Começarei com um meio triste, mas a ideia é postar qualquer poema de sua autoria.
Quando eu tive depressão profunda e parei em um hospital, minha irmã publicou um poema num livro aê, enquanto eu estava doente. No poema eu tinha literalmente morrido, já que ninguém acreditava mais na minha recuperação, mas que pena eu voltei com todo gás à lucidez...
Fiquei meio assim com o poema dela e fiz meu primeiro poema (Com base em uma foto que tem os filhos reunidos), "em resposta ao dela", escrevendo sem parar, “de uma tacada só”, e tentando me limitar às formas ofensivas que eu costumo escrever:
"Tudo um fingimento...
Um dia qualquer, sem mensurar datas, pois isto se torna um pouco problemático... ...num sofá, juntos, felizes, unidos como se nunca houvesse algo ou alguém que mudasse aquele fato. Foi um fato, existiu, quer queira ou não. Mais iluminado do que aquele registro fotográfico, nem mesmo o brilho de mil explosões de super-novas poderiam brilhar tanto o quanto...
Mas nada permanece sempre na mesma posição, e assim como há o desejo de apagar um dos registros, há o desprezo e a neutralidade. Essas belas ferramentas, que andam no bosque do vale perdido, ironicamente, são bem achadas por algumas pessoas, e usadas com uma facilidade de manuseio tão elevado, que deixa qualquer um que as conheçam, perplexo...
Às vezes até nos questionamos se estas realmente não existiram em função destas pessoas ausentes de “almas” e de “espírito” (...).
Ferramentas complexas essas, bastante usadas, mas muito mal usadas... Deve-se dá crédito a quem bem sabe usá-las. Existem aqueles que tomam o controle, porém o que mais encontramos é um rebanho de controlados...
Escrevo de uma só tacada, assim amenizo a dor. Escrevo de um só lance, sim, para amenizar a dor...
Por isso eu levantei, apesar das amputações que me fizeram... Levantei e ficarei nesta posição, mesmo que o desejo de alguns não sejam contemplados... (Que triste...) E por isto, e somente por isto, eu a matei... Na verdade há tempos isto aconteceu, e tão sólido quanto o primeiro, isto foi e está sendo um fato.Tão firme, denso, pesado e palpável, que não se dá para descrever...
Não sei quanto perdurará... Talvez até a queda do rastro fajuto de onde se encontram sangue e um suor falso, propagado de forma fixa, contínua e à todos. Na verdade, é só, triste, de más escolhas e com uma falsa moral tão gritante, que para esta eu deixo o melhor prêmio de todos os tempos, no que diz respeito a uma bela interpretação de uma falida e necrótica atriz...".