Concordo que a hipótese de vazar algumas informações do caso mas como ele conseguiria o restante das informaçoes? e informaçoes que a policia não tinha por exemplo: .os nomes da irmãs e do avô ele chutou?
"Chico me disse: 'Seu filho está aqui'. Eu não tinha nem falado o meu nome"
Dejanira Garcez Henrique, 68 anos, mãe do Maurício
Meu filho Maurício estava à frente de sua idade. Aos 13 anos, tocava violão e ia bem na escola. Ao mesmo tempo, era levado. Uma vez ele convidou um amigo paraplégico para morar conosco. O coração dele era grande demais. Perdê-lo foi a pior dor que senti. Nos meses seguintes, busquei forças para seguir adiante. Apesar de católica, eu acreditava no espiritismo porque meus avós eram dessa religião. Mas na primeira visita ao Chico Xavier, me surpreendi.
Sentei ao lado dele na mesa de orações. Ele olhou para outra mulher e disse: 'Ela é a mãe do Maurício, aquele menino de Goiânia'. Me espantei e perguntei: 'O senhor leu isso nos jornais?'. Mas não tinha como. Eu nem tinha me identificado pra ele. Chico disse que meu filho estava bem e presente ali. A primeira carta veio meses depois. Acreditei nela desde o início. Por isso, concordei com a absolvição do José Divino, mas não o perdoei. Essa palavra é forte demais. Me dá alívio ter realizado os desejos que meu filho ditou do além.
1° carta:
“Querida Mamãe, meu querido pai, querida Maria José e querida Nádia.
Estou em oração, pedindo para nós a benção de Deus. Não posso escrever muito; venho até aqui, com meu avô Henrique, só para lhes pedir resignação e coragem.
Peço-lhes não recordar a minha volta para cá, criando pensamentos tristes. O José Divino e nem ninguém teve culpa em meu caso. Brincávamos a respeito da possibilidade de se ferir alguém, pela imagem no espelho; sem que o momento fosse para qualquer movimento meu, o tiro me alcançou, sem que a culpa fosse do amigo, ou minha mesmo. O resultado foi aquele.
Hospitalização de emergência, para deixar o corpo longe de casa.
Se alguém deve pedir perdão, sou eu, porque não devia ter admitido brincar, ao invés de estudar.
Mas meu avô e outros amigos me socorreram e fui levado para Anápolis, para ser tratado por uma enfermeira que dirige uma escola de fé e amor ao próximo, que nos diz ser a irmã Terezona, amiga das crianças.
Soube que ela conhece meu avô e nossa família, sendo agora uma benfeitora, que preciso agradecer e mencionar.
Quanto ao mais, rogo à Nádia e à Maria José, minhas queridas irmãs, para não reclamarem e nem se ressentirem contra ninguém.
Estou vivo e com muita vontade de melhorar.
Queridos pais, tudo acontece para o nosso bem e creio que seria pior para mim se houvesse enveredado pelos becos dos tóxicos, dos quais muita pouca gente consegue voltar sem graves perdas do espírito.
Estou com saudades, mas estou encarando a situação com fé em Deus e com a certeza de um futuro melhor.
Recebam, querido papai e querida mamãe, com as nossas queridas Nádia e Maria José, e com todos os nossos, um abraço de muito carinho e respeito, do filho que lhes pede perdão pelos contratempos havidos.
Prometendo melhorar, para faze-los tão felizes quando eu puder, sou o filho e o irmão saudoso e agradecido,
Maurício Gardez Henrique.