Eu não entendo nada de francês, mas acho que como no português e no inglês, "meu"/"minha" pode algumas vezes ser usado para estabelecer uma conexão que não tem toda essa implicação de "propriedade" que acho que se esforçaram para interpretar aí.
Acho esse tipo de coisa algumas vezes até surpreendente. A flexibilidade que dão às palavras para se fazer de vítima de tudo. Lembro de ter visto em algumas das críticas à série "tropes on women" (ou algo assim) -- críticas que já me torram a paciência tanto ou mais do que o alvo das críticas -- que a autora colocava como "objetificação" o papel de "donzela em perigo" de muitas personagens de video-game. O super Mario vai resgatar a princesa do macaco ou da tartaruga porque ela é "objeto" dele; ela não tem agência, é passiva, como um objeto. Tenha santa paciência. Algumas vezes parecem que esses ativistas são mesmo trolls/bogus, que agem secretamente objetivando pegar uma mensagem que eu tenderia a concordar em essência (como que os personagens femininos na ficção/jogos tendem a ser mais raros, mais pobres, e mais estereotipados/repetitivos), mas passar dos limites com ela, criando uma caricatura e me fazendo ficar "contra" algo com o que eu concordaria, numa versão mais moderada.
No movimento negro tem todas aquelas coisas, acho que originadas por Malcom X, referente ao inglês, mas algumas foram traduzidas, e imaginadas outras "versões" por aqui. Como que "denegrir" é um termo racista e etc.