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http://www.estadao.com.br/noticias/arte-e-lazer,cenas-de-sexo-podem-impedir-versao-blu-ray-de-azul-e-a-cor-mais-quente,1134448,0.htmCenas de sexo podem impedir versão Blu-ray de 'Azul é a Cor Mais Quente'
Empresas consideram conteúdo inadequado e se recusam a lançar filme no formato
25 de fevereiro de 2014 | 14h 57
Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, o filme Azul é a Cor Mais Quente pode não ser lançado no formato Blu-Ray no Brasil por causa de seu conteúdo. Ou seja, determinadas empresas têm restrições às cenas explícitas de sexo entre as atrizes. A informação foi divulgada ontem, pela Imovision, a distribuidora brasileira.
Cenas explícitas de sexo entre as atrizes são o principal problema, segundo as empresas - DIVULGAÇÃO
Cenas explícitas de sexo entre as atrizes são o principal problema, segundo as empresas
"Depois das dificuldades encontradas para a replicação do DVD do filme Azul é a Cor Mais Quente, a Imovision procurou a empresa brasileira Sonopress, que replica seus títulos em Blu-Ray, mas a mesma se recusou e ainda alegou que nenhuma outra empresa faria o serviço", disse a empresa, em um comunicado.
"A Imovision então contatou a Sony DADC, que também se recusou a produzir o Blu-Ray do filme por considerar o conteúdo inadequado devido às cenas de sexo, apesar de o filme já ter sido classificado para maiores de 18 anos. O filme só poderá ser lançado em DVD até o momento. A Imovision, distribuidora do filme, lamenta o fato e busca alternativas para a replicação do filme em Blu-Ray no âmbito nacional."
Inspirado em uma novela em quadrinhos de mesmo nome que a francesa Julie Maroh escreveu quando tinha 19 anos, o filme mostra o romance entre duas mulheres vividas pelas atrizes Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux.
As cenas entre elas foram alvo de críticas até da própria quadrinista, que as descreveu como "pornô".
É óbvio que as empresas não podem ser obrigadas a produzir o blu-ray, mas isso não equivale à censura? Afinal, elas impedem que eventuais clientes acessem um determinado conteúdo.
No caso específico, há soluções simples, como comprar o DVD (que será prensado

) ou importar o blu-ray. Entretanto, a ação de selecionar o que seus clientes podem ou não podem contratar não funciona como um tipo de censura? Ou, pelo menos, não tem o potencial de vir a funcionar como um tipo de censura? E, pior, um tipo de censura à qual não se pode resistir, afinal, são empresas privadas, logo, não podem ser obrigadas a mudar suas políticas internas.