mostraram que tem capacidade maior ainda, de roubar os cofres dos fiéis. O Irã do Xá era um credor internacional, hoje está devendo até a barba dos aiatolás. Desde a Revolução Islâmica, o Irã virou território proibido, para investimentos estrangeiros.
A população iraniana mais que dobrou, em menos de 25 anos. O PIB iraniano está estagnado. O desemprego é total, avassalador. Como em toda ditadura, o único serviço público eficiente de fato no Irã é a repressão. Um iraniano tinha maior renda per capita que um português em 1978, antes dos aiatolás chegarem ao poder. Hoje, cada português tem mais de cinco vezes a renda per capita de um iraniano. Notem que Portugal não tem reservas de petróleo. Sim, os aiatolás executam mulheres por adultério, mas eles não sabem produzir crescimento ou diminuir o desemprego.
Nestas condições, os aiatolás aplicam o dito do filósofo judeu Heine: "A religião é o ópio do povo". Incapazes de resolver problemas terrenos, de seus governados, os aiatolás apelam para a religião. Além dos americanos, os judeus são o bode espiatório favorito dos aiatolás. Simplesmente não há uma desgraça importante, que os aiatolás não imputem aos judeus. Como se fosse uma novidade, o anti-semitismo como maneira de enganar as massas. Tal e qual os czares russos, Hitler, Mussolini e Cia, os aiatolás sempre dizem à massa, que os judeus são o maior mal do mundo.
Como dizia o falecido demagogo brasileiro Jânio Quadros: "a massa não gosta de pensar. A massa gosta de odiar". O povo ignaro, a massa, quer algum bode espiatório, como causa de seus problemas. Não importa nada, que o Irã nunca tenha tido qualquer negócio legal, com Israel. Não importa a calamitosa e corrupta administração dos aiatolás, um saque desde o primeiro dia. Os demagogos de turbante tem sempre alguma fantasiosa trama judaica e, caso a massa enjoe por uns dias disto, apresentam mais um plano satânico dos Estados Unidos.
Concluindo, os aiatolás vão mesmo construir um arsenal atômico, caso não sejam detidos a tempo. Um Irã nuclear será uma ameaça terrível não só a Israel, como ao mundo inteiro. Quanto aos iranianos, eles só perderão continuando a confundir religião com política e realidade com fantasia. Tudo o que os aiatolás darão aos iludidos que eles governam será guerra, miséria, corrupção e desilusão. Esqueçam por uns tempos, o Bin Laden. Ele deve estar na fronteira com o Afeganistão e nada pretende fazer por hoje. Devemos agora é começar a temer os aiatolás atômicos.
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http://www.israel3.com/article-print-200.htmlos iranianos podem estar contruindo as usians pois o petroleo e gas vao acabar um dia e quem disse que religiao era o opio do povo foi feuerbach, não heine, me parece.
eu vi estes texto acho eu no midiasemmascara, o mesmo titulo, mas nao sei se e o mesmo, mas eu cacei e nao está mais lá.