Autor Tópico: Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia  (Lida 2727 vezes)

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Offline Gabarito

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Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Online: 16 de Janeiro de 2014, 21:06:36 »
Um carnaval de erros acontecendo em plena São Paulo.
A Prefeitura de São Paulo cria o programa “Bolsa Crack”. Passa a pagar R$450, inicialmente, para um grupo de 300 dependentes. É bom lembrar que a multidão volante na área é de mais de 2.000 pessoas. Os outros ficam desassistidos.

Problemas:
Não há condicionalidade nenhuma. Nada é cobrado ao viciado. Além do dinheiro, receberão moradia gratuita em hotéis e três refeições por dia. Só uma pequena exigência: que trabalhem. O mais grave de tudo: não são obrigados a se tratar.

Ser viciado e montar uma favela no passeio público é caminho para compensações que os pobres não teriam: é preciso ser viciado. Em qualquer país do mundo, um programa assim seria um escândalo. Por aqui, é aplaudido por quem defende a descriminalização das drogas. A conta vai para quem trabalha.

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Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
 
Jan 16th 2014, 18:04, by Rodrigo Vilela


PREFEITO DE SÃO PAULO, FERNANDO HADDAD

A Prefeitura Municipal de São Paulo deve finalizar hoje (16) a operação Braços Abertos, no centro da capital paulista. O objetivo da prefeitura é acabar com a “favelinha” instalada nas calçadas das ruas Helvétia e Dino Bueno, local conhecido como Cracolândia.

O prefeito Fernando Haddad (PT) alugou quatro hotéis para acomodar os 300 usuários de crack que se cadastraram para receber assistência. Além da moradia, a prefeitura oferece três refeições diárias, assistência médica e emprego na varrição de ruas e praças. O salário, pago semanalmente, é de R$ 15/dia, por quatro horas de trabalho. Caso o usuário falte ao trabalho, por falta de condições devido ao uso da droga, o salário não será descontado, basta o beneficiado do programa procurar atendimento em um centro médico, oferecido pela prefeitura.

O programa não vai atender qualquer usuário de crack, a ação da prefeitura vai contemplar 400 pessoas e foi focada exclusivamente na favela que tomou conta das calçadas das ruas Helétia e Dino Bueno. A invasão começou a cerca de 90 dias, já na gestão do  prefeito Haddad. A “Bolsa Crack” deverá custar aos cofres da prefeitura cerca de R$ 1.215,00, dinheiro pago pelo contribuinte. Vale lembrar que, dias atrás, o prefeito anunciou cortes na educação, saúde e transporte, após ser impedido de aumentar abusivamente o IPTU.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #1 Online: 16 de Janeiro de 2014, 21:24:28 »
É só a notícia correr e logo aparecerão mais barracos e mais viciados no mesmo lugar com todo mundo querendo receber o Bolsa-Crack para comprar sua droguinha diária.


Offline Geotecton

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #2 Online: 16 de Janeiro de 2014, 21:25:09 »
E qual é a surpresa onde um petista cria mais uma forma de assistencialismo com objetivo eleitoreiro?
Foto USGS

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #3 Online: 16 de Janeiro de 2014, 21:26:43 »
E qual é a surpresa onde um petista cria mais uma forma de assistencialismo com objetivo eleitoreiro?

Nenhuma.

E acham que sou malvado quando falo que essas bolsas só servem para comprar votos.

Offline Dodo

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Na Cracolândia há 6 meses, ex-aluno da Faap duvida de nova operação
« Resposta #4 Online: 17 de Janeiro de 2014, 23:08:28 »
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http://
Na Cracolândia há 6 meses, ex-aluno da Faap duvida de nova operação
 
Com conhecimento da língua inglesa e curso técnico em mecânica de precisão no Senai, F.R.S., 38 anos, vive na Cracolândia há cerca de 6 meses. O “ex-pequeno burguês”, como ele mesmo se denominou, estudou em colégios como Porto Seguro e Pio XVII, apesar de ter sido expulso, além de ter passado por grandes universidades como Mackenzie e Faap, conhecidas pelo alto valor de suas mensalidades e pelo público de classe média alta que as frequenta. Usuário de drogas desde os 12 anos, ele afirmou ao Terra que não acredita na nova operação que está sendo realizada na Cracolândia desde o início da semana. Segundo o paulistano, o “pseudo-projeto” não terá êxito.

A “Operação Braços Abertos”, como foi nomeada pela prefeitura, consiste em derrubar os barracos montados pelos dependentes químicos na rua Helvetia e alameda Dino Bueno e levar essas pessoas para hotéis do próprio centro de São Paulo. Além disso, os cerca de 300 dependentes químicos inseridos no programa terão direito a alimentação, emprego na zeladoria da cidade – principalmente limpeza pública – e R$ 15 por dia, além de duas horas de cursos de capacitação. As secretarias da Saúde, Trabalho, Assistência Social e Segurança Urbana são os responsáveis pela operação.

“Esse lance do Open Arms (Braços Abertos) seria cômico se não fosse trágico”, disse F.R.S. aos risos. “Isso me apareceu como uma luz. Pensei: está aí uma rotina que eu precisava. Acordar, tomar café da manhã, trabalhar, estudar, etc. Mas fui falar com uma das pessoas do projeto e quero ver o que ele quer me propor, porque não quero que seja desse jeito. Disseram pra eu continuar indo na tenda (montada na Helvetia) porque primeiro iam alocar as pessoas que estavam cadastradas e depois a gente. Mas aí me deram essa notícia de que está lotado e que agora vão colocar a gente em galpões. Isso é um campo Brasil nazista e esse subemprego não me interessa”, desabafou o usuário de crack.

F.R.S. afirmou que os cerca de 300 dependentes químicos que aderiram ao programa estão bastante empolgados, mas explicou o motivo. Segundo ele, é a primeira vez na história que acontece uma operação na Cracolândia sem que haja força bruta.

“Eles estão empolgados porque é a primeira vez na história da Cracolândia que o processo não é truculento, de embate com a polícia e com as autoridades. Dessa vez foi um processo de conversa. Eles estão empolgados porque é a primeira vez que eles têm a chave (mesmo que do hotel) de algum lugar para ficar, mesmo que acanho. Pode até ser que no começo mude a cabeça do usuário, mas é muito pouco para uma pessoa que está há 20 anos vivendo de uma droga que é destruidora, num circulo vicioso e num ritmo de vida frenético. Eles têm que ter acompanhamento psicológico, formação profissional. Não pensaram que eles não tem uma roupa para vestir? Não pensaram que como qualquer ser humano eles têm que ter cultura, lazer, educação, leitura, arte. A gente não quer só comida, quer comida diversão e arte”, disse, lembrando a música dos Titãs.

O usuário de crack criticou principalmente a maneira com que está sendo feita a operação. Segundo ele, não se pode tirar o dependente químico da rua, onde está sujeito a ter uma recaída praticamente certa, e colocá-lo em um hotel na mesma região, onde continuará tendo contato com os traficantes da Cracolândia.

“Eles querem tirar o cara desse círculo vicioso, mas vão colocar ele na mesma esquina que ele estava. Isso já soa como jogo perdido desde o apito inicial. Você vai tirar ele da rotina do tabaco e colocar em frente à fábrica da Souza Cruz”, comparou. “O que se fez foi tirar ele da rotina do ser visto pela sociedade. A rotina da sociedade de não poder transitar nas ruas da região, etc. Você aglomerou todos os usuários que estavam dispersos precariamente em seu barraco, colocando em prédios.

F.R.S. disse ainda que, assim como ele, existem dezenas de pessoas com um vasto histórico profissional e intelectual dentro da Cracolândia. Ele questionou o trabalho de limpeza pública que essas pessoas capacitadas terão que fazer.

Designer que foi parar na Cracolândia após fim de namoro procura 'nova vida'

“De que emprego a gente está falando? Um trampo de limpeza pública, que ao meio dia todo mundo já parou. Isso não existe. Não quero desmerecer o trabalho, mas quem faz esse trampo são os garis. Do montante que eles estão assistindo apenas 33% vai ter trabalho e o resto? E que curso de capacitação é esse? Desses 300, metade tem um histórico profissional. Recolocar no mercado de trabalho mesmo é pegar esse designer gráfico, traçar um perfil dele, ver quais são as aptidões, fazer um currículo. Em cima disso buscar ou tentar buscar uma inserção dele no mercado, fazer convênio com indústrias, comércio, falar com o Senai, Senac. Então isso tudo é balela”, criticou.

O “ex-pequeno burguês” reclamou também do tratamento psiquiátrico dado aos dependentes nesse programa. Com conhecimento de causa, segundo ele por sua mãe ter sido psicoterapeuta, ele afirmou ser impossível fazer terapia em um ambiente como a Cracolândia.

“Para ter acompanhamento psiquiátrico, você tem que ter um ambiente propício para isso, com técnicas direcionadas para fazer um acompanhamento. Mas fazer isso em uma tenda, com uma gritaria de gente que acabou de fumar. A psiquiatra já está de saco cheio de falar com viciados e nem gosta do trabalho dela. O sonho dela era ter um consultório, ter um divã de couro de jacaré, mas ela vem trabalhar no sistema de saúde da prefeitura. Ela não está afim”, disse.

F.R.S. foi parar na Cracolândia no ano passado, após ficar quase oito anos preso por assalto. Apesar da infância tranquila estudando em colégios particulares, ele não sabe explicar como entrou para o mundo do crime logo após se formar no colegial técnico do Senai.

“Olhava para minha história e não sabia o motivo. Não tem aquela história que o coração tem razões que a própria razão desconhece. No meu caso é o contrário. Hoje me faço essas perguntas do motivo de ter virado assaltante, mas não sei responder porque fui para o mundo do crime. Se eu soubesse não estaria aqui hoje. Não sei se é carma. Se eu fosse espírita diria que estou pagando por outras vidas. Mas aconteceu”, disse, conformado com a atual situação.

O usuário conta que só fazia assaltos “grandes” e apenas três ou quatro vezes por ano, roubando bancos, caixas e donos de empresas que se locomoviam com os salários de seus funcionários. De “cinco dígitos para cima”, como ele mesmo disse. Apesar disso, decidiu prestar vestibular no Mackenzie para propaganda e marketing após uma aposta com seu pai, que duvidava que ele entraria em uma faculdade conceituada. “Eu sempre fui inteligente e passei em 13º lugar. Mas fiquei no Mackenzie apenas um semestre. Eu fumava muita maconha, cheirava muita cocaína, mas eu curtia a droga”.

Após a morte de sua mãe, em 2006, um casal de amigos o levou para o Rio de Janeiro, pois, segundo o próprio usuário, “estava em um processo mais destrutivo do que hoje em dia”. Na capital fluminense, F.R.S. conseguiu um emprego em um quiosque na praia de Ipanema e, com seu inglês fluente, teve sucesso com os turistas da região. Mas dois clientes mudariam a história de sua vida.

“Em 17 de novembro, lembro como se fosse hoje, montei a tenda e quando voltei vi dois integrantes do PCC com suas mulheres passando fim de semana no Rio. Eu conhecia os caras. Passaram o dia lá bebendo e conversando. Lá pelas 16h eles fecharam a conta e quando pagaram me deram um cartão deles. Coloquei o cartão dentro da minha pochete. No fim do dia comecei a tirar as coisas da pochete, no que vi atrás do cartão do cara estava escrito: ‘R$ 170 mil. Se você quiser, me liga’. Sabe aquele desenho do anjinho e o capeta? O capeta matou o anjinho. Isso foi num domingo, na terça-feira fui para São Paulo”.

Era um assalto a um dono de empresa que saía com o pagamento de seus funcionários. “O cara saiu com uma sacola de papel com R$ 170 mil na mão. Um outro cara ficou na esquina de moto e eu fui lá e peguei o dinheiro. Quando estava saindo da rua, olhei para o outro lado e vi a viatura do Garra. Isso foi em 2006, fiquei em cana até ano passado”, lembrou.

Dentro da penitenciária de Assis, F.R.S. conheceu um senhor, no qual não quis mencionar o nome, que o apresentou o Código Penal e a Jurisprudência. “Ele dizia que eu era muito inteligente e que podia ajudar”.

“Ele me viu escrevendo com caligrafia técnica e pediu para eu ajudar. Comecei a escrever, ler e isso foi tomando forma e virou meu dia a dia. Do fim de 2008 até fim de 2013 me dediquei a isso. Escrevia habeas corpus, apelações, pedidos de condicional, semiaberto. Mas o direito é podre e não quero me misturar com isso. Penso sim em trabalhar com e pela causa e faço isso, mas de novembro pra cá foi complicado, vim para o centro e chamado do crack foi maior”, disse.

Quando questionado se gostaria de sair da Cracolândia, F.R.S. sorriu: “óbvio que quero. Prometi para mim mesmo que não vou roubar mais. Pelo menos isso de bom eu vou tirar daqui. Quero muito sair, mas nunca estive aqui de verdade, não faço parte disso. Não vou ser hipócrita e dizer que nunca mais vou fumar, mas eu consigo sentar, fumar, levantar e ir embora, mas se eu continuar aqui eu vou perder isso e perder minha vida”.

Fonte: noticias.terra.com.br/brasil/cidades/na-cracolandia-ha-6-meses-ex-aluno-da-faap-duvida-de-nova-operacao,822d304a8ef93410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html
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Offline Fabrício

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Re:Na Cracolândia há 6 meses, ex-aluno da Faap duvida de nova operação
« Resposta #5 Online: 18 de Janeiro de 2014, 08:48:51 »
Para quem está na merda total, esse cara está muito exigente...
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Offline Fernando Silva

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Re:Na Cracolândia há 6 meses, ex-aluno da Faap duvida de nova operação
« Resposta #6 Online: 18 de Janeiro de 2014, 09:40:16 »
Não tenho pena dessa gente. Ninguém os obrigou a se viciar e duvido que fossem tão ingênuos que não soubessem das consequências.

Offline Moro

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Re:Na Cracolândia há 6 meses, ex-aluno da Faap duvida de nova operação
« Resposta #7 Online: 18 de Janeiro de 2014, 10:41:31 »
Citação de: Fabrício link=topic=28057.0.html#msg775002 date=1390042131
Para quem está na merda total, esse cara está muito exigente...

e muito bem articulado..  a entrevista dele caiu como uma luva na mensagem que o repórter queria dar.
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Offline Gabarito

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Re:Na Cracolândia há 6 meses, ex-aluno da Faap duvida de nova operação
« Resposta #8 Online: 18 de Janeiro de 2014, 14:42:03 »
Sugestão à moderação/edição: fundir esse tópico a outro já criado, com o mesmo assunto.

../forum/topic=28057

Offline Rafael Barretão

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #9 Online: 18 de Janeiro de 2014, 22:05:19 »
É uma medida higienista (ao livrar a rua dos barracos e esconder os 300 viciados nos hotéis) e assistencialista ao mesmo tempo.

Não só não resolve como tende a piorar o problema. :crazy:
"Nossos corpos existem, nossos 'eu mesmos' não, somos meras ficções orgânicas."

"O sábio maior ouve sobre o Sentido, sente-se obrigado a segui-lo;
O sábio em formação ouve sobre o Sentido, enche-se de dúvidas;
Os leigos ouvem sobre o Sentido, e caem na gargalhada,
Se não riem o suficiente, não trata-se do Sentido verdadeiro."
Tao Te King, capítulo 41

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Offline Fabrício

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #10 Online: 18 de Janeiro de 2014, 22:07:16 »
É uma medida higienista (ao livrar a rua dos barracos e esconder os 300 viciados nos hotéis) e assistencialista ao mesmo tempo.

Não só não resolve como tende a piorar o problema. :crazy:

Por que piora o problema?
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Offline Rafael Barretão

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #11 Online: 18 de Janeiro de 2014, 22:22:37 »
É uma medida higienista (ao livrar a rua dos barracos e esconder os 300 viciados nos hotéis) e assistencialista ao mesmo tempo.

Não só não resolve como tende a piorar o problema. :crazy:

Por que piora o problema?

A vida fácil atrairá novos viciados para a região, criando uma nova favela, e a grana governamental do emprego de meio período vai financiar o vício dos beneficiários do programa (talvez a ideia seja mesmo praticar um "autogenocídio" dessa população indesejada, quem diria que o prefeito seria adepto da eugenia, praticando seleção artificial nos viciados).
« Última modificação: 18 de Janeiro de 2014, 23:50:49 por Rafael Barretão »
"Nossos corpos existem, nossos 'eu mesmos' não, somos meras ficções orgânicas."

"O sábio maior ouve sobre o Sentido, sente-se obrigado a segui-lo;
O sábio em formação ouve sobre o Sentido, enche-se de dúvidas;
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Offline Luiz F.

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #12 Online: 18 de Janeiro de 2014, 22:32:02 »
Não entendi a relação do governador com isso.

Edit: A mensagem acima foi modificada, então minha colocação ficou sem sentido. Só pra avisar.
« Última modificação: 18 de Janeiro de 2014, 23:54:23 por Luiz F. »
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
Albert Einstein

Offline Derfel

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #13 Online: 18 de Janeiro de 2014, 23:14:31 »
É um programa da prefeitura e não do governo do estado e nada tem de eugenia ou, o que imagino que seja o que queria dizer realmente, higienismo.

Offline Muad'Dib

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #14 Online: 19 de Janeiro de 2014, 12:06:11 »

Ser viciado e montar uma favela no passeio público é caminho para compensações que os pobres não teriam: é preciso ser viciado. Em qualquer país do mundo, um programa assim seria um escândalo. Por aqui, é aplaudido por quem defende a descriminalização das drogas. A conta vai para quem trabalha.


Onde estão os defensores da descriminalização das drogas que apoiam esse projeto?

Me pareceu que essa frase foi só uma tentativa barata de correlacionar os defensores da legalização com um projeto que, na melhor das hipóteses, não é dos melhores.

Foi isso? Você tá tentando só caricaturizar os defensores da legalização das drogas ou tem algum dado concreto que indique que, pelo menos a maioria, apoia esse projeto?

Eu não sou usuário de drogas, não apoio esse projeto, mas mesmo assim eu sou a favor da legalização das drogas.

Offline Gabarito

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #15 Online: 19 de Janeiro de 2014, 13:56:58 »
Onde estão os defensores da descriminalização das drogas que apoiam esse projeto?

Me pareceu que essa frase foi só uma tentativa barata de correlacionar os defensores da legalização com um projeto que, na melhor das hipóteses, não é dos melhores.

Foi isso? Você tá tentando só caricaturizar os defensores da legalização das drogas ou tem algum dado concreto que indique que, pelo menos a maioria, apoia esse projeto?

Não estou caricaturizando nada. Estou colocando os fatos. E não acredito que o projeto seja ruim. O projeto Braços Abertos é PÉSSIMO!
Mas eu vou passar a palavra a um defensor da legalização das drogas, para que ele fale por mim, o que temos em comum:

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“Braços Abertos” – Uma operação com um fim justo, mas meios ruins
janeiro 17, 2014 · 16:56



Quando li a respeito da “Operação Braços Abertos” do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, para o combate ao crack e reinserção dos usuários na sociedade tive um misto de emoções. Moralmente o programa busca um fim mais que justo, necessário, que é a recuperação da dignidade dos indivíduos envolvidos. Contudo, é apenas um programa paliativo, ou seja, voltado à redução de danos e não para solucionar o problema.

Tanto Fernando Haddad, quanto o Secretário de Segurança Urbana, Roberto Porto, e a Secretária da Assistência Social, Luciana Temer, assumem que é um “programa para redução de danos”, ou seja, não resolve o problema, apenas o ameniza.

Os usuários que moravam em barracos foram retirados do local e levados a hotéis. Eles terão hospedagem, alimentação, cursos profissionalizantes, tratamento e emprego remunerado, tudo pago pela prefeitura.

Os usuários que aderiram ao programa estão em 300 e todos morava em barracos montados nas calçadas da Cracolândia. Os usuários que circulam pela região não estão inclusos no programa, por enquanto. Mas e se montarem barracos nas calçadas também? Serão inseridos na “Operação Braços Abertos”?

Os usuários receberão empregos através da Secretaria do Trabalho e Emprego para trabalharem na limpeza urbana, em parques e praças do município. Até aí a iniciativa parece ótima, o problema começa com os pontos a seguir:

1 – É um programa que não resolve o problema, pois está voltado à redução de danos. Isso significa que a prefeitura “desistiu” de tentar solucionar o problema das drogas e usuários e agora parte para uma amenização. Porém, não estão considerando que novos usuários surgem diariamente e que o programa tornar-se-á inchado e com baixa efetividade.

2 – Apesar de ter um fim nobre, a execução é ruim por pontos que começam neste: não é obrigatório passar por tratamento e/ou acompanhamento médico, apesar do que erroneamente disseram alguns veículos de comunicação. O tratamento é volitivo, se o usuário não quiser, não precisa, pois desde que trabalhe no que for definido pela prefeitura continuará recebendo hospedagem, alimentação (Bom Prato) e salário (R$15 ao dia pago semanalmente).

3 – Os cursos profissionalizantes possuem carga de 2 horas diárias, mas também são volitivos. Além de não precisar se tratar, também não precisa estudar. A prefeitura dá casa, roupa, comida e dinheiro, sem pedir que se tratem ou que estudem; “apenas” que trabalhem.

4 – O usuário terá mais dinheiro em mãos, mas não precisará estudar e se tratar, sendo que o trabalho é de apenas 4 horas ao dia. A prefeitura espera que dando tudo aos usuários sem pedir nada em troca, estes consumam menos drogas através da recuperação da dignidade. Sério? Com mais dinheiro em mãos e sem tratamento ou estudo eles consumirão menos ou deixarão de consumir?

5 – Pelo item 4 fica clara a intenção da prefeitura: que os usuários consumam menos drogas. No fim, continuam consumindo e a prefeitura espere que desenvolvam um autocontrole para consumirem menos? Ignoram-se totalmente os efeitos químicos e psicológicos que causam a dependência. Autocontrole de usuários com mais dinheiro em mãos, sem tratamento nem estudo e com bastante tempo livre?

6 – As drogas não serão descriminalizadas, logo, os traficantes sairão ilesos dessa operação e terão clientes com mais dinheiro para gastar no consumo das drogas. Fortalecimento do tráfico esperando uma redução de danos?

7Tudo isso será custeado com o dinheiro dos contribuintes. Uma “caridade” forçada, que como eu já disse, o fim (recuperação da dignidade dos indivíduos) é digno, mas a execução é pífia.

Se a prefeitura realmente quisesse resolver esse problema, ao invés de trabalhar porcamente na redução de danos, batalharia pela descriminalização das drogas para acabar com o tráfico e obviamente com os traficantes e faria as seguintes alterações:

1 – Conceder isenções fiscais às empresas que contratassem os usuários, que adquirirão experiência profissional e terão uma nova oportunidade de reinserção no mercado de trabalho para jornada normal de 6 até 8 horas diárias e salários maiores. A prefeitura abriria mão de alguns impostos, talvez do IPTU e/ou do ISS, em troca da redução dos custos do programa, pois não teria que pagar aproximadamente R$450 ao mês aos usuários, que também seriam beneficiados com salários maiores (mesmo com os descontos).

2 – O passo 1 seria aplicado aos hotéis que recebessem os usuários e lhes dessem quartos sem cobrar por isso. O mínimo de dois quartos por hotel para que este receba isenção de IPTU e/ou ISS. Ao invés de alocar os usuários em quatro hotéis, seriam alocados em 50 ou 60, em quartos com até 4 usuários (em caso de solteiros), ou com “sem limite” em caso de famílias. A prefeitura deixa de arrecadar dos hotéis, mas deixa de gastar com hospedagem dos usuários e incentiva o setor hoteleiro ao deixar mais recursos nas mãos dos empreendedores para investimentos e poupança, principalmente em véspera de Copa do Mundo.

3 – Isenções fiscais para pequenos mercados que forneçam cestas básicas aos usuários, sem limite mínimo de cestas (além do mínimo existente de 1 por usuário). No caso isentar-se-ia o IPTU para mercados que doassem cestas básicas completas (conforme define o DIEESE) para os usuários. Como o benefício é para pequenos mercados, a arrecadação da qual a prefeitura abre mão é pequena e menor do que o custo de oferecer diariamente almoço e jantar prontos aos usuários, mesmo pela Rede Bom Prato (que recebe subsídios).

4 – Obrigatoriedade de participar de tratamento e acompanhamento médico e psicológico para os que aderissem ao programa, acompanhadas de atividades entre os dependentes para criar um laço de auto-ajuda entre eles, também diminuindo o tempo ocioso que normalmente usariam para consumir drogas.

5 – Isenções de IPTU e ISS para instituições de ensino que fornecessem bolsas de estudos para supletivo e cursos profissionalizantes aos usuários. A prefeitura deixaria de ter essa arrecadação, mas seria apenas nessas instituições e deixaria de gastar oferecendo cursos em escolas públicos ruins, proporcionando acesso a particulares (melhores que as públicas) aos usuários.

O contribuinte não arcaria com 100% dos custos do programa, “apenas” com o tratamento, contudo, como os dependentes se tornariam economicamente ativos e também contribuintes e o serviço utilizado é aquele que já possui um orçamento definido, não haveria diferença aos nossos bolsos. Não esquecendo que as isenções equilibram essa “balança”.

O item 5 não é sequer tão essencial, pois muitos dos moradores recolhidos possuem uma profissão e/ou qualificação profissional. Ocorre que os motivos para caírem em desgraça e no mundo do crack são variáveis e raramente têm a ver com a falta de oportunidades de trabalho antes de se tornarem usuários. A falta de oportunidades após entrarem para esse mundo é um agravante que os empurra a continuar nele, mas não é o motivo de serem usuários.

E esta é uma afirmação de um dos moradores da Cracolândia, Thiago Morales, que inclusive possui formação de designer gráfico pelo Centro Universitário de Belas Artes, tendo trabalho com fotografia em Portugal e na Espanha. Segundo Morales: “A grande maioria aqui tem uma profissão e eu sou uma delas, basta eu querer. Eu tenho profissão, formação. Essa oportunidade é para retomar a vida de uma forma digna”.Morales foi parar na Cracolândia após entrar em depressão e se tornar usuário motivado pelo término de um namoro. É interessante outra declaração sua, sabendo que

A recuperação dos indivíduos seria muito boa para a sociedade e para a economia, pois haveria mais cidadãos economicamente ativos trabalhando, consumindo e gerando riqueza e renda. No entanto, mesmo sabendo que a iniciativa da prefeitura tinha tudo para se tornar um marco; uma nova forma de abordar e resolver o problema; um exemplo dentro e fora do Brasil, infelizmente, como sempre, apesar de um fim justo e moralmente perfeito, os meios empregados foram mal desenvolvidos e escolhidos.

Por Roberto Lacerda Barricelli

Fontes:

Terra Notícias - http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/designer-que-foi-parar-na-cracolandia-apos-fim-de-namoro-procura-nova-vida,199917353f593410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html

R7 Notícias - http://noticias.r7.com/sao-paulo/haddad-admite-que-remocao-de-favela-na-cracolandia-pode-ter-problemas-13012014

Estadão - http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,contra-cracolandia-haddad-da-casa-comida-e-emprego-a-usuario-de-droga-,1118556,0.htm

Terra Notícias - http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/dono-de-hotel-na-cracolandia-comemora-operacao-e-preve-lucro,c9039304c4693410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html

Veja - http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/fernando-haddad-e-o-bolsa-crack-de-bracos-abertos-para-o-vicio-e-o-trafico-agora-estatizados/


Consome droga quem quer, mas o contribuinte não está obrigado a manter o vício de ninguém.

O que o poder público tem que fazer para resgatar os infelizes que caem nas mãos do vício e dos traficantes é o que o governo de São Paulo, não a prefeitura, já faz, que é o Programa Recomeço. Nele, os usuários são obrigados a se tratar, e o pagamento é feito à comunidade terapêutica, não ao viciado.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #16 Online: 19 de Janeiro de 2014, 16:41:49 »
Não estou "apoiando" nada, mas acho que são boas as chances de que tratamento voluntário seja mais efetivo do que o obrigatório, que pode ser visto pelo drogado mais como algo que a ele "tem que aturar", ao mesmo tempo em que nem tem intenção de parar.

Acaba sendo também (ou mais) uma medida populista, "no governo X, o usuário de drogas é OBRIGADO a se tratar, blablablá, não tem moleza, blablablá", deixando de lado o ponto que isso pode ser simplesmente inefetivo (não existe algo como um método garantido de "desviciar" alguém contra a vontade deste), ou até prejudicar a estrutura construída para o tratamento de quem queira se tratar voluntariamente (algo meio como os bagunceiros das classes atrapalham os que querem estudar; como a bagunça/trapaça ao virar regra, torna "otário" quem faz a coisa certa). Deixando pior do que não fazer nada. 

 E também não acharia muito surpreendente que eles passassem a procurar tratamento (se for disponível pela saúde pública) e/ou abandonar o vício por conta própria, conforme talvez ganhem uma perspectiva diferente da vida com esse tipo de coisa.


Seria interessante ver se em algum lugar isso já foi feito, ou se é invenção brasileira.

Offline Gabarito

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #17 Online: 19 de Janeiro de 2014, 17:51:07 »
Também concordo, Buckaroo Banzai.
Tudo que é feito sob chicote, por obrigação, compulsoriamente é menos eficaz do que aquilo que é feito espontaneamente. Só que a prefeitura está botando dinheiro vivo na mão de quem tem forte compulsão a usá-lo na compra de mais droga, sem nenhum controle nem medidas de tratamento. E se está retirando dinheiro que eram de outros investimentos1, educação e saúde, por exemplo, para enviar esse mesmo dinheiro para traficantes, via viciados (agora) trabalhadores. Vai se encontrar pessoas envergando uniforme da prefeitura de SPaulo, de varredor ou outro, mas ainda assim uniforme, acendendo cachimbo de crack.

Como eu disse na abertura do tópico, um verdadeiro carnaval de erros. Vamos ver onde vai dar tudo isso, mas em coisa boa está se vendo que não é.

1O prefeito já anunciou cortes nessas áreas em resposta à negativa, via judiciário, de aumento do IPTU.

Offline Fabrício

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #18 Online: 19 de Janeiro de 2014, 18:58:22 »
Concordo que o programa dificilmente resolverá o problema.

Mas será que existe mesmo alguma maneira de resolver este problema do crack? Ou temos mesmo que nos conformar com soluções paliativas?
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Offline Derfel

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #19 Online: 19 de Janeiro de 2014, 20:38:37 »
Só para constar, a grande maioria das comunidades terapêuticas é confessional e serve mais para conversão do que realmente acabar com o vício. Normalmente o tratamento se baseia em 3 pilares: trabalho (em uma horta, por exemplo), oração e isolamento. Quando retorna à comunidade, quase sempre retorna ao vício.

Offline Moro

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #20 Online: 20 de Janeiro de 2014, 19:33:06 »
me parece apenas mais um bom programa do PT. Uma coisa interessante do Hadad é que ele é uma besta ideológica, realmente movido por "visões de mundo" e não por praticidade e efetividade.  Também comum no PT.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Gabarito

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #21 Online: 04 de Fevereiro de 2014, 19:39:10 »
O nome desse filme de horror1 poderia ser:
  • Procura-se Ana desesperadamente.

Para demonstrar confiança no programa Braços Abertos que criou, uma ideia totalmente insana, que não controla nem submete o dependente a tratamento, o prefeito Fernando Haddad anunciou que contrataria uma dependente para servir cafezinho em seu gabinete. Ele cumpriu o que disse e a mulher até foi destaque em algumas notícias, entre elas, uma do G1 que vai abaixo, num pequeno trecho:

Citar
A nova copeira do gabinete da Prefeitura sorri ao lembrar o quanto gosta de cozinhar. E diz que deseja, um dia, elaborar os dois pratos em alto mar. “Meu sonho é ser cozinheira de bordo, cozinhar em um navio.”

Ana faz parte do grupo de dependentes químicos atendido pelo programa “Braços Abertos”, uma tentativa da gestão municipal de combater o uso de drogas na região da Cracrolândia. Grávida de três meses, aos 42 anos, ela já é mãe de cinco – dois meninos gêmeos, de 23 anos, duas meninas, também gêmeas, de 20 anos e uma caçula, de seis anos – e avó de dois.

A gestante é uma dos seis usuários indicados pela ONG Brasil Gigante, parceira do programa, para trabalhar na Prefeitura. Ela diz que foi escolhida por ter segundo grau e estar cadastrada no projeto desde o início.

Há mais de uma semana, Ana Cristina serve café e água, das 9h às 17h, no gabinete de Fernando Haddad. Os primeiros dias, segundo ela, foram tensos. "Fiquei nervosa. Nada, nada é uma autoridade, né? Mas ele [Haddad] é gente fina. Agora é meu amigo”. Entretanto, confessa que não gostou da decoração do novo local de trabalho. "Meio mórbido [o gabinete]", opina.

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/02/copeira-de-haddad-quer-largar-crack-e-sonha-ser-cozinheira-de-navio.html

Tem muito mais informação na página da notícia.

Acontece que ela ficou uma semana por lá e sumiu. Onde estará? A força da droga é grande.
A Prefeitura procura por ela desesperadamente. Tudo o que não quer é que seja encontrada antes por jornalistas. Já viu, seria um atestado eloquente da falência do programa.

Mas nem seria surpresa, pois no comentário da abertura do tópico eu falei dos problemas do programa. Que são "somente" TODO o programa em si.

Que prefeito mais desastrado esse que os paulistanos arranjaram!...


1 Horror porque o vício em substância entorpecente é um filme de pavor. Lamento por todos os que caem nessa sarjeta.

Offline Diegojaf

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #22 Online: 05 de Fevereiro de 2014, 10:18:13 »
5 filhos, velho. 5 crianças que tem todas as chances estatísticas de se tornarem marginais.

Pra ter filho, deveria-se exigir um mínimo de compromisso da pessoa que quer ter.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Moro

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #23 Online: 05 de Fevereiro de 2014, 19:40:43 »
cómo disse Hadad é o símbolo da idiotice ideológica do petismo-lulismo. Nos sonhos dele, um exemplo, uma ação de boa vontade, iriam inspirar e mover as pessoas blablabla. Como não pensaram nisso antes. Eu não votei nele, só tenho que aguentar o imbecil. Aliás tenho apenas justificado meu voto.
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Offline Gabarito

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Re:Prefeitura de SP paga hotel para moradores da Cracolândia
« Resposta #24 Online: 15 de Junho de 2014, 14:17:30 »
Não resisti de publicar essa "matéria" aqui:

Citar
Homem que fumava em restaurante finge que o cigarro é crack e se livra de multa
This entry was posted on Junho 6, 2014, in Mundo. Bookmark the permalink. 13 Comentários


O publicitário Joacy João Janicleidson José de Jesus Jacarandá, 29,  foi autor de uma façanha que ganhou as redes sociais na tarde de ontem. Joacy fumava um cigarro no interior do bar “Táxi Driver”, no centro da capital paulista, quando foi surpreendido com uma discussão entre um fiscal da prefeitura e o proprietário.

Notando que o motivo da discussão era o fato de o proprietário permitir o consumo de cigarro no interior do estabelecimento, Joacy tomou uma atitude inusita.

“Eu ouvia o dono do bar dizer que o bar era dele e ele deixava fumar, no que o fiscal retrucou que independentemente da vontade do dono do bar, quem decidia o que era permitido ou proibido ali era o prefeito, fingi que o cigarro era uma pedra de crack e continuei fumando”.

O publicitário explica que abriu um buraco numa lata de coca-cola, onde colocou o cigarro, e passou a tragar pela parte de cima da lata.

“Gritei pro fiscal: ‘ei, mano, será que não posso nem fumar um crackizinho em paz?’. Aí ele veio em minha direção e disse: ‘Ah, é crack? Crack tudo bem, se fosse cigarro eu ia multar’ e ainda me ofereceu um emprego na prefeitura e casa pra morar”, explica Joacy, aludindo ao programa da prefeitura conhecido pelo nome de “Bolsa Crack” (confira)

“Estou pensado seriamente em começar a fumar crack”, explica Joacy. “Quem fuma cigarro pode ser multado, enquanto quem fuma ‘pedra’ tem um monte de vantagens, entre as quais ter cota em concurso público. Acho que o caso de pensar em disputar um lugar na cracolândia”, conclui.

 

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