Autor Tópico: O ateu e o suicídio  (Lida 476 vezes)

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Offline Novag

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O ateu e o suicídio
« Online: 20 de Janeiro de 2014, 09:53:55 »
Quando uma atitude dessas pode ser tomada [se é que pode]?

Quando não estamos mais aptos para viver independentemente? Quando somos um fardo para nossos entes queridos? Quando simplesmente perdemos o gosto pela vida?

Não é um assunto fácil de ser abordado, mas deixo aqui um vídeo [não sei se é fake] que parece abordar o suicidio de uma maneira racional e tranquila.




Offline Dr. Manhattan

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Re:O ateu e o suicídio
« Resposta #1 Online: 20 de Janeiro de 2014, 11:15:37 »
Ainda não pude ver o vídeo, mas minha opinião é a seguinte: mesmo fora da esfera de dogmas religiosos, a atitude moral deve geralmente ser a de prevenir o suicídio. Isso se baseia nas seguintes suposições: (a) em circunstâncias normais, um indivíduo tem um grande apego natural à sua vida, (b) o desejo de se matar costuma ser um sintoma de um estado psicológico alterado e (c) na maioria das vezes esses estados alterados são temporários e/ou corrigíveis. Ou seja, previne-se o suicídio pensando-se não no estado daquela pessoa, naquele momento, mas num estado futuro onde o desejo de suicídio não exista.

Note que esse argumento não se aplica se tem a certeza de que o estado da pessoa é irreversível, como no caso de um doente terminal.
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Alan Watts

Offline Muad'Dib

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Re:O ateu e o suicídio
« Resposta #2 Online: 20 de Janeiro de 2014, 12:38:11 »
Eutanásia é o gesto mais humano que eu consigo imaginar. Eliminar o sofrimento de uma pessoa e ficar do lado dela no momento mais difícil da vida dela é sublime.

Recomendo o filme "You don't Know Jack". Um dos meus heróis pessoais.

Eu tendo a concordar com o post do Dr., entretanto eu sou um pouco flexível em relação ao suicídio por falta de vontade de viver.

Offline Skeptikós

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Re:O ateu e o suicídio
« Resposta #3 Online: 08 de Março de 2014, 02:34:11 »
Complicado, pois o suicídio afeta não somente a pessoa que tira sua própria vida, mas também a todos aqueles próximos a ela.

Além disso tem o que o Dr. Manhattan disse, existem meios de se corrigir o estado psicológico atual da pessoa que o levou a tomar esta decisão, estado este que é em geral passageiro e/ou corrigível.

Ela pode até por a culpa em sua situação de vida atual, nos acontecimentos externos, mas aquilo que a impulsiona a tirar a própria vida não é sua situação de vida externa, mas sim seu estado psicológico atual, e talvez tratando-o, mesmo que a situação de vida atual não mude, mas a saúde psicológica da pessoa sim, talvez este suicida em potencial possa ser curado, e decida viver.
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

 

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