Autor Tópico: Uma Teoria "Complexa" da Consciência  (Lida 2028 vezes)

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Offline Feliperj

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Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Online: 08 de Janeiro de 2014, 13:15:47 »
Ola Pessoal,

Segue link de artigo que onde autor propõe uma teoria da consciência, baseado na teoria da informação e entropia, onde ele propõe uma "medição" para o estado de consciência de um sistema.

Inicialmente, esta teoria deveria ser aplicada ao cérebro. Porém, conforme colocado no artigo, seu "poder" (caso esteja correta) vai muito além.......

http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=a-theory-of-consciousness&page=3

Edit : Aplique a teoria ao universo com um todo, e temos o que é afirmado no artigo a seguir(que ja postei) :

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=lkdR_wXxjsw

Abs
Felipe


« Última modificação: 08 de Janeiro de 2014, 13:42:03 por Feliperj »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #1 Online: 08 de Janeiro de 2014, 17:30:45 »
Acho que o vídeo nem chega a afirmar isso. O mais próximo disso é dizer que "física=computação", mas é mais uma questão semântica boba do que uma "outra descrição" do universo. É meio como uma analogia do DNA ser uma "receita" ou "planta" do organismo, em vez de uma descrição mais correta/menos "infantil" disso.

Citar
[....] I would suggest, merely as a metaphor here, but also as the basis for a scientific program to investigate the computational capacity of the universe, that this is also a reasonable explanation for why the universe is complex. It gets programmed by little random quantum fluctuations, like the same sorts of quantum fluctuations that mean that our galaxy is here rather than somewhere else. According to the standard model billions of years ago some little quantum fluctuation, perhaps a slightly lower density of matter, maybe right where we're sitting right now, caused our galaxy to start collapsing around here. It was just a little quantum fluctuation, but it programmed the universe and it's important for where we are, because I'm very glad to be here and not billions of miles away in outer space. Similarly, another famous little quantum fluctuation that programs you is the exact configuration of your DNA. The program takes strands of DNA from your mother and from your father, splits them up, and wires them together, recombines them. This is a process that has lots of randomness in it, as you know if you have siblings. If you trace that randomness down, you find that that randomness is actually arising from little quantum fluctuations, which masquerade as thermal and chemical fluctuations. Your genes got programmed by quantum fluctuation. There's nothing wrong with that, nothing to be ashamed of — that's just the way things are. Your genes are very important to you, and they themselves form a kind of program for your life, and how your body functions.

In this metaphor we actually have a picture of the computational universe, a metaphor which I hope to make scientifically precise as part of a research program. We have a picture for how complexity arises, because if the universe is computationally capable, maybe we shouldn't be so surprised that things are so entirely out of control.

http://www.edge.org/conversation/the-computational-universe


Quanto a outra teoria, "one unavoidable consequence of IIT is that all systems that are sufficiently integrated and differentiated will have some minimal consciousness associated with them." Não sei se o universo é "suficientemente integrado e diferenciado". Ele sem dúvida não é em nada significativo como um "cérebro gigante".

Offline Feliperj

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #2 Online: 08 de Janeiro de 2014, 18:30:03 »
Ola Buck.

O ponto que quero chegar é : 

1) Se o universo computa, ele processa informação ( e acho que não é surperesa, pois nosso computadores funcionam com eventos físicos)

2) vc aplica esta medida ao sistema que compõe um proton (e chega a um valor não zero), é de se esperar que a mesma, quando aplicada ao universo  como um todo, que process informação (todas as relações entre partículas, átomos, moléculas, que vão muito além da eletromagnética), é intuitivo pensar que este "Fi" será grnade pra caralho!!!

Abs
Felipe

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #3 Online: 08 de Janeiro de 2014, 21:00:55 »
O problema é que a noção de que "o universo computa" é uma metáfora, bem distante da computação com computadores propriamente ditos ou com cérebros, e essa distância faz com que a idéia de Tononi não se aplique. Se aplicaria talvez mais a computadores do que ao universo, ou partes aleatoriamente delineadas dele. A "computação" do universo é só uma outra forma de dizer que ele pode ser descrito "com informação"; a "computação" é apenas o evento físico em si (qualquer), e não algo por trás dele. É meio como dizer que "o universo é matemático", apenas com alguma bagagem teórica mais específica para a abordagem.

A idéia de Tononi não é de que o fundamental seja simplesmente "complexidade" pura, mas principalmente a organização funcional que têm essas interações, e que o universo ao todo, nem partes arbitrariamente delinadas (além de cérebros) não tem. Nem mesmo computadores, que se aproximam muito mais de cérebros do que o universo ao todo, teriam isso, segundo o texto da SCIAM:

"To be conscious, then, you need to be a single, integrated entity with a large repertoire of highly differentiated states. Although the 60-gigabyte hard disk on my MacBook exceeds in capacity my lifetime of memories, that information is not integrated. For example, the family photographs on my Macintosh are not linked to one another. The computer does not know that the girl in those pictures is my daughter as she matures from a toddler to a lanky teenager and then a graceful adult. To my Mac, all information is equally meaningless, just a vast, random tapestry of zeros and ones.

Yet I derive meaning from these images because my memories are heavily cross-linked. And the more interconnected, the more meaningful they become. Indeed, Tononi’s IIT postulates that the amount of integrated information that an entity possesses corresponds to its level of consciousness."

Offline Gigaview

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #4 Online: 08 de Janeiro de 2014, 21:41:32 »
Citar
Given a particular brain, with its neurons and axons, dendrites and synapses, one can, in principle, accurately compute the extent to which this brain is integrated. From this calculation, the theory derives a single number, Φ (pronounced “fi”). Measured in bits, Φ denotes the size of the conscious repertoire associated with any network of causally interacting parts. Think of Φ as the synergy of the system. The more integrated the system is, the more synergy it has, the more conscious it is.

Acho que ele errou aqui...

Citar
The more integrated the system is, the more synergy it has, the more conscious it is

deveria ser:

The more integrated the system is, the more synergy it has, the more synergetic it is .

e esqueçam esse "conscious repertoire" porque a "consciência" que ele inventou não tem nada a ver com o problema da consciência.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline AlienígenA

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #5 Online: 08 de Janeiro de 2014, 22:43:01 »
"Não sei se o universo é "suficientemente integrado e diferenciado". Ele sem dúvida não é em nada significativo como um "cérebro gigante".

Como você explica a frase sublinhada, principalmente, a parte em negrito? É que numa conversa de bar com um amigo, que tem ideias parecidas com a do Felipe, eu disse algo parecido, mas não consegui explicar. Acabei admitindo que era só minha impressão.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #6 Online: 08 de Janeiro de 2014, 23:00:14 »
Difícil "explicar", uma vez que é meio como explicar porque o cimento em um misturador de cimento não é nada parecido com um cérebro, apesar de ser também massa cinzenta...

Cérebros são sistemas nervosos que permitem aos organismos responder de forma mais ágil ao meio, bem como "a eles mesmos" (regulação endócrina e etc). Não se supõe que o universo seja um cérebro de um hiper-mega-organismo que vive num universo de uma outra ordem de grandeza onde os organismos tenham cérebros-universos.

Se descartamos esse grau da analogia, ainda é difícil, talvez até "mais", ver qualquer similaridade significativa; ele simplesmente não tem características de cérebro. Deve ser igualmente defensável, ou mais, que o universo é um imenso fígado.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #7 Online: 08 de Janeiro de 2014, 23:32:31 »

Acho que ele errou aqui...

Citar
The more integrated the system is, the more synergy it has, the more conscious it is

deveria ser:

The more integrated the system is, the more synergy it has, the more synergetic it is .

Sem querer defender a hipótese propriamente dita, essa contestação não é lá grande coisa. É meio como, se a questão é "vida" em vez de consciência, alguém dissesse algo como "quanto mais um sistema age organizadamente de forma a manter a si mesmo fora de equilíbrio termodinâmico, mais vivo ele é", e então se contestasse só trocando "vivo" por "mais ele se manterá fora de equilíbrio termodinâmico" de novo, para dizer que não se explicou nada.



Citar
e esqueçam esse "conscious repertoire" porque a "consciência" que ele inventou não tem nada a ver com o problema da consciência.

Bem, a proposta é que teria sim. Ou ao menos é uma hipótese específica sobre correlatos neurais da consciência, que pode ainda não esclarecer em quase nada como que uma coisa decorre de outra, mesmo que acerte o padrão em que acontece. Talvez algo análogo a se poder inferir como/quanto que a massa "deforma" o espaço, mas ainda ficar aberto o como-"porque".

Offline Gigaview

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #8 Online: 09 de Janeiro de 2014, 00:05:49 »
Esqueça esse texto da SciAme. Paper original do Tononi:

http://www.biolbull.org/content/215/3/216.long

Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #9 Online: 09 de Janeiro de 2014, 00:12:20 »
<a href="https://www.youtube.com/v/AgQgfb-HkQk" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/AgQgfb-HkQk</a>

Ao fim ele diz que consciência seria um fenômeno fundamental.


Citar
http://www.biolbull.org/content/215/3/216.long

bioBULL. Bastante apropriado. [/Agnóstico]

Offline Gigaview

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #10 Online: 09 de Janeiro de 2014, 00:23:48 »
Profundamente decepcionado com o texto da SciAme depois de começar a ler o paper. Quase nada a ver.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.


Offline AlienígenA

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #12 Online: 09 de Janeiro de 2014, 00:32:59 »
Difícil "explicar", uma vez que é meio como explicar porque o cimento em um misturador de cimento não é nada parecido com um cérebro, apesar de ser também massa cinzenta...

Cérebros são sistemas nervosos que permitem aos organismos responder de forma mais ágil ao meio, bem como "a eles mesmos" (regulação endócrina e etc). Não se supõe que o universo seja um cérebro de um hiper-mega-organismo que vive num universo de uma outra ordem de grandeza onde os organismos tenham cérebros-universos.

Se descartamos esse grau da analogia, ainda é difícil, talvez até "mais", ver qualquer similaridade significativa; ele simplesmente não tem características de cérebro. Deve ser igualmente defensável, ou mais, que o universo é um imenso fígado.

Pois é, também não consigo pensar em nada muito diferente disso. Queria pensar em algo que evitasse o risco de parecer sarcasmo.  ::)

Offline Gigaview

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #13 Online: 09 de Janeiro de 2014, 00:34:55 »
As definições são diferentes. Veja que interessante o experimento do fotodiodo.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Feliperj

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #14 Online: 09 de Janeiro de 2014, 00:48:21 »
As definições são diferentes. Veja que interessante o experimento do fotodiodo.

Ola Giga,

Eu também "baixei" o artigo original do autor, e a consequência que ele coloca é exatamente a mesma que está no texto da Sciam (e está no resumo) que aliás, foi escrito por um Neurocientista "totalmente materialista".

Já to doidão...e tem muita coisa para responder....até amanhã!!! :hihi:

Abs
Felipe
« Última modificação: 09 de Janeiro de 2014, 00:50:44 por Feliperj »


Offline Gigaview

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #16 Online: 09 de Janeiro de 2014, 01:09:44 »
As definições são diferentes. Veja que interessante o experimento do fotodiodo.

Ola Giga,

Eu também "baixei" o artigo original do autor, e a consequência que ele coloca é exatamente a mesma que está no texto da Sciam (e está no resumo) que aliás, foi escrito por um Neurocientista "totalmente materialista".

Já to doidão...e tem muita coisa para responder....até amanhã!!! :hihi:

Abs
Felipe

Não é exatamente diferença nas definições, mas da abordagem mais simplificada da SciAme. Talvez seja questão de preferência mesmo e de profundidade do autor.

Paper:

Citar
This phenomenological analysis suggests that, to generate consciousness, a physical system must be able to discriminate among a large repertoire of states (information) and it must be unified; that is, it should be doing so as a single system, one that is not decomposable into a collection of causally independent parts (integration). But how can one measure integrated information? As I explain below, the central idea is to quantify the information generated by a system, above and beyond the information generated independently by its parts (Tononi, 2001, 2004; Balduzzi and Tononi, 2008).


SciAme:

Citar
Given a particular brain, with its neurons and axons, dendrites and synapses, one can, in principle, accurately compute the extent to which this brain is integrated. From this calculation, the theory derives a single number, Φ (pronounced “fi”). Measured in bits, Φ denotes the size of the conscious repertoire associated with any network of causally interacting parts.

Paper:

Citar
Clearly, for integrated information to be high, a system must be connected in such a way that information is generated by causal interactions among rather than within its parts. Thus, a system can generate integrated information only to the extent that it cannot be decomposed into informationally independent parts.

SciAme: Fica restrita ao conceito genérico de sinergia.
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Offline Feliperj

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #17 Online: 09 de Janeiro de 2014, 15:28:48 »
O problema é que a noção de que "o universo computa" é uma metáfora, bem distante da computação com computadores propriamente ditos ou com cérebros, e essa distância faz com que a idéia de Tononi não se aplique. Se aplicaria talvez mais a computadores do que ao universo, ou partes aleatoriamente delineadas dele. A "computação" do universo é só uma outra forma de dizer que ele pode ser descrito "com informação"; a "computação" é apenas o evento físico em si (qualquer), e não algo por trás dele. É meio como dizer que "o universo é matemático", apenas com alguma bagagem teórica mais específica para a abordagem.

Ola Buck,

Acho que vale a pena esclarecer o que exatamente da consciência, estamos discutindo neste momento : estamos falando da experimentação qualia (não as questão do self). Inclusive, encontrei um artigo sobre a teoria do Tononi, que fala exatamente isso, que a teoria do Tononi não deveria ser uma teoria da consciência, de uma forma mais ampla, mas antes, uma teoria sobre qualia!

Obs : Na realidade, sempre que coloca algo sobre consciência, acabo esquecendo de pontuar, mas estou me referindo à questão dos qualia.

Não tão distante assim da computação.

O ponto do cara do MIT é que a Computação é evento físico (tem um livro chamado “Decodificando o Universo” que o autor afima que informação é física). Linguagem, Contexto, sintaxe já são coisas da nossa cabeça, assim como a lógica. Mas peraê, qualquer coisa na nossa cabeça é também uma série de eventos físicos (“pulsos” eletromagnéticos em uma determinada estrutura)!!! Pronto, chegamos na auto-referência !!!hehehe

Ou seja, um computador ou cérebro computando, fisicamente descrito,  não passa de eventos eletromagnéticos em uma determinada estrutura espacial!!O universo computar significa que existe uma rede complexa de interações/eventos físicos em sua estrutura (micro e macro). E esta computação tem uma complexidade muito superior a zilhoes de cérebros.

Aliás, não tão distante assim, em termos estruturais :  :biglol:

http://disinfo.com/2011/07/our-brains-neurons-look-exactly-like-the-structure-of-the-universe/

A idéia de Tononi não é de que o fundamental seja simplesmente "complexidade" pura, mas principalmente a organização funcional que têm essas interações, e que o universo ao todo, nem partes arbitrariamente delinadas (além de cérebros) não tem. Nem mesmo computadores, que se aproximam muito mais de cérebros do que o universo ao todo, teriam isso, segundo o texto da SCIAM:

"To be conscious, then, you need to be a single, integrated entity with a large repertoire of highly differentiated states. Although the 60-gigabyte hard disk on my MacBook exceeds in capacity my lifetime of memories, that information is not integrated. For example, the family photographs on my Macintosh are not linked to one another. The computer does not know that the girl in those pictures is my daughter as she matures from a toddler to a lanky teenager and then a graceful adult. To my Mac, all information is equally meaningless, just a vast, random tapestry of zeros and ones.

To be conscious, then, you need to be a single, integrated entity with a large repertoire of highly differentiated states. Although the 60-gigabyte hard disk on my MacBook exceeds in capacity my lifetime of memories, that information is not integrated. For example, the family photographs on my Macintosh are not linked to one another. The computer does not know that the girl in those pictures is my daughter as she matures from a toddler to a lanky teenager and then a graceful adult. To my Mac, all information is equally meaningless, just a vast, random tapestry of zeros and ones."

Na teoria do Tononi, esta questão da estrutura/funcionalidade/complexidade  vai apenas diferenciar o quanto de consciência (experimentação subjetiva) um determinado sistema vai ter. O exemplo dado é claro : esta medição pode ser feita em um próton, considerando sua estutura de quarks, e mesmo neste próton, o valor não é zero!!!!

De onde eu coloco que, se em um único próton, não tem medida de consciência zero (possui algum tipo de quale), somente considerando-se a estrutura/interações dos quarks, imagine a aplicação desta medição a todo o universo, considerando as micro-macro escalas!!!

É o que o cara do MIT fala : o universo pode ter uma inteligência, um nível de consciência (qualia) que podemos sequer imaginar!

Abs
Felipe


Offline Feliperj

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #18 Online: 09 de Janeiro de 2014, 15:50:09 »
"Não sei se o universo é "suficientemente integrado e diferenciado". Ele sem dúvida não é em nada significativo como um "cérebro gigante".

Como você explica a frase sublinhada, principalmente, a parte em negrito? É que numa conversa de bar com um amigo, que tem ideias parecidas com a do Felipe, eu disse algo parecido, mas não consegui explicar. Acabei admitindo que era só minha impressão.

Mas eu não defendo que o Universo seja um modelo em larga escala do nosso cérebro (a não ser pela foto que enviei..quer evidencia melhor que esssa ?  :hihi:)!! Eu defendo o que colooquei na minha última resposta ao Buckarooo!!

Abs
Felipe

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #19 Online: 09 de Janeiro de 2014, 17:22:20 »
O problema é que a noção de que "o universo computa" é uma metáfora, bem distante da computação com computadores propriamente ditos ou com cérebros, e essa distância faz com que a idéia de Tononi não se aplique. Se aplicaria talvez mais a computadores do que ao universo, ou partes aleatoriamente delineadas dele. A "computação" do universo é só uma outra forma de dizer que ele pode ser descrito "com informação"; a "computação" é apenas o evento físico em si (qualquer), e não algo por trás dele. É meio como dizer que "o universo é matemático", apenas com alguma bagagem teórica mais específica para a abordagem.

Ola Buck,

Acho que vale a pena esclarecer o que exatamente da consciência, estamos discutindo neste momento : estamos falando da experimentação qualia (não as questão do self). Inclusive, encontrei um artigo sobre a teoria do Tononi, que fala exatamente isso, que a teoria do Tononi não deveria ser uma teoria da consciência, de uma forma mais ampla, mas antes, uma teoria sobre qualia!

Não tive outra impressão. Mas acho que você está confundindo as coisas, quando diz, a seguir na mesma mensagem, "é o que o cara do MIT fala : o universo pode ter uma inteligência, um nível de consciência (qualia) que podemos sequer imaginar!"

Não vejo como seria possível falar em "consciência do universo" uma vez que ele não tem a integração necessária -- seria "consciência" de partículas ou quaisquer partes com alguma integração "suficiente", e ainda assim, muito longe de inteligência, que é outra coisa completamente. Tem um outro filósofo que já propôs algo assim, mas dissociado dessa tentativa de esquematizar um padrão (de integração da informação), que para uma teoria reducionista de qualia, talvez fosse interessante postular algo como que quarks tivessem somente a experiência constante de "vermelho" (só como exemplo (sempre vermelho!), mas poderia ainda ser algo totalmente "alien" para nós).



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O ponto do cara do MIT é que a Computação é evento físico (tem um livro chamado “Decodificando o Universo” que o autor afima que informação é física). Linguagem, Contexto, sintaxe já são coisas da nossa cabeça, assim como a lógica.

São coisas "da nossa cabeça" que mas são fundamentais para o uso regular de "inteligência" e "computação"; sua existência em nossa cabeça  ou computadores não é "fictícia", mas se dá a partir de uma organização que não existe em larga-escala no universo.

É um problema parecido com o de dizer que "as formigas são impressionantes arquitetas", e achar que são arquitetas exatamente como as pessoas são. Ou como dizer que, o "universo é vivo", cada mínima subpartícula é viva, porque a vida é em última instância é composta dessas sub-partículas, cujo comportamento poderímos descrever de forma animista. Está simplesmente se fazendo confusão com o significado das palavras, algo parecido com achar que mesas sofrem de paralisia porque tem pernas mas não andam.



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Ou seja, um computador ou cérebro computando, fisicamente descrito,  não passa de eventos eletromagnéticos em uma determinada estrutura espacial!!O universo computar significa que existe uma rede complexa de interações/eventos físicos em sua estrutura (micro e macro). E esta computação tem uma complexidade muito superior a zilhoes de cérebros.

Tem a complexidade superior, mas não o mesmo padrão de organização, que é fundamental ao que cérebros são. Um saco de areia não é um microprocessador, nem um "macro" processador, por mais complexo que seja com todas as interações entre grãos de areia, umidade, suas poeira, bactérias, sub-partículas, etc.




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A idéia de Tononi não é de que o fundamental seja simplesmente "complexidade" pura, mas principalmente a organização funcional que têm essas interações, e que o universo ao todo, nem partes arbitrariamente delinadas (além de cérebros) não tem. Nem mesmo computadores, que se aproximam muito mais de cérebros do que o universo ao todo, teriam isso, segundo o texto da SCIAM:

"To be conscious, then, you need to be a single, integrated entity with a large repertoire of highly differentiated states. Although the 60-gigabyte hard disk on my MacBook exceeds in capacity my lifetime of memories, that information is not integrated. For example, the family photographs on my Macintosh are not linked to one another. The computer does not know that the girl in those pictures is my daughter as she matures from a toddler to a lanky teenager and then a graceful adult. To my Mac, all information is equally meaningless, just a vast, random tapestry of zeros and ones.

To be conscious, then, you need to be a single, integrated entity with a large repertoire of highly differentiated states. Although the 60-gigabyte hard disk on my MacBook exceeds in capacity my lifetime of memories, that information is not integrated. For example, the family photographs on my Macintosh are not linked to one another. The computer does not know that the girl in those pictures is my daughter as she matures from a toddler to a lanky teenager and then a graceful adult. To my Mac, all information is equally meaningless, just a vast, random tapestry of zeros and ones."

Na teoria do Tononi, esta questão da estrutura/funcionalidade/complexidade  vai apenas diferenciar o quanto de consciência (experimentação subjetiva) um determinado sistema vai ter. O exemplo dado é claro : esta medição pode ser feita em um próton, considerando sua estutura de quarks, e mesmo neste próton, o valor não é zero!!!!

De onde eu coloco que, se em um único próton, não tem medida de consciência zero (possui algum tipo de quale), somente considerando-se a estrutura/interações dos quarks, imagine a aplicação desta medição a todo o universo, considerando as micro-macro escalas!!!

É o que o cara do MIT fala : o universo pode ter uma inteligência, um nível de consciência (qualia) que podemos sequer imaginar!

Abs
Felipe

Bem, o exemplo do Macintosh também me parece claro. Talvez seja contraditório ao do próton, acho que nenhum dos dois é dado pelo Tononi mesmo. De qualquer forma, ainda não seria "inteligência", nem "consciência" relevantemente parecida com a nossa, e também não me parece nem ser o caso de se poder falar de "consciência do universo" em vez de "consciência da galáxia", consciência da praia", "consciência do mar".

Tononi ainda diz que a teoria "prevê" estados onde a pessoa se torna inconsciente. Esses estado provavelmente se assemelham mais ao universo em geral, que deve ser ainda "pior" que isso. Acho que também contradiz a noção de panpsiquismo/protons conscientes, onde talvez nem devesse haver qualquer estado inconsciente.

Offline Feliperj

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #20 Online: 09 de Janeiro de 2014, 23:57:56 »
Não tive outra impressão. Mas acho que você está confundindo as coisas, quando diz, a seguir na mesma mensagem, "é o que o cara do MIT fala : o universo pode ter uma inteligência, um nível de consciência (qualia) que podemos sequer imaginar!"

Não vejo como seria possível falar em "consciência do universo" uma vez que ele não tem a integração necessária -- seria "consciência" de partículas ou quaisquer partes com alguma integração "suficiente", e ainda assim, muito longe de inteligência, que é outra coisa completamente. Tem um outro filósofo que já propôs algo assim, mas dissociado dessa tentativa de esquematizar um padrão (de integração da informação), que para uma teoria reducionista de qualia, talvez fosse interessante postular algo como que quarks tivessem somente a experiência constante de "vermelho" (só como exemplo (sempre vermelho!), mas poderia ainda ser algo totalmente "alien" para nós).

A consciência do universo, no caso da teoria, seria o "fi" do universo. Pode ser algo totalmente alien para nós, como vc falou. Ou seja, o universo todo, cada sistema, subsistema "isolado" para a análise, possuiria um determinado "fi", que estaria associado a algum tipo de quale com certeza não vivenciado por nós.

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São coisas "da nossa cabeça" que mas são fundamentais para o uso regular de "inteligência" e "computação"; sua existência em nossa cabeça  ou computadores não é "fictícia", mas se dá a partir de uma organização que não existe em larga-escala no universo.

É um problema parecido com o de dizer que "as formigas são impressionantes arquitetas", e achar que são arquitetas exatamente como as pessoas são. Ou como dizer que, o "universo é vivo", cada mínima subpartícula é viva, porque a vida é em última instância é composta dessas sub-partículas, cujo comportamento poderímos descrever de forma animista. Está simplesmente se fazendo confusão com o significado das palavras, algo parecido com achar que mesas sofrem de paralisia porque tem pernas mas não andam.

Não existe a mesma organização que existe no cérebro; mas o universo possui um padrão, uma organização, seja em grandes escalas ou micro escalas. Claro que é uma suposição excessivamente especulativa que esse padrão, essa complexidade e interações em micro e macro escalas possam gerar um nível de integração de informação comparável ao que nosso cérebro gera, que é o que efetivamente, segundo a teoria, faz o "fi" aumentar; mas o ponto é que, de acordo com a teoria, existe uma medição de consciência se aplicarmos a medição ao universo; é o caso de se aplicar e ver qual é o resultado do "fi"(pelo menos em ordem de grandeza, pois provavelmente não seja possível realizar os cálculos, em função do no. de partículas e coisas interagindo de diferentes maneiras).


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Tem a complexidade superior, mas não o mesmo padrão de organização, que é fundamental ao que cérebros são. Um saco de areia não é um microprocessador, nem um "macro" processador, por mais complexo que seja com todas as interações entre grãos de areia, umidade, suas poeira, bactérias, sub-partículas, etc.

Idem.


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Bem, o exemplo do Macintosh também me parece claro. Talvez seja contraditório ao do próton, acho que nenhum dos dois é dado pelo Tononi mesmo. De qualquer forma, ainda não seria "inteligência", nem "consciência" relevantemente parecida com a nossa, e também não me parece nem ser o caso de se poder falar de "consciência do universo" em vez de "consciência da galáxia", consciência da praia", "consciência do mar".

O Tononi fala que a consciência é fundamental e não e binária, é mais um degradee; que ela deve existir em algum nível, em sistemas naturais e artificiais. A questão do exemplo do proton é que seu "Fi" naõ é zero; assim como o "Fi" do Macintosh, o que indicaria que existe algum tipo de qualia associada a interação que ocorrem nestas "entidades". Então não vejo como exemplos opostos.

Creio que a teoria permite que vc calcule o "fi" de qualquer sistema que vc queria. Porém, acho que, na grande maioria desses subsistemas, o "Fi" não deve variar muito, sendo muito baixo.

[/quote]
Tononi ainda diz que a teoria "prevê" estados onde a pessoa se torna inconsciente. Esses estado provavelmente se assemelham mais ao universo em geral, que deve ser ainda "pior" que isso. Acho que também contradiz a noção de panpsiquismo/protons conscientes, onde talvez nem devesse haver qualquer estado inconsciente.
[/quote]

Isso, mas o estado nosso, de incosnciência (não experimentação de qualia) é um "Fi" baixo; ou seja, os qualia que experimentamos não estão sendo experimentados pela pessoa naquele momento, mas ainda existe um "Fi" associado. Então, acho que a teoria ainda dá uma "base" para o panpsiquismo.

Obs : Claro está que esta teoria ainda está em sua pre-historia, e tem muito o que evoluir; mas no momento, acho que é o que podemos especular..e bota especular nisso. :)

Abs
Felipe

Offline Moro

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #21 Online: 10 de Janeiro de 2014, 02:23:01 »
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Given a particular brain, with its neurons and axons, dendrites and synapses, one can, in principle, accurately compute the extent to which this brain is integrated. From this calculation, the theory derives a single number, Φ (pronounced “fi”). Measured in bits, Φ denotes the size of the conscious repertoire associated with any network of causally interacting parts. Think of Φ as the synergy of the system. The more integrated the system is, the more synergy it has, the more conscious it is.

Acho que ele errou aqui...

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The more integrated the system is, the more synergy it has, the more conscious it is

deveria ser:

The more integrated the system is, the more synergy it has, the more synergetic it is .

e esqueçam esse "conscious repertoire" porque a "consciência" que ele inventou não tem nada a ver com o problema da consciência.
Até porque não existe problema da consciência
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

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Offline Feliperj

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #22 Online: 10 de Janeiro de 2014, 10:05:53 »
Até porque não existe problema da consciência

?

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #23 Online: 10 de Janeiro de 2014, 14:35:11 »
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Given a particular brain, with its neurons and axons, dendrites and synapses, one can, in principle, accurately compute the extent to which this brain is integrated. From this calculation, the theory derives a single number, Φ (pronounced “fi”). Measured in bits, Φ denotes the size of the conscious repertoire associated with any network of causally interacting parts. Think of Φ as the synergy of the system. The more integrated the system is, the more synergy it has, the more conscious it is.

Acho que ele errou aqui...

Citar
The more integrated the system is, the more synergy it has, the more conscious it is

deveria ser:

The more integrated the system is, the more synergy it has, the more synergetic it is .

e esqueçam esse "conscious repertoire" porque a "consciência" que ele inventou não tem nada a ver com o problema da consciência.
Até porque não existe problema da consciência

Não existe problema nenhum, em questão alguma. Tudo que precisamos para o nosso dia-a-dia, já entendemos perfeitamente bem. Só existe complicação-groselha de coisas inúteis.

Offline Gigaview

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Re:Uma Teoria "Complexa" da Consciência
« Resposta #24 Online: 10 de Janeiro de 2014, 22:38:58 »
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Viewpoint: Why Brain Death Isn’t An On-Off Switch

By Maia Szalavitz


Thirteen-year-old Jahi McMath was declared brain dead after complications arising from a tonsillectomy, raising new questions about how we define brain death, and whether it’s time to revise our understanding of when brains can be revived, and when they can’t.

During her surgery, Jahi went into cardiac arrest, and a lack of oxygen to the brain that resulted in her brain death. She is being kept alive by a ventilator, but according to laws in all 50 states in the U.S., brain dead patients are considered deceased. Her doctors, and a judge in California, where the teen remains at Children’s Hospital in Oakland, concluded that McMath’s brain is unlikely to recover but her parents are fighting the hospital’s plans to disconnect her from life support equipment.

In cases like this— or those like the now eight-year-long coma endured by former Israeli prime minister Ariel Sharon and the skiing injury that has left Formula One champion Michael Schumaker comatose for nearly a week— everyone wants bright lines. We want to know if the person is conscious and suffering— and whether he or she can make a meaningful recovery. The rare but real cases where people do awaken from what doctors have labeled as brain death or irreversible coma only make the questions, and the need for answers, all the more urgent.

But the science of consciousness is far from black and white. For one, as philosophers have long noted, we don’t even know how to define it:  I know that I’m conscious, but there’s no way for me to reliably determine whether you are a zombie or a robot, even if I can image your brain. Is awareness of one’s surroundings, and the ability to respond to stimuli, consciousness? Or does consciousness imply something more? When does a baby become conscious? Is my cat conscious? No one really knows.

Only recently have we begun to understand how anesthesia blots out awareness— and even now, in about 1 in 10,000 cases, people do become conscious of the pain and paralysis they experience during surgery, without anesthesiologists being able to detect the problem and increase the medication.

What we do know, however, is that consciousness is not merely something that is present or absent. One recent study, which I wrote about for TIME, for example, explored people’s responses to random sounds like clicks or those that have meaning, like words, as they were given increasing doses of an anesthetic drug:

At low doses of propofol, they stopped responding to the clicks, but remained able to identify words.  This reflects the fact that the brain’s level of arousal isn’t simply related to objective factors like the loudness of a sound; instead, it’s the meaning of what you hear that the brain registers.  A meaningless noise like a click isn’t enough to cut through the increasing drowsiness being caused by the drug, but an important word that may require attention can.

“Probably your name is most salient verbal stimuli you hear,” says [Emery] Brown [professor of computational neuroscience at MIT],   “You can recognize it across the room in a noisy cocktail party.”  He notes that when performing surgery, he makes sure to ask the patient what they prefer to be called so that the medical team can use the name most likely to arouse the person when needed.

Similar findings emerged when scientists studied the brain activity of Ariel Sharon, the former Israeli prime minister, during his coma.  Although he has never woken up, he showed normal brain activity on an fMRI scan when listening to the voices of his family members compared to when those voices were scrambled into meaningless sounds.  But does that mean that he was in some way conscious? Perhaps, as Dr. Nicholas Schiff, professor of neuroscience and anesthesiology at Cornell noted when we discussed this topic previously, it might help to think of consciousness as more of a spectrum rather than an all-or-nothing state. In fact, there are clearly levels of awareness, not just “aware” or “unaware.” “Consciousness is a brain process. It’s not an on-off switch, it’s an emergent property,” Schiff said.

That’s the latest thinking among neuroscientists about what distinguishes conscious brain activity and unconsciousness. They are also realizing that consciousness doesn’t seem to be entirely localized to any specific brain region.  While some areas are clearly more important than others, people don’t lose automatically lose consciousness when one particular brain area is shut down, but rather when multiple regions are disconnected from each other. How many connections need to be severed before consciousness becomes impossible— and which ones matter most and where— are questions that experts like Schiff are investigating.

All of this means that finding a completely reliable indicator of the ultimate lack of consciousness— death— is difficult.  While some cases actually are black and white— there is simply no measurable brain activity at all in any region for long periods of time— the question of how to determine this remains a challenge.

For patients who fall into a coma, for example, the longer the coma lasts, the less likely the person is to regain any type of awareness.  But even in these cases, there are exceptions, as researchers found recently that some people who had been in comas for years could be awakened simply by being given the drug Ambien.

Such uncertainty makes cases like McMath’s all the more challenging, since it provides her family even a tiny sliver of hope. The wide range of outcomes, and the extent of unknowns about the brain, complicates medical decision making and undoubtedly adds to both financial and emotional costs. Could more patients showing some signs of brain activity be awakened by the right dose of a drug like Ambien at the right time? How do we know when to let go?

When our brains are functioning properly, we can appreciate the fact that it is a complex and perplexing wonder. But when they’re not, we tend to forget the intricacy with which they are built, and yearn instead for certainty and simplicity. Understanding the continuum that is consciousness may help us to reach a deeper understanding of what awareness is, how injury and disease can affect these states and ultimately, how to move patients safely from lower to higher states of consciousness.

http://healthland.time.com/2014/01/02/viewpoint-why-brain-death-isnt-an-on-off-switch/
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

 

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